quarta-feira, 10 de setembro de 2014

PIZZA NA CPI CONTROLADA PELO GOVERNO

CPMI DA PETROBRAS: CERVERÓ APENAS REPETE O QUE JÁ DISSE ANTES

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-diretor da área internacional da empresa Nestor Cerveró voltou a minimizar a importância de duas cláusulas omitidas no documento, ao falar sobre o assunto na CPI Mista da Petrobras, nesta quarta-feira (10). Cerveró foi o responsável pelo resumo-executivo que serviu de base para que o Conselho Administrativo da Petrobras autorizasse a compra da refinaria de Pasadena,
A cláusula Marlim previa à belga Astra Oil, parceira inicial da Petrobras, um lucro de 6,9% ao ano, independentemente das condições de mercado, enquanto a cláusula de Put Option obrigava a empresa brasileira a comprar a outra metade da refinaria caso houvesse desentendimento com a parceira da Bélgica.
— Essas cláusulas eram uma espécie de contrapartida por conta do nosso alto poder de decisão relativa à Pasadena. Tínhamos, por exemplo, o direito de colocar 70% de nosso petróleo e até definir os investimentos necessários. Essas cláusulas são normais — explicou.
Ainda segundo Cerveró, o resumo só tem duas páginas e apresenta apenas os aspectos principais da negociação. Mas toda a documentação necessária foi enviada ao Conselho. O posicionamento do ex-diretor vai contra a opinião da presidente da Petrobras, Graça Foster, que considerou tais cláusulas importantes quando depôs à CPI Mista e à CPI do Senado.
A presidente Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil e presidente do Conselho Administrativo na época da negociação, chegou a afirmar que a compra da unidade industrial americana só foi autorizada porque estava baseada num documento “técnica e juridicamente falho”.
(...)
(Agência Senado)

Nenhum comentário:

Postar um comentário