"Nada disso parece comover a presidente Dilma Rousseff."
(E quem defende Dilma também não se comove.)
(E quem defende Dilma também não se comove.)
Por Mary Zaidan
Crise é crise e não adianta chorar pitangas depois que ela eclode. Sabe-se que é preciso achar saídas, por mais dolorosas que elas sejam. Sabe-se também em quais ombros recai a fatura, já materializada nas contas de luz, nos preços dos alimentos, do transporte, dos bens e serviços, no emprego que vai embora.
Nada disso parece comover a presidente Dilma Rousseff.
Ela resiste a cortar gastos no custeio do governo e os dela própria. Em sua recente viagem a Nova York desembolsou U$ 22 mil do contribuinte para hospedar-se por duas noites na suíte Tiffany do Hotel St. Regis, aposentos com 158 m². Mais de R$ 40 mil cada pernoite. Um acinte.
Com luxos dessa ordem, Dilma escancara seu completo descaso aos que estão pagando a conta da crise sem precedentes em que ela meteu o país. E amplia sua rejeição. Continua sem aprender que política se faz com gestos – para os quais ela definitivamente não tem qualquer habilidade – e símbolos.
Erra ainda mais como governante. Não reduz em um milímetro a máquina gigantesca. Não corta um cargo sequer. Gasta muito mais do que arrecada. E gasta mal.
Mas há de se fazer justiça. Nessa seara os erros do governo começaram muito antes.
Antecessor e padrinho de Dilma, o ex Lula dirigiu o país em época de fartura. Desperdiçou dinheiro em caprichos milionários, a exemplo da refinaria Abreu e Lima (PE), em parceria com o bolivariano Hugo Chávez, que lhe deu o cano. Ou ainda no lançamento de foguetes com a Ucrânia, acordo que será desfeito 12 anos depois de lançar pelos ares R$ 500 milhões do Tesouro.
Na Copa do Mundo da Fifa, Lula foi imbatível. Sob a sua batuta, o Brasil iniciou a construção ou reforma de 12 estádios. Custaram R$ 8 bilhões, 285% acima dos R$ 2,8 bilhões fixados em 2007. Quase o montante total do esforço fiscal que o governo estabeleceu agora ao reduzir sua meta para 2015.
De acordo com o Tribunal de Contas da União, a Copa custou R$ 25,5 bilhões. Apenas R$ 7 bilhões foram investidos em mobilidade, e das 26 obras previstas em aeroportos, só 14 foram concluídas.
Embora o país tenha pelo menos 25 empreiteiras de grande porte, de acordo com o faturamento publicado na revista O Empreiteiro, as 10 denunciadas pela Lava-Jato aparecem em todas essas obras e, na maior parte das vezes, com generosos financiamentos do BNDES, que também assegurou a elas expansões na América do Sul. Sempre com o aval de Lula.
A partilha entre o cartel de empreiteiras companheiras pode ter garantindo obras da Copa para todas, mas no caso do Centro de Lançamento de Alcântara, de onde sairiam os foguetes ucranianos, o contrato do consórcio Odebrecht-Camargo Correa foi direto, sem licitação.
Não há receita mais perversa para um país do que um governo tarimbado em incompetência, malversação, roubalheira e incúria. Que gasta a rodo sem ter receita. Que, quando não patrocina, estimula ou faz vistas grossas à corrupção.
Dilma jamais imaginaria que as palavras ditas em 2013, na inauguração da Arena Fonte Nova, em Salvador, seriam proféticas: “Somos um país conhecido como sendo insuperável no campo, mas nós estamos mostrando que somos insuperáveis também fora de campo”.
Na Copa, o seleção brasileira terminou eliminada pela Alemanha por vexaminosos 7 x 1. Extra-campo, os resultados são ainda piores.
Crise é crise e não adianta chorar pitangas depois que ela eclode. Sabe-se que é preciso achar saídas, por mais dolorosas que elas sejam. Sabe-se também em quais ombros recai a fatura, já materializada nas contas de luz, nos preços dos alimentos, do transporte, dos bens e serviços, no emprego que vai embora.
Nada disso parece comover a presidente Dilma Rousseff.
Ela resiste a cortar gastos no custeio do governo e os dela própria. Em sua recente viagem a Nova York desembolsou U$ 22 mil do contribuinte para hospedar-se por duas noites na suíte Tiffany do Hotel St. Regis, aposentos com 158 m². Mais de R$ 40 mil cada pernoite. Um acinte.
Com luxos dessa ordem, Dilma escancara seu completo descaso aos que estão pagando a conta da crise sem precedentes em que ela meteu o país. E amplia sua rejeição. Continua sem aprender que política se faz com gestos – para os quais ela definitivamente não tem qualquer habilidade – e símbolos.
Erra ainda mais como governante. Não reduz em um milímetro a máquina gigantesca. Não corta um cargo sequer. Gasta muito mais do que arrecada. E gasta mal.
Mas há de se fazer justiça. Nessa seara os erros do governo começaram muito antes.
Antecessor e padrinho de Dilma, o ex Lula dirigiu o país em época de fartura. Desperdiçou dinheiro em caprichos milionários, a exemplo da refinaria Abreu e Lima (PE), em parceria com o bolivariano Hugo Chávez, que lhe deu o cano. Ou ainda no lançamento de foguetes com a Ucrânia, acordo que será desfeito 12 anos depois de lançar pelos ares R$ 500 milhões do Tesouro.
Na Copa do Mundo da Fifa, Lula foi imbatível. Sob a sua batuta, o Brasil iniciou a construção ou reforma de 12 estádios. Custaram R$ 8 bilhões, 285% acima dos R$ 2,8 bilhões fixados em 2007. Quase o montante total do esforço fiscal que o governo estabeleceu agora ao reduzir sua meta para 2015.
De acordo com o Tribunal de Contas da União, a Copa custou R$ 25,5 bilhões. Apenas R$ 7 bilhões foram investidos em mobilidade, e das 26 obras previstas em aeroportos, só 14 foram concluídas.
Embora o país tenha pelo menos 25 empreiteiras de grande porte, de acordo com o faturamento publicado na revista O Empreiteiro, as 10 denunciadas pela Lava-Jato aparecem em todas essas obras e, na maior parte das vezes, com generosos financiamentos do BNDES, que também assegurou a elas expansões na América do Sul. Sempre com o aval de Lula.
A partilha entre o cartel de empreiteiras companheiras pode ter garantindo obras da Copa para todas, mas no caso do Centro de Lançamento de Alcântara, de onde sairiam os foguetes ucranianos, o contrato do consórcio Odebrecht-Camargo Correa foi direto, sem licitação.
Não há receita mais perversa para um país do que um governo tarimbado em incompetência, malversação, roubalheira e incúria. Que gasta a rodo sem ter receita. Que, quando não patrocina, estimula ou faz vistas grossas à corrupção.
Dilma jamais imaginaria que as palavras ditas em 2013, na inauguração da Arena Fonte Nova, em Salvador, seriam proféticas: “Somos um país conhecido como sendo insuperável no campo, mas nós estamos mostrando que somos insuperáveis também fora de campo”.
Na Copa, o seleção brasileira terminou eliminada pela Alemanha por vexaminosos 7 x 1. Extra-campo, os resultados são ainda piores.
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