segunda-feira, 27 de julho de 2015

ENFIM, UM VERDADEIRO LÍDER!


(Maria Lima, O Globo) 

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta segunda-feira que a única responsável se, por alguma decisão institucional não conseguir concluir o mandato, é a própria presidente Dilma Rousseff, e não a oposição. Ao retornar a Brasília, ele criticou a tentativa do PT e da presidente de “dividir sua crise” com os governadores, ao constrangê-los a participar de uma "reunião desnecessária", na próxima quinta-feira, para discutir o projeto de reforma do ICMS.

Na próxima semana o PSDB começa a veicular inserções de 30 segundos convocando “os indignados” com a crise, a participar da manifestação nacional marcada pelos movimentos de rua, para o dia 16 de agosto. O tucano negou que haja divisão no PSDB sobre o destino da presidente, se deveria ser afastada por impeachment, cassação do diploma da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou se ela deve cumprir seu mandato até o fim. Aécio disse, entretanto, que o PSDB não pode desconhecer a realidade das ruas e a indignação da sociedade.

Segundo Aécio, apesar de se aproximar dos movimentos de rua para a manifestação que se anuncia gigantesca, o PT e o governo erram o alvo ao culpar a oposição por um eventual impedimento da presidente Dilma.— O que vai acontecer depende mais do governo e do PT do que dos partidos de oposição. O que queremos é que as instituições funcionem e façam o seu trabalho. Eu digo uma coisa: se um dia eu tiver a oportunidade de ser presidente da República, será unicamente pelo caminho do voto, não por outra saída qualquer. Mesmo porque ninguém conseguirá enfrentar a profunda crise que atravessamos se não for legitimado pelo voto. Para nós o calendário de 2018 sempre foi o mais adequado, mas a presidente Dilma só agrava a situação a cada dia, o que deixa a incerteza de cumprir seu mandato até o final — disse Aécio.

JULGAMENTO DE CONTAS NO TCU

Ele criticou a condução dada ao processo das contas da presidente que serão julgadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pelo advogado geral da União, Luís Inácio Adams, pela presidente e seus ministros. Chamou de “patética” a entrevista de Adams dizendo que o julgamento tem de ser técnico, mas afirmou que “por debaixo dos panos” estão constrangendo os ministros e os governadores para agirem politicamente para impedir a reprovação das contas.

— O constrangimento chega ao inimaginável de ameaças veladas e de trazer a Brasília os governadores para dar apoio a presidente Dilma para tirar uma fotografia e simular apoio por uma coisa com a qual não tem nada a ver. Essa reunião é uma busca de socorro de alguém que quer que lhe joguem uma boia salva-vidas. O que a presidente tem é de fazer um mea-culpa para ver se recupera um pouco da credibilidade que ainda lhe resta — criticou Aécio.

O presidente do PSDB diz que é natural que governadores se reúnam com a presidente para discutir problemas administrativos. Mas nesse caso, a reunião de quinta-feira não passa de uma tentativa de “cooptar” apoios de setores da oposição, o que seria uma clara demonstração de fragilidade do governo.

'FH DEU O TOM CERTO'

Sobre os recados dados pelo Planalto de busca de um pacto pela governabilidade com as oposições, Aécio disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu o tom certo: não se dá socorro para salvar o que não deve ser salvo. Ironizando , Aécio disse que o PT trava uma disputa desleal com o PSDB, porque faz mais oposição ao governo Dilma do que todos os partidos de oposição juntos.

— Fernando Henrique deu o tom certo: quem pariu Mateus que o embale. Não nos culpem . A instabilidade que atravessam é obra desse governo. Isso não é mais um governo. É um arremedo de governo e o desfecho da presidente Dilma é responsabilidade exclusiva dela, não das oposições — disse Aécio, completando.— Não se conversa com quem não se confia. E nós não confiamos no PT.

Com um levantamento das pedaladas fiscais, Aécio mostrou que entre setembro, antes das eleições, e dezembro, depois de reeleita, a presidente Dilma e a equipe econômica esconderam um buraco de R$100 bilhões nas contas do governo. — Isso é fraude. A presidente Dilma não deu a população brasileira a oportunidade de fazer sua escolha com base na realidade que eles esconderam — disse Aécio, comparando as pedaladas e maquiagem fiscal aos crimes de colarinho branco. — Se o presidente de um banco pega o dinheiro dos correntistas para pagar suas contas ele vai preso. Isso é muito fácil de ser compreendido. Se eles não forem responsabilizados por isso vamos voltar ao tempo das republiquetas — disse.

domingo, 26 de julho de 2015

"A MÃO QUE AFAGA"

Análise do Instituto Teotônio Vilela



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Durante seus 35 anos de existência, o PT sempre manteve pelo menos um traço de coerência: apostou na divisão do país para travar a luta política e, quando já estava no governo, abusou da cizânia como arma eleitoral e instrumento de perpetuação no poder. Agora, que o governo Dilma está nas cordas, os petistas acenam com diálogo. Qual PT é o verdadeiro?

Nos últimos dias, com a situação política, econômica (cuja cereja do bolo foi a nova meta de déficit prevista para este ano), social e ética do país atingindo níveis de deterioração nunca antes vistos, os petistas puseram para circular a versão de tanto Lula quanto Dilma buscam diálogo com a oposição, mais especificamente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em favor da “governabilidade”. Agora governadores também seriam alvo deste “pacto”, segundo o Valor Econômico.

Sim: debater o país, buscar as melhores alternativas de forma suprapartidária e republicana são práticas desejáveis e típicas de democracias e de democratas maduros. São, no entanto, tudo o que o PT jamais fez nos seus 35 anos de história e, principalmente, nos 13 anos no poder até agora.

Foram anos em que o PT reiteradamente provocou o embate, estimulou a divisão, recusou a opinião crítica (qualquer uma), atacou instituições e transformou adversários em inimigos. Agora, quando o calo aperta de vez, a postura muda num passe de mágica. Será?

Quem por acaso tiver alguma dúvida deveria revisitar os discursos de Lula tanto quando presidente – em que tudo acontecia no Brasil como “nunca antes na história” – e também quando, depois de sair do Planalto, aboletou-se sobre palanques pelo país afora e manteve-se em sua campanha permanente.

Quem ainda alimentar alguma suspeita sobre em qual PT deve-se acreditar, pode gastar horas assistindo aos programas de TV da presidente Dilma na campanha do ano passado ou revendo suas frases ensaiadas para serem repetidas nos debates presidenciais, segundo as quais o problema do Brasil do presente estava sempre no passado.

Fernando Henrique foi o anátema desta estratégia. Tudo de ruim que possa ter ocorrido no Brasil nos últimos 20 anos foi sempre creditado a ele pela narrativa petista. Nas campanhas eleitorais do PT, culminando com a mais torpe delas, a do ano passado, o ex-presidente foi sempre retratado como o Judas a ser malhado pelas agruras – principalmente as atuais – dos brasileiros.

Depois de anos de distorção e mentiras, agora, num passe de mágica, o PT transforma Fernando Henrique no esteio da governabilidade. Das duas, uma: Ou os petistas estão finalmente reconhecendo a importância de fato do ex-presidente para a história contemporânea do país ou estão, mais uma vez, exercitando seu conhecido oportunismo. Em que PT apostar?

Ao mesmo tempo em que assopra, o partido de Lula e Dilma morde. Ao mesmo tempo em que põe para circular a tese do diálogo, o velho PT de guerra prepara, junto com seus satélites, vários atos ao longo de agosto para tentar tachar, segundo a Folha de S.Paulo, de “antidemocráticas” e “golpistas” as manifestações de insatisfação em relação ao governo petista programadas para o próximo dia 16. Qual PT vale?

Ao mesmo tempo, Lula também planeja correr o Nordeste para defender-se e ao governo – provavelmente expiando a culpa pela penúria atual nos bodes de sempre e não na gestão de sua pupila. Em quem confiar: em quem diz buscar diálogo ou em quem vocifera contra os adversários em reuniões quase diárias pelo país afora?

No mesmo momento, petistas no governo também tentam modificar critérios para aplicação de verbas publicitárias oficiais de maneira a privilegiar veículos alinhados ao petismo, em detrimento de parâmetros técnicos de alcance e audiência. Em quem apostar: nos que acenam com equilíbrio ou em quem ensaia manipular recursos públicos para – novamente – tentar cercear a imprensa?

A história é boa conselheira e pode servir sempre para iluminar o presente e ilustrar decisões e opiniões. O país quer ver saídas, desde que expressem um sentimento verdadeiro. Não é, por toda a história pregressa, o comportamento de quem até hoje agiu sempre de maneira contrária ao que agora acena. A história ensina: a mão que afaga é a mesma que apedreja.

O ÚNICO PACTO POSSÍVEL É COM A LEI!

Com aprovação na casa dos 7%, Dilma quer conversar com oposição para barrar impeachment. Como era quando tinha quase 70%? Ou: O único pacto possível é com a lei!

Por Reinaldo Azevedo
Leio na Folha que também o Palácio do Planalto — deve ser a presidente Dilma Rousseff — estimula, a exemplo de Lula, a aproximação com a oposição. Deixem-me ver se entendi direito o modelo: o PT vence a eleição afirmando que o adversário pretende elevar juros, aumentar tarifas e provocar recessão. Uma vez vitorioso, eleva juros, aumenta tarifas e produz recessão. Certo. O PT vence a eleição transformando a oposição no Belzubu do atraso social e dizendo-se, ele próprio, a voz do povo. Uma vez vitorioso, vê-se obrigado a cortar benefícios com os quais comprou uma parte do eleitorado. Entendo. O PT vence a eleição sustentando que qualquer outro resultado que não o triunfo do partido implicaria uma marcha à ré na história. Uma vez vitorioso, acuado por suas próprias contradições, demonizado nas ruas, cobrado por suas promessas não cumpridas, eis que o partido descobre as virtudes de um “entendimento” com a.. oposição.
O ministro Edinho Silva, da Comunicação Social, diz que, “em todos os países democráticos, é natural que ex-presidentes conversem e, muitas vezes, que sejam chamados pelos presidentes em exercício”. E acrescenta: “Essa é uma prática comum nos Estados Unidos, por exemplo”. É verdade… No primeiro programa do segundo turno da campanha do ano passado, Dilma se referiu assim ao tucano Aécio Neves: “Ele representa um modelo que quebrou o país três vezes, que abafou todos os escândalos de corrupção, que provocou desemprego altíssimo, recessão, que esqueceu os mais pobres”.
É mesmo, Dilma? E está querendo conversar com “eles” por quê? Mais interessante ainda: os petistas decidiram agora distinguir os “bons tucanos” dos “maus tucanos” — e os “maus”, claro!, são aqueles que não querem bater um papinho em nome do entendimento. Na lista dos tucanos mauzinhos do PT está o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, o que é, claro!, uma distinção e tanto. Espero que o presidente do maior partido de oposição continue persona non grata aos petistas.
O Instituto Lula, que, num primeiro momento, negou que estivesse em curso uma tentativa de diálogo, resolveu mudar de posição por intermédio de seu presidente, Paulo Okamotto, que afirmou à Folha: “Minha opinião é que tanto o presidente Lula como o presidente Fernando Henrique são políticos importantes, com responsabilidades e capacidade de analisar o que o Brasil está enfrentando. Sempre fui a favor de que a gente converse com quem faz política”.
Ah, que bom que Okamotto pensa isso, não é? Na campanha eleitoral, a candidata à reeleição Dilma Rousseff afirmou o seguinte: “Está em jogo o salário mínimo. O candidato dele — ela se referia a Aécio —, o ministro da Fazenda (estava falando de Armínio Fraga) acha alto demais e tem que reduzir. Nós não vamos permitir que o Brasil volte para trás”.
Por que Dilma iria querer um entendimento com gente tão má?
Jaques Wagner, ministro da Defesa e candidato de sempre à Casa Civil, reconhece que isso pode não ter sido muito elegante e diz:
“Apesar da última campanha dura, não podemos deixar consolidar na alma brasileira, e na política brasileira, uma dicotomia que não se conversa. Essas posições, governo e oposição, a gente troca. O que não pode perder é o norte do país”.
Que bom! Segundo a candidata Dilma, como se evidencia acima, não tem essa de alterar oposição e governo. Ou o PT vence, ou se trata de retrocesso.
Acho que chega, não é mesmo? Essa conversa já foi longe demais. Se há tucanos querendo bater um papinho, o PT sempre será um lugar quentinho para abrigar o diálogo. Basta se bandear. Eu estou enganado ou a população elegeu o PSDB para liderar a oposição? Não! Eu não estou enganado. Sendo assim, que cada um honre o voto que recebeu.
Querer um diálogo com a oposição, como agora quer Dilma, com 7,7% de ótimo e bom, segundo a mais recente pesquisa, é um coisa. Os petistas deveriam ter se lembrado de dialogar quando a presidente tinha quase 70% de aprovação. Ah, a minha memória não falha: eles não queriam conversa. A ordem, então, era destruir até o PMDB, já que davam o PSDB por liquidado.
Vamos fazer um pacto, gente, em favor da governabilidade? Todos seguiremos as leis e a Constituição, que contemplam até o impeachment. Que tal?

A PROFECIA DE DILMA

:: O Brasil, como ela disse, é insuperável. Dentro e fora do campo. 
"Nada disso parece comover a presidente Dilma Rousseff."
(E quem defende Dilma também não se comove.)

Por Mary Zaidan

Crise é crise e não adianta chorar pitangas depois que ela eclode. Sabe-se que é preciso achar saídas, por mais dolorosas que elas sejam. Sabe-se também em quais ombros recai a fatura, já materializada nas contas de luz, nos preços dos alimentos, do transporte, dos bens e serviços, no emprego que vai embora.

Nada disso parece comover a presidente Dilma Rousseff.

Ela resiste a cortar gastos no custeio do governo e os dela própria. Em sua recente viagem a Nova York desembolsou U$ 22 mil do contribuinte para hospedar-se por duas noites na suíte Tiffany do Hotel St. Regis, aposentos com 158 m². Mais de R$ 40 mil cada pernoite. Um acinte.

Com luxos dessa ordem, Dilma escancara seu completo descaso aos que estão pagando a conta da crise sem precedentes em que ela meteu o país. E amplia sua rejeição. Continua sem aprender que política se faz com gestos – para os quais ela definitivamente não tem qualquer habilidade – e símbolos.

Erra ainda mais como governante. Não reduz em um milímetro a máquina gigantesca. Não corta um cargo sequer. Gasta muito mais do que arrecada. E gasta mal.

Mas há de se fazer justiça. Nessa seara os erros do governo começaram muito antes.

Antecessor e padrinho de Dilma, o ex Lula dirigiu o país em época de fartura. Desperdiçou dinheiro em caprichos milionários, a exemplo da refinaria Abreu e Lima (PE), em parceria com o bolivariano Hugo Chávez, que lhe deu o cano. Ou ainda no lançamento de foguetes com a Ucrânia, acordo que será desfeito 12 anos depois de lançar pelos ares R$ 500 milhões do Tesouro.

Na Copa do Mundo da Fifa, Lula foi imbatível. Sob a sua batuta, o Brasil iniciou a construção ou reforma de 12 estádios. Custaram R$ 8 bilhões, 285% acima dos R$ 2,8 bilhões fixados em 2007. Quase o montante total do esforço fiscal que o governo estabeleceu agora ao reduzir sua meta para 2015.

De acordo com o Tribunal de Contas da União, a Copa custou R$ 25,5 bilhões. Apenas R$ 7 bilhões foram investidos em mobilidade, e das 26 obras previstas em aeroportos, só 14 foram concluídas.

Embora o país tenha pelo menos 25 empreiteiras de grande porte, de acordo com o faturamento publicado na revista O Empreiteiro, as 10 denunciadas pela Lava-Jato aparecem em todas essas obras e, na maior parte das vezes, com generosos financiamentos do BNDES, que também assegurou a elas expansões na América do Sul. Sempre com o aval de Lula.

A partilha entre o cartel de empreiteiras companheiras pode ter garantindo obras da Copa para todas, mas no caso do Centro de Lançamento de Alcântara, de onde sairiam os foguetes ucranianos, o contrato do consórcio Odebrecht-Camargo Correa foi direto, sem licitação.

Não há receita mais perversa para um país do que um governo tarimbado em incompetência, malversação, roubalheira e incúria. Que gasta a rodo sem ter receita. Que, quando não patrocina, estimula ou faz vistas grossas à corrupção.

Dilma jamais imaginaria que as palavras ditas em 2013, na inauguração da Arena Fonte Nova, em Salvador, seriam proféticas: “Somos um país conhecido como sendo insuperável no campo, mas nós estamos mostrando que somos insuperáveis também fora de campo”.

Na Copa, o seleção brasileira terminou eliminada pela Alemanha por vexaminosos 7 x 1. Extra-campo, os resultados são ainda piores.

A VEZ DO CHEFÃO

Delação de Ricardo Pessoa encorajou amigo de Lula

O dono da UTC, 16º colaborador da Lava Jato, é próximo de Léo Pinheiro, o executivo da OAS que conhece os segredos do ex-presidente

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A delação feita pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, encorajou o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro a oferecer-se para negociar um acordo semelhante com o Ministério Público. Pinheiro e Pessoa são amigos. Estudaram juntos e trabalharam no mesmo período na construtrora Odebrecht. Em maio, Pessoa tornou-se o 16º delator da Lava Jato.

Apontado pelos investigadores como o chefe do grupo que durante a última década operou o maior esquema de desvio de dinheiro público da história do país, o dono da UTC revelou, entre outras coisas, ter sido pressionado por Edinho Silva a dar 7,5 milhões de reais à campanha de reeleição de Dilma Rousseff. Ele entregou à Justiça dezenas de planilhas com movimentações financeiras, manuscritos de reuniões e agendas que fazem do seu acordo de delação um dos mais contundentes e importantes da Operação Lava Jato.

Agora, seu amigo Léo Pinheiro decidiu fazer o mesmo. Como revelou reportagem de VEJA desta semana, o executivo da OAS, atualmente em prisão domiciliar, está disposto a fornecer à Justiça provas de que o ex-presidente Lula sabia do esquema de corrupção na Petrobras e se beneficiou dele. As tratativas para o acordo de delação estão sendo feitas na Procuradoria Geral da República em Brasília porque as revelações do executivo incluem, além do ex-presidente, políticos detentores de foro privilegiado.

AS CONEXÕES INTERNACIONAIS DA CORRUPÇÃO

 

(Época) 

A vida dos corruptos mundo afora se torna cada vez mais difícil. A globalização – a mesma que abriu mercados, criou oportunidades de prosperidade e também de corrupção internacional – chega, aos poucos, à Justiça. Com isso, os agentes da lei de cada país podem caçar malfeitos além de suas fronteiras. O primeiro movimento nesse sentido ocorreu na Comunidade Europeia. Nos anos 1990, os Ministérios Públicos e as polícias dos diferentes países começaram um intenso intercâmbio.

A integração foi crucial para uma investigação importante no início deste ano: o caso SwissLeaks, em que a filial de Genebra do banco HSBC esteve envolvida num escândalo internacional de sonegação de impostos. “Um funcionário que trabalhou no HSBC por oito anos pegou toda a movimentação financeira irregular e entregou a três MPs, o da Suíça, o da Itália e o da França”, diz o jurista Luiz Flávio Gomes, estudioso do assunto e doutor em Direito pela Universidade Complutense de Madrid. Graças ao intercâmbio de depoimentos e provas entre os Judiciários dos países, o HSBC sofreu condenações na França, na Bélgica e nos Estados Unidos. Outro caso recente foi a prisão, na Suíça, de dirigentes da Fifa suspeitos de corrupção, após uma investigação levada a cabo pela polícia americana.

No Brasil, a Operação Lava Jato vem inovando não apenas ao empregar métodos inspirados na Operação Mãos Limpas – que desarticulou os esquemas de corrupção na Itália ao longo dos anos 1990. Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República de Portugal anunciou que a força-tarefa da Lava Jato fez um pedido de cooperação internacional. Desde o tempo do mensalão, a polícia portuguesa investiga casos de corrupção envolvendo brasileiros, com ramificações em Portugal. Agora, a Lava Jato quer unir as duas pontas,mensalão e petrolão. E também tem operado em colaboração com o Ministério Público da Suíça. “A Lava Jato já virou um caso de estudo”, diz o advogado penal Mauro César Arjona.

Na semana passada, os procuradores suíços confirmaram que as investigações da Lava Jato estão no caminho certo. Elas rastrearam as contas da Odebrecht no exterior. “Pelo relato das autoridades suíças e documentos apresentados, há prova, em cognição sumária, de fluxo financeiro milionário, em dezenas de transações, entre contas controladas pela Odebrecht ou alimentadas pela Odebrecht e contas secretas mantidas no exterior pelos dirigentes da Petrobras”, afirmou o juiz Sergio Moro em seu despacho.

Na sexta-feira, dia 24, os presidentes de duas das maiores construtoras do país, Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, eOtávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, foram denunciados à Justiça sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. A denúncia atinge ao todo 22 pessoas. Foi decretada também a quebra de sigilo das contas da Odebrecht no exterior.

Em uma das reportagens desta edição, ÉPOCA mostra, com exclusividade, as inves­tigações em Portugal que revelam os primeiros indícios de uma conta no exterior que pode ter alimentado campanhas do PT. E mostra como as investigações sobre a Odebrecht, na semana passada, podem se desdobrar na Suíça. A colaboração entre a força-tarefa da Lava Jato e os investigadores europeus ainda tem muito o que render.

LAVA JATO NO ELETROLÃO

LAVA JATO AVANÇA SOBRE NÚCLEO POLÍTICO E SETOR ELÉTRICO

INVESTIGADORES DEVASSAM CONTRATOS DOS GOVERNOS LULA E DILMA



A condenação de executivos da Camargo Corrêa e a denúncia formal contra os presidentes e ex-dirigentes das duas maiores empreiteiras do país, Odebrecht e Andrade Gutierrez, abrem nova fase das investigações da Operação Lava Jato. A investigação se aproxima de PT e PMDB como integrantes importantes do esquema de corrupção, em conluio com o comando do cartel empresarial, que fatiava obras da Petrobras mediante o pagamento de propina desde 2004.

Com a chegada dos primeiros documentos oficiais da Suíça, após acordo de cooperação internacional entre autoridades brasileiras e suíças, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato acredita ter aberto "uma janela" nas apurações que levarão à comprovação do uso de contas secretas dos quatro núcleos do esquema: empresarial, político, de operadores financeiros e de agentes públicos.

Além de chegar às contas secretas das empreiteiras, dos políticos, dos dirigentes da Petrobras e dos operadores de propina, os investigadores vão ampliar a devassa em contratos, antes centrada na estatal, a outras áreas dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014). Uma das prioridades é o setor energético e envolve as obras de grandes usinas, como Belo Monte, no Pará, e Angra 3, que tiveram investimentos bilionários.

As delações de dois executivos da Camargo Corrêa, que confessaram "cartelização" e pagamentos de propina nessas obras, reforçaram as suspeitas levantadas após o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmar que o esquema de propina era generalizado. Primeiro delator da Lava Jato, Costa era sustentado no cargo por um consórcio entre PP, PMDB e PT e confessou ter agido em nome desses partidos. "Temos elementos para apontar que o esquema de cartel e corrupção foi além da Petrobrás", afirmou o procurador regional da República Carlos Fernando Lima, um dos integrantes da Lava Jato.

A sentença dos três executivos da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini (ex-presidente), Eduardo Leite (ex-vice-presidente) e João Ricardo Auler (ex-presidente do Conselho de Administração), na última semana, foi a primeira condenação do núcleo empresarial do esquema. "No período compreendido entre 2004 e 2014, uma grande organização criminosa estruturou-se com a finalidade de praticar delitos no seio e em desfavor da Petrobrás", sustenta o MPF. Um prejuízo de pelo menos R$ 19 bilhões.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o núcleo empresarial, em conluio com o núcleo político, detinha o comando do esquema. Por meio dessa união, houve uma sistematização da corrupção, à partir do maior caixa de investimentos do governo federal, a Petrobras, nas demais esferas. Avancini e Leite foram condenados pelo juiz da 13.ª Vara Federal, em Curitiba, Sérgio Moro, que conduz os processos em primeiro grau da Lava Jato, a 15 anos e dez meses de reclusão, mas como fizeram delação premiada foi concedido a eles o direito ao regime de prisão domiciliar. Auler pegou nove anos e seis meses de reclusão.

LULA DE SACO CHEIO

Isso é que é "vender a alma ao capeta", ou seja, votar no PT em troca de "facilidades" e pagar o preço por essa escolha.


MAURÍCIO TERRA

Não é de estranhar o desabafo do ex-presidente contra o que ele compreende como perseguição à presidente Dilma pelo fato de o crédito super-expandido durante os governos petistas ter permitido a milhões de pessoas comprar um carro, comprar uma casa e viajar de avião. É bastante óbvio que ele não perceba que a população, enganada pelo marketing partidário durante a campanha eleitoral, esteja fora do limite de tolerância em relação à corrupção consuetudinária que floresceu durante seu governo, promovendo a prosperidade e a proliferação de criminosos a quem o ex-presidente e outros figurões do partido deram a chave do cofre.

O fato é que todas essas pessoas, inclusive o ex-presidente Lula, não percebem mesmo que a conduta que eles sempre toleraram ou mesmo ignoraram é moralmente inaceitável. Eles acham que é tudo normal, e que são todos mártires de uma causa final inteiramente contrária aos interesses do país, e que seria também contrária à vontade da população, se houvesse alguma inclinação dessa turma para esclarecer e interrogar a população. Isso tudo, segundo os partidários de Lula, já acontecia antes no governo FHC, e agora é a vez deles. Não tem jeito de interromper.

Sobre o clima de ódio a que Lula se refere em seu discurso, e que aparentemente ele condena, ele deveria por os olhos em qualquer noticiário onde grupos de capangas vestindo camisetas vermelhas ou portando bandeiras vermelhas investem contra governadores, prefeitos e autoridades em geral quando de disputas trabalhistas ou manifestações de insatisfação às quais os vermelhos não foram nem convidados. Ele deveria perguntar à Marília Pera ou à Regina Duarte o significado das palavras perseguição e policiamento ideológico, que ele tanto diz que abomina.

Alguém deveria informar a Lula a diferença entre perseguição e investigação. Perseguir tem o objetivo de perseguir. Investigar tem o objetivo de lançar luz sobre movimentos obscuros e, eventualmente, criminosos, perpetrados pela quadrilha encastelada, entre outros, por ele mesmo na Petrobras e outros recantos, onde os tentáculos do partido conseguiram alcançar. Não cabe a ele ficar de saco cheio. Ele deveria é manter as barbas de molho.

VELHO TRUQUE DE GOVERNANTES EM APUROS

DILMA AGORA SE FAZ DE HUMILDE PARA TENTAR SALVAR O MANDATO

JORGE OLIVEIRA

EM BAIXA, DILMA AGORA TENTA UM 'PACTO' PARA CONSEGUIR GOVERNAR. A PRESIDENTE JÁ FEZ REUNIÕES SEMELHANTES COM GOVERNADORES, SEM QUALQUER RESULTADO PRÁTICO. (FOTO: ROBERTO STUCKERT FILHO)

O nariz empinado e a prepotência da Dilma deram lugar a uma falsa humildade agora que o barco está afundando. Acostumada a tratar seus subalternos com truculência, deselegância e desrespeito, para salvar sua pele, ela decidiu que vai chamar os governadores para uma reunião na quinta-feira. Quer firmar com eles um pacto de governabilidade depois que o país foi para o fundo do poço com a inflação alta, o custo de vida sufocante e o desemprego subindo a taxas estratosférica. Dilma cultiva o hábito da arrogância: humilha ministros, assessores, governadores e até um simples garçom passa pelo constrangimento de reprimenda quando serve o café fora do ponto.

A presidente tenta de todas as formas se manter no poder e, no comando do barco à deriva, não sabe retomar o leme da embarcação. O que ela não entendeu até agora é que os brasileiros não a querem mais à frente do país, como mostraram as últimas pesquisas. Por elas, nunca na história desse país um presidente esteve com tão baixo índice de aprovação. Mais de 92% da população dizem não a sua administração. Com essa desaprovação, Dilma corre o risco de ser não só apenas vaiada, como já vem ocorrendo, mas também enxovalhada pelo povo descontente com o seu governo.

É para tentar minimizar esse quadro caótico e assustador que a presidente quer juntar os governadores para uma conversa tête-à-tête. Essas reuniões de políticos e empresários com a Dilma em Brasília já começaram a entrar para o anedotário. Muitos deixam o encontro mais desorientados ainda com a conversa dela sem pé nem cabeça sobre a conjuntura econômica, social e política do país. Um desses participantes confidenciou que a Dilma não consegue finalizar uma proposta pela dificuldade que tem em se fazer compreender. Até que ela tenta raciocinar com lógica, diz essa fonte, mas algo inexplicável tumultua seu pensamento, daí as besteiras que fala e se espalham nas redes sociais.

A presidente vive momentos de profundo isolamento. Cercada por auxiliares envolvidos com a operação Lava-Jato, a exemplo do seu ministro da Comunicação Social, Edson Silva, o Edinho, que recebeu quase 8 milhões de reais do dinheiro roubado da Petrobrás para a sua campanha, Dilma não tem propostas reais para apresentar aos governadores. Mais uma vez vai jogar para a plateia e culpá-los depois pelo insucesso da tentativa do plano da governabilidade que certamente não ocorrerá porque o problema maior não é o sofá mas o seu dono.

Ela sabe que a crise econômica e social é de sua responsabilidade. À frente do governo, quando o país ainda vivia bons momentos com emprego e inflação baixa, não ouvia ninguém. Acreditava de verdade que realmente era uma “gerentona” competente como Lula a vendeu à população. O tempo mostrou que se trata de uma gestora incapaz e incompetente que tenta impor no grito suas vontades como se os servidores fossem seus vassalos. Aprendeu com Lula a soltar palavrões e até xingar com impropérios adversários e aliados quando suas ordens são contrariadas, como contam vários de seus auxiliares que temem se aproximar dela nos momentos de fúria.

É por causa desse temperamento intempestivo e desrespeitoso que a Dilma está sem interlocutor, isolada e distanciada dos seus principais assessores que tremem só em saber que vão despachar com ela. Alguns ministros nem são chamados para audiência, como é o caso do Henrique Alves, do Turismo, que ela foi obrigada a engolir por imposição de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.

Ora, é de se perguntar: como uma pessoa pode dirigir um país com esse comportamento atroz e assustador? Por que alguém que já demonstrou tanta inaptidão no comando da nação ainda teima em permanecer no cargo mesmo sabendo que mais de 90% da população desprezam o seu governo?

As respostas para essas perguntas vão às ruas no dia 16 de agosto.

O REINO ONDE SÓ VINGA O "TODOS POR UM"

LULA TEME QUE JOSÉ DIRCEU FAÇA ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA



Após haver abandonado José Dirceu desde os tempos do julgamento do mensalão, o ex-presidente Lula recomendou à cúpula do PT, esta semana, “dar atenção” ao “Zé”, seu ex-ministro da Casa Civil. Ele teme que Dirceu feche acordo de delação premiada para não voltar à cadeia. Até lulistas “religiosos” concordam: eventual delação de Dirceu pode levar Lula a conhecer o significado de um longo período na Papuda.

Lula e a cúpula do PT confiam que Dirceu é “guerreiro” e que, como no mensalão, pode mofar na cadeia, mas não entrega a “companheirada”.

Hoje a maior prioridade de José Dirceu não é a “causa”, mas preservar a liberdade de conviver com a alegria da filha, garotinha de 6 anos.

Após a Justiça negar habeas corpus preventivo para José Dirceu, acendeu a “luz vermelha” na cabeça, disse Lula a dirigentes do PT.

Na tarde desta sexta-feira (24), houve momento de pânico, no PT, com os rumores de prisão iminente de José Dirceu. Mas era rebate falso.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

'FILME DE TERROR SEM FIM'

FINANCIAL TIMES: SITUAÇÃO NO BRASIL É 'FILME DE TERROR SEM FIM'

FT CITA 'PODRIDÃO CRESCENTE, ARROGÂNCIA E CORRUPÇÃO NO BRASIL'



O jornal britânico Financial Times publicou nesta quinta-feira, 22, editorial intitulado "Recessão e corrupção: a podridão crescente no Brasil". No texto, o jornal afirma que a atual situação do Brasil é comparável a um "filme de terror sem fim" devido às crises política e econômica.

O FT também diz que "incompetência, arrogância e corrupção quebraram a magia" do país, que poderá enfrentar “tempos mais difíceis”. E “a maior razão” da crise enfrentada pela presidente Dilma Rousseff seria o escândalo do Petrolão.

Além disso, diz o jornal, a presidente enfrenta suspeitas sobre contas de seu governo, em manobras que ficaram conhecidas como “pedaladas fiscais”, o que seria mais um motivo para o impeachment da petista.

O Financial Times também fez questão de citar o ex-presidente Lula, que é investigado pelo Ministério Público por suspeita de tráfico de influência em benefício da Odebrecht no exterior.

Ao falar que ‘tempos mais difíceis’ virão, o FT também falou sobre o rompimento do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo após ter sido citado por um delator na Operação Lava Jato

Além das questões políticas, o jornal menciona a situação econômica do país - cujo Banco Central estima retração de mais de 1% neste ano -, cita o aumento dos juros para combater a inflação e os esforços para conter gastos públicos, medidas "necessárias mas dolorosas" que reduziram salários, aumentaram o desemprego, afetaram a confiança de investidores e "demoliram" a popularidade da presidente para o nível mais baixo da história.

ZUM ZUM ZUM, TÁ FALTANDO UM

NOVAS VAGAS NA CARCERAGEM DA PF INDICAM MAIS PRISÕES


O pedido da Polícia Federal de remoção de oito presos, entre os quais os presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, para um presídio nos arredores de Curitiba, pode representar um novo movimento para abrir vagas, na carceragem da PF, tendo em vista a expectativa de eventuais novas prisões. Esse tipo de movimento já aconteceu antes, às vésperas de várias fases da Operação Lava Jato

Em Brasília, há a forte expectativa de prisão de vários personagens cujo envolvimento ficou patente na “Politeia”, a 14ª fase da Lava Jato.

O material recolhido nos 53 mandados de busca na “Politeia” pode oferecer elementos para que o juiz Sérgio Moro decrete novas prisões.

De todos os investigados, somente os detentores de mandato estão menos intranquilos: eles só podem ser presos em flagrante delito.

O delegado federal Igor de Paula, da força-tarefa da Lava Jato, afirma que a transferência de presos é um “procedimento padrão”. É mesmo. 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

"TV DO LULA" E "LARANJA" MILIONÁRIA DO PT

GRÁFICA USADA PELO PT PARA RECEBER PROPINAS MOVIMENTOU R$ 67,7 MILHÕES

INVESTIGADA PELA PF, GRÁFICA ATITUDE TEM TV, RÁDIO, REVISTA ETC


LULA DURANTE UMA DAS MUITAS BAJULAÇÕES DA EMISSORA LIGADA À GRÁFICA EDITORA ATITUDE, A QUE MOVIMENTOU R$ 67,7 MILHÕES. (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Presidente da maior empreiteira do Pais, que se encontra preso na carceram da Policia Federal em Cuiriba, Marcelo Odebrecht ofereceu um jantar em sua residência, em 2012, a pedido do ex-presidente Lula, que para a Policia Federal pode marcar o envolvimento no esquema do “petrolão” da Editora Gráfica Atitude, controlada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e usada para captar propinas para o PT.

Desse jantar, com a presença de empresários e banqueiros, participaram também dois sindicalistas, administradores da gráfica Atitude: Juvandia Morandia Leite, presidente do Sindicato dos Bancários, e Sérgio Aparecido Nobre, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que foi presidido por Lula nos anos 70 e que desde então é liderado por seus aliados ligados ao PT.

Relatório de Inteligência Financeira da Operação Lava Jato, que dá embasamento ao pedido da PF para o indiciamento do empresário Marcelo Odebrecht, mostra que a Editora Gráfica Atitude movimentou R$ 67,7 milhões entre junho de 2010 e abril de 2015.

O empresário Augusto Ribeiro de Mendonça, um dos delatores da Lava Jato, declarou que em 2010, o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto – preso desde abril – lhe pediu que “doasse” R$ 2,4 milhões para o PT por meio de depósito em conta da gráfica. Contrato assinado entre uma empresa dele, a Setec, com a Gráfica Atitude, estipulou o repasse de R$ 1,2 milhão, em pagamentos mensais de R$ 100 mil. O documento revela que R$ 17,95 milhões foram depositados em espécie na conta da Atitude, por meio de 137 operações, entre dezembro de 2007 e março de 2015, pelo Sindicato dos Bancários.

A devassa nas contas da Editora Gráfica Atitude revela que entre agosto e 2008 e janeiro de 2010 a empresa Observatório Brasileiro de Mídia – da qual Juvandia consta como presidente – recebeu R$ 833 mil da gráfica, por meio de 40 operações bancárias. A informação consta do Relatório de Inteligência Financeira da Operação Lava Jato.

Império mais que suspeito - Aparelhada pelo PT, a Petrobras conferiu seu prêmio de Jornalismo de 2013 à TVT, emissora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligada à Gráfica Atitude e à CUT, todos controlados pelo partido.

A Atitude integra a rede de comunicação dos sindicatos dos Bancários de São Paulo e dos Metalúrgicos do ABC.

Os sindicatos são donos da “Revista do Brasil”, da gráfica Atitude, da Rádio Brasil Atual, da agência de notícias RBA e de mais dois jornais.

Em 2013, a TVT, a “TV do Lula”, ganhou licença da Anatel e aval do governo para transferir suas antenas São Caetano para a Av. Paulista. Por ordem de Lula, o então ministro Paulo Bernardo (Comunicações), outro investigado na Lava, deu aval à transferência das antenas da TVT.

A TVT, um presente de Lula, está em nome de Fundação Sociedade Comunicação dos sindicatos dos bancários e dos metalúrgicos do ABC.

A ficha dos distintos - Odebrecht é acusado dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e crime contra a ordem econômica. A PF também atribui ao ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, ligado ao Sindicato dos Bancários, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema Petrobrás. Vaccari já se envolveu em outro caso de corrupção milionária na Bancoop, cooperativa habitacional da entidade.

terça-feira, 21 de julho de 2015

ELES SE MERECEM. E NÓS, O QUE MERECEMOS?

Dilma e Lula tiram o sarro do país com foto no “Dia do Amigo”; afinal, aquela é a imagem de um estelionato

A presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, seu antecessor, postaram em suas páginas no Facebook uma foto do dia 26 de outubro, em que ambos aparecem abraçados, comemorando a reeleição. Homenageavam, assim, um tal “Dia do Amigo” — aquele que, segundo música de Milton Nascimento, deve ser guardado “debaixo de sete chaves”. Nem diga! No caso da dupla, se der para jogar a chave fora, melhor. Eu não posso reclamar da parceria. Basta ter um pouquinho de talento e um tanto de esforço, e os textos já nascem prontos. Eles os escrevem por nós com suas barbaridades.
Comecemos do óbvio: a foto marca o dia da consolidação de um estelionato eleitoral sem par na história do país — e talvez das democracias ocidentais. Dilma venceu naquele 26 de outubro, por estreita margem, assumiu no dia 1º de janeiro, e, desde a posse, faz coisas que disse que não faria e diz coisas que certamente não fará. Tudo o que ela imputou às intenções de seu adversário, Aécio Neves, e que reputou como os males do mundo compõe hoje a sua agenda. É por isso que, sete meses depois da sua posse, amarga índices inéditos de impopularidade.
Uma foto nunca retrata apenas o momento em que o flagrante é congelado. Ela pode servir para iluminar e redefinir tanto o passado como o futuro. Vamos lá: se a economia estivesse crescendo a taxas aceitáveis, se a gestão fosse um exemplo de moralidade, se o país estivesse no rumo, então aquele abraço significaria mais do que a amizade pessoal. A legenda poderia ser: “É isso aí, companheiro! Estamos mudando o Brasil. A nossa luta é vitoriosa”. Mas olhem aí o que temos — e por responsabilidade exclusiva dos governos Lula e Dilma. Aí, meus caros, não tem jeito. Só cabe uma legenda para aquele instante: “Conseguimos. Enganamos os trouxas”.
E não vai exagero nenhum nessa leitura. Tanto Dilma sabia parte do que tinha de ser feito — e tinha e tem — e tanto havia a clareza que não seria bom para os brasileiros, porque remédio não costuma ser gostoso, que ela expôs, sim, a agenda: afirmou que Aécio elevaria as tarifas, que os juros subiriam, que o desemprego cresceria, que haveria corte de benefícios sociais, que o país estraria em recessão. É o que ela previa se seu adversário vencesse. Dilma, a amiga, venceu, com o apoio de Lula, o amigo e elevou tarifas, aumentou os juros, cortou benefícios sociais, levou o país à recessão aberta e fez crescer o desemprego. Vale dizer: eles enganaram os trouxas.
A foto não deixa de ter um caráter acintoso, dado o contexto. Obviamente, tratou-se de uma ação combinada entre as duas assessorias, tanto é assim que a mesma imagem apareceu, ao mesmo tempo, em suas páginas no Facebook. Publicada no primeiro dia útil depois do fim de semana em que a máquina oficial tentou decretar a morte política de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, a legenda também poderia ser esta: “Vencemos! Conseguimos tirar aquela pedra do nosso caminho”. Aliás, um dos memes que ganhou o país no “Dia do Amigo” foi justamente um foto em que Cunha e Dilma aparecem juntos…  Uma ironia mais do que eloquente.
Pois é… Aquele que está sendo abraçado pela presidente poderia, ao menos, não ser ele também um investigado hoje, num procedimento que está na Procuradoria da República no Distrito Federal. Mais ainda: dois ministros de Dilma estão rigorosamente na mesma situação em que se encontra Eduardo Cunha: Ricardo Pessoa, em delação premiada, diz ter repassado R$ 500 mil em dinheiro vivo a Aloizio Mercadante (Casa Civil) e afirma ter doado R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma, por intermédio de Edinho Silva (Comunicação Social), que lhe teria lembrado os vários contratos que a UTC mantinha com a Petrobras… Convenham: para bom entendedor, meia ameaça basta.
O Congresso entrou em recesso. Por alguns dias, não saberemos se o governo realmente conseguiu retomar a inciativa. Eu, sinceramente, me pergunto: iniciativa do quê e para quê? Por enquanto, vejo apenas a celebração daqueles que julgam ter derrotado seus inimigos, sem saber com que propósito venceram, como naquele 26 de outubro de 2014.
Por Reinaldo Azevedo

O POVO SABE QUEM TEM CULPA PELA CRISE

Quase dois terços querem o impeachment de Dilma; povo tá doido pra dar uma surra eleitoral em Lula; só 7,7% aprovam o governo; presidente é rejeitada por 79,9%; 69,2% a culpam por corrupção na Petrobras

Por Reinaldo Azevedo
Escrevi nesta manhã um post indagando por que diabos, afinal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, se tornou o principal inimigo do governo. Ele fez a crise econômica? Ele fez a crise política? Ele fez a crise de confiança? Convenham: ele é uma das figuras mais influentes do país hoje, mas ainda é desconhecido da esmagadora maioria dos brasileiros. A sua pauta nem mesmo contamina o país com mau humor. Ao contrário até: como a sua agenda está bem mais próxima da do povo em geral, os que o conhecem até depositam nele algumas esperanças. O governo está encalacrado é por sua própria conta, por sua própria incompetência. E sua reputação tende a piorar. Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça não traz uma só boa notícia para o governo, para Dilma Rousseff, para o PT e para Lula.
Vou inverter o lead que anda por aí. Como Lula, o amigão de Dilma, era tido até outro dia por petistas como reserva estratégica para que o partido possa se manter no poder a partir de 2019, vamos ver como anda a reputação do rapaz. Se ele disputasse hoje um segundo turno, perderia para qualquer um dos três tucanos que podem ocupar a vaga à Presidência em 2018. Na disputa, com Aécio Neves, apanharia por 49,6% a 28,5%; com José Serra, por 40,3% a 31,8%; com Geraldo Alckmin, por 39,9% a 32,3%. Lula se disse no volume morto. Errado! Ele é o volume morto.
Ainda assim, está um pouco melhor do que Dilma, não é? Quem não estaria? Consideram o seu governo bom ou ótimo apenas 7,7% dos entrevistados, contra 70,9% que o veem como ruim ou péssimo. Dizem ser regular 20,5% dos entrevistados. A que consequência isso leva? Se Dilma sofresse hoje um processo de impeachment, quase dois terços dos brasileiros veriam realizado o seu desejo: defendem que a presidente perca o seu mandato 62,8% dos entrevistados; apenas 32,1% se mostram contrários. Quantos sairiam às ruas em sua defesa? Garanto que bem menos do que isso.
Sabem quantos aprovam o desempenho pessoal de Dilma? Apenas 15,3%, contra 79,9% que o reprovam. É um desastre. Aquela foto em que ela e Lula aparecem agarrados ganha agora uma nova legenda: abraço de afogados.
O brasileiro, finalmente, começa a ligar os nomes às coisas. Para 53,4%, a corrupção é um dos principais problemas do país — para 37,1%, é o principal. Já ouviram falar da Lava Jato 73,8%. Nem Dilma nem Lula conseguem escapar do peso da lambança. E a situação dela é ligeiramente pior do que a dele, embora ambos apareçam na lama: 69,2% dizem que a presidente é culpada pela roubalheira na Petrobras, e 65% pensam o mesmo de Lula. Livram a cara da presidente só 23,7%; 27,2% no caso do ex-presidente.
A população, de certo modo, tem uma percepção da realidade mais correta do que a de boa parte da imprensa: 40,4% dizem que o culpado pela corrupção é o governo; 30,4% apontam os partidos políticos; 14,2% indicam os funcionários da empresa, e apenas 3,5% dizem ser as empreiteiras. A maioria, no entanto, não acredita que os culpados serão punidos: 67,1%.
Os brasileiros descobriram também que a corrupção tem um preço: para 86,8%, ela prejudica a economia do país, e isso certamente ajuda a alavancar a brutal rejeição a Dilma. Os entrevistados estão mais realistas do que pessimistas: 55,5% apontam que a situação do emprego vai piorar — e eles estão certos: vai mesmo!
Encerro
Pois é… Digamos que Cunha viesse a deixar de ser uma pedra no sapato de Dilma. E daí? Ele nada tem a ver com esse cenário, produzido pela histórica incompetência dos petistas e por sua brutal arrogância no trato com a realidade.
Como é mesmo, Lula? “Olhem que eu volto!!!”
Ah, volta, Lula! Volta!!!

APROVAÇÃO DE DILMA DESPENCA PARA 7,7%

REJEIÇÃO A DILMA JÁ ATINGIU 79,9%, SEGUNDO PESQUISA CNT/MDA


Diário do Poder

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (21) mostra que a avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu para apenas 7,7%, enquanto 70,9 por cento desaprovam o governo petista. É uma queda acentuada: no levantamento CNT realizado em março, 10,8% dos entrevistados consideravam o governo Dilma “ótimo ou bom”, enquanto 64,8% avaliaram o governo como “ruim ou péssimo”. A pesquisa divulgada hoje mostra também que 20,5% consideram o governo regular, contra 23,6% na avaliação de quatro meses atrás.

Com relação ao desempenho pessoal de Dilma Rousseff, houve crescimento na rejeição à atuação da presidente. A desaprovação atingiu 79,9% e a aprovação está em 15,3%. A avaliação negativa também é a mais alta desde 2001.

A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional do Transporte ao instituto MDA e ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 16 de julho passado.

O governo Dilma alcançou a maior avaliação negativa medida pela pesquisa da CNT, iniciada em 1998.

Avaliação detalhada

De acordo com o levantamento, 18,5% disseram que o governo Dilma é "ruim" e 52,4% afirmaram que ele é "péssimo". Já 20,5% consideraram que o governo é regular, 6,2% disseram que o governo é bom e 1,5% classificaram o governo como ótimo. A porcentagem dos entrevistados que não souberam ou não responderam é de 0,9%.

Em março, o desempenho pessoal da petista era aprovado por 18,9% dos consultados e desaprovado por 77,7%.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades federativas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

CAI A FICHA: QUASE 70% DOS BRASILEIROS CULPAM DILMA E LULA PELA CORRUPÇÃO



Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 21, também abordou a percepção dos entrevistados sobre os últimos acontecimentos da Operação Lava Jato. Pelo levantamento, a maior parte dos entrevistados considerou a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como responsáveis pela corrupção investigada pela Justiça Federal.

Segundo a pesquisa, 78,3% disseram estar acompanhando o noticiário sobre as investigações - 21,7% disseram não ter ouvido falar no assunto. Consideraram a presidente Dilma "culpada" 69,2%, enquanto 23,7% disseram que ela não é responsável e 7,1% não souberam responder. Já o ex-presidente Lula é responsabilizado por 65% dos entrevistados, 27,2% não o consideraram "culpado" pelo caso e 7,8% não responderam.

De acordo com o levantamento, 40,4% disseram que o governo é o responsável pela corrupção apontada na Lava Jato. Partidos políticos foram responsabilizados por 34,4%, diretores ou funcionários da Petrobras, por 14,2%. e só 3,5% apontaram as construtoras como culpadas pelo esquema.

A capacidade de combate à corrupção também foi questionada na pesquisa. Segundo a CNT/MDA, 52,5% não acreditam que o governo conseguirá combater a corrupção, 37% disseram que conseguirá combater em parte e 8% apostam que o governo federal será capaz de atuar totalmente contra a corrupção. Apenas 2,5% não souberam responder.

Sobre a expectativa de punição, 67,1% entrevistados disseram que não acreditam que os envolvidos serão punidos, 30% disseram confiar na penalização e 2,9% não souberam responder. Consideraram que a corrupção é prejudicial para a economia do País 86,8% dos entrevistados, já 11,9% disseram que a corrupção não prejudica a economia brasileira e 1,3% não respondeu.

No âmbito das investigações, 90,2% acham que não está havendo exagero nas prisões dos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, 7,9% avaliam que há exageros e 1,9% não soube responder.

Sabem o que é delação premiada 37,3% dos entrevistados e 62,7% responderam que não sabem o que significa a colaboração de investigados em troca de redução da pena. Entre os que acompanham a Lava Jato e os que sabem o que é delação premiada, 52,8% se disseram favoráveis ao expediente enquanto 45% são contrários. Não souberam responder 2,2%. (AE)

PRINCÍPIOS, FINS E MEIOS

Acrescento, ao texto abaixo, a diferença entre os crimes praticados por corruptos comuns, aquilo que dizem que todo mundo faz, portanto o PT também pode fazer (cartel, propina, privilégios), e o que o PT faz sistematicamente, que também é crime, porém muito mais grave, porque faz com o dinheiro dos impostos que todos NÓS pagamos. Por isso falta dinheiro para bons serviços de saúde, educação de qualidade, investimentos em segurança e em infraestrutura, etc. 
*
Nelson Motta

Em nome da ‘causa popular’ vale tudo, extorsão, suborno, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, agir como uma máfia para destruir os adversários e se eternizar no poder

Posso até acreditar que João Vaccari não ficou com um tostão dos pixulécos milionários que arrecadou para o PT na Petrobras. Mas isso não faz dele um guerreiro do povo brasileiro e nem é atenuante para seus crimes; é agravante.

Em países civilizados, de maior tradição jurídica do que o Brasil, como a Itália, a Alemanha e a Inglaterra, a motivação política é um agravante dos crimes, aumenta a pena. Porque o produto do roubo servirá para fraudar processos legais, para atentar contra as instituições democráticas, para prejudicar adversários políticos, e terá consequências na vida de todos os cidadãos que tiveram seus direitos lesados em favor de um plano de poder de um partido.

O ladrão em causa própria dá prejuízos pontuais a pessoas físicas ou jurídicas. O que usa o dinheiro sujo para fraudar o processo eleitoral e manipular a vontade popular, para corromper parlamentares e juízes, para impor o seu projeto político, causa irreparáveis prejuízos a todos porque desmoraliza a democracia, institucionaliza a impunidade e interfere — sejam lá quais forem as suas intenções — de forma decisiva e abusiva nos direitos e na vida dos cidadãos que sustentam o Estado.

Uma das mais nefastas heranças do PT no poder foi a institucionalização — e absolvição — do roubo com motivações políticas, com mensaleiros e tesoureiros corruptos ovacionados como guerreiros e heróis pela militância cega, surda e bem empregada. Por essa ética peculiar, em nome da “causa popular" vale tudo, extorsão, suborno, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, agir como uma máfia para destruir os adversários e se eternizar no poder. Em nome do povo, é claro...

É claro que na maioria desses “roubos políticos", chamados de “expropriação” no tempo da luta armada de Dilma e Dirceu, os guerreiros, diante de tanto dinheiro e tão fácil, não resistem a cobrar seu próprio pixuléco, como registram as históricas imagens de Waldomiro Diniz, braço direito de José Dirceu, pedindo a sua comissão de uma “doação” do bicheiro Carlinhos Cachoeira ao partido, no início da era Lula.

Esse tempo acabou, lugar de ladrão é na cadeia.

CRISE "CUNHA" PARA ABAFAR A CRISE REAL

Crise institucional uma ova! Ou: A única conspiração em curso é aquela para manter no poder o PT, que está caindo de podre! Ou: Crise é a continuidade do governo Dilma!

Por Reinaldo Azevedo
Aqui e ali se diz que o rompimento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o governo elevou a temperatura para uma “crise institucional”. Só pode ser piada! A crise institucional existe quando as ditas instituições já não podem exercer as suas prerrogativas sem uma consequente convulsão social. Ou, então, quando a força da lei está manietada pela lei da força.
É o caso no Brasil? Quem impede as instituições de se exercer plenamente? Alguns ilustres só não põem em prática todo o poder que têm, que lhes assegura a Constituição, por covardia mesmo ou coisa pior. Peguemos o caso de Rodrigo Janot. Motivos não faltam para que ele peça ao menos a abertura de um inquérito contra a presidente da República. É uma prerrogativa do Ministério Público. Se ele o fizesse, qual seria o trauma? Nenhum! O Supremo poderia aquiescer ou não! Se aquiescesse, qual seria o terrível desdobramento? Nenhum também! Só poderia fazer bem ao país.
Crise institucional porque um presidente da Câmara se declarou na oposição? Ora, tenham um pouco de noção do ridículo! Só advoga essa tese quem está querendo criar uma redoma que proteja Dilma de si mesma e de seu governo. Agora virou música: se Cunha rompe com o governo, fala-se em crise institucional; se o TCU recomendar a rejeição das contas e se o Congresso acatar, vê-se o risco de crise institucional; se o TSE cassar a diplomação da presidente, ameaça-se com a… crise institucional.
Ora, vamos fazer, então, o seguinte: assegurar, desde já, a inimputabilidade da presidente, por atos cometidos antes, durante e, se possível, até depois do exercício da Presidência. A gente não toca mais nesse assunto. O petrolão se consolida, então, como uma grande tramoia urdida por empreiteiros, por Cunha, por Renan, por alguns funcionários larápios e por outros parlamentares de segunda linha. É bem verdade que João Vaccari, o ex-tesoureiro do PT, está lá, mas era só para fazer caixa de campanha, que, claro!, nada tem a ver com a presidente. Ou é assim, ou é… crise institucional!
Vão caçar sapo barbudo na beira do brejo! Pra cima de mim, não! No discurso que fez na sexta-feira para aquela seleta plateia que incluía o assassino Nicolás Maduro, o protoditador Evo Morales e Cristina Kirchner, a presidente do país em que um promotor foi suicidado, Dilma Rousseff demonstrou o seu amor pelas urnas e disse que só elas legitimam um governante.
É verdade. Urnas são condição necessária, mas não suficiente, da democracia. A presidente só se esqueceu de dizer que eleições não conferem aos eleitos o direito de cometer crimes ou de tolerá-los. Não lhe ocorreu lembrar, naquele ambiente viciado, que governantes podem se deslegitimar e que todos os regimes democráticos, inclusive o nosso, apontam a porta de saída caso isso aconteça.
Não há crise institucional nenhuma em curso no país. Não há conspiração de nenhuma natureza. A única que está por aí, muito visível, é aquela que pretende usar as urnas como tribunal de absolvição da má gestão — na hipótese benigna — e da gestão condescendente com o crime, na hipótese intermediária. Com rigor, há que se examinar se não se trata, efetivamente, de uma gestão criminosa.
Crise institucional uma ova! A única conspiração em curso, enfim, é aquela para manter no poder o PT, que está caindo de podre! E, para tanto, chama-se de “golpista” qualquer um que ouse brandir a lei contra o governo Dilma Rousseff. Então era um ato de legítima democracia impichar Collor — com Lula liderando as manifestações —, mas é um crime cobrar a responsabilidade do governo petista?
Quem sai agora gritando “risco de crise institucional” está apenas tentando, pela via do terrorismo político, silenciar as vozes contrárias ao governo. É para assustar o PMDB. É para assustar a oposição. É para assustar o Congresso. É para assustar a imprensa. É para assustar a nação.
Lamento! A cara da crise, hoje, de todas as crises, é a continuidade do governo Dilma. As alternativas, desde que de acordo com a lei, são apenas soluções.

ACAREAÇÃO, QUE SE FAÇA COM TODOS OS CITADOS


(Estadão) 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira, 20, que aceita participar de acareação com o lobista Júlio Camargo, que disse ter pago US$ 5 milhões em propina ao peemedebista, mas defendeu que outros políticos também sejam acareados com delatores da Operação Lava Jato. Cunha citou a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, todos do PT.

"Não tem nenhum problema. Pode haver acareação com quem quiser. Mas aproveita e chama o Mercadante e o Edinho Silva para acarear com o Ricardo Pessoa e a Dilma para acarear com Youssef (doleiro Alberto Youssef)", disse Cunha, ao deixar almoço com líderes peemedebistas organizado pela Associação de Emissoras de Rádio e TV do Rio de Janeiro (AERJ). "Acho oportunista querer falar em acareação. Estou disposto a fazer em qualquer tempo. Aproveitem e convoquem todos os que estão em contradição. O ministro Mercadante e o ministro Edinho negam o que foi dito por Ricardo Pessoa. A presidente nega o que foi colocado pelo Youssef. Que façam acareação de todos", insistiu.

Citado pelo delator Julio Camargo, que disse ter sido pressionado por Cunha para pagar US$ 5 milhões em propina referente a contratos de navio-sonda, e também pelo doleiro Alberto Youssef, que apontou o parlamentar como beneficiário de propinas e também disse que Cunha estava ameaçando sua família Eduardo Cunha está na mira da Lava Jato, que rastreia movimentação de contas no exterior utilizadas pelos operadores que teria sido usadas para repassar dinheiro para o deputado.

Já Edinho Silva e Aloízio Mercadante teriam sido citados, segundo a revista Veja, pelo dono da UTC Ricardo Pessoa em sua delação, que ainda está em segredo de Justiça. Mercadante teria recebido R$ 250 mil da empreiteira via esquema de desvios na Petrobrás que também teria sido utilizado para as doações oficiais à campanha de Dilma no ano passado. Na época, Edinho Silva era o tesoureiro da campanha presidencial do PT.

A presidente Dilma também chegou a ser mencionada pelo doleiro Alberto Youssef, que afirmou, sem provas, que ela e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do esquema de propinas na estatal. O procurador-geral da República Rodrigo Janot entendeu que não caberia investigação contra Dilma, pois a citação era relativa a um período em que ela não era presidente e que, portanto, não pode ser investigada.

sábado, 18 de julho de 2015

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA - LULA SE ACHA JUIZ

LULA PEDE SUSPENSÃO DE INQUÉRITO ABERTO PELO MP
E TENTA DESQUALIFICAR QUEM O INVESTIGA POR TRÁFICO DE INFLUÊNCIA



A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010) entrou com uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público para requerer apuração da conduta do procurador Valtan Timbó Mendes Furtado – autor do pedido de Procedimento de Investigação Criminal (PIC) contra Lula por suposto tráfico de influência em favor da empreiteira Odebrecht no exterior.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 17, o Instituto Lula informou que sua defesa pediu ‘nulidade de inquérito irregular à Corregedoria do Ministério Público’.

A suspeita é de que a Odebrecht teria obtido vantagens com agentes públicos de outros países por meio de influência do petista, que deixou o Palácio do Planalto no fim de 2010. Reportagem do jornal O Globo revelou recentemente que o ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Alexandrino Alencar acompanhou Lula em uma viagem por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013. A empresa teria custeado as despesas do voo do ex-presidente, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do voo, está registrado como “passageiro principal: voo completamente sigiloso.” A empreiteira é uma das investigadas na Operação Lava Jato.

Na nota em que informa sobre a reclamação ao Conselho Nacional do Ministério Público, o Instituto Lula faz referência a um outro procedimento, sob condução da procuradora Mirella de Carvalho Aguiar. “O Instituto Lula tem colaborado e prestado todas as informações solicitadas pela procuradora Mirella de Carvalho Aguiar. Mas, diante do espanto da abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), sem nenhum indício de crime, e isso está nos despachos dos procuradores, e pelas diversas irregularidades na abertura do PIC, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentaram nesta sexta-feira, 17, uma reclamação disciplinar ao Conselho Nacional do Ministério Público, para requerer apuração da conduta do procurador Valtan Timbó Mendes Furtado, autor do pedido de abertura do PIC contra o ex-presidente”, diz o texto.

A representação pede a suspensão do inquérito, abertura de sindicância e processo administrativo disciplinar referente às atitudes de Furtado. De acordo com os advogados do ex-presidente, houve ‘violação dos deveres funcionais’ por parte do procurador. Na avaliação dos advogados, ‘ao interferir na apuração preliminar conduzida pela procuradora titular Mirella de Carvalho Aguiar, (Furtado) desconsiderou prazos e instâncias do próprio Ministério Público, além de ignorar a manifestação de defesa de Lula’.

“O único fundamento apresentado pelo procurador Valtan Furtado para a prática do ato, qual seja, a iminência do esgotamento do prazo de tramitação da Notícia de Fato, note-se, é falso”, afirma a nota divulgada pelo Instituto Lula. “E, de qualquer forma, como já exposto, não havia qualquer fato novo ou urgência a justificar a mitigação do princípio do promotor natural.”

Segundo o Instituto, Furtado instaurou o PIC contra o ex-presidente em 8 de julho de 2015, um dia antes de serem protocolados junto ao Ministério Público os esclarecimentos da defesa de Lula aos questionamentos da Notícia de Fato -’portanto, desconsiderando o direito de ampla defesa garantido pela Constituição ao ex-presidente’.

“O prazo final para a entrega da defesa do ex-presidente, conforme definição da procuradora titular, era 11 de julho. Já o prazo final para o processo de apuração preliminar como um todo, que antecede a decisão de abertura do PIC, era 18 de setembro.”

O Instituto destaca que “Furtado assumiu a autoria do PIC desconsiderando que os substitutos naturais de Mirella, que está em férias, deveriam ser integrantes do 1º, 2º ou 3º Ofícios de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal”.

“O procurador não integra nenhum desses órgãos”, diz a nota.

“Em conclusão à lista de irregularidades do processo, Furtado tentou ainda promover a quebra de sigilo fiscal e de correspondência de Lula e de seu Instituto por meio de pedido de compartilhamento de informações com a Operação Lava Jato, ainda que a mesma não esteja investigando o ex-presidente ou o Instituto Lula.”

“Vê-se, com isso, que houve um verdadeiro atropelamento, desrespeito e tumulto ocasionado pelo procurador Valtan Furtado nas investigações preliminares em curso no âmbito da ‘Notícia de Fato’, o que macula inexoravelmente a sua isenção funcional e ipso facto, a própria idoneidade e higidez da investigação levada a efeito na ‘Notícia de Fato’”, destaca o texto. (AE)

LEIA AQUI A ÍNTEGRA DA NOTA DO INSTITUTO LULA À IMPRENSA.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

CORTINA DE FUMAÇA: ENQUANTO O BRASIL SE DISTRAI COM EDUARDO CUNHA...

MPF INVESTIGA PAPEL DE LULA EM ‘CRIME PERFEITO’


EX-PRESDIENTE LULA É INVESTIGADO POR TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. FOTO: ANDRÉ DUSEK/AE

A Procuradoria da República no Distrito Federal confirmou ontem que investiga o ex-presidente Lula por tráfico de influência em financiamentos do BNDES à empreiteira Odebrecht no exterior. É considerado “crime perfeito”: os financiamentos do BNDES de obras no exterior, em geral países sem órgãos de controle, tinham longos prazos de carência (em média 25 anos), sem licitação, contratos “secretos” protegidos por sigilo fiscal, e eram “legalizados” por acordos bilaterais.

As operações do BNDES com outros governos não passaram pelos órgãos de controle brasileiros (TCU, Ministério Público, etc).

Obras financiadas pelo BNDES, em sua maioria feitas pela Odebrecht, também não passaram pelos órgãos brasileiros de fiscalização.

Apesar de o MPF investigar o tráfico de influência de Lula na República Dominicana e Cuba, estão na África os contratos mais elevados.

Ainda como presidente, Lula garantiu dinheiro do BNDES à Odebrecht em Angola (R$ 1,6 bilhão) e República Dominicana (R$ 833 milhões). 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

LAVA JATO SE APROXIMA DO CHEFÃO

MPF abre inquérito para investigar suposto tráfico de influência de Lula

Da TV Globo

Vídeo com reportagem AQUI.



A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu inquérito para investigar suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para favorecer a construtora Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

Após uma apuração preliminar, motivada por uma representação protocolada no Ministério Público Federal (MPF) que apontava supostas irregularidades cometidas pelo ex-presidente, os procuradores da República disseram ter identificado indícios suficientes para investigá-lo.

O alvo das investigações são viagens internacionais feitas por Lula bancadas pela Odebrecht. Entre os países visitados pelo ex-presidente com patrocínio da maior construtora brasileira estão Cuba, República Dominicana, Gana e Angola.

Investigação
Em maio, a revista "Época" revelou que o Ministério Público Federal no DF estava investigando o ex-presidente da República em razão de que ele estava cometendo tráfico de influência internacional.

Na ocasião, a reportagem reproduziu o pedido de apuração preliminar que citou "supostas vantagens econômicas" obtidas, direta ou indiretamente, por parte de Lula da Odebrecht entre 2011 a 2014.

Além de abrir o inquérito, o MPF do Distrito Federal solicitou o compartilhamento de provas da Lava Jato para incluir na investigação criminal envolvendo Lula. A apuração do petista está sob a responsabilidade do núcleo de combate à corrupção.

'Surpresa'
Ao G1, a assessoria do Instituto Lula informou, inicialmente, que não iria se manifestar sobre o assunto. Depois, por meio de nota, afirmou que recebeu com "surpresa" a notícia da abertura de inquérito para investigar o ex-presidente, na medida em que, segundo a entidade, ele "já entregou todas as informações solicitadas pela procuradora Mirella de Carvalho Aguiar".

"O Instituto Lula recebeu a notícia da abertura do inquérito com surpresa porque já entregou todas as informações solicitadas pela procuradora Mirella de Carvalho Aguiar. Tudo o que a procuradora solicitou foi entregue pelo instituto, que chegou a apresentar além do que foi exigido inicialmente. O Instituto Lula avalia que houve pouco tempo para a procuradora analisar o material, mas, logo, entende que faz parte das atribuições do Ministério Público investigar denúncias e terá oportunidade de comprovar a legalidade e a lisura de todas as atividades do Instituto Lula", diz a nota.

Na reportagem publicada em maio, "Época" revelou documentos que mostram que o BNDES fechou o financiamento de, ao menos, US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana – sempre bancado pela empreiteira.

De acordo com a revista, entre os empreendimentos intermediados pelo ex-presidente, estão obras de modernização de aeroportos e portos, rodovias e aquedutos, todas tocadas com os empréstimos de baixo custo do BNDES em países alinhados com Lula e o PT.

*

VEJAM O DOCUMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE ABRE O INQUÉRITO CONTRA LULA, publicado no site da revista Época:

quarta-feira, 15 de julho de 2015

BRAHMA - SEMPRE CITADO, NUNCA INVESTIGADO


CITADO QUANTO QUALQUER POLÍTICO, LULA É POUPADO
O ex-presidente Lula foi tão citado, nas investigações da Lava Lato, quanto a maioria dos políticos que se tornaram alvos da força-tarefa, mas, apesar disso, jamais foi considerado investigado – apesar de o ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa haver revelado que pagou a ele ao menos R$ 4,5 milhões, através do Instituto Lula, ou diretamente a sua empresa Lils, iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva.

A dúvida é se a Lava Jato, da turma do procurador-geral Rodrigo Janot, que almeja a recondução ao cargo, vai mesmo investigar Lula.

O juiz Sergio Moro já disse, em entrevista, que Lula não é investigado, apesar do roubo à Petrobras ter se estabelecido em seu governo.

‘BRAHMA’ VAI ESCAPANDO...
A relação de Lula com empreiteiras era tão próxima que o presidente da OAS, vulgo Léo Pinheiro, o tratava pelo codinome “Brahma”.

CITAÇÕES NÃO FALTAM
Testemunhas-chave, Youssef e Paulo Roberto Costa dizem que Dilma e Lula integravam a “estrutura” de distribuição e repasse do butim.

Leia mais na coluna de Claudio Humberto

terça-feira, 14 de julho de 2015

ELEITORES ARREPENDIDOS, PORÉM TARDE DEMAIS

Arrependidos por terem votado em Dilma Rousseff, 68,1% dos cariocas votariam em Aécio Neves (PSDB) se a eleição fosse hoje.
Dilma teria só 13% dos votos e Lula apenas 18%.



(Congresso em Foco)


Se as eleições fossem hoje, Lula não poderia contar com os cariocas para se eleger. Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, em disputa com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), o ex-presidente petista ficaria em terceiro lugar, com 18,2% das intenções de voto. 

Nesse cenário, Aécio obteria 33,3% dos votos dos eleitores do município do Rio de Janeiro e a ambientalista, 27,2%. (...)

Lula foi o candidato que apresentou a maior rejeição entre os cariocas: 57,6% do eleitorado não votaria nele de jeito nenhum. Com Marina, a rejeição foi de 30,4%. Já Aécio Neves não é opção de voto, de forma alguma, para 23,5% dos cariocas.

Atual governo

Mal avaliado em esfera nacional, no âmbito municipal o governo de Dilma Rousseff também não está bem quisto, pelo menos no Rio de Janeiro. Mais de 86% da população desaprova a administração federal até o momento. Apenas 11,7% do eleitorado se diz satisfeito com a presidente. Além disso, Dilma está indo pior do que o esperado para 81,4% dos cariocas. Apenas 15,3% disse que ela age conforme esperavam e 1,7% diz que a presidente está melhor do que o previsto.

A pesquisa foi realizada no município do Rio de Janeiro com 908 eleitores, durante os dias 8 a 12 de julho. Segundo o Paraná Pesquisas, a amostra representativa da população atinge grau de confiança de 95%, com margem de erro estimada em 3,5%.

POLITEIA - CLIMA DE TENSÃO E MEDO NO PALÁCIO

Os alicerces do Palácio do Planalto tremem...

Aluízio Amorim


Lula que andava sumido voltou a aparecer nesta terça-feita em Brasília onde participou de uma reunião-almoço que durou mais de quatro horas no Palácio do Planalto, com a Dilma e diversos ministros. Pelo que informa o site Diário do Poder, foi um almoço indigesto, justo no dia em que a Polícia Federal deflagrou nova fase da Operação Lava Jato que envolve políticos.

Pela foto acima, veiculada pelo Diário do Poder, se nota o indefectível clima de velório. A história de que o impeachment da Dilma é golpe não cola de jeito nenhum e nem apascenta a ira do povo brasileiro pela situação em que o PT mergulhou o Brasil com uma crise econômica gigantesca.

O fato é que o povo brasileiro não está a fim de pagar a gastança e a roubalheira desvairada que fizeram renascer a inflação e detonar o Plano Real, providência que pela primeira vez na história da República debelou a inflação.

A situação é tensa em Brasília, sobretudo no Congresso Nacional, depois que a Polícia Federal iniciou a Operação Politeia desde as primeiras horas desta terça-feira.