domingo, 31 de janeiro de 2016

COMPREI, MAS NÃO É MEU!

Instituto Lula confirma visita de ex-presidente a imóvel no Guarujá, mas nega propriedade

Empreiteira gastou R$ 380 mil em mobília para o tríplex

O Instituto Lula confirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na unidade 164-A, um tríplex de 215 metros quadrados, no edifício Solais, no Guarujá, em uma única ocasião, em 2014, com Marisa Letícia, sua mulher, e o presidente da OAS, Léo Pinheiro. "Lula e Marisa avaliaram que o imóvel não se adequava às necessidades e características da família, nas condições em que se encontrava", diz nota divulgada no site da instituição.

O instituto afirma ainda que a ex-primeira-dama e Fábio Luís Lula da Silva voltaram ao apartamento quando este estava em obras. Segundo o instituto, Lula estava avaliando a compra da unidade, mas não fechou o negócio. O apartamento está em nome da própria OAS.

A nota diz que a família desistiu do negócio "mesmo tendo sido realizadas reformas e modificações no imóvel (que naturalmente seriam incorporadas ao valor final da compra)" por causa de "notícias infundadas, boatos e ilações que romperam a privacidade necessária ao uso familiar do apartamento".

A nota reproduz o contrato para a compra de uma cota-parte da Bancoop pela ex-primeira-dama Marisa Letícia, em 2005, e anexa comprovante de pagamentos mensais à Bancoop e diz que a família investiu R$ 286 mil em valores atualizados na cota, que daria direito a opção de compra da unidade 141, de 82 metros quadrados, no condomínio. O investimento foi declarado pelo ex-presidente ao Tribunal Superior Eleitoral na campanha presidencial de 2006.

Em setembro de 2009, depois da crise financeira da Bancoop, a família decidiu não aderir ao contrato com a incorporadora OAS, que assumiu a obra, mas, segundo o instituto, manteve "o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participação na Bancoop e no empreendimento". Em novembro de 2015, segundo o texto, Marisa Letícia assinou um termo pedindo o resgate da cota, a serem pagos em "36 parcelas, com um desconto de 10% do valor apurado, nas mesmas condições de todos os associados que não aderiram ao contrato com a OAS em 2009". "A devolução do dinheiro aplicado ainda não começou a ser feita", anota o instituto.

O texto, publicado no fim da noite de sábado, 30, e compartilhado pela página do instituto no Facebook neste domingo, diz que "adversários de Lula e sua imprensa tentam criar um escândalo a partir de invencionices". O instituto voltou a criticar a decisão do promotor Cássio Conserino de intimar Lula e sua mulher a depor como investigados. "Além de infundada, a acusação leviana do promotor desrespeitou todos os procedimentos do Ministério Público, pois Lula e Marisa sequer tinham sido ouvidos no processo", afirma nota.

O Instituto Lula já havia divulgado uma nota na sexta-feira, 29, sobre o assunto. "São infundadas as suspeitas do Ministério Público de São Paulo e são levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio por parte do ex-presidente Lula ou seus familiares", dizia a nota. "A verdade ficará clara no correr das investigações."

Conserino diz ter indícios de que houve tentativa de esconder a identidade do verdadeiro dono do tríplex, o que pode caracterizar crime de lavagem de dinheiro.

Na quarta-feira, 27, a Operação Lava Jato deflagrou a Triplo X, sua 22ª fase, que tinha como alvos a Bancoop, a OAS e a Mossack Fonseca. Segundo a PF, esta etapa da investigação apura a ocultação de patrimônio por meio de um empreendimento imobiliário, o Condomínio Solaris, "havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato teria se utilizado do negócio para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras".

A Polícia Federal incluiu o tríplex 164-A no rol de imóveis com "alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade" sob investigação na operação.

(VEJA com Estadão Conteúdo)

DILMA, A HONESTA


FLÁVIO FAVECO CORRÊA


Depois que o Lula se declarou a pessoa mais honesta que que jamais existiu no Brasil, ele, que entre outras coisas que a nossa vã filosofia não alcança e que o juiz Moro ainda não publicou, foi o mentor do mensalão que levou às grades uma boa quantidade de “cumpanheros”, menos ele, favoreceu amigos tipo Bumlai conseguindo polpudos financiamentos do BNDES para sua empresa falida, que colaborou e continua colaborando com empreiteiras corruptas dentro e fora do país, que está envolvido na Operaão Zelotes e suspeito de envolvimento no petrolão, que vive ostentando com a maior cara de pau propriedades como um apartamento triplex no Guarujá, luxuoso sítio em Atibaia reformado a seu gosto pela OAS, tudo adquirido, é claro, com seu salário de sindicalista e de Presidente da República, além de ser titular de um instuituto milionário, comecei a vacilar e a ter dúvidas sobre o significado do conceito de honestidade tal como aprendi de meus pais ainda pequenino. Imaginando poder estar equivocado, fui ao Google em busca de uma interpretação mais moderna. Vejam o que encontrei:”honestidade é a palavra que indica qualidade de ser verdadeiro: não mentir, não fraudar, não enganar”.

Já que Lula é caso perdido, comecei a tentar enquadrar a nossa Presidanta nessa definição, ela que, com menos pompa que seu antecessor, também se declara honesta. Numa rápida análise, conclui que ela, apesar de não zerar a redação, não passa no exame.

Quanto a não mentir, não há o que falar. A campanha de 2014 faria de pinochio um aprendiz. Nunca se mentiu tanto na história política do país. Não consigo imaginar como a nossa “mulher sapiens” conseguia se olhar no espelho com aquele imenso nariz a lhe adornar o rosto, que já não é dos mais bem dotados pela natureza, depois dos seus discuros eleitoreiros que enganaram milhões de ingênuos e incautos, que acreditaram na sua enganação a ponto de reconduzi-la ao Palácio do Planalto.

Quanto ao quesito não fraudar (estamos nos aproximando do Carnaval quando a expressão quesito vira moda), os exemplos das suas infrações são aos montes: lei da repatriação dos dinheiros ilícitos no exterior, uma ode à lavagem de dinheiro; MP das empreiteitas, para não estancar o propinoduto; bilhões para o fundo partidário e para as emendas dos deputados, em mais uma tentativa de comprar votos para se manter no cargo (coitado do Joaquim Levy e seu ajuste fisal de saudosa memória); compra de refinaria de Pasadena, quando ela era presidente do conselho da Petrobrás; doação da BR Distribuidora para o meliante Fernando Collor, que ri na nossa cara exibindo sinais aparentes de muita riqueza como seus “carrinhos” importados – antes era Fiat Elba, agora são Lamborghinis e Ferraris; etc. etc. etc.

Na área da enganação, a coisa continua com ela prometendo mundos e fundos, como uma rápida recuperação da enonomia que esculhambou e aumento de empregos, conversa para engambelar os 10 milhões de desempregados e mais os outros milhões que estão morrendo de medo de perder os seus.

Por essas e outras que, convenhamos, não dá para classificar Dilma de honesta. Honesta ela seria se renunciasse ao cargo, como quer 88% da população, e nos desse a chance de começar a tapar os buracos feitos nos 13 anos de desmandos perpetrados pela clePTocracia que seu partido instaurou.

Mas acho que isso não vai acontecer: Dilma não é suficientemente honesta.

Enquanto isso, a nave vai. Em direção ao precipício.

Diz um ditado lá dos pampas que pulga gorda só dá em cachoro magro.

As pulgas de Brasília estão cada vez mais gorgas e o povo cada vez mais magro.

"TRIPLO X" ESTÁ NA BOCA DO POVO

CORRUPÇÃO
ZELADOR DIZ QUE LULA E MARISA NÃO FORAM MAIS AO TRÍPLEX APÓS DENÚNCIA


Estadão

O zelador do condomínio Solaris, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, José Afonso Pinheiro, de 46 anos, afirmou nesta sexta, 29, ao jornal O Estado de S.Paulo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparece no prédio desde que se tornou pública a informação de que ele e sua mulher, Marisa Letícia, são cotistas de um tríplex com vista para o mar.

Pinheiro foi uma das figuras ouvidas pelo Ministério Público de São Paulo, que investiga suspeitas de que o ex-presidente seria o proprietário do imóvel. O tríplex foi o alvo central da 22.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na quarta-feira passada e batizada de Triplo X.

A nova etapa da força-tarefa da Lava Jato investiga supostas irregularidades envolvendo, além de todos os apartamento do condomínio Solaris, a empreiteira OAS e a extinta Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).
'Falatório'

"Lula vinha aqui com frequência. Vinha com a dona Marisa. Mas parou de vir quando começou esse falatório sobre o apartamento dele", disse o zelador, que trabalha no condomínio desde 2013. À Promotoria paulista, o funcionário disse que era orientado por um empregado da empreiteira OAS a não dizer que o imóvel pertencia ao ex-presidente Lula, mas, sim, à construtora.

O zelador afirmou ainda que as idas de Lula ao Solaris eram discretas e que o contato do ex-presidente com os funcionários do condomínio era feito por meio da ex-primeira-dama.
Quadros

O comerciante Fernando Fernandes, de 50 anos, afirmou que o irmão, que é dono de um apartamento na mesma torre onde fica o tríplex, disse que a mulher de Lula chegou carregando quadros para o apartamento em meados de 2014. "Ela apareceu com quadros aqui. E fizeram como sempre: seguranças cercavam o elevador e ninguém via nada."

Fernandes também comentou sobre a quantidade de pessoas que começaram a tratar o condomínio como uma espécie de ponto turístico do Guarujá. A reportagem esteve no endereço do condomínio Solaris por cerca de três horas - durante esse período, várias pessoas fotografaram o prédio. "A gente se sente constrangido", afirmou Fernandes.

"Vou tirar foto para esculhambar o Lula na internet", afirmou Angélica Rodrigues Salmeron, de 38 anos, que passeava com a mãe pelo calçadão da praia. "É um acinte dizer que pagou R$ 47 mil em um apartamento em frente para o mar."

Três banhistas também tiraram foto antes de ir à praia e manifestaram indignação. "A gente fica indignada com a ostentação. Lula não dizia que não tinha comprado nada? Que era o mais honesto?", questionou Regina Sales, de 56 anos, antes de ir para a praia.

BARCO DA "FAMIGLIA" SILVA ESTÁ AFUNDANDO

MULHER DE LULA ADQUIRIU BARCO DE PESCA PARA SÍTIO



(Folha)

Marisa Letícia, mulher de Luiz Inácio Lula da Silva, adquiriu um barco e mandou entregá-lo em um sítio na cidade de Atibaia (SP) que é frequentado pela família do ex-presidente. O negócio, comprovado por nota fiscal obtida pela reportagem, demonstra a relação próxima de Lula com a propriedade.

Na edição desta sexta-feira (29), a Folha revelou que uma fornecedora de material de construção e um marceneiro de Atibaia afirmam que a reforma do sítio foi paga pela empreiteira Odebrecht. A empresa nega. A nota fiscal com o nome da Marisa Letícia registra a compra de embarcação de alumínio com seis metros de comprimento, modelo Squalus 600, da marca Levefort, com capacidade para cinco pessoas, sem motor.

O negócio foi concretizado em 27 de setembro de 2013 pelo preço de R$ 4.126,00 (cerca de R$ 5.000, em valores atualizados), de acordo com o documento fiscal. A propriedade rural, no interior paulista, tem 173 mil metros quadrados. Seus donos são Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho, sócios de Fábio Luís, filho do ex-presidente. Fernando é filho de Jacó Bittar, fundador do PT e um dos melhores amigos de Lula. A nota fiscal foi fornecida à Folha pela fabricante do barco, a empresa Alumax, do grupo Levefort.

A direção da companhia informou que a venda direta foi feita pela loja Miami Náutica, situada no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista. A reportagem foi à loja e pediu detalhes sobre o pagamento do barco. A gerente do estabelecimento, que se identificou apenas como Lili, afirmou, porém, que não iria revelar informações financeiras de se"us clientes.

CAMINHONEIRO A entrega do barco no sítio em 2013 foi feita pelo caminhoneiro José dos Reis, 60, que já trabalha há 25 anos como prestador de serviços da Alumax. Reis disse à Folha que na preparação do transporte do produto reconheceu o nome da mulher de Lula na nota. O recebimento do barco na propriedade rural foi feito por um funcionário do sítio que tinha apelido de "Baiano", de acordo com Reis.

Ao chegar ao local, o caminhoneiro perguntou a Baiano se a compradora do barco era mesmo a ex-primeira dama do país. "Eu olhei a nota e vi escrito 'Marisa Lula da Silva'. Aí eu perguntei: é a mulher do Lula?", declarou o caminhoneiro. Segundo Reis, Baiano afirmou: "É, mas não pode falar nada para ninguém. Não comente com ninguém". Em seguida, o caminhoneiro e o funcionário tiraram o barco da carreta de transporte e o colocaram no lago do sítio, diz Reis.

A reforma no sítio foi coordenada pelo engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa. Ele confirmou a participação, mas disse que atuava em "caráter informal", sem representar a empreiteira. Afirmou que se tratava de um apoio para um amigo. Mas não soube explicar à Folha quem era essa pessoa. Declarou apenas que seu nome é Carlos.

OUTRO LADO A Folha solicitou esclarecimentos a respeito da compra de barco registrada em nome da mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia, ao Instituto Lula, que faz a assessoria de imprensa do petista. Porém, a reportagem não obteve respostas específicas sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

sábado, 30 de janeiro de 2016

POBRE PETROBRAS DOS RICOS COMPANHEIROS


PETROBRAS: QUADRO É MAIOR QUE 3 RIVAIS SOMADAS
A comparação da Petrobras às concorrentes ajuda a explicar a trágica situação da alquebrada estatal brasileira. Enquanto a Petrobras paga salários a 315.000 funcionários, entre efetivos (84.000) e terceirizados (231.000), lucrando US$1 bilhão em 2014, a Shell, a Exxon e a British Petroleum (BP), juntas, empregam 262.000 pessoas, 53.000 a menos que a brasileira, com lucros somando US$ 58,6 bilhões no mesmo ano.

LUCRO 32 VEZES MAIOR
A Exxon Móbil emprega 83.500 pessoas em mais de 100 países e registrou lucro de US$ 32,5 bilhões em 2014.

SHELL OPERA EM 90 PAÍSES
A petroleira Royal Dutch Shell paga salários a 94.000 funcionários nos 90 países onde opera, e lucrou US$ 14 bilhões no mesmo ano.

ATÉ A BP LUCROU MAIS
Apesar de multas bilionárias por vazamentos, a British Petroleum (BP), que tem 84.500 funcionários, lucrou US$ 12,1 bilhões em 2014.

OPERAÇÃO MODESTA
A Petrobras opera 7.000 postos no Brasil e em meia dúzia de países. A Royal Dutch Shell soma 44 mil postos mundo afora.

Leia mais na coluna de Claudio Humberto

INVESTIGADOS, MP MARCA DEPOIMENTO DE LULA E MARISA PARA DEPOIS DO CARNAVAL

É a primeira vez que Lula prestará depoimento como investigado. Ministério Público apura crime de ocultação de patrimônio no caso do tríplex do Guarujá. No dia 17 de fevereiro também serão ouvidos o empreiteiro Léo Pinheiro e o engenheiro Igor Pontes, que acompanhou Lula durante visita ao apartamento

Por: Robson Bonin - VEJA

Lula e sua esposa Marisa trocam alianças, em Brasília

O ex-presidente Lula e sua mulher, Marisa Letícia, terão pouco mais de duas semanas para elaborar uma versão para as várias perguntas que permanecem sem respostas no caso do tríplex do Guarujá, que a OAS construiu e reformou para a família presidencial. Responsável pela investigação, o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, marcou o interrogatório de Lula e dona Marisa para o dia 17 de fevereiro. No mesmo dia, o promotor irá interrogar o empreiteiro Léo Pinheiro, amigo de Lula e ex-presidente da OAS, e o engenheiro Igor Pontes, que fazia o papel de guia de Lula e Marisa durante as visitas do casal ao tríplex. 

Como VEJA revelou em sua edição mais recente, o Ministério Público paulista investiga o ex-presidente Lula e dona Marisa pelo crime de lavagem de dinheiro decorrente da ocultação da propriedade do apartamento.

Será a primeira vez que Lula e dona Marisa prestarão depoimentos como investigados. Na semana passada, o Ministério Público concedeu aos advogados do ex-presidente acesso integral aos documentos colhidos na investigação. Lula continua negando ser o proprietário do tríplex, embora o Ministério Público tenha colhido uma série de depoimentos de testemunhas que relatam as visitas do ex-presidente ao apartamento, cuidadosamente reformado pela OAS para o petista. Depois de ouvir o casal petista, o promotor Cássio Conserino deverá finalizar a denúncia.

O QUE NÃO FALTA É TESTEMUNHA


(O Globo)

Alvo da Lava-Jato por envolvimento em desvios na Petrobras, a Odebrecht teria realizado obras de reforma no sítio Santa Bárbara, em Atibaia, usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por seus parentes, revelou Patrícia Fabiana Melo Nunes, ex-dona de uma loja de construção, à “Folha de S.Paulo”. O sítio, de 14,5 mil m², está registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luís da Silva, filho mais velho do ex-presidente.

A reforma, que durou cerca de dois meses, teve início em outubro de 2010, já no segundo mandato de Lula como presidente. Para isso, a empreiteira gastou cerca de R$ 500 mil só em materiais de contrução, segundo Patrícia, à época proprietária do Depósito Dias, que forneceu produtos para as intervenções no sítio. Ela afirmou que, em certo período, a loja trabalhou quase exclusivamente para a obra e que os pagamentos giravam em torno de R$ 75 mil a R$ 90 mil por semana, pagos em dinheiro vivo.

“A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht” — disse ela à Folha. Patrícia afirmou que os trabalhos no sítio foram coordenados pelo engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa, que cuidou da construção do Itaquerão, estádio do Corinthians.

Em entrevista à Folha, o engenheiro da empresa confirmou que trabalhou no local no período em que estava de férias e que fez o serviço de graça, mas que não sabia que Lula tinha ligação com o sítio: “Para mim foi surpresa. Para mim era uma obra comum. Eu prestei serviço para uma empresa contratada pelo proprietário, mas não tem nada a ver com a empresa (Odebrecht). Dei algum apoio, mas pouca coisa. Estava de férias, em recesso de final de ano".
A ex-dona da loja disse que na ocasião abriu um cadastro no estabelecimento em nome da construtora a pedido do engenheiro e que notas foram emitidas em nome de outras companhias. Ela falou ainda ter cedido uma mesa no depósito para Irigaray Neto, arquiteto responsável pelo reforma, pois no sítio não havia sinal de internet.

O motorista e marceneiro Antônio Carlos Oliveira Santos também afirmou que fez serviços de marcenaria no sítio, chefiados por um engenheiro chamado Frederico. Informou que teve conhecimento de que a obra era da Odebrecht, mas que o engenheiro nunca disse que o local seria do ex-presidente — alvo de investigação do Ministério Publico do Distrito Federal, que apura suposto tráfico de influência junto a políticos de outros países.

De acordo com Patrícia, além da Odebrecht, várias empresas participaram da construção. Em abril de 2015, a revista “Veja” informou que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, também alvo da Lava-Jato e amigo de Lula, pretendia contar, em delação premiada, que realizou uma reforma no sítio. A partir disso, a Polícia Federal começou a investigar se a OAS teria beneficiado o ex-presidente Lula. Procurado, o Instituto Lula afirmou que não comentaria o assunto.

Ao GLOBO, a Odebrecht disse que “após apuração preliminar, a Construtora Norberto Odebrecht não identificou relação da empresa com a obra." O empresário Jonas Suassuna informou que a área que ele possui no terreno não faz parte do sítio e não contém nenhuma benfeitoria citada na reportagem. Já o empresário Fernando Bittar não retornou os contatos, segundo a Folha.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

DE ONDE VEM O DINHEIRO QUE DÁ A LULA VIDA DE MILIONÁRIO?

Se a fonte das empreiteiras secou, de onde vem o dinheiro que paga as contas de Lula?

Augusto Nunes

Entre 2011 e 2014, empreiteiras atoladas no esquema do Petrolão municiaram com mais de 17 milhões de reais o Instituto Lula e a LILS, empresa que cuida das “palestras” do ex-presidente. Não é pouca coisa. São 470 mil reais por mês. Ou 16 mil reais por dia.

As primeiras rajadas da Operação Lava Jato secaram a fonte. Sumiram os convites para apresentações internacionais do palanque ambulante. O instituto que virou esconderijo hoje é visitado por parceiros de tramas políticas ou blogueiros estatizados.

Essas constatações conduzem a mais uma pergunta sem resposta: de onde tem vindo o dinheiro que permite a Lula continuar desfrutando da vida de milionário? Como ele nunca sabe de nada, a polícia, o Ministério Público e a Justiça terão de desvendar o mistério.

A PARCERIA DE LULA CUSTOU UMA PETROBRAS

O Antagonista

Entre 2004 e 2006, o Palácio da Alvorada foi reformado, depois de Lula ter reclamado do estado precário em que se encontrava a residência oficial do presidente da República. Vinte empresas bancaram as obras -- entre elas, a Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS.

Na cerimônia de reabertura do Alvorada, Lula disse:

"Eu quero dizer para vocês que, se depender de mim, tem muita coisa para ser restaurada neste país. Se depender de mim, vocês vão ser parceiros em outra restauração. Se quiserem ver alguma coisa é só entrar no Palácio do Planalto, é só entrar no Palácio do Planalto para ver como aquilo vai precisar paralisar. Tem prédios aqui em que foram colocando carpetes em cima de carpetes. Nós descobrimos sala com três carpetes em cima do outro, numa demonstração, eu diria, de negligência, até com a saúde de quem fez."

A "parceria em outra restauração" custou uma Petrobras.

EXPLICAÇÕES DE LULA SOBRE TRIPLEX NÃO TÊM NEXO





Josias de Souza

A deflagração da 22ª fase da Lava Jato deixou Lula irritado. Em nota, ele reclamou da “tentativa de envolver seu nome em atos ilícitos.” O problema é simples de resolver. Se não quiser ser importunado, basta que o ex-presidente demonstre que não é o dono do triplex número 164 A, do edifício Solaris, no Guarujá. Sua assessoria já tentou várias vezes desvincular Lula do imóvel. Mas falta às explicações oficiais algo essencial: nexo.

Batizada de Triplo X, a nova fase da Lava Jato apura a suspeita de que a empreiteira OAS usou apartamentos do agora célebre edifício do Guarujá para camuflar o pagamento de propinas extraídas da Petrobras. Entre eles o triplex que Lula diz não possuir. Vão abaixo as perguntas que o morubixaba do PT já poderia ter respondido:



1. Por que a assessoria de Lula admitiu que ele era o dono do triplex do Guarujá em dezembro de 2014? 

Em notícia veiculada no dia 7 daquele mês, o repórter Germano Oliveira informou: a Bancoop, Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, que deixara cerca de 3 mil pessoas na mão por causa de fraudes atribuídas ao seu ex-presidente, João Vaccari Neto, entregara a Lula o triplex do Guarujá. Com a falência da cooperativa, a OAS assumira as obras.

O edifício ficara pronto em dezembro de 2013. Mas o apartamento de Lula recebera um trato especial. Coisa fina. Antes unidos apenas por uma escada interna, os três andares foram atravessados por um elevador privativo. O piso ganhou revestimento de porcelanato. E a cobertura foi equipada com um ‘espaço gourmet’, ao lado da piscina.

Ouvida nessa época, a assessoria de Lula declarou: “O ex-presidente informou que o imóvel, adquirido ainda na planta, e pago em prestações ao longo de anos, consta na sua declaração pública de bens como candidato em 2006.” Candidato à reeleição naquele ano, o então presidente Lula de fato havia informado à Justiça Eleitoral que repassara à Bancoop R$ 47.695,38, uma cifra que não ornava com o valor de um triplex.

2. Por que a assessoria de Lula mudou a versão sobre a posse do triplex cinco dias depois de reconhecer que o imóvel pertencia a Lula? 

Sob os efeitos da repercussão negativa da notícia segundo a qual Lula tornara-se o feliz proprietário de um triplex à beira mar, na praia de Astúrias, uma das mais elitizadas do litoral paulista, o Instituto Lula divulgou, em 12 de dezembro de 2014, uma “nota sobre o suposto apartamento de Lula no Guarujá.”

Primeiro, o texto cuidou de retirar a encrenca dos ombros de Lula. Anotou que foi a mulher dele, Marisa Letícia, quem “adquiriu, em 2005, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente a um apartamento.” A previsão de entrega era 2007. Em 2009, com as obras ainda inacabadas, os cooperados “decidiram transferir a conclusão do empreedimento à OAS.”

O prédio ficou pronto em 2013. Os cooperados puderam optar entre pedir o dinheiro de volta ou escolher um apartamento. “À época, dona Marisa não optou por nenhuma destas alternativas”, escreveu o Instituto Lula. “Como este processo está sendo finalizado, ela agora avalia se optará pelo ressarcimento do montante pago ou pela aquisição de algum apartamento, caso ainda haja unidades disponíveis.” Nessa versão, a família Lula da Silva estava em cima do muro.

3. Por que a mulher de Lula pegou as chaves de um apartamento que dizia não lhe pertencer? 

Em 17 de dezembro de 2015, cinco dias depois da nota em que o Instituto Lula alegara que Marisa Letícia ainda hesitava entre requerer o dinheiro investido na Bancoop ou escolher um apartamento no edifício Solaris, moradores do prédio informaram ao repórter Germano Oliveira que a mulher de Lula apanhara as chaves do triplex número 164 A havia mais de seis meses, em 5 de junho. “Todos pegamos as chaves no dia 5 de junho, inclusive dona Marisa”, disse, por exemplo, Lenir de Almeida Marques, mulher de Heitor Gushiken, primo do amigo de Lula e ex-ministro Luiz Gushiken, morto em 2013.

(...)

6. Por que Lula, Marisa e Lulinha, primogênito do casal, inspecionaram as obras de reforma do triplex? 

Inquérito conduzido pelo Ministério Público de São Paulo, sem vinculação com a Lava Jato, revelou indícios de que o triplex do Guarujá integra o patrimônio oculto do casal Lula e Marisa. Eles seriam os proprietários escondidos atrás da logomarca da OAS. Ouviram-se no inquérito uma dezena de testemunhas.

Chama-se Armando Dagre Magri uma das testemunhas. É dono da Talento Construtora. Contou à Promotoria que a OAS contratou sua empresa para reformar o triplex número 164 A. Orçou a obra em R$ 777 mil. Realizou o serviço entre abril e setembro de 2014. Não esteve com Lula. Mas avistou-se com Marisa. Estava reunido no apartamento com um representante da OAS quando, subitamente, a mulher de Lula deu as caras. Estava acompanhada de três pessoas. Descobriria depois que eram o filho Fábio Luís, o Lulinha, um engenheiro da OAS e ninguém menos que o dono da empreiteira, Léo Pinheiro, hoje condenado a 16 anos de cadeia na Lava Jato. Inspecionaram a reforma, atestaram sua conclusão e deram a obra por encerrada.

Zelador do prédio desde 2013, José Afonso Pinheiro relatou ao Ministério Público que Lula também inspecionou as obras do triplex. Esteve no apartamento, por exemplo, no dia da instalação do elevador privativo. Contou que a OAS limpava o prédio, ornamentando-o com flores, nos dias de visita de Marisa. Uma porteira do edifício disse à Promotoria ter visto Lula e Marisa juntos no local em fins de 2013. Em suas notas oficiais, o Instituto Lula não explica o inusitado interesse pela reforma de um imóvel cuja propriedade o casal nega.

7. Por que a OAS devolveria dinheiro à família Lula da Silva depois de ter borrifado R$ 777 mil apenas na reforama do triplex? 
(...)

De duas, uma: ou a OAS converteu-se de empreiteira em instituição de caridade ou alguém ficará no prejuízo. Ou, por outra, a Lava Jato içará à tona uma terceira versão, a verdadeira.

Íntegra AQUI.

LAVA JATO CHEGA À COMUNICAÇÃO DO GOVERNO



A força-tarefa da Lava Jato volta suas atenções agora para a área de comunicação do governo, com foco na Petrobras, Caixa e BNDES. Juntas, as três movimentam cerca de R$1 bilhão por ano, em verbas publicitárias. “É hora de abrir essa gaveta”, afirmou fonte ligada às investigações. “Gaveta” é como chamam na força-tarefa os temas que aguardam o momento adequado para serem investigados. Nessas “gavetas” estão depoimentos e provas obtidas em mandados de busca.

Um dos alvos, Wilson Santarosa ocupou por 12 anos, desde o início do governo Lula, a cobiçada chefia de comunicação da Petrobras.

Outro alvo, Clauir Santos, ex-diretor de Marketing da Caixa, é suspeito de integrar o esquema do ex-deputado André Vargas, hoje preso

Após perderem os cargos na Petrobras e na Caixa, Wilson Santarosa e Clauir Santos desfrutam atualmente de confortável aposentadoria.

CAIXA PRETA ABERTA
Além do BNDES, investigadores da Lava Jato devem também devassar as áreas de comunicação de outros órgãos da administração federal.

Leia mais na coluna de Claudio Humberto

MAIS IMPOSTO - DILMA USA CONSELHÃO PARA DEFENDER VOLTA DA CPMF

PRESIDENTE DILMA DEFENDE PRORROGAÇÃO DA DRU E VOLTA DA CPMF


Estadão

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira, 28, durante discurso na 44ª reunião do Conselhão, a aprovação da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e da recriação da CPMF pelo Congresso Nacional como medidas necessárias para garantir "perenidade" ao equilíbrio fiscal. Ela citou também a tributação sobre juros de capital próprio e ganhos de capital como mais uma medida neste sentido.

Dilma lembrou que, em 2015, o governo fez um ajuste fiscal de "dimensão inédita", cortando gastos obrigatórios e discricionários, mas há muito o que fazer. Segundo ela, é preciso construir uma agenda que diminua as incertezas e estabeleça a volta do crescimento econômico, diminuindo os problemas e ampliando as oportunidades. Neste sentido, ela defendeu que há temas que devem ser enfrentados de forma clara e transparente. Um deles, citou, é o equilíbrio fiscal.

A presidente defendeu que, para garantir a estabilidade fiscal de médio e longo prazo, são necessárias reformas que garantam a sustentabilidade dos gastos públicos. Nesse contexto, ela pediu a diminuição da rigidez do orçamento, de forma a assegurar os investimentos e programas socais. "Queremos dar perenidade ao equilíbrio fiscal, porque, do contrário, todo sacrifício já feito será novamente exigido daqui a alguns poucos anos", disse.

Dilma afirmou que é fundamental construir uma ponte entre a estabilidade fiscal de curto e médio prazo e o equilíbrio de médio e longo prazo. De acordo ela, para o governo, essa ponte depende da aprovação da prorrogação da DRU, da recriação da CPMF e da proposta de elevar a tributação de juros sobre capital próximo e sobre ganhos de capital.

Ao destacar a recriação da CPMF, a presidente reconheceu que muitos podem ter dúvidas ou até se oporem ao tributo, mas pediu "encarecidamente" que reflitam sobre a "excepcionalidade do momento" que torna a CPMF a "melhor solução". Ela citou a facilidade de recolhimento do tributo, o baixo custo de fiscalização, o pouco efeito sobre a infração, por não ser regressivo, a possibilidade de permitir um controle maior da sonegação e o fato de a contribuição ser "rigorosamente temporária".

Dilma, no entanto, se disse aberta ao diálogo. De acordo com a presidente, se algum conselheiro tiver alguma alternativa tão eficiente quanto a CPMF, ela e seus ministros estão "absolutamente disponíveis ao diálogo". "Mas é fundamental estarmos todos cientes que a estabilidade fiscal é imprescindível e que o aumento da arrecadação determinará o sucesso das medidas de incentivo à produção que adotarmos", afirmou.

De acordo com a presidente, trata-se de um "dilema a ser resolvido", pois, como lembrou a petista, a arrecadação não cresce se a produção e o consumo não aumentarem. Da mesma forma, acrescentou, produção e consumo não aumentam se não houver recursos para estimular o crescimento econômico.

BRASIL FESTEJA CARNAVAL NO PRECIPÍCIO

'THE ECONOMIST' - REVISTA CITA APROFUNDAMENTO DA CRISE ECONÔMICA E SURTO DE ZIKA


A edição desta semana da revista britânica The Economist publica reportagem para atualizar o difícil cenário político e econômico do Brasil. Com o título "Festejando no precipício", a publicação diz que o feriado de carnaval não vai proporcionar nenhuma pausa na crise do País que sofre com o aprofundamento da situação política e econômica.

Além disso, a revista ainda ressalta que o Brasil tem de lidar com o surto do zika vírus.

Apesar de reconhecer que a estabilidade do juro há poucos dias era justificada, A The Economist também critica a estratégia de comunicação do Banco Central que sinalizou manutenção do juro a poucas horas da reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom). "Em vez de apoiar a credibilidade financeira do Brasil, o BC conseguiu prejudicar ainda mais".

Outros problemas econômicos continuam crescendo no Brasil, aponta a reportagem, que diz que, apenas no ano passado, 1,5 milhão de trabalhadores foram demitidos das empresas. Neste ano, a revista diz que outro 1 milhão de empregados podem perder o trabalho.

The Economist lembra também da ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que pode dificultar o trabalho da petista e do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que tentam avançar com as reformas. Além disso, alas do PT, segundo a publicação, já demonstraram ser contrárias à intenção de aumento da idade mínima para aposentadoria, por exemplo. 

Com informações da Agência Estado

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

REINO DA IMPUNIDADE CHEGANDO AO FIM

Milhares de vítimas da quadrilha petralha aguardam algum resultado há mais de uma década.

Nova fase da Lava Jato cumpre 6 mandados de prisão

Operação Triplo X mira atividades criminosas da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo; PF também cumpre 15 mandados de busca e apreensão

Por: Laryssa Borges, VEJA
Polícia Federal do Paraná em Curitiba(Vagner Rosário/VEJA.com)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira a 22ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Triplo X. É o primeiro desdobramento das investigações sobre o megaesquema de corrupção instalado na Petrobras em 2016. A nova fase mira atividades criminosas da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, e a estratégia da construtora OAS de utilizar imóveis como método para despistar o pagamento de propina. A Bancoop foi presidida pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso e já condenado a mais de 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro por atuar como cobrador e coletor de propina do petrolão.

Ao todo são cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva nas cidades de São Paulo, Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Joaçaba (SC). Entre os presos está a publicitária Nelci Warken, que prestou serviços à Bancoop e teria ligações com a offshore Murray. Ela foi levada para a Polícia Federal em São Paulo e ainda hoje deve ser transferida para Curitiba.

Segundo a Polícia Federal, as investigações da Triplo X mostram que empresas offshores e contas no exterior eram usadas para ocultar o produto de crimes cometidos contra os cofres da Petrobras. A investida policial ocorre também contra a empreiteira OAS, suspeita de ocultar o patrimônio em empreendimentos imobiliários para camuflar o pagamento de propina. Os executivos da OAS já foram condenados por Moro, incluindo o então presidente Léo Pinheiro, penalizado com 16 anos e quatro meses de prisão.

Na 22ª fase da Lava Jato estão sendo apurados, entre outros, crimes como corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Um dos principais alvos desta etapa é a offshore Murray, criada pela empresa Mossack Fonseca no Panamá para supostamente ocultar os verdadeiros donos de um tríplex no Guarujá (SP) no mesmo condomínio em que a OAS reservou um apartamento ao ex-presidente Lula. As atividades da OAS e o estreito relacionamento da empreiteira com próceres do PT, em especial o ex-presidente, estão há tempos na mira da Promotoria de Justiça de São Paulo.

Conforme revelou VEJA, no processo que tramita em São Paulo e não tem relação direta com o escândalo de corrupção da Lava Jato, Lula será denunciado por ocultação de propriedade. A cooperativa habitacional de bancários deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT. A Bancoop quebrou em 2006 e deixou quase 3 000 famílias sem seus imóveis, enquanto petistas graúdos, como Lula, receberam seus apartamentos.

Em abril do ano passado, VEJA revelou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Leo Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, por exemplo.

TRIPLO X - PF SE APROXIMA DE LULA E APURA SE IMÓVEIS SÃO PROPINAS DO PETROLÃO

NOVA ETAPA DA LAVA JATO INVESTIGA CONDOMÍNIO ONDE LULA TERIA APARTAMENTO TRÍPLEX


Diário do Poder

O Ministério Público Federal (MPF) investiga se imóveis no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), foram usados para lavagem de dinheiro e pagamento de propinas no petrolão. De acordo com o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, ‘todos os apartamentos’ do condomínio são alvos da investigação sobre esquema de offshores criadas para remessas ao exterior de propinas relacionadas às fraudes na Petrobras.

Segundo as investigações, familiares do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto podem ter sido beneficiados pela construtora OAS na compra de apartamentos.

“A investigação tem um pé na busca de patrimônio (oculto). Entendemos que todos os apartamentos devam ser investigados. Não estamos focando somente no apartamento da Nelci (Warken) ou eventualmente alguns envolvendo familiares de Vaccari”, disse o procurador nesta quarta-feira, 27.

De acordo com o jornal O Globo, um triplex do condomínio Solaris estaria em reforma para a família do ex-presidente Lula. Segundo o MPF, o caso ainda é investigado.

“Investigamos fatos. Se houver apartamento lá que esteja em seu (de Lula ) nome ou negociado com alguém da sua família, como todos os outros (será investigado). Temos indicativos do uso desses apartamentos para lavagem de dinheiro”, declarou Carlos Lima.

“O empreendimento originariamente era da Bancoop (Cooperativa dos Bancários de São Paulo) e foi assumido pela OAS. Temos indicativos que todos os apartamentos, ou boa parte deles, podem ter sido usados para lavagem de dinheiro oriundo de contratos com estatais. Estamos analisando e aprofundando a investigação”, informou.

O procurador respondeu a uma outra indagação sobre Lula ter declarado à Justiça eleitoral na campanha de 2006, quando reelegeu-se presidente, que sua família possuía um imóvel no condomínio do Guarujá, no valor de R$ 47 mil. “Existe até notícia de jornal que a família do ex-presidente estaria desistindo de exercer o poder de comprar esse imóvel. Estamos analisando essa questão mais a fundo. “Temos indícios de que um tríplex lá (no Solaris) vale R$ 1 milhão ou R$ 1,5 milhão, valor bastante significativo”, ressaltou.

Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente e sua mulher, Marisa, ‘jamais ocultaram que esta possui cota de um empreendimento em Guarujá, adquirida da extinta Bancoop e que foi declarada à Receita Federal’.

PLANTAÇÃO DE LARANJA "TRIPLO X"

Prédio no Guarujá com o triplex do ex-presidente Lula

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, declarou nesta quarta-feira, 27, que ‘todos os apartamentos’ do Condomínio Solaris, no Guarujá, são alvos da investigação sobre esquema de offshores criadas para remessas ao exterior de propinas relacionadas às fraudes na Petrobrás. Entre os imóveis investigados, disse o procurador, estão alguns que podem estar relacionados a familiares do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, como sua mulher, Giselda, e a cunhada, Marice.

“A investigação tem um pé na busca de patrimônio (oculto). Entendemos que todos os apartamentos devam ser investigados. Não estamos focando somente no apartamento da Nelci (Warken) ou eventualmente alguns envolvendo familiares de Vaccari." 

A informação foi confirmada pelo delegado Igor Romário, da Polícia Federal. “Todo o empreendimento está sob investigação.” 

Durante entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, o procurador respondeu a uma pergunta se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja família teria poder de compra de um tríplex no condomínio no litoral paulista, seria também alvo da investigação.

“Investigamos fatos. Se houver apartamento lá que esteja em seu (de Lula ) nome ou negociado com alguém da sua família, como todos os outros (será investigado). Temos indicativos do uso desses apartamentos para lavagem de dinheiro.” 

Carlos Lima anotou que ‘nesse momento’ a apuração aponta para imóveis que seriam de propriedade de familiares de Vaccari.

“O empreendimento originariamente era da Bancoop (Cooperativa dos Bancários de São Paulo) e foi assumido pela OAS. Temos indicativos que todos os apartamentos, ou boa parte deles, podem ter sido usados para lavagem de dinheiro oriundo de contratos com estatais. Estamos analisando e aprofundando a investigação.”

O procurador respondeu a uma outra indagação sobre Lula ter declarado à Justiça eleitoral na campanha de 2006, quando reelegeu-se presidente, que sua família possuía um imóvel no condomínio do Guarujá, no valor de R$ 47 mil. “Existe até notícia de jornal que a família do ex presidente estaria desistindo de exercer o poder de comprar esse imóvel. Estamos analisando essa questão mais a fundo. “Temos indícios de que um tríplex lá (no Solaris) vale R$ 1 milhão ou R$ 1,5 milhão, valor bastante significativo.”

Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente e sua mulher, Marisa, ‘jamais ocultaram que esta possui cota de um empreendimento em Guarujá, adquirida da extinta Bancoop e que foi declarada à Receita Federal’. (Estadão)

RANKING DA CORRUPÇÃO NA ERA PT

A que ponto chegamos! Mas o pior absurdo é que a petralhada está compartilhando essa informação, mas não condenam os corruPTos, garantem que o culpado por esse índice vergonhoso é o "golpe' da oposição. Segundo os critérios dos protagonistas e da militância fanática, a Justiça é a vilã, os bandidos, vítimas.



Sem medidas estruturais para evitar a continuação de subornos e propinas, o Brasil registrou a maior queda no mundo no ranking internacional da corrupção, compilado todos os anos pela Transparência Internacional. A entidade alertou que enquanto não houver uma reforma de fato no País, as punições adotadas contra ex-diretores da Petrobras não serão suficientes para acabar com a corrupção no Brasil e que "novas máfias" podem "se apoderar uma vez mais das estatais".

No informe publicado hoje em Berlim, a ONG coloca o Brasil na 76º posição no ranking de 168 países, uma queda de sete posições em comparação ao ano passado. A classificação avalia a percepção internacional da corrupção a partir de sondagens colhidas por diferentes entidades. A Dinamarca é, segundo o ranking, o país menos corrupto do mundo, sendo a Coreia do Norte e a Somália os piores casos.

O Brasil, segundo a pesquisa, está hoje empatado com Burkina Fasso e Zâmbia, abaixo de El Salvador, Bulgária e África do Sul. Com apenas 38 pontos de 100 possíveis no ranking, o Brasil ficou abaixo da média de pontuação do mundo ou das Américas e perdeu cinco pontos em um ano. A escala de 0 (considerado o mais corrupto) a 100 (considerado o menos corrupto) aponta ainda que o Brasil não atinge nem mesmo a média dos países árabes. 
(...)

LUXUOSA 'ADEGA DIPLOMÁTICA' DO EX-PRESIDENTE



Até a oposição reagiu com espanto à acusação de como Lula teria acumulado a valiosa adega, na reta final do governo: suas viagens ao exterior eram precedidas de telefonemas do Planalto aos embaixadores informando que o então presidente “esperava receber de presente” os vinhos cuja lista era depois enviada. “É o fim da picada”, diz Pauderney Avelino (DEM-AM), que não descarta cobrar explicações do Itamaraty.

Para o senador Alvaro Dias (PV-PR), um dos principais opositores do PT, “é a velha prática de misturar o público e privado”.

“No Brasil, temos milhares de outros bêbados mais honestos do que o Lula”, ironiza Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ). “E ainda posa de santo”.

Caminhão climatizado levou os vinhos, na volta de Lula para São Paulo, em janeiro de 2011. Foram usados 11 caminhões na mudança.

DIPLOMATAS BRASILEIROS ABASTECERAM ADEGA DE LULA
Na reta final do governo, as visitas de Lula ao exterior foram marcadas por ligações do Planalto às embaixadas do Brasil informando que o então presidente “esperava receber de presente” algumas caixas de vinhos especiais, cuja lista era em seguida enviada. Foram usados 11 caminhões da Granero na volta de Lula a São Bernardo (SP), no início de 2011. Um deles, climatizado, levou um espantoso acervo de vinhos.

Embaixadores do Brasil naquela ocasião afirmaram à coluna, pedindo anonimato, que recebiam o “pedido” do Planalto como um ultimato.

CARGA VALIOSA
Lula deixou o Alvorada com 1.403.417 itens em 11 caminhões, mas d. Marisa pediu à Granero “cuidado redobrado” com a adega de Lula

PT "ACENDE UMA VELA" À IDEOLOGIA E OUTRA AO MERCADO

PT RETOMA AS CRÍTICAS À GESTÃO NA ECONOMIA

Rui Falcão diz ter expectativas sobre a definição de algumas diretrizes por parte do governo

Diário do Poder



Integrantes da Executiva Nacional do PT vão retomar nesta terça-feira (26) as cobranças ao governo Dilma Rousseff por medidas para o reaquecimento da economia do País.

Na véspera do encontro, representantes da maior corrente do partido, Construindo um Novo Brasil (CNB), afinaram o tom que deverão apresentar na reunião da cúpula dessa terça-feira (26).

"O partido deve reforçar as críticas de que o governo precisa retomar o processo de crescimento com algumas medidas como acelerar o processo de concessões e principalmente no que tange o programa Minha Casa Minha Vida, que pode gerar emprego e atende aos movimentos sociais que demandam por moradias populares", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que participou do encontro da CNB.

"O governo Dilma deve ter um protagonismo a partir do equacionamento das questões econômicas", ressaltou o ex-ministro Edson Santos (PT-RJ).

BRASIL É UMA DAS PRINCIPAIS ÂNCORAS DO MUNDO



"Se a economia global está sendo arrastada em meio a um cenário de desaceleração da economia chinesa e de outros países em desenvolvimento, o Brasil é uma das principais âncoras deste peso morto". Esta é a avaliação do jornal Washington Post, que destaca que a recessão brasileira está atrapalhando a economia global.

O Washington Post aponta que o Brasil está sendo afetado pela desvalorização das commodities no âmbito internacional. “Mas os problemas do Brasil vão mais longe de que o ciclo de desvalorização das commodities. Por uma década, o país aproveitou o crescimento das exportações para ignorar problemas estruturais. Quando a recessão global bateu, ele se endividou para garantir o crescimento."

"Enquanto isso, a corrupção aflorou'', afirma a publicação. De acordo com a publicação, conseguir sair dessa bagunça vai exigir mais do que a mudança dos políticos e uma recuperação do apetite da China por matérias-primas. O Brasil terá de enfrentar os males fiscais e políticos que, em muitos casos, estão em sua Constituição de 1988, como é o caso da reforma da previdência.

"Os políticos brasileiros, como os famosos jogadores de futebol, são bons em improviso, então é possível que o país consiga manobrar em torno do que parece ser o segundo ano de recessão sem um calote das dívidas. A aposta atual é de que Dilma Rousseff vai sobreviver ao processo de impeachment. Mas as reformas de que o país precisa para voltar a crescer podem estar longe, o que é mais uma má notícia para a economia global'', conclui a publicação.

Vale destacar que, na última sexta-feira, durante reunião do diretório Nacional do PDT, a presidente Dilma Rousseff afirmou ter ficado "estarrecida" com a piora das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira e destacou que o país voltará a crescer. “Estou estarrecida com o relatório do Fundo Monetário Internacional, a gente sabe que o fundo fala muita coisa”, afirmou. Na semana passada, o FMI divulgou relatório com previsões para a economia global.

No caso do Brasil, a entidade aumentou, de 1% para 3,5%, a estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB).

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CONSELHÃO DE ENCARCERADOS

QUE COMPANHIAS...

RENOVADO, PORQUE VÁRIOS MEMBROS ESTÃO PRESOS, CONSELHÃO SE REÚNE NA QUINTA

BUMLAI E EMPREITEIROS, CONSELHEIROS DE DILMA, NÃO VÃO À REUNIÃO



O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, a ser instalado quinta-feira, dia 29, terá nova composição até porque vários dos seus integrantes estão presos, enrolados na Operação Lava Jato.

Impossibilitados de comparecer, os presidentes de empreiteiras, presos em Curitiba ou em prisão domiciliar e usando tornozeleiras eletrônicas, serão representados por dirigentes de instituições que representam o setor, como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

O governo decidiu ressuscitar o Conselhão na expectativa de aproximar a sociedade da presidente Dilma Rousseff, rejeitada em todas as pesquisas de avaliação de desempenho. O Conselhão foi desativado ou jamais exerceu suas funções porque o governo, desde o ex-presidente Lula, nunca o levou muito a sério.

Faziam parte do antigo Conselhão, por exemplo, o presidente da Construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o pecuarista José Carlos Bumlai, ambos presos em Curitiba por determinação do juiz Sergio Moro, que comanda a Lava Jato.

O novo Conselhão, com uma centena de integrantes no grupo, ainda está sendo composto. O Palácio do Planalto aguardadas as respostas aos convites já formulados e outros nem sequer foram encaminhados.

Para tentar conquistar simpatia das pessoas e do meio artístico, o governo decidiu também convidar personagens do mundo artístico, como o ator Wagner Moura e o escritor Fernando Morais.

ZELOTES - QUEM ASSINOU MPS FOI DISPENSADO

Justiça dispensa Lula de novo depoimento na Zelotes

Ex-presidente assinou medidas provisórias que a PF suspeita terem sido compradas


A promotoria investiga a ajuda da OAS a Lula ao reformar apartamento no Guarujá

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, dispensou nesta sexta-feira o ex-presidente Lula de prestar novo depoimento no processo que investiga um esquema de compra de medidas provisórias para beneficiar o setor automotivo. Lula havia sido arrolado como testemunha do lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, um dos presos na Operação Zelotes acusado de ter participado das negociações sobre a edição da MP. No depoimento que já prestou aos investigadores, o petista afirmou que seu filho mais novo, Luís Cláudio Lula da Silva, não o informou de que havia sido contratado por 2,5 milhões de reais por outro lobista, Mauro Marcondes Machado, que está preso junto com a mulher, Cristina Mautoni, suspeito de participação no esquema. Depois dos primeiros esclarecimentos, Lula pediu para ser dispensado de novo depoimento.

O ex-presidente assinou as medidas provisórias 471/2009 e 512/2010, que estão sob suspeita de terem sido compradas no esquema de corrupção que envolve lobistas e montadoras de veículos que se beneficiaram da prorrogação de incentivos fiscais definidas por essas normas. Luís Cláudio Lula da Silva recebeu da Marcondes & Mautoni, consultoria contratada pelas montadoras para fazer o lobby pelas MPs. Os sócios da consultoria já foram denunciados. O filho de Lula prestou depoimento e é alvo de um novo inquérito que investiga sua relação com a empresa de lobby. Perícia da PF identificou que o trabalho que Luís Cláudio diz ter prestado se resume a cópia de material produzido na internet, em especial o site Wikipedia.

COM LULA DISPENSADO, TESTEMUNHAS COMEÇAM A DEPOR

Gilberto Carvalho depôs nesta segunda-feira na 10ª Vara Federal do Distrito Federal

O ex-ministro Gilberto Carvalho chega ao prédio da Justiça Federal para prestar depoimentos como testemunha na Operações Zelotes


O ex-ministro Gilberto Carvalho (PT), investigado na Operação Zelotes, disse nesta segunda-feira em depoimento na 10ª Vara Federal do Distrito Federal que é "absurda" a acusação do Ministério Público Federal, que investiga favorecimento de montadoras de automóveis na elaboração e aprovação de medidas provisórias (MPs) por meio do pagamento de propina a lobistas e agentes públicos. Carvalho foi chefe de gabinete do ex-presidente Lula e secretário-geral no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Segundo investigadores, Gilberto Carvalho foi citado por vários personagens envolvidos no esquema. O nome do ex-ministro aparece em uma agenda do lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS. "As empresas se beneficiaram, mas quem se beneficiou muito mais foi o país. Por isso reputo como absurda essa acusação de que nós trabalhamos vendendo MPs. Tratava-se de uma questão de atender aos interesses do povo e do país, vide as taxas de crescimento que mantivemos nessas regiões até recentemente", disse ao depor como testemunha de defesa do lobista Alexandre Paes dos Santos, um dos réus presos.

Gilberto Carvalho confirmou que o lobista Mauro Marcondes, também preso pela Polícia Federal, frequentou reuniões no Palácio do Planalto, uma delas com o ex-presidente Lula. O ex-ministro afirmou que se lembra de pelo menos três reuniões com Marcondes enquanto esteve no primeiro escalão do governo petista e que faz parte de uma democracia o governo receber demandas da indústria. "O senhor Mauro participou de uma reunião no gabinete com representantes de várias montadoras. Os contatos que eu tive com ele no gabinete eram mais relativos a pessoas, chefes de multinacionais, que ele trazia para falar com o presidente Lula.", declarou. "É comum numa sociedade democrática a presidência se relacionar com representantes de empresas e políticos."

Segundo Carvalho, as MPs faziam parte da política de estímulo à indústria automobilística do ex-presidente Lula e tinham objetivo de descentralizar o desenvolvimento econômico do país e gerar empregos em regiões afetadas pela crise.

O escritório de Marcondes, que representava a associação automobilística Anfavea, é suspeito de ter pago propina a agentes públicos para conseguir a aprovação de MPs no fim do governo Lula. Ele manteve seis contratos suspeitos de serem de fachada com a consultoria LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente. Os investigadores dizem que os contratos de 3,6 milhões de reais são pouco consistentes e podem ter encoberto o pagamento de propina. O ex-ministro disse que não conhece nada sobre os contratos entre o escritório de Marcondes e a consultoria do filho de Lula: "Esse assunto nunca passou por mim".

Carvalho negou ter recebido propina e disse que não manteve relações pessoais ou sociais com Marcondes. Ele afirmou ainda que nunca esteve, nem tomou café com Alexandre Paes dos Santos, outro lobista preso. "Nunca fui objeto de proposta diferenciada. Tem que ter muita maturidade para estar no governo", disse Carvalho. O petista disse que os únicos presentes que ganhou de Mauro Marcondes foram duas bonecas para suas filhas adotivas. Ele também declarou que nunca soube de pagamento de propina da quadrilha para políticos do Congresso, conforme denúncia. O petista disse que não pode ter certeza se os lobistas usavam o nome dele nas negociações. "A coisa mais comum é teu nome ser vendido por aí", disse. "Do ponto de vista do Executivo, coloco minha mão no fogo por todos. Pelo Guido [Mantega], por esse menino [Dyogo Oliveira, secretário-executivo do Ministério da Fazenda] e pelo ex-presidente Lula."

O ex-ministro disse que na tramitação das MPs havia uma série de interesses também dos Estados do Nordeste e que os ex-governadores da Bahia Antônio Carlos Magalhães (DEM) e de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), ambos mortos, articularam politicamente no Congresso para que fábricas de carros se instalassem em seus Estados.

O ex-ministro declarou que, já como secretário-geral da Presidência no governo Dilma, foi procurado novamente por Marcondes. O lobista pedia ajuda para tentar prorrogar a MP 512, que concedeu benefícios fiscais na região Centro Oeste. Foi elaborada uma nova Medida Provisória, 627. "Eu disse que tinha uma outra função no governo, de relação com movimentos sociais, mas que ele fosse na Fazenda."

"Não há dúvida nenhuma de que há politização e de que o presidente Lula virou alvo preferencial. Há um medo de que ele volte em 2018. A Operação Zelotes deveria estar preocupada, sobretudo, com a restituição aos cofres públicos daquelas empresas que fraudaram o Carf. O foco dessa operação está completamente equivocado", disse o ex-ministro. "Eu posso assegurar que, ponto de vista do Executivo, não houve nenhuma negociação, nada que envolvesse recursos escusos em relação às MPs".

domingo, 24 de janeiro de 2016

COISAS QUE O BONNER NÃO DIZ. AFF!

Que tal polemizar um pouquinho e exercitar os neurônios em pleno domingão? Só não vale castigar o fígado, não adianta ter raiva. Tanta idiotice dá pena.
A imagem é o que a petralhada está postando por aí.
Será que os desempregados estão chorando de barriga cheia?
O PT sempre estimulou o ódio contra os patrões, deve ser por isso que destruiu a indústria, persegue o agronegócio e deve achar bacana a onda de demissões, afinal, faz isso pra que todos deixem de ser empregados e virem patrões.

UM OUTRO CHEFÃO DO CRIME, AL CAPONE, SÓ FOI PEGO PELO FISCO



Bolívar Lamounier

Mandar o intocável para a cadeia por causa do tríplex? Nada a opor, crime é crime, não faço distinção.

Mas motivos não faltam.

Ter organizado a compra de votos no Congresso – o mensalão; ou vão dizer que não foi ele, foi o Joãozinho dos Anzóis Pereira?

Ter organizado o assalto à Petrobrás; ah, não foi ele, foi o quadro de São Jorge dependurado na parede?

Ter recebido financiamento espúrio na reeleição de 2006.

Ter imposto uma presidente idiota ao país, vendendo-a como uma tecnocrata superlativa, grande conhecedora da administração pública, de economia e dos problemas do país; ah, não foi de má fé, ele não sabia que ela é o que é? Ou continua achando que ela é o máximo? Vá dizer isso para o 1.5 milhão de pessoas que perderam o emprego em 2015.

Último, mas não menos importante, ter desmoralizado a vida pública brasileira num grau nunca visto, recorrendo sistematicamente à velhacaria e à mentira.

LULA JÁ É TRATADO COMO SUSPEITO EM QUATRO PROCESSOS

Perderam o medo do chefão, já começa a aparecer tudo o que sabemos há mais de uma década. Quem não sabia de nada, a exemplo de Lula, pode se espantar com certas postagens, mas foi duro por anos ver uma Nação idolatrar uma figura tão repugnante.



Josias de Souza

Lula finge não notar, mas sua propalada honestidade já se encontra sob questionamento em pelo menos quatro inquéritos. Num deles, o promotor Cássio Conserino, de São Paulo, avisou que formalizará uma denúncia contra o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. Vai enquadrá-los no crime de lavagem de dinheiro. Acusa-os de ocultar a posse de um apartamento triplex no Guarujá. O imóvel foi reformado pela OAS, uma das empreiteiras enroladas na Lava Jato. “Lula e dona Marisa serão denunciados”, disse o promotor à revista Veja. “Brevemente, eles serão chamados a depor.”

Alheio ao cerco que se fecha à sua volta, Lula ainda cultiva um conceito extraordinário sobre si mesmo. “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu”, autocongratulou-se há quatro dias, numa entrevista com blogueiros. Nessa mesma conversa, estalando de autoridade moral, Lula desafiou: “Duvido que neste país tenha um promotor, um delegado […] que tenha coragem de afirmar que eu tenha me envolvido em qualquer coisa ilícita neste país.”

É como se Lula, trancado em sua autoestima, enxergasse a conjuntura a partir de lentes cor de rosa. O problema é que, afora o processo sobre o apartamento de cobertura no Guarujá, há pelo menos outros três que conspiram contra a ilusão de ótica do cacique petista. Num desses processos, a Polícia Federal apura a suspeita de envolvimento de Lula no loteamento político que deixou a Petrobras vulnerável à pilhagem. Noutro, a PF investiga se Lula está envolvido no caso de venda de medidas provisórias durante sua gestão. Num terceiro, a Procuradoria esquadrinha denúncia de tráfico de influência de Lula em favor de empreiteiras brasileiras que atuam no exterior.

Lula já foi interrogado nos três casos. Em teoria, falou como testemunha. Na prática, foi tratado como suspeito. No inquérito sobre a Lava Jato, conduzido em Brasília pelo delegado federal Josélio Azevedo de Sousa, Lula foi interrogado no mês passado. Compareceu perante o delegado para falar como “informante”, na expressão usada pelo ministro Teori Zavascki, do STF, ao autorizar o interrogatório. Mas o doutor Josélio fez questão de expor as suspeitas que nutre em relação a Lula já no ofício que endereçou ao Supremo.

O delegado anotou: “Na condição de mandatário máximo do país” na época do assalto à Petrobras, Lula “pode ter sido beneficiado pelo esquema, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal.”

Crivado de interrogações sobre o petrolão, Lula tentou manter diante do delegado a fábula do “eu não sabia”. Mas suas contradições denunciaram um depoente em apuros. A certa altura, o doutor Josélio perguntou sobre Renato Duque, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, que está preso no Paraná sob acusação recolher propinas na estatal em nome do PT. Lula disse não ter nada a ver com a nomeação de Duque.

Na versão de Lula, o nome de Duque foi submetido à Casa Civil da Presidência, então chefiada por José Dirceu. “Cabia à Casa Civil receber as indicações partidárias e escolher a pessoa que seria nomeada”, disse. O delegado perguntou se Duque era o homem do PT na diretoria da Petrobras. Lula disse não saber “se foi o PT ou outro partido” que o indicou. Realçou que não conhecia Duque. E quanto a Nestor Cerveró, outro ex-diretor da Petrobras preso? “Foi uma indicação política do PMDB.”

Lula repetiu que não participou do processo de escolha dos diretores da Petrobras. Sustentou que a escolha dos nomes passava pela costura de acordos políticos. Tais acordos “eram feitos normalmente pelo ministro da área, pelo coordenador político do governo e pelo partido interessado na nomeação.” Sem mencionar-lhe o nome, acabou jogando Dilma no caldeirão.

A Petrobras é subordinada ao Ministério de Minas e energia. Na época da nomeação dos diretores corruptos, a ministra “da área” era Dilma. O delegado indagou quem era o coordenador político do governo. Lula respondeu que teve vários. Citou quatro: Tarso Genro, Jaques Wagner, Alexandre Padilha e Aldo Rebelo. Alegou não se lembrar qual deles tratou das nomeações de Renato Duque e de Nestor Cerveró.

Espreme daqui, aperta dali, Lula caiu em contradição. Reconheceu que a palavra final sobre as nomeações era dele. Depois de ter jogado toda a responsabilidade sobre os ombros de Dirceu, explicou que os partidos negociavam suas nomeações com diversos atores —os ministros da área, o coordenador político…— “nao somente com o ministro-chefe da Casa Civil.” E admitiu: “ao final do processo”, o fisiologismo desaguava no gabinete presidencial. Ouvido, Lula “concordava ou não com o nome apresentado”. Alegou que baseava suas escolhas em “critérios técnicos que credenciavam o indicado”. Deu no que deu.

Dias atrás, ao protocolar no STF denúncia contra o deputado Vander Loubet (PT-MS), acusado de receber petropropinas, o procurador-geral da República Rodrigo Janot anotou no texto conclusões que reforçam a linha de investigação do delegado Josélio. Segundo Janot, Lula concedeu ao senador Fernando Collor (PTB-AL) “ascendência'' sobre a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Fez isso em 2009, “em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional''.

Janot soou ácido. Nas sua definição, formou-se na Na BR Distribuidora, sob Lula, “uma organização criminosa preordenada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro''. Collor nomeou dois diretores da estatal. Lula decerto avaliou que o aliado movia-se por patriotismo. Mas Janot informou na petição ao STF que as diretorias ocupadas por seus apaniguados “serviram de base para o pagamento de propina ao parlamentar.'' Além da turma de Collor, Lula acomodou na BR Distribuidoras apadrinhados do PT, também para realizar a coleta de “valores ilícitos”, acusou Janot, numa espécie de aviso sobre o que ainda está por vir na Lava Jato.

Há duas semanas, Lula viu-se compelido a prestar novo depoimento à PF, dessa vez sobre a suposta compra de medidas provisórias por lobistas a serviço de empresas de automóveis. O interrogatório foi constrangedor. Lula foi questionado sobre os R$ 2,5 milhões que seu filho caçula, Luís Claudio Lula da Silva, recebeu do lobista preso Mauro Marcondes, um dos suspeitos de intermediar a comora de MPs. Como de praxe, Lula disse que não sabia de nada.

Lula foi confrontando com o teor de documento apreendido no escritório de Mauro Marcondes. Nele, está escrito: “a MP foi combinada entre o pessoal da Fiat, o presidente Lula e o então governador de Pernambuco Eduardo Campos''. E Lula: “Combinação nesse sentido pejorativo é coisa de bandido. Não ocorreu''. Admitiu, porém, que se reuniu “algumas vezes” com Eduardo Campos e Cledorvino Beline, da Fiat. Alegou que a conversa foi sobre a instalação de fábrica da Fiat em Pernambuco.

A PF mostrou a Lula também minuta de uma carta dirigida a ele pelo lobista Mauro Marcondes em agosto de 2012, já sob Dilma. No documento, o personagem pediu o apoio de Lula para convencer o governo a comprar da empresa sueca Saab caças Gripen para a Força Aéra Brasileira. Lula disse não ter recebido a carta. A despeito da negativa, a PF lhe perguntou se os R$ 2,5 milhões repassados ao seu filho pelo lobista seria uma contrapartida da Saab. “Essa hipótese é um absurdo”, reagiu Lula. Seria, então, pagamento da compra de MPs? “Essa hipótese é outra absurdo”, repetiu Lula.

A Procuradoria da República interrogou Lula como suspeito também no processo que trata do suposto tráfico de influência internacional em favor de empreiteiras que virariam clientes de suas palestras, tornando-o um próspero ex-presidente da República. As mesmas construtoras frequentam os processos da Lava Jato de ponta-cabeça. Seus executivos estão presos.

JORNALISMO MEME

O Antagonista

Depois do jornalismo selfie, aquele que se coloca ao lado de presidentes pessimamente avaliados para fotos sorridentes, o Brasil vê nascer nesse sábado o jornalismo meme, aquele que vira piada ao lado de Dilma.

Ambos fazem parte da mesma categoria, a do jornalismo que pouco se importa com o sofrimento dos milhões de brasileiros desempregados.



sábado, 23 de janeiro de 2016

COISA DE BANDIDO

Antonio Cruz/Agência Brasil

Lula entrega até o próprio filho para se safar. Mais uma vez usa a artimanha de dizer que não sabia de nada,  no caso, que não sabia que seu filho havia sido contratado por R$ 2,5 milhões pelo lobista Mauro Marcondes, preso pela Zelotes no esquema de compras de Medidas Provisórias... assinadas por ele, diga-se.

Leia a análise de O Antagonista:

O depoimento de Lula à Zelotes, prestado em 6 de janeiro, foi obtido pelo Estadão.

Lula disse acreditar que Luleco "tenha procurado Mauro Marcondes para obter patrocínio para seu projeto na área de futebol americano”.

Ele disse também - e é nesse ponto que Lula corre o risco de se danar - que nunca indicou “potenciais clientes ao seu filho, como também ele nunca lhe pediu”.

A PF perguntou a Lula sobre arquivo encontrado no computador da empresa de Marcondes, no qual estava registrado: “A MP foi combinada entre o pessoal da Fiat, o presidente Lula e o govenador Eduardo Campos”.

Lula respondeu: “Combinação desse tipo é coisa de bandido”.

Sim, Lula, é coisa de bandido.

MP DENUNCIA LULA POR MAIS UM CRIME

Ministério público vai denunciar Lula por ocultação de propriedade

Depois de confirmar que ele é dono de um tríplex reformado e mobiliado pela OAS, empreiteira punida no escândalo do petrolão, promotores enquadram o ex-presidente numa das modalidades clássicas do crime de lavagem de dinheiro

Por: Robson Bonin - VEJA



Um truque recorrente na carreira política do ex­-presidente Lula é reescrever a história de modo a exaltar feitos pessoais e varrer pecados para debaixo do tapete. Mas os fatos são teimosos. Quando se pensa que estão enterrados para sempre, eles voltam a andar sobre a terra como zumbis de filmes de terror.

O mensalão, no plano mestre de Lula, deixaria de existir se fosse negado três vezes todas as noites antes de o galo cantar. 

O petrolão, monumental esquema de roubalheira na Petrobras idealizado, organizado e consumado em seu governo - e, segundo testemunhas, com reuniões no próprio gabinete presidencial -, entraria para a história como mais um ardil dos setores conservadores da sociedade para impedir o avanço dos defensores dos pobres. 

Nem o mais cego dos militantes do PT ainda acredita nessas patacoadas que afrontam os fatos.

Sim, os fatos, sempre eles. 

O tríplex de Lula no Guarujá é outro desses fatos que o ex-presidente esperava ver se dissipar no meio do redemoinho. Mas o tríplex está lá com seu elevador privativo e linda vista para o Atlântico, e vai continuar. 

De nada adiantou a pregação de Lula, na semana passada, para seu coro de blogueiros chapa-­branca muito bem remunerados com o dinheiro escasso e suado do pobre povo brasileiro: "Não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Pode ter igual, mas eu duvido". Pode até ser que a alma não veja o que o corpo faz e se entretenha no engano, mas a opinião pública há muito tempo não se ilude mais com essas mandingas autolaudatórias de Lula.

Pelo tríplex que queria manter clandestino, Lula será denunciado pelo Ministério Público por ocultação de propriedade, uma das modalidades clássicas do crime de lavagem de dinheiro. A denúncia contra o ex-presidente decorre da investigação de fraudes em negócios realizados pela Bancoop, cooperativa habitacional de bancários que deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT. 

A Bancoop quebrou em 2006 e deixou quase 3 000 famílias sem seus imóveis, enquanto viam, inermes, petistas estrelados receber seus apartamentos. Em abril do ano passado, VEJA revelou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Léo Pinheiro, seu amigo do peito condenado a dezesseis anos de prisão no petrolão, a empreiteira assumiu a construção de vários prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, aquele mesmo que, até ser preso pela Operação Lava-Jato, comandou a própria Bancoop e a tesouraria do PT. A OAS assumiu também a reforma do tríplex de 297 metros quadrados no Edifício Solaris, de frente para o mar do Guarujá, pertencente ao ex-presidente Lula e a sua esposa, Marisa Letícia.

A OAS desempenhou ainda o papel de "laranja" de Lula, passando-se por dona do tríplex. A manobra foi cuidadosamente apurada pelos promotores do Ministério Público de São Paulo, que trabalham a apenas quinze minutos de carro da sede do Instituto Lula. Durante seis meses, eles se dedicaram a esquadrinhar a relação entre a OAS e o patrimônio imobiliário dos chefes petistas. Concluíram que o tríplex no Guarujá é a evidência material mais visível da rentável parceria de Lula com os empresários corruptores que hoje respondem por seus crimes diante do juiz Sergio Moro, que preside a Operação Lava-Jato. Os promotores ouviram testemunhas e obtiveram recibos e contratos que colocam o ex-presidente na posição de ter de explicar na Justiça as razões pelas quais tentou de todas as maneiras negar ser o dono do tríplex. Para os promotores, as negaças de Lula configuram o crime de lavagem de dinheiro.
(...)

DESGOVERNO PETISTA, COM A ECONOMIA NANICA, ENCOSTA GIGANTES NA PAREDE - PIOR FICA!

PROTECIONISMO CONTINUA MESMO COM DÓLAR ALTO

MINISTRO FALA EM POLÍTICA DE PRODUTIVIDADE, MAS NEGA REDUÇÃO UNILATERAL DE BARREIRAS COMERCIAIS



O governo brasileiro planeja tornar a economia mais eficiente, mas deve manter a política protecionista, com tarifas elevadas, custos altos para quem depende de importação e baixo estímulo à busca de produtividade. Tarifas só serão reduzidas quando houver troca de concessões em novos acordos comerciais, disse na sexta-feira, 22, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em entrevista no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Não haverá, resumiu, corte unilateral de impostos sobre mercadorias importadas.

A única negociação comercial de grande alcance para o Brasil, neste momento, é a do Mercosul com a União Europeia, iniciada nos anos 90 e ainda emperrada. As ofertas do Mercosul, por decisão dos governos brasileiro e argentino, só serão apresentadas quando europeus puserem as suas sobre a mesa.

Embora oficialmente sob reserva, as ofertas do Brasil e de seus sócios do bloco são inferiores, segundo fontes da União Europeia, ao padrão combinado pelos negociadores, cerca de 90% das listas tarifárias.

Nenhum acordo de livre-comércio com parceiros importantes foi assinado por autoridades brasileiras desde a criação do Mercosul, há mais de 20 anos. Sem novos pactos comerciais com parceiros de peso, o governo continuará sem estímulo para tornar a economia mais aberta, a julgar pelas palavras do ministro. A última grande abertura, no começo dos anos 90, forçou ganhos de produtividade - e até de qualidade - na indústria e em segmentos da agricultura.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

ESTRELAS CADENTES FORA DA PROPAGANDA DO PT

Lula, em decadência, e Dilma, no buraco, estarão fora do programa político do PT

Partido teme que novos panelaços aqueçam a luta em favor do impeachment e vai deixar suas duas estrelas cadentes longe da televisão

Por: Reinaldo Azevedo

Lula, o homem mais honesto do mundo, segundo ele próprio, e Dilma, a governanta mais competente do mundo, segundo ela própria, não vão aparecer nos programas políticos do PT. É, crianças… Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas, como se diz lá em Dois Córregos, não é mesmo? Ou, se quiserem que eu escreva de outro modo, escrevo: quem tem Lula e Dilma tem medo!

Que coisa, né? Ainda me lembro de Gilberto Carvalho, com aquela modéstia aparente de coroinha de sacristia, a dizer que o PT era um partido privilegiado mesmo. Segundo ele, a legenda podia contar com um Pelé no banco — o Pelé, bem entendido, era Lula. Pois é… Bastaram cinco anos de governo Dilma para que o craque se revelasse um perna de pau.

E aqui quero que fique clara uma coisa: a dupla Dilma-Mantega fez besteira aos montes. Ali, como é sabido, a arrogância tornava a incompetência ousada, e a incompetência tornava a arrogância satisfeita de si. E o país foi para o buraco. Mas não fizeram isso tudo sozinhos. Dilma levou ao paroxismo problemas que herdou do governo Lula. Quem passou à atual presidente o destrambelhamento fiscal, não se enganem, foi o modelo erigido pelo Apedeuta, que não sabe se vai se candidatar a papa ou a presidente do Íbis, o pior time do mundo.

As inserções do PT, cujo formato ainda não foi definido, segundo a Folha, vão ao ar nos dias 2, 4, 6, 9 e 11 de fevereiro. O programa de 10 minutos está previsto para o dia 23. O conteúdo, consta, ainda vai depender dos humores do país.

E por que as duas maiores estrelas vão ficar fora da propaganda política? Bem, porque cadentes, não é? Eles caem, em vez de subir. O temor é que novos panelaços forneçam a liga necessária para esquentar o clima óbvio de descontentamento.

Não sei se perceberam: até agora, a economia do país só piora. E não há sinais no horizonte de que a coisa vá ser revertida tão cedo. Economistas os mais respeitados começam a prever para este ano uma recessão ainda maior do que a do ano passado. Não se enganem: a aparente calmaria que está por aí, para quem já navegou um pouco neste mundão, é prenúncio de tempestade.

Petistas, hoje, não conseguem ir a um restaurante, como todos sabemos. Não que eu estimule hostilidades. Muito pelo contrário. Mas os companheiros sabem que a censura pública que lhes faz a população tem motivos, não é mesmo? O PT traiu os compromissos que eram seus — e aplica um estelionato eleitoral sem precedentes — e traiu os compromissos que são da civilização: nunca se viu em ação um sistema tão organicamente corrupto como o que aí está.

Restou a Lula o quê? Bem, meus caros, restou a Lula conceder entrevistas para subjornalistas do nariz marrom, proclamar a própria honestidade — uma vez que ela já não é tão facilmente reconhecida — e sair ameaçando geral: “Olhem que eu processo…”. Nem parece aquele antigo líder que subia no palanque, nos tempos da oposição, e vendia a honra alheia por dez tostões. Ao Lula da era do milhão e do bilhão sobrou acenar para os desafetos com o terror jurídico.

Mesmo os críticos mais duros do PT, e pretendo me incluir entre eles, não anteviram um fim tão melancólico e tão patético para o partido que pretendia ser diferente de tudo o que está aí. Em certa medida, foi mesmo! Os “companheiros” resolveram profissionalizar as artes em que outros, antes deles, como Paulo Maluf e Fernando Collor, se mostraram verdadeiros amadores.

O Brasil vai, claro!, sobreviver. Mas vamos pagar muito caro. Infelizmente.

PROPINA PODE SER DE CAÇAS

PF suspeita que pagamento a filho de Lula pode ter relação com caças

Documentos apreendidos em escritório de lobista fazem menção a ação do Instituto Lula para favorecer a sueca Saab

Caça Gripen, da sueca SAABCaça Gripen, da sueca SAAB(Johan Nilsson/AFP/VEJA)

A Polícia Federal suspeita que os pagamentos de 2,5 milhões de reais feitos a um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenham relação não só com a edição de medidas provisórias, mas também com a compra dos caças suecos Gripen, da Saab, pela Força Aérea Brasileira (FAB). Em depoimento prestado à PF e obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo, Lula disse que essas hipóteses são "um absurdo".

Perguntado se os repasses a Luís Cláudio Lula da Silva foram "alguma contraprestação por serviços prestados" pelo ex-presidente "à Saab para que essa viesse a vencer a concorrência para a compra dos caças", Lula disse, conforme registrado na transcrição do depoimento, que "nega veementemente e considera essa hipótese um absurdo, já que nunca teve atuação relacionada a esse assunto".

O delegado Marlon Cajado também quis saber se os valores pagos a Luís Cláudio seriam "em decorrência da elaboração de medidas provisórias por ele, enquanto presidente, ou para influenciar em 'vetos' ou 'não vetos' a emendas em medidas provisórias". Lula afirmou que considera essa hipótese "outro absurdo, uma vez que as medidas provisórias seguiram todo o trâmite regular dentro do Poder Executivo e foram aprovadas pelas duas casas do Congresso Nacional".

A empresa LFT Marketing Esportivo, que pertence a Luís Cláudio Lula da Silva, recebeu pagamentos de 2,5 milhões de reais da Consultoria Marcondes e Mautoni Empreendimentos, do lobista Mauro Marcondes Machado. Ele e a mulher, Cristina Mautoni, estão presos, acusados de operar suposto esquema de pagamento de propina a servidores e autoridades federais para viabilizar medidas provisórias do interesse de montadoras de veículos.

Mauro Marcondes também foi representante do grupo que controla a Saab. Documentos apreendidos pela PF, revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo, indicam que ele também fez gestões junto ao governo federal pela compra dos caças.

Lula foi questionado sobre documentos apreendidos na Marcondes e Mautoni que faziam menção a tratativas com o ex-presidente e o Instituto Lula para favorecer a Saab. Um deles citava uma "solicitação da empresa sueca para que o ex-presidente levasse seu apoio à contratação da Saab para a presidente Dilma (Rousseff)". O ex-presidente disse que "nunca recebeu ou levou esse assunto ao conhecimento da presidente". Lula frisou que "nunca discutiu com Dilma sobre a contratação de caças para a indústria brasileira".

A negociação para a compra dos caças começou no governo Lula e foi concluída na gestão Dilma por 5 bilhões de dólares. Ao fim de seu segundo mandato, em 2010, o ex-presidente declarou que conversaria sobre o assunto com a então presidente eleita. "É uma decisão importante, daquelas que não posso tomar sozinho, faltando um mês e meio para terminar meu mandato, porque é uma decisão do longo prazo". O ex-presidente afirmou que nunca tratou a respeito com Mauro Marcondes.

(VEJA com Estadão Conteúdo)

CONTA OUTRA, LULA

LULA PODE ATÉ SER HONESTO, MAS PRECISA ANTES PARECER HONESTO

Jorge Oliveira

O Lula esqueceu que não basta ser honesto, precisa antes parecer honesto. Quando diz que ninguém no mundo seria mais honesto do que ele, o ex-presidente é candidato fortíssimo ao Zorra Total, o programa de humor da TV Globo.

Mais uma vez, ele reuniu os blogueiros oficiais, os sanguessugas que se sustentam com o dinheiro público, para defender a quadrilha petista e botar panos quentes na crise. Disse, por exemplo que é “pertinente” a carta aberta dos advogados, defensores dos empreiteiros que estão na cadeia. O ex-presidente, com esse apoio, resvala para uma inconfidência. A de que a mensagem passou pelas mãos dos redatores petistas, com pinta de ter sido supervisionada pelo presidente do partido, Rui Falcão, antes de chegar aos jornais.

Não vamos aqui chover no molhado: repetir que o ex-presidente passa hoje o seu tempo em interrogatórios na Polícia Federal que suspeita da sua forte ligação com a quadrilha que aniquilou a Petrobrás. Pelo que se sabe, nenhuma pessoa que se diz honesta é intimada pela polícia se não for para esclarecer algum tipo de crime. Nenhuma pessoa que se diz honesta é citada várias vezes por delatores como cúmplice do roubo que secou os cofres da maior estatal de petróleo do país. E nem vive às turras com a imprensa para provar que é inocente se não tiver contra ela nenhum tipo de acusação.

As palavras do Lula nas coletivas, mesmo as mais grosseiras e exóticas, antes tidas como inteligentes e sábias pela imprensa bajulativa e servil, hoje soam como expressões rasteiras, desconfortantes aos ouvidos de quem as ouvem. Parte da imprensa teve que se curvar aos fatos e, para não enganar seus leitores, noticiar o que a população sabe pelos agentes federais e os procuradores públicos: a participação do ex-presidente nas tramoias do maior escândalo da história do país. Nunca, no Brasil, um governo e um partido se envolveram tanto em roubalheira como agora.

Mas o governo ainda tem muita munição para tentar abafar o escândalo. Como não conseguiu neutralizar as informações com seus blogueiros assalariados, nos últimos dias ele fez mais duas tentativas. A primeira é deixar a Polícia Federal a pão e água cortando o orçamento do órgão para frear as investigações. As viaturas da PF ameaçam ficar no pátio por falta de combustíveis. E a outra, mais recente, é a carta aberta dos advogados como uma forma de constranger o Ministério Público e ameaçar o STF, responsável, na última instância, pelo julgamento final dos petistas criminosos.

Essas estripulias visam, sobretudo, chamar a atenção do povo para injustiças com seus militantes. Ora, como injustiça? A Operação Lava Jato, conduzida brilhantemente pelo juiz Sergio Moro, já devolveu aos cofres públicos quase 2 bilhões de reais e outros bilhões estão a caminho, dinheiro surrupiado das estatais brasileiras. Muitos empresários meliantes, diretores de estatais e militantes do PT estão na cadeia, condenados, com provas, por formação de quadrilha.

O que essas pessoas têm em comum entre elas: a amizade com o ex-presidente Lula, de quem foram auxiliares ou até mesmo conselheiros como é o caso de Zé Dirceu, que mofa na cadeia, na companhia de dois tesoureiros do PT. E diante desses fatos, como o Lula pode bater nos peitos e dizer de alto e bom som que é o cara mais honesto do mundo?

Precisa parecer honesto, companheiro Lula, se não parece piada.

Conta outra...