Cobrança pelo dinheiro desviado da Petrobras e restrição ao Fundo Partidário podem levar siglas à bancarrota. Prejuízos à estatal somam R$ 20 bi, mas cálculo está em avaliação
A sinalização de que medidas mais drásticas seriam tomadas deixou em pânico dirigentes partidários. Parte deles, como o presidente do PT, Rui Falcão, acredita que uma eventual devolução de capital poderia inviabilizar a o partido. Na quarta-feira 11, o PT distribuiu uma cartilha na qual declarou guerra a Lava Jato: “Querem eliminar o partido da vida política”, acusa o texto.
O fluxograma da propina desviada da Petrobras é algo ainda em construção. A estimativa mais recente do MPF indica que os prejuízos causados aos cofres da estatal somam R$ 20 bilhões – pouco mais de 10% já foram recuperados.
A dúvida reside sobre os critérios que serão considerados para calcular o tamanho da responsabilidade de cada legenda. É exatamente o que os procuradores avaliam na atual fase das investigações.
Um dos primeiros delatores da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa apontou percentuais dos contratos que cabiam às siglas envolvidas nas falcatruas. Em alguns casos, dependendo da diretoria da estatal, essa parcela poderia chegar aos 3%. Esse era o caso do PT. De acordo com o ex-diretor, havia dinheiro também para o PP e para o PMDB, ambos com participação de 1% na propina. Os investigadores avaliam se os valores a serem cobrados dos partidos devem ser calculados com a aplicação desses índices sobre o montante desviado.
Não é uma decisão simples. Outro delator, o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco, apresentou outra estimativa impressionante. Segundo os cálculos de Barusco, o PT teria captado cerca de US$ 200 milhões em uma década, a partir de 2003, primeiro ano do governo Lula. As investigações prosseguem para confirmar o que declararam. Não se sabe se foi apropriado pelos partidos para uso eleitoral ou embolsado por políticos ligados às legendas para enriquecimento próprio. Tudo isso precisa ser considerado para apontar a responsabilidade de cada sigla.
Não é uma decisão simples. Outro delator, o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco, apresentou outra estimativa impressionante. Segundo os cálculos de Barusco, o PT teria captado cerca de US$ 200 milhões em uma década, a partir de 2003, primeiro ano do governo Lula. As investigações prosseguem para confirmar o que declararam. Não se sabe se foi apropriado pelos partidos para uso eleitoral ou embolsado por políticos ligados às legendas para enriquecimento próprio. Tudo isso precisa ser considerado para apontar a responsabilidade de cada sigla.
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