“Estamos em uma nova fase que sucedeu o boom das commodities. E o Brasil está se ajustando a esse cenário internacional”, disse o ministro.
Barbosa ressaltou que a economia brasileira se beneficiou muito dos altos preços das commodities na última década, mas que vem em movimento oposto nos últimos anos. Esses recursos, afirmou, foram usados para financiar um aumento da rede de proteção social do país. “Isso reduziu a desigualdade no Brasil e contribuiu muito para um ciclo virtuoso de redução da pobreza”, disse.
Questionado se o Brasil deve viver mais um ano difícil, Barbosa se disse otimista, mas apontou que a economia brasileira precisa ser preparada para a nova fase da economia global, e que isso “requer algumas mudanças estruturais”.
“Estamos no meio disso, e também somos uma democracia avançada, então essas mudanças estruturais precisam ser discutidas. Esse processo está acontecendo, e estou confiante de que vamos superar esse período de transição”.
Perguntado sobre o papel do Brasil para a volta do crescimento da América do Sul, Barbosa destacou que a retomada econômica exige aumento dos investimentos. “O Brasil tem uma baixa taxa de investimento comparada a outras economias emergentes, e nossa principal tarefa é aumentar nosso investimento, o que requer não apenas mais estabilidade macroeconômica, mas, especialmente, um papel mais ativo do governo para coordenar os projetos de investimento e incrementar a integração regional”, completou.
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