Quatro dias depois de cerca de 60 mil pessoas irem às ruas de Goiânia contra o governo Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto e a prefeitura local montaram uma operação de guerra para blindar a presidente de qualquer contato com manifestantes durante sua passagem pela capital goiana na tarde desta quinta-feira, 19.
A reportagem flagrou ônibus da prefeitura transportando funcionários e populares simpatizantes ao governo para o local do evento, enquanto agentes da guarda civil metropolitana tentaram conter o avanço de manifestantes anti-Dilma. O esquema de segurança foi reforçado e jornalistas tiveram revistados até kits de higiene pessoal para chegar ao local do evento.
Em um esforço para encher a solenidade de militantes petistas, a prefeitura decretou ponto facultativo para os funcionários que trabalham nas repartições com sede no Paço Municipal, onde será realizado o evento. Cerca de 3 mil pessoas são aguardadas.
A Prefeitura de Goiânia se recusou a responder a reportagem sobre o esquema de segurança montado para a solenidade e a explicar o motivo do decreto do ponto facultativo. "Aviso aos navegantes. Gostemos ou não existe um protocolo presidencial. Ponto final", escreveu o prefeito Paulo Garcia (PT) em sua conta pessoal no microblog Twitter.
Assessores palacianos, por outro lado, alegam que o procedimento de segurança é padrão. (AE)
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