Durante visita ao Espírito Santo o candidato do PSDB Aécio Neves voltou a criticar a atual política econômica do governo federal e disse que a recessão técnica já está impactando a geração de empregos no país. O tucano visitou fábricas de bebidas e móveis na cidade de Linhares, região norte do estado, e falou que as micro, pequenas e médias empresas são as que mais sofrem no país. Aécio almoçou no restaurante de uma das fábricas, acompanhado do candidato do PMDB ao governo do estado Paulo Hartung e de outros candidatos e políticos, e afirmou que o governo do PT não tem mais condições de retomar o crescimento e gerar novos empregos.
- Esse é o lado perverso da crise econômica que se abateu sobre o país pela absoluta incapacidade do atual governo de enfrentá-la. O governo do PT transformou o país em um Estado unitário, quase todos os municípios dependentes da boa vontade, do bom humor do governo federal e da presidente de plantão. O governo do PT demonizou durante 10 anos as parcerias com o setor privado e o tempo se foi. Os empregos estão fugindo pela perda de competitividade de quem produz no Brasil. A nossa proposta é oposição ao aparelhamento da máquina pública, ao descompromisso com a ética, à incapacidade de permitir o Brasil crescer.
Aécio Neves também falou sobre o escândalo de corrupção que atinge a Petrobras.
- A Petrobras tem dentro dela uma organização criminosa trabalhando e, obviamente, não dá para você ter uma prioridade de cumprimento dos cronogramas de investimentos, como o polo gás-químico, aqui do Espírito Santo e outros investimentos do país, e ao mesmo tempo sustentar a sanha de um grupo político que quer a todo custo se manter no poder. Durante entrevista coletiva, Aécio Neves também não poupou críticas a candidata Marina Silva. Ele voltou a dizer que a substituta de Eduardo Campos cresceu no PT e caso seja eleita vai governar com quadros do partido que deram errado no governo federal:
- Não vamos substituir o governo do PT por um outro tipo PT, até porque 80% da trajetória da Marina foram feitas dentro no PT. A candidata Dilma dizia que controlaria a inflação, faria o Brasil crescer, melhoraria nossos indicadores sociais - exatamente o que propõe a candidata Marina hoje. Eu não conheço até hoje quais são as suas propostas para a economia. O que vale são as posições de hoje ou as posições de uns anos atrás, quando ela, dentro do PT, combatia o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal? Vale o aceno dela para o agronegócio ou vale a sua posição quando apresentava projetos, por exemplo, proibindo a produção, o cultivo de transgênicos no país? O que vale é a Marina que prega agora a meritocracia ou a Marina que dentro do PT combatia a meritocracia, apoiando o corporativismo de determinados setores, de servidores?
Aécio também prometeu trabalhar para implantar a Agenda da Federação, que está em tramitação no Congresso Nacional e prevê, entre outras ações, o aumento de recursos para o fundo de participação dos municípios. Ele também disse que vai renegociar dívidas dos estados e acabar com a tributação do Pasep entre os estados. O candidato tucano também criticou as pesquisas de intenção de voto e se mostrou confiante com a possibilidade de chegar ao segundo turno:
- Estamos vivendo uma nova eleição. Há 30 dias, às vezes, me perguntavam como é que seria o segundo turno, porque é provável que já estivéssemos lá. Continuo acreditando que estaremos porque nós não mudamos a nossa posição.
(O GLOBO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário