quarta-feira, 4 de março de 2015

TERRORISTA "CUMPANHÊRO"

ADVOGADO DE TERRORISTA FAZ POUCO CASO DE DECISÃO E USA PROXIMIDADE A LULA

ASSASSINO CRUEL, BATTISTI GARGALHAVA COM AS VÍTIMAS AGONIZANDO



O advogado do terrorista italiano Cesare Battisti, Igor Tamasauskas, fez pouco caso da decisão da juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, que determinou a deportação do seu cliente e disse, em entrevista à agência de notícias italiana Ansa, que só trabalha com a hipótese de Battisti deixar o Brasil se ele quiser. De acordo com o advogado, a titular da 20ª Vara do Distrito Federal está "equivocada".

Battisti foi apontado por testemunhas, em dois julgamentos, como o assassino frio e cruel, que gargalhava nervosamente diante das vítimas ensanguentadas, agonizando. Nos dois julgamentos, foi condenado à prisão perpétua. Bandido comum, preso por tentaviva de estupro, ele foi recrutado na cadeia por militantes de uma organização extremista, que o encarregou de executar pessoas. Quatro dessas execuções resultaram comprovadas na Justiça, inclusive com o depoimento do filho adolescente de um relojoeiro, que, por testemunhar a execução do pai, foi também baleado por Battisti. Aquele garoto, que sonhava ser jogador profissional de futebol, escapou com vida, mas ficou paraplégico.

A decisão da juíza Adverci nada tem a ver com o pedido de extradição feito pela Itália, onde Battisti foi condenado à prisão perpétua por participar de quatro assassinatos. Segundo a juíza, é apenas um caso de estrangeiro em situação irregular no Brasil e que, "por ser criminoso condenado por crime doloso", não pode ficar no País. O advogado lembrou que Battisti é próximo ao ex-presidente Lula quando disse que a juíza estava se sobrepondo à "compreensão do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente".

Battisti morava na França, fugiu para o México quando teve a extradição aprovada e depois para o Brasil onde foi preso em 2007. Em 30 de dezembro de 2010, como um dos últimos atos na Presidência da República, praticamente na calada da noite, Lula vetou a extradição que havia sido autorizada pelo STF e deu início a uma crise diplomática entre Itália e Brasil. Recentemente, o governo italiano negou a extradição do mensaleiro condenado Henrique Pizzolato que fugiu para o país europeu quando teve a prisão decretada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário