Com o estouro do escândalo do Mensalão, o Brasil ficou sabendo como é que o PT conseguiu aprovar tudo o que quis no Congresso desde que assumiu a presidência da República. A denúncia escancarou o esquema que comprava consciências para garantir o sucesso do projeto de poder do partido.
O julgamento não acabou necessariamente em pizza, não tinha como absolver os culpados diante dos fatos. Entretanto, o chefão ficou de fora e os políticos condenados já estão livres, leves e soltos. Quem caiu nas garras do partido está pagando o preço por ter auxiliado o PT na captação de recursos.
O mesmo está prestes a acontecer no caso do Petrolão.
"A Polícia Federal está investigando os responsáveis da diretoria da Petrobras para baixo. Deve chegar o momento de investigar da diretoria para cima. Aí, dificilmente deixa de bater em Dilma, poderosa presidente do conselho administrativo da empresa, e em Lula, presidente da República. Não sei se sua responsabilidade pela corrupção será provada. Mas foram eles que impuseram o projeto da refinaria, contrariando pareceres técnicos para agradar Chávez e os aliados pernambucanos. O ato de "vontade política" abriu a porteira para os desmandos que se seguiram." (comentário de Eduardo Graeff sobre um dos casos polêmicos do desgoverno petista - a refinaria Abreu e Lima.)
É o que também retrata O Estadão, que publicou matéria informando que parte das empreiteiras investigadas sob suspeita de integrar o cartel da Petrobrás começou a atuar nos bastidores a fim de que as punições do escândalo não se restrinjam a seus executivos, a operadores e a ex-diretores da estatal. O objetivo é tentar deixar claro que houve protagonismo de políticos ligados ao governo e que a direção da Petrobras teve participação ativa na formação do conluio entre as empresas.
A preocupação dos empreiteiros - externada em conversas reservadas - está no fato de a Operação Lava Jato estar dividida em duas instâncias judiciais. A parte que trata de executivos, operadores e ex-diretores da Petrobrás está sob a guarda da primeira instância, mais precisamente sob condução de Sérgio Moro, magistrado considerado linha-dura que atua na Justiça Federal no Paraná. Já a outra parte da investigação - a que apura a participação de políticos -, está sob a guarda do Supremo Tribunal Federal. Isso porque parte dos citados é parlamentar e tem, portanto, foro privilegiado.
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