sábado, 28 de fevereiro de 2015

NÃO FALTAM MOTIVOS PARA O POVO SAIR ÀS RUAS

Renato Duque foi solto a pedido de Lula, diz jornal. Esposa teria ameaçado denunciar envolvimento do ex-presidenteFelipe Moura Brasil

BOMBA
Duque, Lula e Zavascki

Quando o ministro Teori Zavascki, do STF, mandou deixar solto Renato Duque, o afilhado de José Dirceu e arrecadador petista na Petrobras, que ele mesmo mandara soltar noutra ocasião, escrevi aqui no blog:
A Justiça brasileira é motivo suficiente para sair às ruas em 15 de março. Que a constrangedora impunidade desses criminosos, especialmente dos protegidos do PT, desperte o sentimento e o dever cívicos de milhões e milhões de brasileiros.
Quando outra decisão do ministro revelou “dois pesos, duas medidas”, tuitei:
Captura de Tela 2015-02-27 às 18.22.54Os demais golpes do partido governante para blindar Lula e Dilma Rousseff no escândalo do Petrolão também estão resumidos passo a passo neste blog – aqui e aqui.
Mas agora estourou a ‘bomba’ que revela a atuação direta do ex-presidente no boicote à Justiça, com a cumplicidade do ministro do STF:
Isso mesmo: Duque foi solto a pedido de Lula, conforme O Antagonista apurou com três fontes diferentes. Em resumo:
1) A mulher do arrecadador entrou em desespero com a prisão do marido em novembro de 2014 e, não podendo mais recorrer ao mensaleiro em baixa Dirceu, procurou o braço-direito de Lula, Paulo Okamotto, que lhe prometeu resolver depressa a situação.
2) Cobra criada em lidar com petistas, ela não caiu na conversa e ameaçou reunir provas suficientes para demonstrar que Lula sabia e participara de todo o esquema de corrupção na Petrobras, o que acabou obrigando Okamatto a alertar o ex-presidente de que ele deveria resolver pessoalmente o problema.
3) Lula então se encontrou com a mulher de Duque e tentou convencê-la de que seu marido ficaria na prisão por menos tempo do que se imaginava, mas ela tampouco se deixou levar e voltou a dizer que o implicaria no escândalo se Duque não fosse libertado rapidamente.
4) Acuado, Lula pediu socorro a um grande amigo seu, ex-ministro do STF, que lhe sugeriu, como o melhor caminho, recorrer a Teori Zavascki.
5) O próprio amigo de Lula marcou um encontro com o ministro para lhe explicar a urgência de livrar Renato Duque, porque, caso contrário, Lula seria envolvido “injustamente” num escândalo de proporções imprevisíveis para a estabilidade institucional.
6) Teori Zavascki aquiesceu. Avisado pelo amigo ex-ministro do STF, Lula comunicou à mulher de Renato Duque que tudo estava resolvido e, passados pouco mais de quinze dias após a sua prisão, o arrecadador viu-se livre da carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Comento: Não faltam motivos para o povo sair às ruas.
Teori
Teori Zavascki mostra onde enfia a democracia

A PIZZARIA DO DOUTOR JANOT

Que mimo! O estado brasileiro encontrou os corruptores, mas não tem certeza se existem corrompidos…

Por Reinaldo Azevedo
Então vamos lá, caros internautas. Quem lê este blog sabe desde domingo que Rodrigo Janot, procurador-geral da República, andava, digamos assim, “conversando” com José Eduardo Cadozo, ministro da Justiça. A publicação da informação me rendeu alguns ataques bucéfalos. Eu estaria, ora vejam!, fazendo carga contra o Ministério Público. Escrevi ontem um post a respeito e convidei os leitores insatisfeitos com o blog a fazer o que faço quando acho que um veículo não presta: ler outra coisa. Vamos seguir.
Às 6h21 de quarta-feira, os que acompanham esta página leram aqui umpost cujo título era este: “Janot, os pedidos de abertura de inquérito e a denúncia… É preciso cuidado para que o braço político do crime não se dê bem de novo!”.
Janot inquéritos
E escrevi lá o que segue:
Janot inquéritos 2Janot inquéritos 3
Muito bem! Na Folha desta sexta, lê-se o que segue.
Folha Janot inquéritos
FOlha Janot inquéritos 2
Folha Janot inquéritos 3
Retomo
Olhem cá, meus caros: meu interesse nessa história vai nesta ordem, de acordo com a minha profissão:
1: apegar-me aos fatos — é o trabalho de um jornalista;
2: cobrar que se faça Justiça, de acordo com as leis da democracia e do estado de direito.
Reitero: os que estiverem satisfeitos com isso continuem no blog. Os que não estiverem estão a um clique de fazer a coisa certa.
Não sou adivinho. Não sou ideólogo. Não sou pitonisa. A pizza que se busca assar no petrolão é muito mais sofisticada, reitero, do que a que se assou no mensalão. Alguns espertos e expertos estão abusando da ignorância e do velho rancor contra os ricos — vocês sabem como eles têm as costas largas… — para transformar os empreiteiros nos grandes bandidos da República, enquanto os políticos, a exemplo do que se deu no mensalão, continuarão a saltitar por aí. É contra isso que me insurgi desde o princípio.
E pergunto de novo: o Ministério Público vai ou não fazer a delação premiada de Ricardo Pessoa?
Para encerrar
Naquele post de quarta-feira, deixei claro que Janot pedir ao STF o fim do sigilo dos procedimentos de investigação — incluindo inquéritos — é pura firula populista, tendente a ser rejeitada pelo tribunal. Estivesse realmente interessado em justiça e celeridade, ele ofereceria, em muitos casos escancarados, a denúncia, em vez pedir a simples abertura de inquérito.
Estamos diante de mais um caso de surrealismo explícito. Vejam que graça: temos pessoas que o estado considera “corruptoras” — os empresários denunciados —, mas esse mesmo estado tem dúvidas se existem os “corrompidos”… Ou por outra: o estado brasileiro tem certeza de que existe o criminoso, mas não está certo de que o crime tenha existido. É uma piada!
 Eu opino muito, sim. Mas a base da minha opinião são os fatos. Os incomodados que se mudem. Sobrarão muitos milhares.
Obrigado!

"A TROPA OBEDECE"

Editorial do Estadão

“Após o ex-presidente Lula ter posto lenha na fogueira, pedindo que a companheirada não fugisse do embate com a oposição – mesmo que fosse preciso recorrer à briga –, a tropa petista obedeceu. O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de janeiro e atual prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, postou em sua página no Facebook um texto que exprime bem a autoridade que o comandante Lula ainda goza perante a sua militância.
Em sua página na rede social, Quaquá escreveu: “Contra o fascismo a porrada! Não podemos engolir esses fascistas burguesinhos de merda! Tá na hora da militância e dos petistas responderam (sic) esses fdps que dão propina ao guarda, roubam e fazem caixa dois em suas empresas, sonegam impostos dão uma de falsos moralistas e querem achincalhar um partido e uma militância que melhorou (sic) a vida de milhões de brasileiros. Vamos pagar com a mesma moeda: agrediu, devolvemos dando porrada”.

ARAPONGAGEM; INVASÃO PODE TER SIDO PARA ‘PLANTAR’ ESCUTAS NA CASA DE JANOT

Atenção Polícia!!! Quem arrombou a casa do Janot, podem ser os mesmos que estão arrombando o Brasil!!!

Romeu Tuma

Não duvido, isso explica o 'medaço' porque não creio que, em condições normais, o procurador seria conivente com os chefões do Petrolão.
Leiam o que informa a Coluna Cláudio Humberto



O arrombamento da casa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgado ontem no site DiáriodoPoder.com.br, pode ter sido obra de espiões para “plantar” escutas ambientais ilegais. A suspeita surgiu após a constatação de que os invasores nada levaram, nem mesmo uma pistola do dono da casa, com três pentes de bala. Apenas foi levado, estranhamente, o controle remoto do portão da garagem.

O arrombamento foi há um mês. Janot estava com a filha na Disney. A invasão durou 8 minutos, suficientes para ocultar micro escutas.

No começo, o procurador atribuiu o arrombamento a bandidos comuns, mas agora há a suspeita de ação ligada a investigados da Lava Jato.

Suspeita-se que tanto as supostas ameaças quanto a invasão da casa de Janot são obra de “agentes privados” interessados na investigação.

Rodrigo Janot foi desaconselhado a usar aviões de carreira, e ontem, já sob forte proteção, viajou ara Minas em um jatinho da FAB.

LULA E DILMA EM PROVÁVEL LISTA DO PETROLÃO



André Brito

A provável lista de políticos citados nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, do megadoleiro Alberto Youssef e de executivos das empreiteiras enroladas no esquema de corrupção desmantelado pela operação Lava Jato da Polícia Federal pode incluir a presidente da República, Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e mais outros 39 nomes, incluindo 16 deputados e ex-deputados federais, 13 senadores, cinco governadores e ex-governadores, e um deputado estadual.

Os outros quatro nomes são dos ex-ministros da Casa Civil, José Dirceu e Antônio Palocci, além dos pernambucanos falecidos Eduardo Campos (PSB) e Sérgio Guerra (PSDB). A lista com os nomes será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta terça (3), onde já existem 42 procedimentos abertos.

O Diário do Poder divulgou, em primeira mão, que os governadores reeleitos do Acre, Tião Viana (PT), e do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), foram citados em procedimentos abertos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), além do ex-ministro Mário Negromonte, que hoje é conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.

Confira AQUI lista completa com nomes e fotos de políticos envolvidos:

"FOI FHC"... ELE FEZ O REAL, O BOLSA ESCOLA, ...

TUCANOS IRONIZAM TENTATIVA DO PT DE INVESTIGAR GESTÃO FHC


O jornalista Lauro Jardim divulga nota mostrando o próprio Fernando Henrique participando da brincadeira "Foi FHC":


“Foi FHC”

FHC
O cartaz “Foi FHC” (clique para aumentar)
Depois de Dilma Rousseff se basear na delação premiada de Pedro Barusco para atribuir o início da corrupção na Petrobras ao governo de FHC, as redes sociais não perdoaram a presidente.
As piadas diziam que a culpa pela extinção dos dinossauros caberia a FHC, assim como os atentados ao World Trade Center, a morte de Ayrton Senna, a derrota na Copa de 1950, a Gripe Espanhola, entre outros.
Além de responder Dilma dizendo que a atitude dela era a de quem “bate a carteira e grita ‘pega ladrão”, FHC resolveu entrar na brincadeira. Com uma cédula de dois reais à mão, o ex-presidente foi fotografado pelo senador Cássio Cunha Lima fazendo referência ao Plano Real e ironizando: “Foi FHC”. A letra no cartaz, a propósito, é de Aécio Neves.

'FORA DILMA' - IMPRENSA FOI IMPEDIDA DE DOCUMENTAR O PROTESTO CONTRA DILMA

DILMA É RECEBIDA SOB PROTESTOS NO RIO GRANDE DO SUL



Um grupo de cerca de 150 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Autônomos de Carga realizaram um protesto contra a presidente Dilma Rousseff em Santa Vitória do Palmar (RS), cidade gaúcha localizada na fronteira com o Uruguai onde ela vai inaugurar o parque Eólico de Geribatu. Os manifestantes carregavam faixas com mensagens como "fora Dilma" e "basta de fanfarras no governo".

Outras pessoas do movimento erguiam cartazes pedindo a redução dos pedágios e a valorização dos fretes. A região sofre com a greve dos caminhoneiros, que há uma semana vem reivindicando, principalmente, a redução do preço do diesel. A paralisação tem feito que muitas cidades do Estado fiquem desabastecidas, com falta de alimentos nos supermercados e de combustíveis nos postos.

Os manifestantes iniciaram o protesto antes da chegada de Dilma. Eles driblaram as barreiras formadas pelo Exército nos entornos da região do evento, onde era feito o controle de entrada das pessoas pelos militares.

A imprensa, que foi direcionada pelo cerimonial da Presidência a uma área restrita, foi proibida pelos seguranças a deixar o cerco para acompanhar o protesto. Somente alguns fotógrafos que ainda não tinham feito o credenciamento conseguiram se aproximar dos manifestantes. Enquanto fotografavam, agentes da Polícia Federal tentavam impedir que eles registrassem a manifestação.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

PARA O PT, O QUE SERIAM ATOS SEM "GOLPISTAS"

Após ato do PT em defesa da Petrobras, batedores de carteira marcam ato em defesa das carteiras

Lula Petrobras















O PT roubou pelo menos 640 milhões de reais da Petrobras, de acordo com a Operação Lava Jato, mas nenhum centavo foi devolvido à estatal no ato em sua suposta defesa realizado nesta terça-feira na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro, sob a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula “Sabia de Tudo” da Silva.
(* Enquanto o evento transcorria, ainda veio a notícia de que a agência de classificação de risco Moody’s, preocupada com as investigações sobre a corrupção e o atraso na divulgação do balanço, rebaixou a nota da Petrobras e retirou o grau de investimento. Coisa linda.)
PT espanca


















Do lado de fora, os manifestantes anti-PT que gritavam “Fora, Dilma!” acabaram violentados por milicianos petistas, exatamente como o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, havia orientado a corja não fazer no dia 15 de março. Mas é próprio dos valentes aproveitarem enquanto são maioria, não é mesmo?
Já do lado de dentro, o líder do Movimento dos Sem Terra (MST) João Pedro Stédile, o ex-presidente nacional do PSB e membro do Foro de São Paulo Roberto Amaral e o militante virtual petista (segundo o próprio presidente do partido, Rui Falcão) Luís Nassif uniram-se a Lula para violentar, como de costume, a inteligência do povo brasileiro.
“Hoje, não precisamos de Justiça. Se a imprensa falou, tá falado”, disse o ex-presidente, vitmizando-se e culpando pela enésima vez a imprensa pela roubalheira do PT. Esse é o mesmo Lula que, de acordo não com a imprensa, mas com o empresário Auro Gorentzvaig, cuja família foi sócia da Petrobras na refinaria Triunfo, disse: “Poder Judiciário não vale nada. O que vale são as relações entre as pessoas”.
Entre o Lula que exalta a Justiça em público e o Lula que a menospreza em privado (enquanto ministros petistas como José Eduardo Cardozo manobram para boicotá-la), eu fico com o segundo, que me soa muito mais sincero.
De qualquer modo, o ato do PT em defesa da Petrobras inspirou vários outros grupos a marcarem atos de lógica semelhante pelo país:
1) Os batedores de carteira marcaram um ato em defesa das carteiras;
2) Os ladrões de carro marcaram um ato em defesa dos carros;
3) Os traficantes de drogas marcaram um ato em defesa dos viciados;
4) Os estupradores marcaram um ato em defesa das vítimas de abuso sexual;
5) E os assassinos marcaram um ato em defesa das vítimas de assassinato.
Pronto. Chega de “golpistas”. Graças ao exemplo de Lula e seus milicianos, finalmente o país terá protestos (pacíficos) de verdade.
Felipe Moura Brasil

VERGONHA: O MUNDO VÊ O BRASIL NA LAMA


Na VEJA.com:
Pela terceira vez em menos de dois anos, a revista britânica The Economist volta a dedicar sua capa ao Brasil — e, novamente, não é por razões animadoras. Na edição latino-americana que chega às bancas, uma passista de escola de samba está em um pântano coberta de gosma verde com o título ‘O atoleiro do Brasil’. A reportagem que foi veiculada nesta quinta-feira foi produzida por uma equipe de editores e jornalistas da publicação que passou uma temporada no Brasil para tomar pé da situação econômica. Os jornalistas estiveram em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Nas duas últimas capas que a Economist havia feito sobre o país (uma em setembro de 2013 e outra em outubro de 2014), a principal crítica até então recaía sobre a equipe econômica e a presidente Dilma Rousseff, que juntas haviam conseguido minar a credibilidade das contas públicas. Outra crítica recorrente era a política protecionista. Na edição recente, a revista poupa o novo ministro Joaquim Levy — mas não Dilma: “Escapar desse atoleiro seria difícil mesmo para uma grande liderança política. Dilma, no entanto, é fraca. Ela ganhou a eleição por pequena margem e sua base política está se desintegrando”, diz a revista.
Em editorial, a revista se refere ao Brasil como “antiga estrela da América Latina” e afirma que o país vive seu pior momento desde o início da década de 1990, período de instabilidade política, com o impeachment de Fernando Collor, e derrocada econômica, com a hiperinflação. “A economia do Brasil está uma bagunça, com problemas muito maiores do que o governo admite ou investidores parecem perceber”. Além da ameaça de recessão e da alta inflação, a revista cita como grandes problemas o fraco investimento, o escândalo de corrupção na Petrobras e a desvalorização cambial que aumenta a dívida externa em real das empresas brasileiras.
Segundo a publicação, Dilma Rousseff “pintou um quadro cor-de-rosa” sobre o Brasil durante a campanha eleitoral. A revista critica o fato de a presidente ter usado o discurso de que a oposição iria retirar as conquistas adquiridas nos últimos anos, como o aumento da renda e os benefícios sociais. “Apenas dois meses do novo mandato e os brasileiros estão percebendo que foi vendida uma falsa promessa”.
A Economist nota que boa parte dos problemas brasileiros foi gerada pelo próprio governo que adotou uma estratégia de “capitalismo de Estado” no primeiro mandato. Isso gerou fracos resultados nas contas públicas e minou a política industrial e a competitividade, diz. A revista destaca que Dilma Rousseff reconheceu parte desses erros ao convidar Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. “No entanto, o fracasso do Brasil em lidar rapidamente com distorções macroeconômicas deixou o senhor Levy com uma armadilha de recessão”.
Entre as medidas para que o Brasil retome o caminho do crescimento sustentado, a revista diz que “pode ser muito esperar uma reforma das arcaicas leis trabalhistas”. “Mas ela deve pelo menos tentar simplificar os impostos e reduzir a burocracia sem sentido”, diz o texto, ao citar que há sinais de que o Brasil pode se abrir mais ao comércio exterior.
O editorial termina lembrando que o Brasil não é o único dos Brics em apuros. A Rússia está em situação pior ainda. A publicação ainda sugere que ainda é tempo para agir: “Mesmo com todos os seus problemas, o Brasil não está em uma confusão tão grande como a Rússia. O Brasil tem um grande e diversificado setor privado e instituições democráticas robustas. Mas seus problemas podem ir mais fundo do que muitos imaginam. O tempo para reagir é agora”.

'LULA ESTIMULA O CONFLITO SOCIAL'

O ex-presidente declara guerra e ameaça o povo brasileiro com seu exército vermelho.

O chefão já faz um grande mal aos brasileiros provocando a divisão e a discórdia. Com esse tipo de ameaça, ultrapassa todos os limites da maldade.


Leia editorial do Estadão:

No desespero para salvar o PT de um desastre que a incompetência do governo de Dilma Rousseff torna a cada dia mais grave, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ameaça incendiar as ruas com “o exército do Stédile”, a massa de manobra do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Lula acenou com essa ameaça em evento “em defesa da Petrobrás” promovido na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, pelo braço sindical do PT, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Basta abrir as páginas dos jornais ou assistir ao noticiário da televisão para perceber que a radicalização política começa a levar a violência às ruas das principais cidades do País. 

CAMINHONEIROS NÃO SE INTIMIDAM

Líder de caminhoneiros ataca governo e descarta proposta

Para Ivar Schmidt, que utiliza o Whatsapp para conversar com colegas grevistas e abomina os sindicatos, o que Executivo propôs é um absurdo



O caminhoneiro Ivar Schmidt é o principal porta-voz do Comando Nacional do Transporte, uma entidade sem personalidade jurídica que tem causado dor de cabeça tanto ao governo quanto aos sindicatos que deveriam representar a categoria. Líder do movimento que paralisa estradas em todo o país, ele conversou com a reportagem do site VEJA na noite desta quarta-feira. Minutos antes, Ivar havia deixado uma reunião infrutífera com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, que tomou a frente das negociações sobre o tema.
A audiência só ocorreu por insistência de Ivar. Durante o dia, Rossetto priorizara o diálogo com os sindicatos de caminhoneiros – embora a paralisação tenha sido articulada sem a participação de entidades de classe. O diálogo entre os representantes regionais do movimento se dá por meio das redes sociais e principalmente pelo aplicativo de celular Whatsapp, que permite a troca instantânea de mensagens. Foi por meio do programa que, na noite desta quarta-feira, Ivar orientou os colegas a manterem o bloqueio. Confira a entrevista:
Como foi a reunião com o ministro Miguel Rossetto? 
Desde ontem o pessoal do governo tenta me desqualificar como representante do movimento. Hoje a gente participou da reunião, o governo expôs alguns absurdos e no meio dessa reunião tentaram me desqualificar novamente. Eu me retirei da reunião, porque a gente não concorda com aquilo que foi exposto. Aí me levaram para outra sala, falamos com o Robinson Almeida, do gabinete do ministro, e ele expôs as mesmas ideias. 
Ele disse que não reconhecia a sua liderança? 
Isso.
O que o senhor achou da proposta do governo?
Isso é um absurdo. Nós estamos com lucro zero, aí o governo nos propõe de ficar tendo lucro zero mais seis meses. Eu acho que eles não regulam certo da cabeça. Devem estar com problema. Infelizmente não teve acordo, nós não aceitamos a proposta. 
Quantos são os pontos de bloqueio hoje?
São 128 pontos de bloqueio, em nove estados.
O senhor tem influência sobre quantos desses pontos? 
Cerca de cem. Eu acho que hoje deve ter aumentado, porque a gente criou um grupo de Whatsapp para todos os líderes e eles foram adicionando outros colegas.
Esse episódio mostra que os sindicatos perderam o poder de representatividade?
Com certeza. O nosso movimento abomina sindicato, associação, federação, confederação. E esses segmentos tentaram nos representar nas últimas décadas e nunca resolveram nosso problemas. Então, a gente está aqui. Vou ficar em Brasília até resolver isso.
Há alguma reunião marcada para esta quinta-feira? 
O secretário do ministro ficou de nos telefonar para marcar uma reunião.
Qual foi o recado que o senhor passou aos colegas pelo Whatsapp depois do encontro com o ministro? 
O recado é claríssimo: o movimento continua.

QUEM PT VIU, QUEM PT VÊ!

Governo decide multar e aciona PF contra caminhoneiros

Além de aplicar multas de 5.000 reais a 10.000 reais, governo pretende identificar líderes dos protestos que travam as estradas em várias regiões


Eduardo Cardozo durante coletiva em Brasília

Sem conseguir negociar com os caminhoneiros que bloqueiam estradas do país em diversos estados, o governo determinou que a Polícia Rodoviária Federal multe os motoristas parados nas rodovias. Além de notificá-los pela infração de trânsito, a decisão tem um objetivo mais importante: identificar os líderes do movimento grevista e, assim, permitir a aplicação de multas por desobediência às ordens judiciais que exigem a desobstrução das vias. Nesse caso, o valor a ser pago varia de 5.000 a 10.000 reais por hora.
A medida anunciada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi a solução encontrada pelo governo para permitir a punição dos grevistas, já que não há um sindicato ou entidade juridicamente constituída a ser responsabilizada pelo movimento. "O governo agirá firmemente no cumprimento da lei e das determinações judiciais", disse Cardozo.
O Executivo também determinou que a Polícia Federal abra inquérito para investigar a prática de crimes por participantes do movimento – entre eles, o de obstrução ao trânsito de outros veículos.
O último dado da Polícia Rodoviária Federal é que existem 97 pontos de bloqueio em sete estados.
O ministro da Justiça explicou que o governo negociou com os representantes constituídos da categoria, apesar de integrantes do movimento afirmarem que os sindicatos não os representam. "O governo reitera que a proposta que foi apresentada foi aceita pela maior parte dos trabalhadores", disse ele.
No início da tarde, três representantes do movimento dos caminhoneiros protocolaram um pedido de audiência com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto. Entre eles, está Ivar Schmidt, que esteve com o ministro nesta quarta e rejeitou a proposta do governo. O grupo pede uma redução, ainda que temporária, no valor do óleo diesel.
Protestos bloqueiam trânsito para caminhões em rodovias do oeste catarinense

PIZZA GARANTIDA NA CPI "CUMPANHEIRA"

CPI NEGA DESTITUIÇÃO DE QUEM RECEBEU DOAÇÕES DE EMPRESAS DA LAVA JATO

FICAM NA CPI OS FINANCIADOS POR EMPREITEIRAS QUE VÃO INVESTIGAR


Diário do Poder

Em meio às expectativas sobre as denúncias de envolvimento de políticos na Operação Lava Jato, deputados instalaram nesta quinta-feira, 26, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás na Câmara, que já iniciou com uma polêmica. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que preside nesta tarde a sessão de instalação da CPI, negou o questionamento feito pelo PSOL sobre a permanência na comissão de deputados que receberam doações de empreiteiras envolvidas na Lava Jato.

O PSOL avisou que vai recorrer da decisão no plenário da Casa. Mais cedo, em plenário lotado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando a participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento eleitoral das empreiteiras implicadas na operação. Ele pediu a destituição dos parlamentares que tenham recebido doações de OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras estão o presidente do colegiado, o peemedebista Hugo Motta (PB) e o relator, o ex-ministro da Pesca e das Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ). Valente aproveitou para registrar a candidatura à presidência da CPI.

Ao indeferir a questão de ordem de Valente sobre a destituição de membros da comissão, Faria de Sá disse que os membros não foram autoindicados e que quem concluir que deve se colocar em suspeição nas votações da CPI, deve se declarar impedido.

Durante as discussões, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), ainda insistiu na tese da destituição dos financiados pelas empreiteiras citadas na Operação da Polícia Federal. "Quem contrata a orquestra, escolhe a trilha sonora", comparou. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que repudiava a tentativa de criminalização de doações legais.

Outros parlamentares tambám rechaçaram o questionamento. "Não há doações que tenham sido feitas às escuras", disse o líder do PSC André Moura (SE). "A questão de ordem do deputado Ivan Valente tem toda razão de ser", pontuou o líder do PPS Rubens Bueno (PR).

O deputado Silvio Costa (PSC-PE) disse que a CPI já começa com a oposição sofrendo de "Ptfobia". "Eles não aguentam escutar o nome PT", afirmo

O foco da CPI é investigar as irregularidades na Petrobrás entre 2005 e 2015, denúncias de superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, averiguar a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o objetivo de praticar atos ilícitos na estatal, investigar o afretamento de navios de transporte, plataformas e sondas e apurar supostas irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e venda de ativos da Petrobras na África.

A CPI tem 27 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. Os trabalhos devem ser realizados em 120 dias. (AE)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

FOI O FHC, OPS, ESSA NÃO, DESSA VEZ FOI O AÉCIO

O PT ESTÁ UNINDO O BRASIL ... CONTRA O PT

Até que enfim, o PT está unindo o Brasil! Contra o PT! Ou: O quilo de músculo a R$ 23! Ou: Até eu virei um meme

Por Reinaldo Azevedo
Vejam esta imagem.
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O que faço conduzindo um táxi, no Rio? Explico. Houve um tempo em que a desculpa dos petistas para todas as bobagens que eles próprios faziam colava. Ao menor sinal de contratempo, lá vinha uma dessas frases: “Foi o FHC que começou!”; “No governo FHC era pior”; “É herança maldita do FHC”.
Pois é… O tempo passou na janela, como diria o petista Chico Buarque, e só as Carolinas Vermelhas, e com os bolsos cheios de dinheiro roubado, não viram. Essa última parte, é certo, o Chico não diria. Não deu tempo de ler o noticiário lá em Paris.
Na primeira e desastrada entrevista que concedeu depois de um adorável silêncio de 60 dias, Dilma não teve dúvida: segundo disse — e é mentira! —, a corrupção na Petrobras começou no governo FHC. A ela, coitadinha!, teria cabido a tarefa de combater a roubalheira.
Não colou!
Não só não colou como a coisa caiu no ridículo. A Internet, especialmente as redes sociais, foi invadida por uma avalanche de memes ironizando a bobagem dita pela governanta. Há o do cachorrinho que faz lambança na casa, segurando na boca uma plaquinha: “Foi o FHC”. É a resposta que um garotinho dá ao pai ao levar uma bronca por ter feito xixi no tapete. Em outro, um tiranossauro rex lamenta, ao perceber que um meteoro gigante atingiu a Terra: “Porra, FHC!”. O mesmo FHC é detectado por um satélite russo pulando de paraquedas pouco antes de o segundo avião atingir as Torres Gêmeas.
Tiranossauro - FHC
cachorro culpa FHC
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Eis aí. Acabou a condescendência. Ninguém mais tem saco para aguentar os petistas e suas desculpas. A reputação do partido se esfarelou. Há um fastio crescente nas ruas, que não distingue mais classes sociais.
Comentava a questão ontem com a minha mulher, que disparou uma frase que me parece sintetizar admiravelmente o momento: “Pois é… Uma coisa era esse papo furado no auge daquele modelo que incentivava o consumo, outra, bem diferente, é tentar essa desculpa quando o quilo do músculo está a R$ 23”. Na mosca!
E olhem que sedizentes intelectuais como Marilena Chaui (que ocaso triste vive esta senhora!), Emir Sader e Leonardo Boff (o pensador que escreve livros sobre galinhas…) se esforçam: resolveram lançar em manifesto em defesa da Petrobras, como se a empresa estivesse sob ameaça. Quer dizer: está! Mas quem corrói seu patrimônio e sua reputação é a companheirada petista. Nada mais dá certo! Se o PT passar a defender a Lei da Gravidade, haverá uma onda de desconfiança sobre a efetividade da dita-cuja.
Até este que vos escreve virou meme. No Rio, em São Paulo e em toda parte, é você entrar no táxi, e o motorista senta a pua no PT, na Dilma, na companheirada… Aí um gaiato brincou: “Acho que o Reinaldo Azevedo anda a fazer a cabeça dos motoristas de táxi…”. E eu, quem nem dirijo, apareço conduzindo um bólido, hehe…
É bem verdade que este blog e também o programa “Os Pingos nos Is”, que ancoro na Jovem Pan, fazem um sucesso danado entre os motoristas, os porteiros, os operários, os intelectuais de verdade (não entre as bruxas e suas vassouras teóricas), os empresários… O PT, finalmente, cumpre aquele que era um de seus anunciados propósitos: unir o Brasil! Os petistas estão unindo o Brasil contra o PT!
Mais alguns memes:

sábado, 21 de fevereiro de 2015

OS SEGREDOS DO EMPREITEIRO



Em VEJA desta semana

O que o dono da UTC sabe é dinamite pura

Ricardo Pessoa, presidente da UTC, preso na PF em Curitiba, quer fazer delação premiada e contar tudo. As manobras para convencê-lo do contrário seguem o padrão do ciclo petista no poder: o ministro da Justiça vira advogado de defesa do governo e tenta evitar que os escândalos atinjam o Planalto

Daniel Pereira e Robson Bonin

Muito se discute sobre as motivações que um empreiteiro há três meses preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba teria para contar o que sabe — não por ter ouvido falar, mas por ter participado dos eventos que está pronto a levar ao conhecimento da Justiça. O engenheiro baiano Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, tem várias.

A primeira, evidente, é não ser sentenciado pela acusação de montar um cartel de empreiteiras destinado a fraudar licitações na Petrobras, quando a festa pagã de que ele tomou parte na estatal foi organizada pelo PT, o partido do governo. A segunda, também óbvia, é atrair para o seu martírio o maior grupo de notáveis da política que ele sabe ter se beneficiado das propinas na Petrobras e, assim, juntos, ficarem maiores do que o abismo — salvando-se todos. A terceira, mais subjetiva, é, atormentado pela ideia de que tudo o que ele sabe venha a ficar escondido, deixar registrado para a posteridade o funcionamento do esquema de corrupção na Petrobras feito com fins eleitorais.

Antes dono de um porte imponente e até ameaçador, Pessoa está magro e abatido. As acusações de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa que pesam sobre ele poderiam ser atenuadas caso pudesse contar, em delação premiada, quem na hierarquia política do país foi ora sócio, ora mentor dos avanços sobre os cofres da Petrobras.

“Vou pegar de noventa a 180 anos de prisão”, vem dizendo Ricardo Pessoa a quem consegue visitá-lo na carceragem. Foi com esse espírito que fez chegar a VEJA um resumo do que está pronto a revelar à Justiça caso seu pedido de delação premiada seja aceito. A negociação com os procuradores federais sobre isso não caminha. Pessoa reclama que os procuradores querem que ele fale de corrupção em outras estatais cuja realidade ele diz desconhecer por não ter negócios com elas. Já os procuradores desconfiam que Pessoa está sonegando informações úteis para a investigação. O impasse só favorece o governo, pois o que Pessoa tem a dizer coloca o Palácio do Planalto de pé na areia do mar de escândalos.

