segunda-feira, 12 de outubro de 2015

CAIADO: DINHEIRO PARA LULINHA PÕE LULA NO CENTRO DA LAVA JATO

FALTA PRENDER O CABEÇA DO PETROLÃO, DIZ CAIADO SOBRE LULA


Diário do Poder

O líder do DEM no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), considera que a revelação de que o lobista Fernando Baiano teria realizado um pagamento de R$ 2 milhões a um filho do ex-presidente Lula abre caminho para “identificar e acelerar a prisão do cabeça de todo o esquema do petrolão”.

O senador se refere a notícia do jornal O Globo deste domingo (11) segundo a qual em seu depoimento sob acordo de delação premiada, no âmbito da Operação Lava Jato, Baiano aparece indicando o pagamento de despesas pessoais de Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”
"Uma vez comprovada a ligação entre um dos principais lobistas do Petrolão e o filho do ex-presidente, cai por terra qualquer linha de defesa de Lula que o coloca como corpo estranho às investigações da Lava Jato", comentou Caiado. 

Para ele, com a delação validada abre-se um novo capítulo das investigações que colocam Lula no centro da Lava Jato. "o fato novo é grave e merece uma investigação profunda e aberta. Só assim podemos identificar e acelerar a prisão do cabeça de todo o esquema do petrolão", afirmou.
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De Lauro Jardim, na sua coluna de estreia em O Globo:

Está destinada a causar um estrondoso tumulto a delação premiada de Fernando Baiano, cuja homologação foi feita pelo ministro Teori Zavascki na sexta-feira.O operador (de parte) do PMDB na Petrobras pôs no olho do furacão nada menos do que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

Baiano contou que pagou despesas pessoais do primogênito de Lula no valor de cerca de R$ 2 milhões. Ao contrário dos demais delatores, que foram soltos logo após a homologação das delações, Baiano ainda fica preso até 18 de novembro, quando completa um ano encarcerado. Voltará a morar em sua cobertura de 800 metros quadrados na Barra da Tijuca.

A propósito, quem teve acesso ao conteúdo da delação conta que Eduardo Cunha é, sim, citado por Baiano, que reconhece suas relações com o presidente da Câmara. Mas não entrega nada arrasador contra Cunha.
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Da Folha de São Paulo

No domingo, 3 de outubro, o Vasco da Gama Patriotas enfrentou o T-Rex no Rio. A disputa atraiu pouco mais de 300 pessoas que pagaram R$ 10 para assistir à partida do Torneio Touchdown, organizado por Luis Cláudio Lula da Silva, 30 anos, filho caçula do ex-presidente Lula.

A despeito do público escasso de um esporte que engatinha no Brasil, a liga ostenta patrocinadores cobiçados, como a cerveja Budweiser e o energético TNT. Os valores das cotas são sigilosos."O site é amador, o público pequeno, o evento e os jogos não são transmitidos na tevê, por isso o retorno para patrocinadores é baixo", avalia o especialista em marketing esportivo Amir Somoggi.

"Mas o mercado de futebol americano pode ser o futuro e a NFL, liga norte-americana, é uma das mais valiosas do mundo, chegando a faturar US$ 50 milhões só com ingresso da final", pondera. São com números como esses que Luis Cláudio justifica sua entrada no torneio, que viu a prosperidade chegar com ele, em 2011. A quantidade de times saltou de 7 em 2010 para 20 em 2014 e hoje está na marca dos 16.

Duas temporadas –de 2012 e 2013– foram televisionadas. Os clubes passaram a receber uma ajuda de custo anual de R$ 20 mil e dinheiro para confecção de uniformes. No e-mail em que comunicou a fãs da modalidade a sociedade com Luis Cláudio, o criador do Touchdouwn André Adler, morto em 2012, disse que ele vinha para "elevar o potencial de captação".

Na mensagem também comemorou o fruto da parceria, a final da temporada de 2011 no estádio do Ibirapuera, em São Paulo. Na plateia do jogo estava Lula. Em entrevistas, o petista disse que, da mesma forma que o Brasil trabalhou para que o futebol brasileiro desse certo nos EUA, acreditava que o americano poderia vingar no Brasil.

Menos de dois anos depois o campeonato contava com sete patrocinadores. Além dos atuais TNT e Budweiser, investiam no Touchdown Tigre, Sustenta Energia, do grupo JHSF, Qualicorp e GOL.
Outra patrocinadora nos anos 2012 e 2013 foi a Caoa Hyundai, que segundo o jornal "Estado de S. Paulo" contratou o escritório de lobby Marcondes & Mautoni, investigado pela Polícia Federal e pela CPI do Carf, para obter a extensão da desoneração fiscal por meio de uma medida provisória que teria sido comprada por lobistas.

O escritório M&M também teve relações com Luis Cláudio. Em 2014, a M&M contratou a LFT Marketing Esportivo, a outra empresa do filho do ex-presidente, por R$ 2,4 milhões. Segundo Mauro Marcondes, sócio do escritório, um dos serviços prestados se referia a um projeto de um ônibus que circularia pelo Brasil durante a Copa do Mundo divulgando uma patrocinadora do mundial.

Os planos não saíram do papel. 
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