Até a viagem da presidente para Japão e Vietnã foi cancelada, apesar de o Planalto negar que tenha qualquer relação com o bloqueio que está por vir. A ida a Paris para participar da conferência sobre o clima, COP-21, está mantida, pois está prevista para o dia 30 de novembro. Admitir o caos nas contas é considerado pela equipe econômica como a última cartada para evitar o impeachment, mas sem a aprovação do ajuste fiscal, a situação de Dilma deve ficar impraticável.
A proposta do governo para o Orçamento 2016 foi enviado ao Congresso prevendo déficit de R$ 51,8 bilhões, mas caso seja obrigado a pagar o que deve em decorrência das "pedaladas fiscais", a conta sobe para cerca de R$ 120 bilhões. A apreciação, que seria esta semana, foi colocada de lado após a prisão do líder do governo Dilma no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS) na quarta (25).
Para garantir a meta, este ano, a máquina pública deve parar para economizar R$ 107 bilhões, mas isso acarretaria em "graves consequências para a sociedade", como explicado no relatório bimestral de receitas e despesas referentes aos meses de setembro e outubro. Com déficit primário de R$ 33 bilhões (até outubro), o governo só conseguirá atingir a meta com a interrupção da prestação de "serviços públicos", "investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do País".
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