domingo, 31 de julho de 2016

A RUA É NOSSA, DO BRASIL VERDE E AMARELO

FRACASSA MANIFESTAÇÃO PETISTA, O BRASIL É VERDE E AMARELO

Imprensa Viva



EU FUI DE GRAÇA

"A convocação do PT e do líder do MST, João Pedro Stédile para que militantes participassem das manifestação em todo o Brasil fracassou. Envergonhados pelo fato de Lula ter se tornado réu na Lava Jato, os petistas resolveram ficar em casa na maior parte do país. O próprio Lula, que prometia participar do ato no largo da Batata, em Pinheiros, na capital paulista, desistiu de comparecer e preferiu ficar em casa, reunido com seus advogados.

A Frente Povo Sem Medo, formada por entidades como MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e CUT (Central Única dos Trabalhadores), além de partidos como PT e PC do B, chegou a convocar atos mais tímidos para este domingo apenas no Rio, Fortaleza, João Pessoa, Curitiba, Goiânia, Recife, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. Todos os atos fracassaram.

Em Goiânia, o ato foi coordenado pela Frente Povo Sem Medo, movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos reuniu apenas 500 pessoas, segundo a organização. Em todo o Brasil, a frente conseguiu mobilizar cerca de 3 mil pessoas a favor da presidente afastada Dilma Rousseff e contra o presidente interino Miechel Temer. O líder do MTST, Guilherme Boulos, ainda nutre a esperança de que irá conseguir atrair um número razoável de manifestantes para o ato em São Paulo, que terá a concentração no largo da Batata, em Pinheiros. Vários ônibus foram alugados para trazer manifestantes de regiões da periferia de São Paulo. Até as primeiras horas da tarde deste domingo, poucos demonstraram interesse em participar do ato, apesar da remuneração de até R$ 100 por pessoa."

sábado, 30 de julho de 2016

ARMAGEDOM BRASILEIRO

Jose Danon

Está muito difícil para os bandidos tradicionais do nosso mundo político, enredados pela operação Lava Jato e ações similares, entenderem o que está acontecendo. Estão pasmados e assustados.
Surpreendentemente, as costumeiras artimanhas diversivas dessas criaturas como negar enfaticamente as maracutaias, alegar desconhecimento de pessoas ou fatos comprometedores, jurar a “estrita obediência aos ditames legais” de suas ações ou explodir em frente as câmeras o indignado protesto contra as manobras de adversários políticos cujo único objetivo seria o de denegrir sua honra, estranhamente, já não funcionam como há pouquíssimo tempo era de se esperar.

Algo muito estranho está acontecendo.

Senadores portando tornozeleira eletrônica após terem sido encarcerados, bilionários donos de empreiteiras mofando em jaulas, ricos empresários, marqueteiros sorridentes, madames debochadas mascadoras de chicletes, balzaquianas emplumadas, dezenas de políticos influentes, ministros, ex-ministros, presidentes, ex-presidentes, suas mulheres e filhos... todos de joelhos aguardando o momento de prestar contas aqui na terra, nessa vida, e muito em breve. E o mais espantoso: aqui mesmo no Brasil!

Absurdo. Algo impensável há poucos anos.

Num país contaminado pela corrupção sistêmica como o nosso, a preocupação dos bandidos com a camuflagem dos malfeitos e com a possibilidade de ter que prestar contas por suas ações nunca foi muito grande.
Mas após 13 anos de um governo federal usurpado por uma organização criminosa a coordenar a delapidação do que nos restava do patrimônio nacional, a sensação de garantia de impunidade propiciada pela cumplicidade e pelo respaldo oficial da corrupção, aparentemente, se disseminou. Essa aparente sensação de um laissez faire sem consequências, levou os marginais a baixarem a guarda.

O que vemos com mui grata surpresa ocorrer no Brasil no âmbito da Lava Jato e operações similares, nada mais é do que a luta desigual – finalmente a nosso favor – entre profissionais patriotas, honrados e bem treinados, operando mecanismos modernos de combate à corrupção, batalhando com benvinda eficiência contra um bando de delinquentes. De delinquentes insuficientemente preparados para seus objetivos, excessivamente confiantes na enganosa proteção conferida pela perpetuidade de nossos piores costumes, de nossos “jeitinhos” e de nossas perversa tradição de passiva conivência com a corrupção.

O Brasil prova que possui um sistema imunológico capaz de curar suas próprias feridas. Basta que o povo não tome o partido do vírus.

OS SERGIOS MOROS JÁ SÃO MUITOS

O juiz de Brasília que transformou Lula em réu confirma que o exemplo de Sérgio Moro se alastra pelo Brasil

O ex-presidente que sonhava com a secretaria-geral da ONU agora se contenta com a ajuda da entidade para escapar da Operação Lava Jato

Por: Augusto Nunes 

Às vésperas do encerramento do segundo mandato, Lula imaginava que em 31 de dezembro de 2010, ao despedir-se do Planalto, encontraria no fim da rampa um grupo de dignatários estrangeiros incumbidos de convidá-lo a assumir o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas, com a aprovação unânime dos países que compõem a entidade. Depois de ter resolvido todos os problemas pendentes desde 1500, sobretudo os insolúveis, o inventor do Brasil Maravilha não poderia recusar-se a consertar o resto do mundo.

Como o prêmio Nobel da Paz, a promoção oficial ao posto de Conselheiro do Planeta e tantos outros devaneios delirantes, o secretário-geral que não se expressa corretamente em nenhum idioma, começando pelo português, nunca existiu fora da cabeça baldia do ex-presidente. Nesta quinta-feira, representado por seus advogados, Lula voltou à ONU. Não para salvá-la, como ocorreria há seis anos, mas para salvar-se da cadeia, livrar-se do juiz Sérgio Moro e escapar da cada vez mais provável temporada na República de Curitiba.

Os doutores argumentam que “falta imparcialidade a Sérgio Moro” para julgar o cliente enredado numa teia de delinquências. Pelo teor da petição encaminhada ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, o campeão nacional de honestidade nada fez de errado. Quem necessita de enquadramento é o magistrado que, com o apoio da Polícia Federal e da força-tarefa de procuradores, vem mostrando como se faz para ensinar que todos são iguais perante a lei a gente que se achava condenada à perpétua impunidade.

Lula deu azar. Também na quinta-feira, o juiz federal Ricardo Leite, de Brasília, aceitou a denúncia do Ministério Público segundo a qual Lula comandou um atrevido esquema montado para sabotar a Operação Lava Jato e, portanto, deve ser julgado por obstrução da Justiça. Pela primeira vez, o ex-presidente que tudo sabe e faz de conta que nada vê se tornou réu numa ação penal. O que dirão agora os advogados do acusado? Remeter outra petição à ONU alegando que também Ricardo Leite sofre de falta de imparcialidade?

Lula sabe que é perseguido não por Sérgio Moro, mas pelo Código Penal. Logo aprenderá que, no Brasil redesenhado pela Lava Jato, não estaria a salvo mesmo se conseguisse escapar do juiz que hoje é um símbolo do combate à corrupção. O exemplo de Curitiba vai se alastrando pelo país. Já são muitos os Sérgios Moros espalhados pelos tribunais do Brasil. Lula acabou de descobrir que um deles se chama Ricardo Leite.

Assista ao vídeo clicando AQUI.

GRANDE SERRA! CABIDE DE PETISTAS É EXTINTO

MINISTRO JOSÉ SERRA EXTINGUE ‘CABIDE’ DE PETISTAS NO ITAMARATY


O ministro José Serra (Relações Exteriores) tomou a decisão há muito reclamada pelos diplomatas: extinguiu uma tal Coordenação-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome, cabide de militantes petistas que sempre desafiou a autoridade dos chanceleres. O órgão foi aparelhado e chefiado, de 2011 a 2016, por um Milton Rondó, petista que no impeachment usou o cargo para difundir mentiras sobre o País. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Criada em 2003 pelo então presidente Lula, essa coordenação sempre fez política em nome do PT e com atuação irrelevante na área.

Rondó teve a ousadia de enviar circular, sem autorização, instruindo embaixadas e consulados a divulgar a lorota do “golpe” mundo afora.

Petista de Campinas, Rondó se ligou a Gilberto Carvalho, ex-ministro de Lula e Dilma citado em vários investigações de irregularidades.

Comissão criada há um mês no Itamaraty investiga eventual dano aos cofres públicos na época de Milton Rondó na tal coordenação.

Leia mais na coluna do jornalista Claudio Humberto.

FINALMENTE LULA VIRA RÉU NA LAVA JATO

LULA, DELCÍDIO, BUMLAI E OUTROS 4 VIRAM RÉUS POR TENTAR 'MELAR' A LAVA JATO

LAVA JATO: SÃO SUSPEITOS DE TENTAR COMPRAR SILÊNCIO DE DELATOR



O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, aceitou nesta sexta-feira, 29, denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) contra o ex-presidente Lula, o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro Andre Esteves, o advogado Edson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai.

Agora réus, eles são acusados pelo crime de obstrução das investigações da Operação Lava Jato por tentarem impedir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de assinar acordo de delação premiada.

A denúncia foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no começo deste ano, mas o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na Corte, determinou que fosse enviada para a Justiça Federal de Brasília depois que Delcídio foi cassado no Senado e perdeu o foro privilegiado.

O MP informou que os detalhes do aditamento da denúncia não serão divulgados em razão do sigilo, mas esclareceu que o procurador pediu o fim do sigilo no caso.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

POR QUE LULA FOI À ONU CONTRA A JUSTIÇA BRASILEIRA



Ricardo Noblat


Ou Lula acha que vive numa republiqueta de banana onde a Justiça não passa de uma farsa, ou então seu medo de ser preso e condenado é tão grande, sua situação é tão desesperadora que ele perdeu a completa noção do ridículo, se é que a teve algum dia.

Há uma terceira alternativa e uma quarta que podem explicar o gesto de Lula de pedir socorro ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). A terceira: ele quer constranger a Justiça brasileira. A quarta: ele prepara sua fuga.

Lula sabe que não vive numa republiqueta de banana. Presidiu-a por oito anos, fez sua sucessora e a reelegeu. As leis de que se valeu para isso continuam em vigor. Por desrespeitar algumas, ele pode acabar preso. Por desrespeitar outras, Dilma foi afastada.

O Natal não mudou. Lula foi que mudou. Elegeu-se pela primeira vez depois de denunciar a existência de 300 picaretas no Congresso. Governou com eles. Estimulou o seu apetite. No mínimo, fez vistas grossas à corrupção. Deu no que deu.

Imaginou voltar à presidência da República depois de um intervalo de quatro anos. Ao ver-se acuado pela Lava-Jato, empenhou-se em obstruir a Justiça. Disso são provas cabais várias de suas conversas grampeadas. Não deu certo.

É remota a possibilidade de que a Justiça, agora, se atemorize com as suas manobras. Como é remota a possibilidade de a ONU, por falta de cabimento, socorrê-lo metendo-se em assuntos internos de um país soberano e democrata.

