sábado, 8 de novembro de 2014

A VACA TOSSIU NOS DIREITOS DO TRABALHADOR



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o governo federal está finalizando os estudos que resultarão em uma “redução importante” das despesas. Estão no foco desses ajustes um corte nas despesas de benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença e abono salarial, que tiveram crescimento acelerado nos últimos anos.

Os cortes também envolverão a redução de subsídios financeiros, se o ciclo de crescimento econômico for retomado. Segundo o ministro, o BNDES está entre os alvos: — (A redução de despesas) significa dar um subsídio menor nos empréstimos que são feitos por exemplo no BNDES — afirmou o ministro. O banco estatal tem uma série de programas de financiamento com juros abaixo da taxa básica Selic, incluindo a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), e vem recebendo injeções de recursos do Tesouro Nacional.

Falando a jornalistas depois de fazer uma apresentação em evento em São Paulo, o ministro disse que o papel dos bancos públicos no crédito é "fundamentalmente" anticíclico e lembrou que na fase mais aguda da crise financeira internacional, o crédito privado secou e foi preciso que os bancos públicos assumissem um protagonismo. — O papel dos bancos públicos é anticíclico. Quando faltou crédito no Brasil durante 2008 e 2009, os bancos públicos saíram a campo com mais crédito e taxas de juros menores. Depois, em 2009 e 2010, os privados reagiram, recompondo o equilíbrio anterior. Nos últimos anos, voltou a diminuir o crédito. A estratégia não é fazer com que os bancos públicos tenham mais crédito que os privados. Apenas é uma estratégia anticíclica — explicou.

Segundo ele, governo tem que caminhar para um aumento gradual do superávit primário: — A estratégia macroeconômica para iniciarmos esse novo ciclo de expansão é um ajuste tanto da política fiscal quanto da política monetária — disse. — Do ponto de vista da política fiscal temos que caminhar para um aumento gradual do primário, em relação ao resultado de 2014 — Para isso nós temos agora que fazer uma redução das despesas, uma redução importante das despesas.
(...)

(O Globo)

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