Lula se assustou quando uma jornalista perguntou na Argentina se sabia da notícia de que a Polícia Federal pediu ao STF autorização para ele depor por causa do escândalo da operação Lava Jato. Reagiu com um misto de ironia e impetuosidade, marcas do seu comportamento com a imprensa desde que as suas digitais começaram aparecer no escândalo bilionário da Petrobrás. A notícia chegou quando ele era homenageado em Buenos Aires. Certamente mais uma daquelas comemorações armadas pelo Instituto Lula para manter o chefe no foco internacional.
Lula tentou disfarçar ao dizer que desconhecia o pedido da PF ao Supremo. Mas, na verdade, sabia da notícia. Tanto que aproveitou a ocasião para estocar o juiz Sergio Moro ao falar sobre os problemas argentinos com credores internacionais. Veja que sutileza: Lula criticou o juiz norte-americano que vem obrigando o governo argentino a pagar suas dívidas. Um juiz, sozinho, enfatizou ele, não pode decidir sobre o destino de uma nação. Foi a forma que ele encontrou para criticar o poder do juiz brasileiro que hoje prende, solta, condena e absolve réus da operação Lava Jato.
Lula quer questionar as decisões de Sergio Moro à frente das investigações da Lava Jato. Ele sabe que o juiz tem em mãos um farto dossiê do seu envolvimento nas falcatruas da Petrobrás, depois da delação premiada de diretores, empreiteiros e intermediários no roubo da estatal. A própria Polícia Federal, no seu parecer ao STF, já não tem dúvidas quanto ao envolvimento dele com a quadrilha que assaltou a empresa para mantê-lo no poder.
Diz a PF: “Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras”. (…)"Neste cenário fático, faz-se necessário trazer aos autos as declarações do então mandatário maior da nação, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de que apresente a sua versão para os fatos investigados, que atingem o núcleo político-partidário de seu governo".
As provas de que Lula se beneficiou com o dinheiro roubado da Petrobrás são robustas, como informou Ricardo Pessoa, dono da UTC, ao dizer que entregou R$ 2,4 milhões para a campanha dele em 2006. A Camargo Correa, outra empresa envolvida na Lava Jato, pagou R$ 4,5 milhões ao Instituto Lula e uma empresa do ex-presidente entre 2011 e 2013, dinheiro comprovadamente surrupiado da Petrobrás.
Outro indício do envolvimento do ex-presidente com a quadrilha da Lava Jato, ocorreu quando da prisão de Alexandrino Alencar. Quatro dias antes, Lula ligou para o diretor executivo da Odebrecht, seu companheiro de inúmeras viagens internacionais, preocupado com os “assuntos do BNDES”. É que o ex-presidente trabalhou como lobista de luxo para a empreiteira influenciando o banco a liberar dinheiro barato para ditadores africanos e latinos. Em relação a esses empréstimos, a Procuradoria da República do DF abriu investigação para apurar se ele, de fato, praticou tráfico de influencia em favor da Odebrecht em troca de “vantagens econômicas”.
O desespero do Lula e suas patadas em jornalistas se justificam, quando se sabe que ele começa a perder o equilíbrio emocional e assiste sua imagem despencar no Brasil. O “Pelé do PT, como apelidou o seu ex-ministro Gilberto Carvalho, na sua contumaz subserviência, parece que não vai entrar em campo para disputar a partida em 2018, caso se constate realmente que ele é o chefe da quadrilha que depenou a Petrobrás. Do jeito que as investigações andam, não seria surpresa se até as eleições presidenciais, Lula fosse escalado como titular de um time que o Zé Dirceu pretende formar no presidio com empreiteiros, lobistas, parlamentares, diretores da Petrobrás e os ex-tesoureiros do PT.
A dúvida é saber quem vai administrar o dinheiro arrecadado para a compra do uniforme do time. Se depender do João Vaccari Neto, o cartola do time, o escrete vermelhinho vai entrar em campo nu.
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