Lula tenta preparar o caminho de sua fuga. Se preso e condenado, quer passar de um reles criminoso a perseguido político. Caso não suporte viver anos atrás das grades, poderá pedir asilo a algum país. Sempre haverá um disposto a acolhê-lo.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

CARLOS VELLOSO: "LULA NÃO TEM GRANDEZA"



Carlos Velloso, ex-presidente do STF, resumiu ao Antagonista o que pensa sobre a presepada internacional de Lula:

"Típico de pessoas que não têm sentido de grandeza e de estadismo e não se preocupam em desmoralizar o seu país em órgãos internacionais."

Velloso avalia que Lula seguiu à risca o conselho que deve ter recebido, ainda em Pernambuco, de "reclamar ao bispo" quando contrariado.

"Ele realmente levou a sério e foi reclamar 'ao bispo'", disse o ex-ministro, ainda sem acreditar na atitude do ex-presidente. "Infelizmente, é de um despreparo sem tamanho. E foi em razão desse despreparo que o país está nesta situação: foram 13 anos de cabeçadas."

ARQUITETO DA OAS RELATA ENCONTRO COM LULA

Arquiteto da OAS sobre encontro com Lula: Cachaça e 15 cervejas

Em mensagens, ele relatou clima animado do encontro que teve com o ex-presidente e Léo Pinheiro para tratar da reforma da cozinha do sítio em Atibaia

Por Eduardo Gonçalves - VEJA

Ex-presidente Lula aparece em Imagem extraída de uma mídia apreendida com Paulo Gordiiho com data de modificação (registrada no arquivo) de 09/02/2014 (Reprodução)

Mensagens encontradas no celular do arquiteto da OAS Paulo Gordilho revelam que o encontro que ele teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o então chefe da OAS Léo Pinheiro no sítio de Atibaia (SP) foi bastante descontraído. “Bebemos eu e ele uma garrafa de cachaça da boa Havana mineira e umas 15 cervejas”, detalhou o arquiteto sobre a reunião a um amigo no WhatsApp. A princípio, o encontro tinha como objetivo “dirimir dúvidas do casal Lula” em relação à reforma que seria feita na cozinha gourmet da chácara.

Pela troca de mensagens, Gordilho não saiu sóbrio do encontro. “Cheguei aqui cambaleando”, comentou ele, já justificando que não estava dirigindo. Em seguida, afirmou que ficou de se encontrar com dona Marisa Letícia, mulher de Lula, na semana para “tirar umas ideias dela”. “Ele disse: companheiro, a Marisa já gosta se [sic] uma gambiarra”, completou.

Ao falar sobre o encontro que teve com Lula, Gordilho pediu antes de tudo “sigilo absoluto”. Depois, passou a contar animadamente sua história. Explicou que Lula e dona Marisa não estavam se entendendo sobre a reforma e que fora convocado ao sítio porque Léo Pinheiro fez propaganda sua ao homem (no caso, Lula). “Disse ao homem que eu era o melhor arquiteto e engenheiro da empresa”. “Vixe já to me borrando todo [sic]”, comentou.

As mensagens foram anexadas ao inquérito que tramita contra Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob os cuidados do juiz Sergio Moro. O ex-presidente é investigado pela suspeita de ter recebido presentes das construtoras OAS e Odebrecht em troca de contratos obtidos da Petrobras. As duas empreiteiras realizaram obras no sítio Santa Bárbara, do qual Lula nega ser o proprietário, mas admite ser frequentador assíduo.

LULA E MARISA ORIENTARAM REFORMA EM COZINHA GOURMET DO SÍTIO DE ATIBAIA

SEGUNDO PF, OBRA DA COZINHA GOURMET DO SÍTIO FOI ACOMPANHADA POR LULA E MARISA E CUSTOU R$252 MIL



A cozinha gourmet do sítio de Atibaia, aquele que o ex-presidente Lula agora diz que não é dele, custou R$ 252 mil, informa o laudo da Polícia Federal na Operação Lava Jato. Os equipamentos foram instalados em 2014. A execução da obra, diz o documento, ‘foi acompanhada por arquiteto da empreiteira OAS, sr. Paulo Gordilho, e, segundo suas comunicações, com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa’.

No capítulo ‘conclusões’ o laudo informa que em agosto de 2010, mediante contrato particular de compra e venda, o sítio Santa Bárbara foi vendido a Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho "para uso da família do sr. Luiz Inácio Lula da Silva".

Fernando é filho do sindicalista Jacob Bittar, amigo de Lula. O outro comprador do sítio, Jonas Suassuna, é amigo do filho mais velho do ex-presidente.

O laudo diz que Fernando Bittar não teria rendimentos suficientes para bancar os custos da compra e reforma do Santa Bárbara, no total de R$ 1,7 milhão. (Com informações da agência Estado)

"MEXIDAS" DE LULA E AS FRAUDES NO CARF

Lula e o PT podem estar por trás de fraude de R$ 19 bilhões na Receita Federal

Notícias de Política


O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) é um órgão do Ministério da Fazenda responsável por analisar em segunda instância as autuações promovidas pela Receita criado durante o governo Lula. A Polícia Federal descobriu um esquema de fraudes envolvendo a participação de pelo menos 70 empresas. Estima-se que os prejuízos aos cofres públicos alcancem a extraordinária cifra de R$ 19 bilhões.

Conforme as investigações, empresários eram procurados por ex-conselheiros do Carf e consultores que ofereciam o esquema de corrupção. A propina variava entre 1% e 10% do débito e era paga a pequenos escritórios de advocacia tributária, com os quais eram firmados contratos de honorários falsos para justificar os repasses. A PF identificou contratos de até R$ 60 milhões.

A ação, batizada de Operação Zelotes, que significa “falso cuidado”, já conseguiu recuperar cerca de R$ 2 milhões em dinheiro em três endereços de Brasília e São Paulo. R$ 800 mil estavam na casa de Leonardo Manzan, genro do ex-secretário da Receita Otacílio Cartaxo e um dos ex-conselheiros do Carf investigados.


R$ 800 mil encontrados na casa de Leonardo Manzan,
genro do ex-secretário da Receita Otacílio Cartaxo

Otacílio Cartaxo é um velho amigo do PT e estaria envolvido na violação do segredo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato de oposição José Serra nas eleições de 2010. Na ocasião, o comando da Receita Federal suspeitou de fraude na violação do sigilo fiscal da filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, mas mesmo assim montou uma operação para abafar o escândalo e evitar impacto político na campanha de Dilma Rousseff (PT).

Tudo teria começado com a unificação do órgão promovida pelo PT. A atual estrutura do Carf foi instituída em 2009, após aprovação da Medida Provisória 449 e a edição da portaria assinada pelo então ministro Guido Mantega, que modificou um sistema que funcionava perfeitamente desde 30 de outubro de 1964, quando contava com três Conselhos de Contribuintes.

Com a edição da Medida Provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008 (convertida na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009), foi criado o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF. Sua instalação ocorreu em 19 de fevereiro de 2008, com a edição da Portaria MF nº 41, de 17 de fevereiro de 2009 (publicado no DOU de 19/02/2009), por ato do Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Fazenda. O CARF resultou da unficação da estrutura administrativas do Primeiro, Segundo e Terceiro Conselho de Contribuintes em um único órgão.

A “mexida” do PT na estrutura de fiscalização teria criado vulnerabilidades e permitido que empresas e agentes públicos montassem uma verdadeira operação de fraudes e desvios. A PF não divulgou nomes dos investigados e por enquanto ainda é difícil determinar a rota do dinheiro sujo ou quanto teria ido parar nos cofres do partido.

O delegado Marlon Cajado da Polícia Federal ,responsável pelas investigações, informou que até o momento foram identificados “indícios veementes” de manipulação de cinco julgamentos, já finalizados, em que o Estado foi lesado em quase R$ 6 bilhões.

Segundo o procurador Frederico Paiva, “O Carf de hoje é totalmente suscetível à corrupção. Esse modelo atualmente vigente propicia a corrupção”.

“O sistema é naturalmente falho, tem que ser mudado e esperamos que o Ministério da Fazenda tome as providências. Neste momento de ajuste fiscal, em que se busca receitas, o Carf é um grande escoadouro de recursos públicos. Isso é de conhecimento público, pelo menos dos grandes escritórios de advocacia”, acrescentou o procurador que atua na Operação Zelotes.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

QUANDO O BRAHMA SERÁ PRESO?

Descoberta de conta de Lula no exterior confirma relato de Marcos Valério. 
Quando o Brahma será preso?

Por: Felipe Moura Brasil 


A Polícia Federal descobriu uma conta associada a Lula no exterior.

Segundo a Época, ela é identificada pelo número 01-00685-000, no banco francês Crédit Lyonnais, atual Crédit Agricole.

Essa conta foi especificamente citada em setembro de 2012 por Marcos Valério, quando ele falou ao Ministério Público Federal sobre contas no exterior destinadas a saldar dívidas da campanha eleitoral de Lula naquele ano.

Segundo o publicitário mineiro condenado a 37 anos de cadeia pelo mensalão, a conta do Crédit “movimentou 7 milhões de reais e envolvia o próprio Lula, Antonio Palocci e Miguel Horta e Costa, da Portugal Telecom”.

A partir da denúncia, a PF instaurou o inquérito sigiloso 0431/2013 e, em investigação conjunta com autoridades internacionais, descobriu que a conta efetivamente existe.

Naquele depoimento, Marcos Valério também disse que o PT desviou 6 milhões de reais da Petrobras para calar a boca de um empresário que ameaçava contar a participação de Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.

A CPI da Petrobras, segundo a VEJA, quer convocar Marcos Valério para depor (e, quem sabe, esclarecer o quanto apanhou na prisão). Eu já separei a pipoca.

Quando o Brahma será preso?

domingo, 24 de julho de 2016

ESQUEMA DE LULA PARA OBSTRUIR A LAVA JATO

Lula atuou para interferir no trabalho do Judiciário, diz MPF

Ligações telefônicas, extratos bancários e e-mails revelam que o ex-presidente comandou um esquema para obstruir a Operação Lava-Jato

Por Thiago Bronzatto (VEJA)


ESPELHO MEU - Investigado, o ex-presidente continua repetindo que não existe ninguém mais honesto do que ele (Luiz Maximiano/VEJA)

Em 25 de novembro de 2015, por volta das 6 horas da manhã, a Polícia Federal chegou ao hotel Royal Tulip, em Brasília, para cumprir uma ordem de prisão. Antes que os agentes dissessem qualquer coisa, um dos recepcionistas informou: “O quarto do presidente Lula é por ali”. O alvo, porém, era outro. O senador petista Delcídio do Amaral ainda dormia quando os policiais anunciaram que ele estava preso por participar de um complô para sabotar a Operação Lava-Jato. O resto da história é conhecido: preso, Delcídio fez acordo de delação e contou que, ao oferecer dinheiro para silenciar uma testemunha sobre o papel do PT na corrupção da Petrobras, estava a mando do ex-presidente Lula.

Na semana passada, o Ministério Público Federal reforçou a denúncia contra Lula e outras seis pessoas pela tentativa de obstruir a Justiça, crime cuja pena máxima chega a oito anos de prisão. Apontado como chefe da trama, o ex-­presidente, segundo os investigadores, “impeliu a adoção de medidas para a compra do silêncio de Nestor Cerveró”, ex-diretor da Petrobras envolvido no escândalo. A intenção do grupo, de acordo com a denúncia, era ocultar fatos que pudessem comprometer o ex-presidente e um de seus amigos mais próximos, o pecuarista José Carlos Bumlai, também preso, numa operação fraudulenta que rendeu 12 milhões de reais ao PT.

Para evitar que os detalhes do golpe fossem revelados, o ex-presidente escalou Delcídio, ex-líder do governo Dilma, para “contornar” o problema. O método para conseguir chegar lá? O suborno. No documento encaminhado à Justiça, obtido por VEJA, o MPF anexou extratos bancários com as transferências de dinheiro, mensagens de funcionários do Instituto Lula e bilhetes aéreos que comprovam as reuniões entre o ex-presidente e o senador, cujo mandato foi cassado após o escândalo.

Não é a primeira vez que Lula é suspeito de tentar atrapalhar a Lava-­Jato. VEJA revelou no início de julho que o ex-presidente está no topo da lista de outra investigação por obstrução da Justiça. Fracassada a tentativa de suborno de Nestor Cerveró e na iminência de ter um pedido de prisão decretado, Lula foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil pela então presidente Dilma Rousseff. As investigações revelaram que a nomeação escondia o ardil de contemplar Lula com o foro privilegiado e assim fa­zê-lo escapar das sentenças do juiz Sergio Moro, de Curitiba. Ganhara, com a ajuda de Dilma, um salvo-conduto. As conversas telefônicas acerca da nomeação estavam sendo monitoradas pela polícia. Mostraram Lula, Dilma e um ministro do governo articulando incursões para tentar impedir as investigações. O ex-­presidente chegou a recomendar a seu advogado que “conversasse” com o procurador-ge­ral Rodrigo Janot e lembrasse a ele que só fora indicado para o cargo com o aval dele, Lula. Sugeria que era uma boa hora para Janot retribuir a gentileza. Os diálogos, segundo o MPF, apontam que “Lula atuou diretamente com o objetivo de interferir no trabalho do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Ministério da Justiça, seja no âmbito da Justiça de São Paulo, seja do Supremo Tribunal Federal ou mesmo da Procuradoria-Geral da República”.

O ex-presidente é alvo de múltiplas investigações em três capitais. Em Curitiba, há duas investigações que apuram suspeitas de corrupção, ocultação de patrimônio e organização criminosa a respeito da compra de um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, e de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral paulista. Em São Paulo, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Lula sob a acusação de ter praticado os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Em Brasília, o terceiro polo das investigações, além dos dois casos de obstrução da Justiça, Lula é investigado por suspeita de tráfico de influência internacional em favor da Odebrecht em países onde a empreiteira desenvolve projetos financiados pelo BNDES.

A lista de enroscos na Justiça aumenta na mesma proporção que encolhe a de aliados e correligionários fiéis. Lula tem visto seu prestígio político derreter cada vez que decide pô-lo à prova. Sentiu-se humilhado com a ampla derrota de Dilma na votação do impeachment na Câmara, que ele se empenhou pessoalmente em evitar. Recentemente, quando tentou reunir apoiadores para reverter o resultado do processo no Senado, não encontrou mais que meia dúzia de senadores dispostos a dividir com ele a mesa de jantar. Dono de uma fortuna superior a 30 milhões de reais, o ex-pre­si­den­te está cada vez mais só e encrencado. Mas nega todas as acusações ao seu modo peculiar de fazer hipérboles: “Não existe ninguém mais honesto do que eu”.

MUSA DO CARTÃO CORPORATIVO

FARRA DO CARTÃO CORPORATIVO PERMANECE IMPARÁVEL NO GOVERNO FEDERAL

ENQUANTO FOI PRESIDENTE, ESTE ANO, DILMA GASTOU R$2,6 MILHÕES



O governo ultrapassou a marca dos R$ 22,7 milhões em gastos com os cartões corporativos nos primeiros seis meses do ano, segundo o Portal Transparência. O gabinete da presidente Dilma torrou sozinho R$2,65 milhões, gastos protegidos por “sigilo”. Somando-se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e secretarias do Palácio, a conta sobe para R$ 6,66 milhões. Quase tudo sigiloso por “razões de segurança”. A informação é da coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Em razão da Polícia Federal, o Ministério da Justiça é o segundo maior utilizador de cartões corporativos, com R$ 5,55 milhões até este mês.

O gabinete da Vice-Presidência, de Michel Temer, torrou R$ 306 mil até julho deste ano. Nenhuma das despesas é contabilizada.

Quem tem Olimpíadas, não precisa de cartão: o Ministério do Esporte só gastou R$ 584 e não realiza novas despesas há três meses.

Já o Ministério da Educação conseguiu gastar R$ 2,16 milhões com cartões corporativos; quase tudo gasto por universidades federais.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

MOROFOBIA É O FIM DE LULA&DILMA

Consciência de Lula virou um latifúndio improdutivo que medo de Moro ocupou



Josias de Souza


Num instante em que Dilma Rousseff começa a levar seus pertences do Alvorada para o apartamento de Porto Alegre, Lula já não fala em “correr o país” para denunciar o “golpe”. Hoje, a mais aguda preocupação do pajé do PT, seu mais exasperante problema é Sérgio Moro. Lula vive esperando que o juiz da Lava Jato o lace e o recolha à “República de Curitiba”.

