O tempo passou na janela, e as Carolinas de esquerda da imprensa brasileira estavam cantando as glórias de Chico Buarque, o velhote burguês e cubanófilo
Kim, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre, já amadureceu um tanto desde que começou, em 2013, a colocar seus vídeos no YouTube em defesa do liberalismo, da economia de mercado e contra a esquerda chulé que dá as cartas na academia, na imprensa e na política brasileira. Mas é ainda muito jovem. Tem apenas 19 anos.
Amplos setores da imprensa brasileira veem o MBL e outros movimentos pró-impeachment, boa parte deles de inspiração liberal, com certa suspeição. Nem é ideologia propriamente. Trata-se de ignorância mesmo!
Não é o caso aqui de contrastar a eventual sabedoria da Time com a tacanhice esquerdopata da imprensa nativa. O ponto é outro. Um olhar estrangeiro é capaz de compreender que se pode querer também o bem do país e que se pode fazer política sem ser de esquerda — e Kim, obviamente, não é. Identifica-se com os valores da economia de mercado, como destaca a revista.
Traduzo um trecho de seu perfil ampliado, publicado na Time:
“Kim cita o ex-presidente dos EUA Ronald Reagan e os ex-primeiros-ministros britânicos Winston Churchill e Margaret Thatcher como referências. Desde que despertou para a política, tem estudado os economistas liberais Milton Friedman e Ludwig von Mises. Embora seus vídeos sejam ancorados na economia, são elaborados num estilo anárquico. Em um deles, ele aparece vestido de ninja”.
(…)
Diz Kim à Time:
“A política no Brasil parece muito ruim. Todo mundo rouba. Mas eu tenho a esperança de que, em 20 anos, as coisas possam ser diferentes. Eu tenho a esperança de que a nossa geração pode mudar o modo como as coisas são feitas”.
Eis aí. Surgiram no Brasil movimentos capazes de levar milhões de pessoas às ruas e que não falam a linguagem da esquerda. O tempo passou na janela, e só as Carolinas da imprensa brasileira não viram porque estavam ocupadas em cantar as glórias de Chico Buarque, o velhote burguês e cubanófilo.
Eu também espero que a geração de Kim mude o Brasil. E a imprensa brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário