Política brasileira é sinônimo de como andam quais investigações, como a que está relacionada à Operação Zelotes, que trata da suposta compra de medidas provisórias e envolve personagens de vários governos, incluindo o próprio ex-presidente Lula.
É um novo inquérito. A Polícia Federal vai investigar se outros funcionários públicos, além de dois que já foram denunciados, também participaram do suposto esquema de venda de medidas provisórias que beneficiaram montadoras.
Entre os investigados, está o ex-presidente Lula, que já tinha prestado depoimento em janeiro, mas ele foi ouvido como informante. Agora muda de figura. A Polícia Federal quer saber se ele participou desse suposto esquema.
Duas medidas provisórias suspeitas foram editadas no governo Lula e uma na gestão Dilma. O Ministério Público Federal já antecipou que vai dar parecer favorável ao inquérito. Quem está questionando são os advogados dos investigados.
O delegado Marlon Cajado explicou ao juiz federal, Vallisney de Souza Oliveira, que o novo inquérito é para saber se os servidores públicos foram corrompidos e estariam associados a essa organização criminosa ou se estaria vendendo "fumaça", um blefe, vitimando essas pessoas, e cita o ex-presidente Lula, a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, Dyogo Oliveira, que é secretário-executivo do ministério da fazenda, e o ex-ministro Gilberto Carvalho.
Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, contesta a conduta do delegado Marlon Cajado e diz que não há nenhum elemento que justifique a mudança do tratamento ao ex-presidente, que já tinha sido ouvido como informante, sem a possibilidade de garantias constitucionais próprias dos investigados.O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, disse que não há nenhuma acusação contra ele e que participou no processo apenas como testemunha.
A defesa da ex-ministra Erenice Guerra disse que ela já prestou depoimento sobre o caso e que não tinha atuação sobre as questões tratadas nas medidas provisórias.
O ex-ministro Gilberto Carvalho disse que também já prestou depoimento no caso.
TSE APURA CRIMES ELEITORAIS DA CHAPA DE DILMA
O Tribunal Superior Eleitoral investiga possíveis crimes eleitorais na campanha da chapa PT-PMDB em 2014, e na quinta (4) deu sete dias à presidente Dilma Rousseff para se defender.
A presidente Dilma e o vice-presidente Michel Temer foram notificados. Essa ação no TSE foi proposta pelo PSDB. O partido pede a cassação da chapa que venceu as eleições em 2014.
Os tucanos alegam entre outras coisas que houve abuso de poder político e econômico e uso de dinheiro desviado da petrobrás na campanha petista. Ainda falta, nesse processo, apresentação das defesas, análises de provas e depoimentos.
A presidente Dilma também apresentou, por escrito, esclarecimentos à Polícia Federal sobre a Operação Zelotes. Ela afirmou que não tem nenhuma informação sobre o que está sendo investigado na Zelotes. A presidente foi indicada como testemunha por um dos investigados.
(Jornal da Globo)
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