:: Este país é belo demais para ser destruído por 13 anos de bandidos.
Por Sérgio Vaz
Faz 30 anos que o Rock in Rio mexe comigo. Bem, isso é uma frase meio boba, porque faz 30 anos que o Rock in Rio mexe com o Brasil, não é?
Felizmente Mary prestou atenção ao horário, e não perdemos nada, nadinda, do show de Elton John.
Que coisa absolutamente maravilhosa. Não apenas Elton John, mas também o Rock in Rio. O Rio de Janeiro. O Brasil.
Há 13 anos uma quadrilha tomou de assalto o Estado brasileiro, e nunca antes na história deste país – abençoado pela natureza, amaldiçoado pelos demônios que puseram aqui o pior tipo de político que existe – estivemos em uma situação tão absolutamente grave e sem saída quanto agora.
Este texto pode talvez estar parecendo tão confuso quanto uma frase de Dilma Rousseff, mas na verdade não é, não. Ele só mistura muitos elementos.
Eu olhava no Multishow o show de Elton John que acontecia naquele mesmo momento, e uma quantidade imensa de sensações me invadia.
A beleza absurda da Cidade do Rock contrastava violentamente com a imagem que a gente faz de que o Brasil vai demorar muitos anos para se recuperar depois de ter sido devastado por esse número impressionante de anos da incompetência, irresponsabilidade dos governos lulo-petistas.
E então enquanto Elton John cantava me ocorreu que incompetente, irresponsável, é apenas o lulo-petismo – não o Brasil.
O Brasil é belo – basta ver as imagens do Rock in Rio.
Há uma verdade irretorquível, inalienável: não há público mais belo no mundo que o do Rio de Janeiro.
Os cinegrafistas mostravam close-ups das pessoas na Cidade do Rock: meu Deus do céu, quanta mulher linda!
E aí, enquanto Elton John continuava a cantar, me lembrei do depoimento de outro inglês, Michael Caine, dado às câmaras de Lúcia Murat, para o documentário Olhar Estrangeiro:
“O Brasil é um clichê por um ótimo motivo: eu acho que o Brasil produz mais gente bonita do que qualquer outro país. Se vocês quiserem ser tratados mais seriamente, acho que vocês deveriam dançar menos e ficar mais feios. Aí todo mundo vai tratá-los mais seriamente. Nós (os ingleses) não conseguimos dançar daquele jeito, e somos muito feios, e todo mundo nos trata muito seriamente.”
***
Claro que o depoimento de Michael Caine deve ser visto como uma boutade, uma provocação, uma brincadeira.
Óbvio: queremos ser um país sério. Queremos ser olhados pelo mundo como um país sério. Faremos imenso esforço, assim que nos livramos do lulo-petismo, para mostrar que – apesar de termos essa quantidade absurda de belas mulheres – queremos ser olhados e entendidos como um país sério.
Depois que nos livrarmos do lulo-petismo. Antes disso, não adianta: aos olhos do mundo que importa, seremos apenas uma Venezuela grande. Um triste país que procura canhestramente chegar a 1917, sem perceber que 1990 já ficou para trás.
***
Confesso que sou um dos fãs de Elton John que menos conhecem sua obra.
Depois de ver seu maravilhoso show no Rock in Rio 2015, juntei os CDs que tenho dele. São muito poucos – apenas seis. Não passei para CD o emblemático Yellow Brick Road, o álbum duplo lançado em 1973, exatamente o ano em que casei com Suely.
No Rock in Rio 2015, Sir Elton cantou três músicas desse disco de 1973: a faixa que dá título ao álbum, mais “Candle in the Wind”, mais “Bennie and the Jets”.
Lembrei demais de Suely. Meu, como a gente era jovem…
Mary e eu nos perguntamos o que Sir Elton John reservaria para o bis. Claro que uma das apostas era “Your Song” – mas a gente não poderia imaginar, ninguém poderia imaginar, que ele voltasse ao palco apenas para cantar “Your song”, e em seguida se retirar definitivamente.
Quando Elton John cantou “Your Song”, diante de algumas dezenas de milhares de brasileiros que cantavam junto com ele, senti a mesma emoção que havia sentido, 30 anos atrás, quando James Taylor cantou diante de dezenas de milhares de brasileiros que cantavam junto com ele.
Pouco tempo depois, James Taylor escreveria uma canção contando que, naquela noite no Rio, ele começou a viver de novo.
Sir Elton não precisava disso: ao contrário do Sweet Baby James de 1985, ele não está lutando contra dependência de droga, e parece que está bem casado.
De qualquer forma, os milhares de brasileiros do Rock in Rio de 2015 cantaram com Sir Elton da mesma maneira com que haviam cantado com nosso Sweet Baby James.
E aí, olhando para aquilo ali na TV, eu pensei que este país é bonito demais, é forte demais, é poderoso demais, para que 13 anos de lulo-petralha-roubalhismo o destrua.
