Na Folha:
O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, criticou o encontro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve com representantes de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Aécio disse que a movimentação significa tratar o Brasil como uma “republiqueta”.
“Eu custo crer que isso possa ser verdade porque é algo tão acintoso à própria democracia. Recorrer a um ex-presidente como se o Brasil fosse uma republiqueta, onde a interferência política pudesse mudar o rumo de investigações, é desconhecer a realidade de um país que, se não avançou nos seus procedimentos éticos em razão do que aconteceu nos últimos 12 anos, felizmente, isso, avançou do ponto de vista das solidez das suas instituições”, disse o tucano. Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” desta sexta-feira (20) afirma que tanto Lula quanto seu sócio Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, têm recebido representantes das construturas desde o fim do ano passado. Os executivos, ainda segundo a reportagem, pediriam que o ex-presidente fizesse uma intervenção política para evitar o colapso econômico das empresas.
Okamotto confirmou, em entrevista ao jornal, que recebeu “várias pessoas” das companhias que são investigadas por envolvimento nos desvios da Petrobras. Lula e as empresas citadas na reportagem –OAS, Odebrecht e UTC/Constran– negam as reuniões. O senador tucano, no entanto, disse que não tomará iniciativa individual para propor a convocação de Lula para a CPI da Câmara que vai investigar a petroleira.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a investidas das empresas para uma eventual interferência do ex-presidente não terão efeito, uma vez que o país conta com instituições sólidas e que não se contaminam com a política. “Com as delações premiadas ‘a casa caiu’ e o Palácio está prestes a ruir”, declarou.
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