segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A CULTURA DO ROUBO E DA CORRUPÇÃO NA ERA PT

Jorge Oliveira

Você pode até não perceber no seu dia a dia se for um dos privilegiados petistas em cargos  comissionados do governo federal que paga as despesas com “dinheiro vivo”. Afinal de contas, como alguns desses servidores estão impregnados por baixos valores morais, fica difícil fazer uma reflexão isenta do que está ocorrendo pelo país afora. Vamos pegar como exemplo Brasília. Na Capital Federal a corrupção está contaminando tudo, inclusive os restaurantes. Virou moda as contas chegarem ao cliente com os preços acima do que foi consumido. A chiadeira é geral. Em alguns deles, a fraude é feita na própria máquina de calcular sem que o cliente desconfie do acréscimo em cada item da conta. É um escândalo que sempre acaba com o esfarrapado pedido de desculpas. O cliente, normalmente eufórico pela bebida, aceita os esclarecimentos com passividade, quando, na verdade, deveria chamar a polícia.
Na maioria das vezes, os garçons gatunos agem com a complacência do caixa com quem dividem a extorsão no final da noite. Como o erro na conta nunca é para menos, não é difícil imaginar que tudo é feito com a intenção de enganar o cliente. O mais grave é que essa prática está acontecendo nos restaurantes mais chiques da cidade, onde se imagina que o frequentador mais abastado não confere a despesa. Prefere, por educação,  não chamar atenção para a conta errada. Mas a tendência se prolifera porque os petistas pagam a despesa com dinheiro vivo, sem conferir a nota. Disse um garçom do Piantella, quando flagrado com uma conta adulterada: “Se colar, colou”.
É a cultura da corrupção que leva o país à anarquia, à decadência moral. Veja, por exemplo, o que aconteceu com as eleições deste ano. Ganhou quem acumulou mais escândalo, quem esteve envolvido em mais corrupção, quem mentiu para os eleitores e quem fez mais promessas falsas. Lembro que na reeleição do Lula, em plena efervescência do mensalão, uma pesquisa constatou que o brasileiro achava normal votar em um candidato corrupto. A revelação mostrava, entre outras coisas, a institucionalização da corrupção e a leniência do eleitor com o desvio do dinheiro público.
O roubo agora é generalizado: rouba-se nas farmácias, nos supermercados, nos taxis, nos cinemas, nas feiras livres, nos juros, nos alugueis, nas passagens aéreas etc. etc. O honesto virou uma espécie em extinção. Por isso, em tudo que faz exalta-se com orgulho: “Eu sou honesto”. Nas campanhas eleitorais, o candidato se esgoela pra dizer que é honesto.  Não  se elege, portanto, com esse atributo porque o eleitor prefere  o “rouba, mas faz”, o velho e surrado slogan de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo, pré-ditadura, repetido em campanhas eleitorais.
A praga da corrupção no governo petista virou epidemia. Nas empresas estatais ela se propalou de tal forma que os lobistas e empresários estão se apresentando espontaneamente para prestar contas do roubo à Justiça. Fala-se que só do desvio da Petrobrás, eles querem entregar 500 milhões de reais. Como a falcatrua beira os 10 bilhões, os delatores devolvem apenas uns trocados. Temem ser enjaulados, como os petistas do mensalão.
Infelizmente, vive-se aqui a cultura da corrupção que se espalhou para todas as instituições. O exemplo do PT contaminou boa parte dos brasileiros que achou natural reconduzir a Dilma ao governo, mesmo diante de tantas notícias de corrupção nas empresas estatais. Agora, com as promessas de campanha quebradas, não adianta chorar o leite derramado. Se até lá, é claro, o leite não for também adulterado.

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