As revelações de Ricardo Pessoa

• O esquema organizado de cobrança de propina na Petrobras começou a funcionar em 2003, no governo Lula, organizado pelo então tesoureiro do PT Delúbio Soares

• A UTC financiou clandestinamente as campanhas do ministro Jaques Wagner ao governo da Bahia em 2006 e 2010

• A empreiteira ajudou o ex-ministro José Dirceu a pagar despesas pessoais a partir de simulação de contratos de consultoria

• Em 2014, a campanha de Dilma Rousseff e o PT receberam da empreiteira 30 milhões de reais desviados da Petrobras

LULA TRATA BRASIL COMO SUA REPUBLIQUETA

Na Folha:

O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, criticou o encontro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve com representantes de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Aécio disse que a movimentação significa tratar o Brasil como uma “republiqueta”.
“Eu custo crer que isso possa ser verdade porque é algo tão acintoso à própria democracia. Recorrer a um ex-presidente como se o Brasil fosse uma republiqueta, onde a interferência política pudesse mudar o rumo de investigações, é desconhecer a realidade de um país que, se não avançou nos seus procedimentos éticos em razão do que aconteceu nos últimos 12 anos, felizmente, isso, avançou do ponto de vista das solidez das suas instituições”, disse o tucano. Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” desta sexta-feira (20) afirma que tanto Lula quanto seu sócio Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, têm recebido representantes das construturas desde o fim do ano passado. Os executivos, ainda segundo a reportagem, pediriam que o ex-presidente fizesse uma intervenção política para evitar o colapso econômico das empresas.
Okamotto confirmou, em entrevista ao jornal, que recebeu “várias pessoas” das companhias que são investigadas por envolvimento nos desvios da Petrobras. Lula e as empresas citadas na reportagem –OAS, Odebrecht e UTC/Constran– negam as reuniões. O senador tucano, no entanto, disse que não tomará iniciativa individual para propor a convocação de Lula para a CPI da Câmara que vai investigar a petroleira.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a investidas das empresas para uma eventual interferência do ex-presidente não terão efeito, uma vez que o país conta com instituições sólidas e que não se contaminam com a política. “Com as delações premiadas ‘a casa caiu’ e o Palácio está prestes a ruir”, declarou.

A ENGAVETADORA-GERAL DE CPI E A IMPUNIDADE

O desastre provocado pelo petismo — não por FHC, que está fora do poder há 13 anos — na Petrobras tem consequências também sociais e econômicas. Os males não se esgotam no terreno moral.





A entrevista indigna de Dilma Rousseff, a “engavetadora-geral de CPI“ — e, pois, de bandalheiras. Acreditem: a magricela tentou culpar FHC! Ou: “Presidente, antes te houvessem roto na batalha eleitoral que servires à Petrobras de mortalha”

Por Reinaldo Azevedo
A presidente Dilma Rousseff não falava com a imprensa havia 60 dias, o maior período de silêncio desde que assumiu o seu primeiro mandato, em janeiro de 2011. Antes tivesse continuado calada. Ao se manifestar, revelou as patranhas que se discutem em salas talvez nem tão iluminadas do Palácio do Planalto. Ela concedeu uma rápida entrevista depois de receber os novos embaixadores estrangeiros que atuarão no Brasil. Ignorando que o PT deu início ao 13º ano de poder, afirmou a governanta, que está bem mais magra, com os olhos fundos:
“Olhando os dados que vocês mesmos divulgam nos jornais, se, em 96 ou 97, tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos [atuando em esquema] de corrupção. A impunidade, e isso eu disse durante toda a minha campanha, a impunidade leva água para o moinho da corrupção”. Afirmou mais: “Não que antes não existia (sic), é que antes não tinha sido investigado e descoberto. Porque quando se investiga e descobre as raízes surgem. E quando surgem as raízes das questões você impede que aquilo se repita e que seja continuado”.
Trata-se de uma estratégia. Dilma se referia a um testemunho de Pedro Barusco, gerente de serviços e subordinado do petista Renato Duque, que afirmou ter começado a receber propina em 1997. Outro depoente, Augusto Mendonça, da Toyo Setal, disse que o suposto Clube das Empreiteiras teria sido criado em meados da década de 90.
Foi isso o que Dilma andou combinando com Lula, João Santana e José Eduardo Cardozo? Como estratégia de defesa é um lixo; como justificativa, é um ataque à inteligência dos brasileiros e também à decência. Nunca ninguém afirmou que o PT deu início à corrupção na Petrobras. O que está claro é que ela se institucionalizou com o PT no poder. Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró foram postos em seus respectivos cargos para atender às demandas daqueles que os nomearam. Costa e Alberto Youssef já deixaram claro que atuavam para um esquema político, em favor de um projeto de poder.
E se, em 2009, na condição de presidente do Conselho da Petrobras, ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma tivesse dado todo o seu apoio à CPI da Petrobras, em vez de contribuir para esmagá-la? Um dos alvos da investigação era o superfaturamento na refinaria de Abreu e Lima. A presidente voltou a falar que, no governo FHC, havia o “engavetador-geral da República”, referindo-se ao então procurador-geral Geraldo Brindeiro. Nota: o Ministério Público é um órgão autônomo.
Na condição de principal ministra do governo Lula e presidente do Conselho da Petrobras, ela atuou como uma Engavetadora-Geral da CPI — e, pois, das falcatruas já evidentes. Então vamos ver, de novo, o vídeo em que assegura que a contabilidade da Petrobras é um primor, atacando a CPI.


