O deputado tucano Carlos Sampaio (SP), vice-presidente do PSDB e coordenador jurídico do partido, discordou do pedido do Ministério Público de São Paulo de prisão preventiva do ex-presidente Lula. Para Sampaio, os promotores foram precipitados. "Com os elementos que eu detenho até agora, não havia razão para o pedido de prisão junto com a denúncia", disse o opositor.
Segundo a coluna Radar, a oposição considerou a decisão dos promotores um "tiro no pé". Eles acham que o pedido é frágil e pode não ser acatado, o que dá discurso para Lula se vitimizar.
Os promotores acusam Lula de atentar contra a ordem pública ao desrespeitar as instituições que compõem o sistema de Justiça. O Ministério Público alega que, se não for preso, Lula poderia fugir facilmente, além de inflamar a militância para blindá-lo de qualquer investigação.
O deputado tucano questionou a justificativa do MP de São Paulo. "Os elementos não me levam a crer que ele [Lula] está conturbando a instrução criminal, que ele está interferindo no processo penal", afirmou Sampaio, que também é promotor de Justiça do Estado de São Paulo.
Governistas - Os deputados governistas manifestaram indignação com a iniciativa do MP paulista. No Twitter, o vice-líder do governo na Câmara, Paulo Teixeira (PT-SP), disse que o pedido não tem base legal e foi uma "medida política às vésperas das manifestações" de 13 de março. "O momento pede responsabilidade", afirmou.
Para o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), o pedido de prisão é um ato de "leviandade jurídica". "Considero inaceitável que uma iniciativa dessa importância seja tomada sem qualquer fundamentação, revelando o engajamento político antes especulado, mas agora evidenciado."
(Com Agência Brasil)
*
O que seria, então, os seguintes acontecimentos senão elementos que extrapolam o mais que suficiente para conturbar a instrução criminal e interferir no processo penal?
Nenhum comentário:
Postar um comentário