O pecuarista foi preso em Brasília com um mandado de prisão preventiva
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, foi preso nesta terça-feira na 21ª fase da Operação Lava Jato. Esta etapa foi chamada de Operação Passe Livre. Bumlai foi detido em Brasília, onde estava para depor na CPI do BNDES. A Justiça Federal expediu um mandado de prisão preventiva contra ele.
>> Leia mais sobre a Operação Lava Jato
Os policiais também cumprem seis mandados de condução coercitiva contra filhos de Bumlai (Maurício, Cristiane, Guilherme e Fernando) e sócios do frigorífico Bertin, Natalino Bertin e Silmar Roberto Bertin.
O juiz Sérgio Moro também expediu 25 mandados de busca e apreensão para a coleta de documentos, computadores e provas em endereços de São Paulo, Lins, Piracicaba, Rio de Janeiro, Campo Grande, Dourados e Brasília.
Bumlai foi preso por crimes cometidos na contratação do navio-sonda Vitória 10000 pela Petrobras. Os investigadores detectaram indícios de ilegalidades na contratação do grupo Schahin para a operação da sonda. A Schahin ganhou o contrato em troca de um empréstimo de R$ 12 milhões que o banco Schahin concedeu a Bumlai em 2004. As irregularidades foram confessadas pelo empresário Salim Schahin, que teve acordo de delação premiada homologado na semana passada.
O pecuarista negava qualquer ligação com contratos da Petrobras e dizia que o empréstimo com o grupo Schahin foi quitado com a entrega de embriões bovinos. Mas Salim Schahim disse em depoimentos aos investigadores que o empréstimo foi perdoado.
De acordo com as investigações, "complexas medidas de engenharia financeira" foram usadas para ocultar a real destinação dos "valores indevidos" pagos a agentes públicos e diretores da Petrobras. São investigados crimes de fraudes a licitação, falsidade ideológica, falsificação de documentos, corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Bumlai será transferido para Curitiba, onde ficará preso na carceragem da Polícia Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário