domingo, 26 de julho de 2015

VELHO TRUQUE DE GOVERNANTES EM APUROS

DILMA AGORA SE FAZ DE HUMILDE PARA TENTAR SALVAR O MANDATO

JORGE OLIVEIRA

EM BAIXA, DILMA AGORA TENTA UM 'PACTO' PARA CONSEGUIR GOVERNAR. A PRESIDENTE JÁ FEZ REUNIÕES SEMELHANTES COM GOVERNADORES, SEM QUALQUER RESULTADO PRÁTICO. (FOTO: ROBERTO STUCKERT FILHO)

O nariz empinado e a prepotência da Dilma deram lugar a uma falsa humildade agora que o barco está afundando. Acostumada a tratar seus subalternos com truculência, deselegância e desrespeito, para salvar sua pele, ela decidiu que vai chamar os governadores para uma reunião na quinta-feira. Quer firmar com eles um pacto de governabilidade depois que o país foi para o fundo do poço com a inflação alta, o custo de vida sufocante e o desemprego subindo a taxas estratosférica. Dilma cultiva o hábito da arrogância: humilha ministros, assessores, governadores e até um simples garçom passa pelo constrangimento de reprimenda quando serve o café fora do ponto.

A presidente tenta de todas as formas se manter no poder e, no comando do barco à deriva, não sabe retomar o leme da embarcação. O que ela não entendeu até agora é que os brasileiros não a querem mais à frente do país, como mostraram as últimas pesquisas. Por elas, nunca na história desse país um presidente esteve com tão baixo índice de aprovação. Mais de 92% da população dizem não a sua administração. Com essa desaprovação, Dilma corre o risco de ser não só apenas vaiada, como já vem ocorrendo, mas também enxovalhada pelo povo descontente com o seu governo.

É para tentar minimizar esse quadro caótico e assustador que a presidente quer juntar os governadores para uma conversa tête-à-tête. Essas reuniões de políticos e empresários com a Dilma em Brasília já começaram a entrar para o anedotário. Muitos deixam o encontro mais desorientados ainda com a conversa dela sem pé nem cabeça sobre a conjuntura econômica, social e política do país. Um desses participantes confidenciou que a Dilma não consegue finalizar uma proposta pela dificuldade que tem em se fazer compreender. Até que ela tenta raciocinar com lógica, diz essa fonte, mas algo inexplicável tumultua seu pensamento, daí as besteiras que fala e se espalham nas redes sociais.

A presidente vive momentos de profundo isolamento. Cercada por auxiliares envolvidos com a operação Lava-Jato, a exemplo do seu ministro da Comunicação Social, Edson Silva, o Edinho, que recebeu quase 8 milhões de reais do dinheiro roubado da Petrobrás para a sua campanha, Dilma não tem propostas reais para apresentar aos governadores. Mais uma vez vai jogar para a plateia e culpá-los depois pelo insucesso da tentativa do plano da governabilidade que certamente não ocorrerá porque o problema maior não é o sofá mas o seu dono.

Ela sabe que a crise econômica e social é de sua responsabilidade. À frente do governo, quando o país ainda vivia bons momentos com emprego e inflação baixa, não ouvia ninguém. Acreditava de verdade que realmente era uma “gerentona” competente como Lula a vendeu à população. O tempo mostrou que se trata de uma gestora incapaz e incompetente que tenta impor no grito suas vontades como se os servidores fossem seus vassalos. Aprendeu com Lula a soltar palavrões e até xingar com impropérios adversários e aliados quando suas ordens são contrariadas, como contam vários de seus auxiliares que temem se aproximar dela nos momentos de fúria.

É por causa desse temperamento intempestivo e desrespeitoso que a Dilma está sem interlocutor, isolada e distanciada dos seus principais assessores que tremem só em saber que vão despachar com ela. Alguns ministros nem são chamados para audiência, como é o caso do Henrique Alves, do Turismo, que ela foi obrigada a engolir por imposição de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.

Ora, é de se perguntar: como uma pessoa pode dirigir um país com esse comportamento atroz e assustador? Por que alguém que já demonstrou tanta inaptidão no comando da nação ainda teima em permanecer no cargo mesmo sabendo que mais de 90% da população desprezam o seu governo?

As respostas para essas perguntas vão às ruas no dia 16 de agosto.

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