A morofobia de Lula levou sua defesa a encenar uma esperteza. Atravessou no caminho do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, uma liminar tóxica. Pedia-se na peça que o Supremo retirasse novamente das mãos de Moro os grampos telefônicos que desnudaram conversas vadias de Lula com políticos e autoridades de Brasília. A Corte está em férias. Cabe a Lewandowski responder aos pedidos de Liminar durante o plantão. Nesta segunda-feira (18), ele decidiu não decidir.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, já havia despachado sobre o tema antes do início das férias. Em março, Teori determinara a Moro que enviasse para o STF toda a investigação envolvendo Lula. Mais tarde, em 13 de junho, Teori anulou o grampo que captara uma conversa de Lula com Dilma numa hora em que o próprio Moro já havia determinado o fim das interceptações. No mesmo despacho, Teori devolveu para Curitiba os outros áudios e os processos.

Na petição submetida ao crivo de Lewandowski, os defensores de Lula questionaram novamente o fato de Moro ter divulgado diálogos telefônicos de Lula com autoridades que tinham foro privilegiado na época dos grampos. Alega-se que só o Supremo poderia levantar o sigilo dessas conversas. Nesse diapasão, Moro teria usurpado a competência da Suprema Corte. O que resultaria na anulação dos grampos.

Na prática, o que Lula desejava era fugir da caneta de Moro: “Mostra-se de rigor a concessão da medida liminar para que este Supremo Tribunal Federal avoque, novamente, todos os procedimentos conexos suspendendo-se, por consequência, o curso de tais procedimentos relacionados, bem como de quaisquer outros munidos com o conteúdo das interceptações em tela'', anota a petição.

Lewandowski decidiu: 1) devem ser separados de outras gravações os grampos com conversas entre Lula e autoridades com foro especial, que só podem ser investigadas com autorização do STF. 2) as gravações permanecem sob os cuidados de Sérgio Moro. 3) a petição de Lula será remetida ao gabinete de Teori Zavascki, a quem caberá deliberar depois que o Supremo voltar das férias, em agosto.

Não é nada, não é nada, essa decisão de Lewandowski não é nada mesmo. Chamado a se manifestar, o próprio Moro informara ao STF, na semana passada, que só seriam aproveitados os grampos que tivessem pertinência com as investigações. Ciente das suas limitações, o juiz da Lava Jato acrescentara: “Jamais serão eles utilizados em relação às autoridades com foro por prerrogativa de função, já que quanto a estas, mesmo se os diálogos tiverem eventualmente relevância criminal para elas, caberá eventual decisão ao eminente Ministro Teori Zavascki, ao qual a questão já foi submetida.”

Ao acionar Lewandowski no plantão, Lula e seus advogados foram deselegantes com o presidente do STF. Agiram como pessoas de fabulosa pontaria. E deixaram o ministro em situação vexatória: se concedesse a liminar, Lewandowski açanharia as línguas maledicentes, que diriam que Lula bateu às portas do Supremo em pleno recesso porque já conhecia o resultado do julgamento.

Com sua decisão inócua, Lewandowski saltou do alçapão. Já lhe basta a má repercussão de encontro que manteve com Dilma num hotel em Portugal. Até segunda ordem, os grampos permanecem com Moro. E Lula, ainda na alça de mira da força-tarefa de Curitiba, tem abundantes razões para tremer. Com ou sem grampos, será enviado à grelha. Lula acabará percebendo que uma das graças da democracia é o poder nivelador do medo da Justiça.

Sob o risco de acabar num xilindró, o pobre-diabo e o ex-soberano da República soltam a mesma baba. O caso de Lula diz muito sobre o novo momento que o Brasil atravessa. A consciência de Lula virou uma espécie de latifúndio improdutivo que o medo de Sérgio Moro invadiu.
*

Ouça o ÁUDIO com a conversa indecente de Lula e Dilma

LULA DENUNCIADO POR OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA

MP do DF denuncia Lula por obstrução da Justiça

Ex-presidente é acusado de interferir para atrapalhar as investigações da Lava Jato

Por Carolina Farina, VEJA


O Ministério Público Federal no Distrito Federal apresentou nesta quinta-feira denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral, o pecuarista José Carlos Bumlai, o banqueiro André Esteves e outras três pessoas sob a acusação de interferir para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. O processo corre em sigilo.

O caso foi encaminhado ao MP do DF depois que Delcídio do Amaral perdeu o foro privilegiado, ao ter o mandato cassado pelo Senado. Também foram denunciados Diogo Ferreira Rodriguez, Edson Siqueira Ribeiro Filho e Maurício Barros Bumlai

Em dezembro do ano passado, o procurador-geral da República Rodrigo Janot já havia denunciado o grupo com base na delação de Delcídio. Segundo Janot, ficou claro que Lula é que coordenava a operação de compra de silêncio de Nestor Cerveró, então prestes a fazer um acordo de delação premiada. As tratativas acabaram por colocar Delcídio na cadeia.

Como VEJA revelou em maio, o depoimento de Delcídio do Amaral, combinado a provas como mensagens eletrônicas e extratos telefônicos, reforçam a convicção dos investigadores de que o ex-presidente coordenou operação para comprar o silêncio de uma testemunha que poderia comprometê-lo.

Após analisar quebras de sigilo bancário e telefônico e cruzar essas informações com dados de companhias aéreas, além de depoimentos de delatores da Lava Jato, Janot concluiu que Lula exerceu papel de mando numa quadrilha cujo objetivo principal era minar o avanço das investigações do petrolão. Disse o procurador-geral na denúncia: “Ocupando papel central, determinando e dirigindo a atividade criminosa praticada por Delcídio do Amaral, André Santos Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro, Diogo Ferreira Rodrigues, José Carlos Costa Marques Bumlai e Maurício de Barros Bumlai (…), Luiz Inácio Lula da Silva impediu e/ou embaraçou a investigação criminal que envolve organização criminosa”.

