A Petrobras é do povo? Então entregue seu controle ao povo!
“O Estado é a grande ficção através da qual todos tentam viver às custas de todos”, disse Bastiat. “Não existe essa coisa de dinheiro público, apenas dinheiro dos pagadores de impostos”, disse Thatcher. E foi nesse espírito liberal que o economista Rubem Novaes, doutor pela Universidade de Chicago, defendeu emartigo publicado hoje no GLOBO a tese de que as ações da Petrobras deveriam ser distribuídas para cada cidadão brasileiro com CPF ativo.
O argumento é justamente o de que o Estado é somente um instrumento do povo, com poderes que são derivados do poder popular e financiados com nossos impostos. O Estado não está acima dos cidadãos; ele existe para nos servir. E se a imensa maioria julgar que o modelo atual não está atendendo aos nossos objetivos, então é absolutamente legítimo mudá-lo.
O grande truque das esquerdas e dos nacionalistas é confundir Estado com povo, e depois governo com Estado. Alguns vão ainda mais longe, e confundem partido com governo. Falam em nome do povo, da “vontade popular”, e assumem que esta está incorporada no partido, que possui uma base aliada para governar, que por sua vez administra os interesses do Estado. Mas aquele voto na urna eletrônica não é sinônimo de carta branca para os governantes.
A retórica ufanista apela para o slogan “o petróleo é nosso”. Mas se por “nosso” entendemos o “povo”, então o petróleo é de cada um dos brasileiros, e a União é apenas o instrumento atual de exploração do nosso recurso. Caso julguemos que a Petrobras sob o controle estatal tem feito um trabalho ruim (e quem ousaria dizer o contrário?), então podemos simplesmente exigir a devolução do nosso petróleo, para que cada um de nós decida o que fazer com a sua parcela.
Esse modelo seria mais justo, mais livre, e beneficiaria os mais pobres. Hoje ficou claro que a Petrobras é vista pelos políticos no poder como uma vaca leiteira, uma fonte inesgotável de recursos a serem desviados para financiar suas campanhas eleitorais e encher seus cofres pessoais na Suíça. Por que não devolver a Petrobras ao povo? É a proposta de Rubem:
Quando governantes gastam, ou roubam, com muita propriedade diz-se que o dinheiro sai do meu, do seu, do nosso bolso. E é isso mesmo! O Estado é apenas uma ficção jurídica. Nós, cidadãos contribuintes, é que somos a realidade. Assim sendo, já que nós, cidadãos-contribuintes, estamos insatisfeitos com a administração da Petrobras através da União, que, simplesmente, nos devolvam as ações para que se encontre um rumo melhor para a empresa.
Como o próprio autor reconhece, não se trata de uma proposta original. Outros a defenderam no passado, e Thatcher chegou a adotar esse caminho, distribuindo vouchers para a população. Cada inglês virava, da noite para o dia, proprietário de um pedaço da antiga estatal, um capitalista interessado na rentabilidade de sua empresa e com a liberdade de escolher o que fazer com a sua parte.
Eu mesmo já defendi a ideia em meu livro Privatize Já, por acaso o mesmo título do artigo do Rubem. Os liberais, ao contrário dos esquerdistas, querem dar o poder de escolha a cada indivíduo, favorecendo acima de tudo os mais pobres. Já o PT prefere falar em nome dos pobres, enquanto usa e abusa dos bilhões da Petrobras para benefício próprio.
Falar em privatizar a Petrobras ainda é algo ousado no Brasil, pois a lavagem cerebral é muito forte há décadas. Mas essa proposta pode derrubar resistências, pois a esquerda não terá como apelar para o discurso ufanista e acusar os “neoliberais” de “entreguistas”, de lacaios do capital estrangeiro. Sim, somos “entreguistas”, pois desejamos tirar a Petrobras das mãos dessa quadrilha e entregá-la ao povo brasileiro!