Nós vamos sair desta. Ah, nós vamos sair desta.
Faz 30 anos que o Rock in Rio mexe comigo. Bem, isso é uma frase meio boba, porque faz 30 anos que o Rock in Rio mexe com o Brasil, não é?
Felizmente Mary prestou atenção ao horário, e não perdemos nada, nadinda, do show de Elton John.
Que coisa absolutamente maravilhosa. Não apenas Elton John, mas também o Rock in Rio. O Rio de Janeiro. O Brasil.
Há 13 anos uma quadrilha tomou de assalto o Estado brasileiro, e nunca antes na história deste país – abençoado pela natureza, amaldiçoado pelos demônios que puseram aqui o pior tipo de político que existe – estivemos em uma situação tão absolutamente grave e sem saída quanto agora.
Este texto pode talvez estar parecendo tão confuso quanto uma frase de Dilma Rousseff, mas na verdade não é, não. Ele só mistura muitos elementos.
Eu olhava no Multishow o show de Elton John que acontecia naquele mesmo momento, e uma quantidade imensa de sensações me invadia.
A beleza absurda da Cidade do Rock contrastava violentamente com a imagem que a gente faz de que o Brasil vai demorar muitos anos para se recuperar depois de ter sido devastado por esse número impressionante de anos da incompetência, irresponsabilidade dos governos lulo-petistas.
E então enquanto Elton John cantava me ocorreu que incompetente, irresponsável, é apenas o lulo-petismo – não o Brasil.
O Brasil é belo – basta ver as imagens do Rock in Rio.
Há uma verdade irretorquível, inalienável: não há público mais belo no mundo que o do Rio de Janeiro.
Os cinegrafistas mostravam close-ups das pessoas na Cidade do Rock: meu Deus do céu, quanta mulher linda!
E aí, enquanto Elton John continuava a cantar, me lembrei do depoimento de outro inglês, Michael Caine, dado às câmaras de Lúcia Murat, para o documentário Olhar Estrangeiro:
“O Brasil é um clichê por um ótimo motivo: eu acho que o Brasil produz mais gente bonita do que qualquer outro país. Se vocês quiserem ser tratados mais seriamente, acho que vocês deveriam dançar menos e ficar mais feios. Aí todo mundo vai tratá-los mais seriamente. Nós (os ingleses) não conseguimos dançar daquele jeito, e somos muito feios, e todo mundo nos trata muito seriamente.”
***
Claro que o depoimento de Michael Caine deve ser visto como uma boutade, uma provocação, uma brincadeira.
Óbvio: queremos ser um país sério. Queremos ser olhados pelo mundo como um país sério. Faremos imenso esforço, assim que nos livramos do lulo-petismo, para mostrar que – apesar de termos essa quantidade absurda de belas mulheres – queremos ser olhados e entendidos como um país sério.
Depois que nos livrarmos do lulo-petismo. Antes disso, não adianta: aos olhos do mundo que importa, seremos apenas uma Venezuela grande. Um triste país que procura canhestramente chegar a 1917, sem perceber que 1990 já ficou para trás.
***
Confesso que sou um dos fãs de Elton John que menos conhecem sua obra.
Depois de ver seu maravilhoso show no Rock in Rio 2015, juntei os CDs que tenho dele. São muito poucos – apenas seis. Não passei para CD o emblemático Yellow Brick Road, o álbum duplo lançado em 1973, exatamente o ano em que casei com Suely.
No Rock in Rio 2015, Sir Elton cantou três músicas desse disco de 1973: a faixa que dá título ao álbum, mais “Candle in the Wind”, mais “Bennie and the Jets”.
Lembrei demais de Suely. Meu, como a gente era jovem…
Mary e eu nos perguntamos o que Sir Elton John reservaria para o bis. Claro que uma das apostas era “Your Song” – mas a gente não poderia imaginar, ninguém poderia imaginar, que ele voltasse ao palco apenas para cantar “Your song”, e em seguida se retirar definitivamente.
Quando Elton John cantou “Your Song”, diante de algumas dezenas de milhares de brasileiros que cantavam junto com ele, senti a mesma emoção que havia sentido, 30 anos atrás, quando James Taylor cantou diante de dezenas de milhares de brasileiros que cantavam junto com ele.
Pouco tempo depois, James Taylor escreveria uma canção contando que, naquela noite no Rio, ele começou a viver de novo.
Sir Elton não precisava disso: ao contrário do Sweet Baby James de 1985, ele não está lutando contra dependência de droga, e parece que está bem casado.
De qualquer forma, os milhares de brasileiros do Rock in Rio de 2015 cantaram com Sir Elton da mesma maneira com que haviam cantado com nosso Sweet Baby James.
E aí, olhando para aquilo ali na TV, eu pensei que este país é bonito demais, é forte demais, é poderoso demais, para que 13 anos de lulo-petralha-roubalhismo o destrua.
Nós vamos sair desta. Ah, nós vamos sair desta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário