sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A SAÍDA (literalmente) DE MARINA

Marina está transformando saída honrosa em beco sem saída

Coturno


A política é rápida. Enquanto Marina Silva estudava os próximos movimentos e as exigências que faria para apoiar Aécio Neves, os seus 22 milhões já fizeram as suas escolhas. 

Segundo a pesquisa Datafolha, dos eleitores que declaram ter votado em Marina Silva (PSB) no primeiro turno, 66% optam por Aécio agora, 18% escolhem Dilma. Outros 10% deste grupo estão indecisos. E 6% afirmam que pretendem votar branco ou nulo. 

Ao que tudo indica, os eleitores entenderam antes de Marina quem efetivamente representa a mudança, neste momento crucial do país. 

Para 67%, o apoio de Marina seria "indiferente" na escolha entre Aécio e Dilma no segundo turno. Para 16%, o apoio da pessebista "poderia" levá-lo a votar no indicado. E para 13%, o apoio de Marina teria efeito inverso: não o faria votar no indicado.

A verdade é que ao elaborar uma lista com mais de 20 imposições, alguma inaceitáveis e absurdas, Marina Silva está perdendo uma grande oportunidade de mostrar que pode fazer política. Exigir que Aécio abra mão da redução da maioridade penal, aprovada por 85% dos brasileiros, que dê interlocução oficial ao MST, que nem CNPJ possui, e que crie mais unidades de conservação quando nenhuma das criadas está implementada, é pedir para não negociar. Talvez pudesse fazer isso até dois dias atrás. Ontem o Datafolha mostrou que o passe de Marina baixou de preço. E que a saída honrosa está virando um beco sem saída para a candidata.

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