quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PRÓXIMO ESCÂNDALO - O ELETROLÃO

Eletrobras vira sócia da Queiroz Galvão, empreiteira do Petrolão, para construir hidrelétrica na Nicarágua. O BNDES entra com o dinheiro, a Eletrobras com o risco e a empreiteira comanda a sociedade.

Coturno


Clique aqui e conheça o site do Projeto Tumarin. Está hospedado no portal Centrales Hidrelétricas de Nicarágua (CHN), um consórcio entre a Eletrobras e a Queiroz Galvão para construir uma grande hidrelétrica naquele país. Como todos sabem, a Construtora Queiroz Galvão, está envolvida até o pescoço no Petrolão. Por sua vez, a Eletrobras teve um prejuízo de R$ 2,7 bi apenas no terceiro semestre de 2014. O valor da obra paga pelo dinheiro dos brasileiros via BNDES? U$ 1,1 bilhão!

No site ficamos sabendo que:

a) Las obras serán financiada con apoyo del Banco Nacional de Desarrollo Económico Social (BNDES) de Brasil, así como del Banco Centroamericano de Integración Económica (BCIE), por medio de la estructuración de un Project Finance.

b) La construcción de la presa será realizada en un período de 4 años y después de los primeros 26 años de operación comercial, de acuerdo a lo que establece la Ley 695 y su reforma, la Ley 816, la planta pasará sin costo alguno al gobierno de Nicaragua, representado porENEL.

Precisa traduzir? Não é um negócio muito estranho? Mas o pior os leitores não sabem. O gerente geral da CHN é um brasileiro. O nome dele é Roberto Abreu de Aguiar. Sabem onde ele trabalhava antes? Na Construtora Queiroz Galvão. Não é engraçado que a Eletrobras, que tem um imenso prejuízo no Brasil, insista em fazer uma obra lá fora que, daqui 26 anos, será entregue ao governo da Nicarágua, sem custos? E que abra mão de enviar um diretor brasileiro, funcionário público, para coordenar a obra, deixando tudo nas mãos de um ex-funcionário de uma das construtoras do Petrolão?

O que fica cheirando é que existe aí uma grande negociata. O BNDES bota o dinheiro. A Eletrobras entra com o risco. A Queiroz Galvão toca o negócio sem que ninguém fiscalize a obra. E a Nicarágua ganha uma grande hidrelétrica de graça, depois de 26 anos. Já pensaram se Itaipu fosse um negócio assim? É gravíssimo que governo brasileiro não comande a obra. Que a construtora mande! O TCU, o MPF, a PF e o juiz Sérgio Moro não entram lá. Imaginem o tamanho da roubalheira!

Assista aqui a um dos vídeos onde Roberto Abreu de Aguiar informa que o primeiro passo é a construção de uma estrada de 50 km até o local da obra. O homem da Queiroz Galvão manda, não pede. Virou celebridade na Nicarágua, às custas do dinheiro do contribuinte brasileiro.

Leia aqui matéria de hoje sobre Tumarin, publicada no Estadão.

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