Em nota, a defesa de André Esteves reafirma que ele não cometeu nenhuma irregularidade.

O CHANCELER JOSÉ SERRA FAZ JUSTIÇA A SABÓIA

ITAMARATY FAZ REPARAÇÃO A DIPLOMATA SABOIA, PERSEGUIDO NA ERA DILMA


Diário do Poder

O diplomata Eduardo Saboia, herói brasileiro que salvou a vida do ex-senador boliviano Roger Molina, entrou no Quadro de Acesso para promoção a embaixador. Começa-se a fazer justiça no Itamaraty. Perseguido no governo Dilma, foi deixado no limbo da carreira pela covardia do então chanceler Antônio Patriota, cujo gabinete chegou a ordenar que Molina fosse confinado a um cubículo, durante o longo e penoso asilo de 456 dias da embaixada do Brasil em La Paz. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Eduardo Sabóia foi punido por honrar as tradições da Casa de Rio Branco, desafiando a omissão e a crueldade do governo brasileiro.

Chefiando interinamente a embaixada de La Paz, Sabóia percebeu que Molina corria risco de morrer. E assumiu o risco de tirá-lo da Bolívia.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

TRUMP É LULA&DILMA DOS EUA

Trump ou Dilma? De quem são estas propostas econômicas?

A petista e o republicano parecem estar em lados opostos do espectro político. Mas têm as mesmas ideias para a economia

Por: Leandro Narloch 

– Proteger a indústria nacional aumentando em pelo menos 30% o imposto sobre produtos importados do México e da China.

– Desonerar a indústria, reduzindo a cobrança de impostos, mas sem cortar gastos sociais.

– Estabelecer uma cota mínima de peças nacionais para produtos fabricados no Brasil.

– Barrar acordos de livre-comércio com as grandes potências.

Brasileiros que simpatizam com o PT não costumam gostar de Donald Trump, o candidato da direita americana. Mas deveriam. Pois diversas propostas econômicas de Trump, como as quatro acima, parecem ter sido inspiradas na política econômica do segundo mandato de Lula e do primeiro de Dilma.

Em 2011, Dilma aumentou em 30 pontos percentuais a alíquota do IPI sobre carros importados, com o objetivo de atrair empresas e criar empregos em seu país. Carros fabricados no México, Coreia do Sul e China foram os que mais encareceram por causa da nova alíquota. Com o mesmo objetivo protecionista, Trump quer implantar uma alíquota de importação de 35% sobre carros fabricados no México e na China. Seguindo a obsessão de economistas da Unicamp, ele quer retomar a industrialização dos EUA porque acredita que assim preservará empregos.

Durante os governos do PT, o Brasil ficou de fora dos principais acordos de livre-comércio. É exatamente o quer Donald Trump. “A globalização enriqueceu a elite financeira que faz doações aos políticos”, diz ele, numa frase que caberia muito bem na boca de um economista do PT. “Mas deixou milhões de trabalhadores sem nada a não ser pobreza e dor de cabeça.”

Trump quer estabelecer cotas de conteúdo local para empresas como a Apple; Lula, em 2010, estabeleceu cotas de conteúdo local para a Petrobras.

O americano também promete reduzir impostos (cerca de 10 trilhões de dólares) sem cortar gastos sociais. As desonerações de Dilma custarão, de 2011 a 2018, R$ 458 bilhões – e são uma das causas do rombo atual das contas públicas. Segundo a Tax Foundation, o corte de impostos sem corte de gastos levaria às mesmas consequências nos Estados Unidos. Os títulos da dívida americana perderiam confiança, aumentando o gasto com juros e criando uma crise fiscal nos Estados Unidos.

Se Dilma for realmente afastada da presidência pelo Senado, já sabe onde procurar emprego. Pode trabalhar como conselheira econômica de Donald Trump.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

PROPINA - ESQUEMA ERA EXCLUSIVIDADE DO PT

Delator confirma: Sete Brasil era esquema só do PT

O Antagonista (Brasil)

O Antagonista sempre disse que a Sete Brasil era um esquema exclusivo do PT. Hoje, mais cedo, o ex-presidente da empresa João Medeiros Ferraz confirmou que todos os contratos com estaleiros rendiam 0,9% de propina.

"Dois terços eram destinados ao Partido dos Trabalhadores, na pessoa de João Vaccari Neto, e o restante era dividido em duas partes iguais. Uma parte era destinada a pessoas da Petrobras e a outra, para executivos da Sete Brasil."

Ferraz confirmou que o PT reproduziu na Sete o petrolão sem participação do PMDB e do PP. E também disse que assumiu a presidência da empresa a convite do diretor de Finanças da Petrobras Almir Barbassa, até hoje esquecido pela Lava Jato.

Barbassa foi o mais longevo diretor da Petrobras e cuidava justamente da área financeira. Foi indicado por Lula e estava subordinado a José Sérgio Gabrielli.

Ferraz, que vive numa mansão nababesca no Rio, contou que os contratos da Sete Brasil, até a deflagração da Lava Jato, renderam R$ 185 milhões em propina - valor calculado sobre mais de R$ 18 bilhões pagos do maior contrato público da história.