Rodrigo Constantino
“O Estado é a grande ficção através da qual todos tentam viver às custas de todos”, disse Bastiat. “Não existe essa coisa de dinheiro público, apenas dinheiro dos pagadores de impostos”, disse Thatcher. E foi nesse espírito liberal que o economista Rubem Novaes, doutor pela Universidade de Chicago, defendeu emartigo publicado hoje no GLOBO a tese de que as ações da Petrobras deveriam ser distribuídas para cada cidadão brasileiro com CPF ativo.
O argumento é justamente o de que o Estado é somente um instrumento do povo, com poderes que são derivados do poder popular e financiados com nossos impostos. O Estado não está acima dos cidadãos; ele existe para nos servir. E se a imensa maioria julgar que o modelo atual não está atendendo aos nossos objetivos, então é absolutamente legítimo mudá-lo.
O grande truque das esquerdas e dos nacionalistas é confundir Estado com povo, e depois governo com Estado. Alguns vão ainda mais longe, e confundem partido com governo. Falam em nome do povo, da “vontade popular”, e assumem que esta está incorporada no partido, que possui uma base aliada para governar, que por sua vez administra os interesses do Estado. Mas aquele voto na urna eletrônica não é sinônimo de carta branca para os governantes.
A retórica ufanista apela para o slogan “o petróleo é nosso”. Mas se por “nosso” entendemos o “povo”, então o petróleo é de cada um dos brasileiros, e a União é apenas o instrumento atual de exploração do nosso recurso. Caso julguemos que a Petrobras sob o controle estatal tem feito um trabalho ruim (e quem ousaria dizer o contrário?), então podemos simplesmente exigir a devolução do nosso petróleo, para que cada um de nós decida o que fazer com a sua parcela.
Esse modelo seria mais justo, mais livre, e beneficiaria os mais pobres. Hoje ficou claro que a Petrobras é vista pelos políticos no poder como uma vaca leiteira, uma fonte inesgotável de recursos a serem desviados para financiar suas campanhas eleitorais e encher seus cofres pessoais na Suíça. Por que não devolver a Petrobras ao povo? É a proposta de Rubem:
Quando governantes gastam, ou roubam, com muita propriedade diz-se que o dinheiro sai do meu, do seu, do nosso bolso. E é isso mesmo! O Estado é apenas uma ficção jurídica. Nós, cidadãos contribuintes, é que somos a realidade. Assim sendo, já que nós, cidadãos-contribuintes, estamos insatisfeitos com a administração da Petrobras através da União, que, simplesmente, nos devolvam as ações para que se encontre um rumo melhor para a empresa.
Como o próprio autor reconhece, não se trata de uma proposta original. Outros a defenderam no passado, e Thatcher chegou a adotar esse caminho, distribuindo vouchers para a população. Cada inglês virava, da noite para o dia, proprietário de um pedaço da antiga estatal, um capitalista interessado na rentabilidade de sua empresa e com a liberdade de escolher o que fazer com a sua parte.
Eu mesmo já defendi a ideia em meu livro Privatize Já, por acaso o mesmo título do artigo do Rubem. Os liberais, ao contrário dos esquerdistas, querem dar o poder de escolha a cada indivíduo, favorecendo acima de tudo os mais pobres. Já o PT prefere falar em nome dos pobres, enquanto usa e abusa dos bilhões da Petrobras para benefício próprio.
Falar em privatizar a Petrobras ainda é algo ousado no Brasil, pois a lavagem cerebral é muito forte há décadas. Mas essa proposta pode derrubar resistências, pois a esquerda não terá como apelar para o discurso ufanista e acusar os “neoliberais” de “entreguistas”, de lacaios do capital estrangeiro. Sim, somos “entreguistas”, pois desejamos tirar a Petrobras das mãos dessa quadrilha e entregá-la ao povo brasileiro!
Rodrigo Constantino
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