Não é só isso, não! Quando deu essa entrevista, ela já conhecia os rolos da refinaria de Pasadena, tanto é assim que o Conselho já havia decidido recorrer à Justiça americana para que a Petrobras não fosse obrigada a comprar a segunda metade da refinaria. Nestor Cerveró, apontado como o principal responsável pelo desastre, deixou a diretoria Internacional da Petrobras pouco depois. Já na Presidência da República, dona Dilma Rousseff o premiou com a direção financeira da BR Distribuidora, nomeando-o no dia 16 de junho de 2011. O homem ficou no cargo até 21 de março do ano passado, quando o caso Pasadena já estava fervendo. E é ela quem vem acusar o governo FHC e falar de engavetadores?
Ora, ora… Dilma está com medo. Percebe-se isso no ritmo de sua fala. Nem a pesada maquiagem esconde as olheiras. Cuidado, presidente, a fome é sempre uma má conselheira!
A estratégia do governo compreende também tranquilizar as empresas. A presidente reafirmou que todos serão devidamente punidos e coisa e tal, mas sem paralisar o Brasil. “Nós iremos tratar as empresas tentando principalmente considerar que é necessário criar emprego e gerar renda no Brasil. Isso não significa de maneira alguma ser conivente ou apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja. Doa a quem doer.” Isso depende da Justiça, não do Executivo.
Sim, é fato. Já há milhares de trabalhadores demitidos — o número ainda é incerto — como consequência das investigações. Empreiteiras deixaram de receber da Petrobras e, por sua vez, de pagar fornecedores. Existe um efeito cascata, que termina nos mais pobres. O desastre provocado pelo petismo — não por FHC, que está fora do poder há 13 anos — na Petrobras tem consequências também sociais e econômicas. Os males não se esgotam no terreno moral.
Ê Dilma! Parafraseando Castro Alves, antes te houvessem roto na batalha eleitoral que servires à Petrobras de mortalha!

TAPEAÇÃO E VIGARICE TÊM LIMITE

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A conversa fiada de Dilma sobre o Petrolão avisa que, depois de 12 anos, chegou ao fim o estoque de tapeações e vigarices

Augusto Nunes
A interrupção do surto de mudez não teria sido tão desastrosa se a presidente tentasse desviar milhões de olhares concentrados na roubalheira do Petrolão recorrendo a qualquer das seis ideias de jerico arroladas na enquete em curso na coluna. Caso anunciasse o início das obras da Transposição das Águas do Rio Amazonas, por exemplo, Dilma Rousseff poderia induzir ao menos a vanguarda do coro dos contentes a acreditar que a inventividade dos conselheiros Lula e João Santana ainda dá para o gasto.
Mesmo a promessa de construir 6 milhões de creches até 2018, para compensar as 6 mil que não inaugurou nos últimos quatro anos, pareceria mais verossímil que a mágica de picadeiro reapresentada no abjeto palavrório desta sexta-feira: culpar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelo escândalo do Petrolão. Para a faxineira que vive cercada de lixo, foi coisa de FHC a transformação da Petrobras numa usina de bandalheiras operada por quadrilheiros subordinados ao governo lulopetista.
Há dois dias, sob o título “Lula pariu a primeira ideia para adiar o desabamento do poste de terninho”, a charge do Alpino abaixo reproduzida mostrou o padrinho soprando aos ouvidos da afilhada a sugestão de 171: “Que tal a gente botar a culpa no governo anterior?” A bisonha tentativa de incluir o Petrolão na “herança maldita de FHC” transformou em profético um post que não pretendia ser mais que sarcástico.
Depois de 12 anos, o estoque de vigarices e tapeações chegou ao fim. Como sabem até os índios das tribos isoladas, os bebês de colo e os napoleões-de-hospício, o maior esquema corrupto de todos os tempos é uma realização instransferível de Lula e Dilma. Da produção à distribuição, do roteiro à escalação do elenco, da direção à maquiagem, da tabela de comissões e propinas ao recrutamento dos figurantes, tudo no Petrolão tem as digitais do PT e seus comparsas.
O mais ruinoso faroeste brasileiro será também um dos mais reveladores documentários sobre estes tempos estranhos. A devassa do Petrolão vai escancarando inexoravelmente os métodos de dominação aperfeiçoados pelo grande clube dos cafajestes que controla o país desde janeiro de 2003. Poucos são tão repulsivos quanto o que fez da corrupção institucionalizada um instrumento de eternização no poder federal.
A ilusionista de circo mambembe colidiu com as verdades expostas nosite de VEJA, começando pelas vigorosas réplicas de FHC e do senador Aécio Neves. Dilma jamais perde a oportunidade de desferir pancadas na própria testa, mas desta vez os estragos passaram da conta. Ao amparar-se no depoimento de Pedro Barusco para atirar em alvos irreais, por exemplo, a bucaneira sem chumbo nem mira chancelou todas as revelações feitas pelo ex-gerente executivo da Petrobras. Tiro no pé é isso aí.
Entre outras safadezas colossais, Barusco confessou ter abastecido os cofres do PT com 200 milhões de dólares desviados da estatal. Em cumplicidade com o diretor Renato Duque, afilhado de José Dirceu, e o tesoureiro do PT, João Vaccari, montou a ramificação criminosa que envolveu bandidos companheiros, gatunos da base alugada e larápios disfarçados de executivos ou empresários. Casos de corrupção existiram em todos os governos, e nenhum tipo de crime pode ficar impune.
Que Barusco e todos os outros corruptos sejam castigados tanto por ações individuais quanto pelos serviços de altíssimo calibre encomendados pelos donos do Brasil e consumados pela quadrilha especializada em negociatas bilionárias. Foi o que ocorreu em Pasadena quando Dilma fazia e desfazia na Petrobras. Foi o que ocorreu na refinaria Abreu e Lima, nascida e criada na cabeça de Lula. Fora o resto.
Tudo somado, o palavrório de Dilma serviu para atestar que os chefões do partido que virou bando se enfurnaram no que é mais que um beco sem saída. É a trilha que desemboca no penhasco.