Por: Robson Bonin - VEJA
A famosa reforma no tríplex do ex-presidente Lula no Guarujá, custeada pela empreiteira OAS, não foi a única obra vistoriada pessoalmente pela ex-primeira-dama Marisa Letícia. Investigando a troca de favores que envolve empreiteiros do petrolão e o ex-presidente Lula, o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, colheu elementos de que a reconstrução das instalações do sítio de Atibaia também foi supervisionada de perto por dona Marisa.
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A informação consta de um depoimento que os investigadores mantêm em sigilo. Segundo o relato, a ex-primeira-dama cobrava celeridade nas obras de reforma do sítio. No início, o responsável pelo trabalho era o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, preso na Operação Lava Jato. O cronograma, porém, não evoluía. Dona Marisa queria tudo pronto no final de 2011, antes do Natal. Foi quando a OAS se apresentou para concluir o serviço.
A testemunha revelou que Bumlai ficou muito nervoso com o atraso: "Em determinado momento da reforma, José Carlos Bumlai ligou agressivamente ao depoente reclamando que a obra não progredia [...] Bumlai disse, no momento de ira ao telefone, que quem ocuparia o espaço na reforma seria a OAS".
O ingresso da OAS na empreitada foi relatado à ex-primeira-dama pelo arquiteto Igenes Irigaray, supervisor dos trabalhos: "A mulher de Lula, dona Marisa Letícia, visitou o sítio e soube dessa informação (mudança de empresa) por intermédio de Igenes".
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