(O Globo)
Em um encontro comandado pelo presidente do PSDB, Aécio Neves, e dirigentes do DEM, PPS, PSB, PV e SD, os líderes da aliança que engloba 20 movimentos que levaram cerca de 3 milhões de pessoas as ruas nos últimos meses cobraram duramente dos partidos de oposição no Congresso uma posição concreta e imediata para viabilizar a pauta da mobilização popular que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff, afastamento do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli e aprovação das 10 medidas de combate a corrupção apresentadas pelo Ministério público, entre outras.
Aécio e outros parlamentares tentaram argumentar que a oposição atuaria dentro de suas limitações de minoria, que já defende a maioria dos pleitos e que, no caso do impeachment, é preciso buscar um embasamento jurídico. Mas os representantes dos movimentos não se deram por satisfeitos e provocaram uma saia justa que levou Aécio a concordar, ao final, que as oposições unidas diriam “um sonoro sim” a pauta das ruas.
— Nossa ação não começa no dia 15 de março. Se não consegui vencer as eleições, ali começou um despertar da população. Vocês mantém essa chama e temos que continuar um diálogo em busca das convergências. As oposições reunidas já discutem abertamente se houve crime de responsabilidade da presidente Dilma — discursou Aécio para cerca de 50 pessoas que se reuniram na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
O presidente do PPS, Roberto Freire (SP) lembrou que não havia maioria para o processo de impeachment do ex-presidente Collor, mas o Congresso se rendeu à pressão das ruas. E disse que o movimento das ruas tinha levado, hoje, a união dos seis partidos de oposição que estavam ali presentes, em bloco.
Coube a Rogério Chequer , do Movimento Vem pra Rua, encostar os parlamentares na parede, argumentando que agora o resultado das manifestações dependia do Congresso. Aécio voltou a ponderar que tinham que se encontrar nas convergências. O presidente do Democratas, José Agripino (RN) completou, dizendo que o processo avançava em etapas. Mais inflamado, o líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO) foi ovacionado ao protestar pela não inclusão da presidente Dilma Rousseff na lista do procurador geral da República, Rodrigo Janot.
— Essa luta começou lá atrás. Nunca capitulamos em momento algum e sofremos todo tipo de retaliação. Aqui vocês tem um grupo de resistência, princípios. Tivemos a coragem de dizer que o impeachment não era golpe, a presidente foi citada 11 vezes na Lava-jato. Vocês não vão se decepcionar conosco. Vamos respeitar as regras democráticas e fazer valer o sentimento das oposições e o peso da sociedade — disse Caiado, aplaudido.
Foi a vez do representante do movimento Instituto Democracia , Paulo Angelim, ser mais direto: — Queremos que digam agora de forma clara: é sim ou não a nossa pauta? — Essa já é uma pauta que defendemos há muito tempo, o fato novo é que a sociedade está dando eco ao que já defendíamos — respondeu Aécio. — Mas é sim ou não! — insistiu Angelim, insuflando o plenário a cobrar, “sim ou não?”
Chequer respondeu que buscar convergências não era suficiente e era preciso agir de forma concreta já. — Até a rua pode se organizar. Porque a oposição não pode se organizar? Chegamos ao nosso limite de organização, levamos 3 milhões de pessoas as ruas e o impensável aconteceu, fizemos isso sem ter uma vitrine quebrada. O que queremos agora é a demonstração de que o impossível pode ser feito também no Congresso Nacional — cobrou Chequer.
Diante do tom usado pelos manifestantes, Aécio subiu o tom e, mais assertivo, também acabou aplaudido ao afirmar que brigariam sim para dar consequência “ao nó que estava engasgado” na sociedade brasileira.
— Quero deixar claro que viemos aqui para dizer um sonoro sim para a pauta das ruas e queremos o apoio das redes sociais, dos movimentos, isso é o impulso que essa Casa precisa para fazer valer esse sentimento. Vocês tem o instrumento que nos faltava, que é o apoio popular. Então tenho a dizer, primeiro, que vamos atuar juntos sem preconceitos. E em segundo lugar quero dizer que nesse momento começamos a fazer história — concluiu Aécio, desta vez ovacionado por todo plenário.
Aécio e outros parlamentares tentaram argumentar que a oposição atuaria dentro de suas limitações de minoria, que já defende a maioria dos pleitos e que, no caso do impeachment, é preciso buscar um embasamento jurídico. Mas os representantes dos movimentos não se deram por satisfeitos e provocaram uma saia justa que levou Aécio a concordar, ao final, que as oposições unidas diriam “um sonoro sim” a pauta das ruas.
— Nossa ação não começa no dia 15 de março. Se não consegui vencer as eleições, ali começou um despertar da população. Vocês mantém essa chama e temos que continuar um diálogo em busca das convergências. As oposições reunidas já discutem abertamente se houve crime de responsabilidade da presidente Dilma — discursou Aécio para cerca de 50 pessoas que se reuniram na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
O presidente do PPS, Roberto Freire (SP) lembrou que não havia maioria para o processo de impeachment do ex-presidente Collor, mas o Congresso se rendeu à pressão das ruas. E disse que o movimento das ruas tinha levado, hoje, a união dos seis partidos de oposição que estavam ali presentes, em bloco.
Coube a Rogério Chequer , do Movimento Vem pra Rua, encostar os parlamentares na parede, argumentando que agora o resultado das manifestações dependia do Congresso. Aécio voltou a ponderar que tinham que se encontrar nas convergências. O presidente do Democratas, José Agripino (RN) completou, dizendo que o processo avançava em etapas. Mais inflamado, o líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO) foi ovacionado ao protestar pela não inclusão da presidente Dilma Rousseff na lista do procurador geral da República, Rodrigo Janot.
— Essa luta começou lá atrás. Nunca capitulamos em momento algum e sofremos todo tipo de retaliação. Aqui vocês tem um grupo de resistência, princípios. Tivemos a coragem de dizer que o impeachment não era golpe, a presidente foi citada 11 vezes na Lava-jato. Vocês não vão se decepcionar conosco. Vamos respeitar as regras democráticas e fazer valer o sentimento das oposições e o peso da sociedade — disse Caiado, aplaudido.
Foi a vez do representante do movimento Instituto Democracia , Paulo Angelim, ser mais direto: — Queremos que digam agora de forma clara: é sim ou não a nossa pauta? — Essa já é uma pauta que defendemos há muito tempo, o fato novo é que a sociedade está dando eco ao que já defendíamos — respondeu Aécio. — Mas é sim ou não! — insistiu Angelim, insuflando o plenário a cobrar, “sim ou não?”
Chequer respondeu que buscar convergências não era suficiente e era preciso agir de forma concreta já. — Até a rua pode se organizar. Porque a oposição não pode se organizar? Chegamos ao nosso limite de organização, levamos 3 milhões de pessoas as ruas e o impensável aconteceu, fizemos isso sem ter uma vitrine quebrada. O que queremos agora é a demonstração de que o impossível pode ser feito também no Congresso Nacional — cobrou Chequer.
Diante do tom usado pelos manifestantes, Aécio subiu o tom e, mais assertivo, também acabou aplaudido ao afirmar que brigariam sim para dar consequência “ao nó que estava engasgado” na sociedade brasileira.
— Quero deixar claro que viemos aqui para dizer um sonoro sim para a pauta das ruas e queremos o apoio das redes sociais, dos movimentos, isso é o impulso que essa Casa precisa para fazer valer esse sentimento. Vocês tem o instrumento que nos faltava, que é o apoio popular. Então tenho a dizer, primeiro, que vamos atuar juntos sem preconceitos. E em segundo lugar quero dizer que nesse momento começamos a fazer história — concluiu Aécio, desta vez ovacionado por todo plenário.
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