O ex-gerente-executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco contrariou a alegação de empreiteiros de que eram coagidos a pagar propinas. Em depoimento à CPI da Petrobras que iniciou no final da manhã desta terça-feira, 10, Barusco disse não lembrar de casos de extorsão.
"Fico procurando na minha mente e na minha memória e não me recordo de nenhum caso. Extorsão eu nunca vi", afirmou.
Barusco presta depoimento aos parlamentares desde as 10h55. Ele está em liberdade. Para não ser preso, o ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras fechou acordo de delação premiada em que se comprometeu a devolver cerca de US$ 100 milhões. Durante sua fala, ele disse ter começado a receber propinas em 1997, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Como não conseguiram ampliar o prazo de investigação da CPI, petistas apostam no depoimento de Barusco para ligar os tucanos ao esquema de corrupção da Petrobras. A oposição não se opõe a ouvir o ex-gerente da estatal porque afirma que Barusco deixou claro que, naquela época, os acordos eram feitos entre ele e o representante de uma empresa, sem participação do governo.
Vaccari
O ex-gerente-executivo disse que só a partir da vinda do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, começou a ter reuniões com ele para tratar do pagamento de propina. Barusco disse que não teve contato com Delúbio Soares, ex-tesoureiro petista condenado no caso mensalão, e que não sabe quem fazia essa articulação à época.
Sobre a Sete Brasil, Barusco disse que se trata de um projeto "muito interessante" e lamentou que a descoberta de pagamento de propina junto aos estaleiros tenha feito com que os agentes financeiros se retraíssem. Ele afirmou que é preciso separar a qualidade do projeto dos problemas que a estatal enfrenta. "O problema da Petrobras é a propina", insistiu.
"A Sete pode realmente quebrar", disse Barusco, lembrando da necessidade de financiamento do BNDES.
Pressionado a falar sobre as indicações políticas na Petrobras, Barusco disse que o ex-diretor Renato Duque nunca comentou quem era seu padrinho político na estatal. A oposição vem insistindo para que Barusco revele quem comandou o esquema de propina na Petrobras e quando a corrupção se institucionalizou na estatal. "O esquema foi se implantando lentamente", disse.
PSDB
O PSDB celebrou o depoimento. Os tucanos consideram que as falas do ex-executivo enterraram a estratégia do PT de estender a crise para o governo Fernando Henrique Cardoso. "O depoimento foi um banho de água fria para o PT", disse ao Estado o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da minoria da Câmara e sub-relator da Comissão Parlamentar de Inquérito.
No começo do depoimento de Barusco, o deputado Luís Sérgio (PT-RJ), relator da CPI, pressionou o ex-gerente a falar sobre as primeiras propinas que ele recebeu entre 1997 e 1998. O delator reafirmou o que disse em seu depoimento à Polícia Federal, mas ressaltou que as propinas antes de 2003 foram recebidas em caráter pessoal e só depois disso de forma "sistêmica". "Essa estratégia do PT já era esperada, mas Barusco deixou claro que a propina institucionalizada começou em 2004", afirmou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP), sub-relator da CPI. (Agência Estado)
"Fico procurando na minha mente e na minha memória e não me recordo de nenhum caso. Extorsão eu nunca vi", afirmou.
Barusco presta depoimento aos parlamentares desde as 10h55. Ele está em liberdade. Para não ser preso, o ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras fechou acordo de delação premiada em que se comprometeu a devolver cerca de US$ 100 milhões. Durante sua fala, ele disse ter começado a receber propinas em 1997, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Como não conseguiram ampliar o prazo de investigação da CPI, petistas apostam no depoimento de Barusco para ligar os tucanos ao esquema de corrupção da Petrobras. A oposição não se opõe a ouvir o ex-gerente da estatal porque afirma que Barusco deixou claro que, naquela época, os acordos eram feitos entre ele e o representante de uma empresa, sem participação do governo.
Vaccari
O ex-gerente-executivo disse que só a partir da vinda do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, começou a ter reuniões com ele para tratar do pagamento de propina. Barusco disse que não teve contato com Delúbio Soares, ex-tesoureiro petista condenado no caso mensalão, e que não sabe quem fazia essa articulação à época.
Sobre a Sete Brasil, Barusco disse que se trata de um projeto "muito interessante" e lamentou que a descoberta de pagamento de propina junto aos estaleiros tenha feito com que os agentes financeiros se retraíssem. Ele afirmou que é preciso separar a qualidade do projeto dos problemas que a estatal enfrenta. "O problema da Petrobras é a propina", insistiu.
"A Sete pode realmente quebrar", disse Barusco, lembrando da necessidade de financiamento do BNDES.
Pressionado a falar sobre as indicações políticas na Petrobras, Barusco disse que o ex-diretor Renato Duque nunca comentou quem era seu padrinho político na estatal. A oposição vem insistindo para que Barusco revele quem comandou o esquema de propina na Petrobras e quando a corrupção se institucionalizou na estatal. "O esquema foi se implantando lentamente", disse.
PSDB
O PSDB celebrou o depoimento. Os tucanos consideram que as falas do ex-executivo enterraram a estratégia do PT de estender a crise para o governo Fernando Henrique Cardoso. "O depoimento foi um banho de água fria para o PT", disse ao Estado o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da minoria da Câmara e sub-relator da Comissão Parlamentar de Inquérito.
No começo do depoimento de Barusco, o deputado Luís Sérgio (PT-RJ), relator da CPI, pressionou o ex-gerente a falar sobre as primeiras propinas que ele recebeu entre 1997 e 1998. O delator reafirmou o que disse em seu depoimento à Polícia Federal, mas ressaltou que as propinas antes de 2003 foram recebidas em caráter pessoal e só depois disso de forma "sistêmica". "Essa estratégia do PT já era esperada, mas Barusco deixou claro que a propina institucionalizada começou em 2004", afirmou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP), sub-relator da CPI. (Agência Estado)
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