‘CORTES’ DISFARÇAM AUMENTO BRUTAL DE IMPOSTOS
Os ministros do Planejamento e da Fazenda apresentaram um pacote de “corte de gastos” muito abaixo das expectativas para um País que perdeu o grau de investimento e mergulhou na mais grave crise da sua história. Os “cortes” pareceram uma jogada esperta, uma cortina de fumaça para o que de fato o governo pretende: impor um aumento brutal de impostos de R$ 34,4 bilhões, para não mexer em privilégios.
PACOTE PÍFIO
Os ministros Nelson Barbosa e Joaquim Levy não definiram medidas estruturantes, tampouco propuseram cortes na média da necessidade.
MEDIOCRIDADE
Na prática, o governo quer evitar o desgaste dos cortes e, mais uma vez, faz a opção fácil de aumentar impostos e recriar a CPMF.
BOQUINHAS MANTIDAS
O governo Dilma ainda não levou a sério a necessidade de cortar mais do que mil cargos comissionados, que totalizam quase 24 mil.
Os ministros do Planejamento e da Fazenda apresentaram um pacote de “corte de gastos” muito abaixo das expectativas para um País que perdeu o grau de investimento e mergulhou na mais grave crise da sua história. Os “cortes” pareceram uma jogada esperta, uma cortina de fumaça para o que de fato o governo pretende: impor um aumento brutal de impostos de R$ 34,4 bilhões, para não mexer em privilégios.
Os ministros Nelson Barbosa e Joaquim Levy não definiram medidas estruturantes, tampouco propuseram cortes na média da necessidade.
Na prática, o governo quer evitar o desgaste dos cortes e, mais uma vez, faz a opção fácil de aumentar impostos e recriar a CPMF.
O governo Dilma ainda não levou a sério a necessidade de cortar mais do que mil cargos comissionados, que totalizam quase 24 mil.
Desde que o Partido dos Trabalhadores assumiu o comando do governo federal, o custo da folha de pessoal triplicou: em 2002, quando Lula venceu a eleição presidencial, o custo de todos os funcionários do governo era de R$ 75 bilhões por ano. Ao fim do segundo mandato de Lula, o custo já havia ultrapassado os R$ 183 bilhões. Com Dilma, o aumento acelerado continuou e os custos pularam para R$ 240 bilhões.
FHC contratou 19 mil servidores em 8 anos; Lula aumentou o quadro em 205 mil. Dilma, só no primeiro mandato, contratou 115 mil pessoas.
Em 2002, a máquina pagava, em média, R$ 40,4 mil/ano por cada servidor. Em 2014, Dilma paga R$ 110,4 mil em média a cada um.
O gasto com servidores da ativa passou de R$ 43 bilhões (2002) para R$ 144 bilhões no último ano. Aposentadorias e pensões levam o resto
Se o governo Dilma extinguisse os quase 24 mil cargos comissionados DAS (Direção e Assessoramento Superiores) distribuídos a aliados, apenas da administração federal direta, com fundações e autarquias, seria possível poupar mais de R$ 1,9 bilhão por ano. Desses 23.941 cargos quase 25% são de livre nomeação, para qualquer cumpanhêro. Cargos de livre nomeação custam ao contribuinte R$ 344 milhões/ano.
O governo Dilma possui 99,5 mil cargos e funções de confiança, segundo Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento.
Uma babel de pessoas fala em nome do governo, cada uma na sua língua. É a receita do caos. E o governo paga R$ 100 milhões anuais às melhores (e piores) empresas de assessoria de imprensa do Brasil.
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