Nada como um escândalo "anônimo" para abafar as revelações da roubalheira da companheirada.
"Lembram da "eleitora racista do Aécio" que era um fake petista? Pois é."
Alexandre Borges
O assunto das redes sociais agora é uma série de postagens racistas direcionadas à jornalista Maria Julia Coutinho, a "Maju", por perfis cujos donos ainda não f...oram identificados.
Se são mesmo ataques feitos por racistas com nome, sobrenome e endereço, que sejam julgados nos termos da lei e punidos exemplarmente. Mas não passa pela cabeça de ninguém que pode ser um ataque fabricado num momento de agitação política em que pautas como essa viriam muito a calhar? Lembram da "eleitora racista do Aécio" que era um fake petista? Pois é.
Nenhuma matéria que eu tenha visto, nenhuma mesmo, sequer menciona que Heraldo Pereira é repórter da TV Globo há 30 anos e desde 2002, há 12 anos, é apresentador do mesmo Jornal Nacional. Doze anos! Desde 2007, é também comentarista político do Jornal da Globo. Se um negro no JN incomodasse tanto, por que os ataques só aconteceram agora?
Como se não bastasse, Heraldo Pereira venceu um processo de "injúria racial" contra Paulo Henrique Amorim em 2013. Será que os jornalistas que estão falando do caso "Maju" hoje não acharam que essa informação tem qualquer relevância? De novo, nenhuma menção a um ataque tramitado e julgado na justiça a um apresentador negro do Jornal Nacional.
É tudo muito estranho. Vivemos um momento em que você precisa ter muito cuidado, mas muito cuidado mesmo, com os ânimos da imprensa e suas obsessões ideológicas. Não faço idéia do que aconteceu de verdade, mas me parece que os jornalistas que estão fazendo um estardalhaço com o caso, inclusive a própria equipe do JN, também não fazem, ao menos até o momento em que esse post foi escrito.
A sociedade precisa cobrar a investigação com todo rigor para que os culpados apareçam, sejam eles quem forem. Se por acaso for uma dessas empresas especializadas em redes sociais, que a imprensa não perca subitamente o interesse pelo assunto.
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