Um parte do valor foi destinado ao casal João Santana e Mônica Moura. O Antagonista espera que a Lava Jato chegue a Barbassa e alerta: Ferraz não contou toda a verdade e o dinheiro que Pedro Barusco devolveu não era só dele.
*

O depoimento de João Medeiros Ferraz, que confirmou esse fato ao juiz Sergio Moro, foi reproduzido pelo Estadão:

terça-feira, 19 de julho de 2016

GOVERNO FAZ CONSULTAS CONSTANTES AO TCU PARA EVITAR "PEDALADAS" DE DILMA

GOVERNO QUER GARANTIA DE QUE NÃO HAVERÁ IRREGULARIDADES NO FUTURO


G1

O Tribunal de Contas da União (TCU) está numa “posição incômoda” por ter que responder a consultas feitas pela equipe econômica do presidente em exercício, Michel Temer, sobre a liberação de verbas não previstas no Orçamento, segundo afirmou em entrevista ao G1 o ministro Bruno Dantas. Para ele, não é papel do órgão dar “conforto prévio” ao governo federal.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem enviado consultas ao tribunal para saber se o governo pode abrir créditos extraordinários por meio de medida provisória. As consultas são como um pedido de autorização e dão garantia ao governo de que, no futuro, os ministros não apontarão irregularidades nessas operações.

Esse cuidado excessivo da equipe econômica começou depois de o TCU apontar a abertura de crédito extraordinário por meio de MP como um dos indícios de irregularidades nas contas de 2015 da presidente afastada Dilma Rousseff.

"Ter colocado entre os 23 pontos de questionamento à presidente referente às contas do ano passado a liberação de crédito extraordinário por MP, nos colocou na posição incômoda de sermos confrontados, semana após semana, com essa realidade [consultas do governo]", disse Dantas ao G1.
(...)

domingo, 17 de julho de 2016

MORDOMIA DA FAMÍLIA DILMA

'ISTOÉ' REVELA FARRA ILEGAL DE CARROS OFICIAIS EM PORTO ALEGRE



Sérgio Pardellas (IstoÉ)

Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula levanta cedo da cama com o tilintar do despertador. Não raro, o marido, Rafael, já está de olhos abertos. Pela manhã, ela mantém uma rotina nada estranha à maioria das pessoas de classe média. Vai ao cabelereiro, faz compras para abastecer a despensa de casa, reserva uns minutos para o pilates e uma ida rápida à clínica de estética, e, eventualmente, dá uma passadinha no pet shop. Depois de almoçar, leva o filho à escola. À tarde, dirige-se ao trabalho, obrigação já cumprida pelo marido de manhã. Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula seria apenas mais uma brasileira se não carregasse em sua assinatura o sobrenome Rousseff.

Perante à lei, filhos de presidente da República são iguais a todos. Ombreiam-se aos demais cidadãos. Não deveriam merecer distinção ou receber tratamento especial, salvo em alguns casos de excepcionalidade. Mas a filha de Dilma, que hoje se encontra afastada, ou seja, nem o mandato de presidente exerce mais, não se constrange em cultivar uma mordomia ilegal. Diariamente, Paula Rousseff Araújo desfruta de uma regalia. A máquina do Estado a serve, bem como ao seu marido e filhos. As atividades narradas acima, como uma frugal ida ao cabelereiro, ao pilates e ao pet shop, são realizadas a bordo de um carro oficial blindado com motorista e segurança. Em geral, um Ford Fusion. Acompanha-os invariavelmente como escolta um Ford Edge blindado com dois servidores em seu interior, um deles um agente de segurança armado. O mesmo se aplica ao genro de Dilma, Rafael Covolo, e aos dois netos. No total, oito carros e dezesseis pessoas integram o aparato responsável pela condução e proteção da família da presidente afastada. Trata-se de um serviço VIP.

Quem banca essa estrutura é o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Ou seja, o contribuinte.
(...)

sábado, 16 de julho de 2016

O BRASIL MUDOU, SIM, SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER

PAÍS MUDOU E CAMINHA PARA O DINAMISMO ECONÔMICO

MURILLO DE ARAGÃO

Falando direta e objetivamente, as agendas do presidente interino Michel Temer e da presidente afastada Dilma Rousseff são muito claras. Temer quer se consolidar como presidente da República após a declaração do impeachment de Dilma. Esta, por seu lado, luta para retornar ao cargo com a derrubada do pedido.

Em pouco menos de 60 dias, Temer está levando vantagem. Avançou na agenda fiscal, aprovou um par de medidas interessantes e fechou um acordo com os governadores que se arrastava havia tempos. Já Dilma nada fez para aumentar suas chances de retomar o poder. Afastada com um voto a mais do que necessário para o impedimento definitivo, a contagem de votos lhe é cada vez mais desfavorável. Hoje são cerca de 58 senadores a favor do impeachment.

A diferença de performances entre um e outro era mais do que esperada. Temer tratou de reforçar o diálogo político, construiu um núcleo econômico de notáveis e um ministério politicamente forte.

Dilma estimulou o “mi-mi-mi” do golpe e os ataques às instituições nacionais. Não construiu uma narrativa para se defender nem um discurso sobre o que fará caso volte à Presidência. No campo econômico, assiste à discreta melhora do ambiente sem esboçar reação. Suas aparições na mídia são cada vez mais pálidas. Sua defesa no Senado é irritante, quando se pretendia épica. Tudo indica que se tornará um fantasma da política nacional, inelegível e solitária.

Temer, a cada dia, se consolida como presidente de fato e de direito. Após agosto, sua institucionalidade deverá ser plena. No entanto, os desafios continuam imensos nos campos econômico, político e judicial.

No campo econômico, a discreta melhora dos indicadores deve ser estimulada por novas medidas. A paciência do mercado com o governo é grande, mas não infinita. A agenda fiscal deve continuar a avançar.

No campo político, o Planalto será testado, mais uma vez, na sucessão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na presidência da Câmara. Dois blocos de aliados se debatem: um mais institucional, com PMDB, PSDB, DEM e outros; e outro mais operacional, o centrão, com PSD, PTB e uma plêiade de legendas médias e pequenas.

Mesmo sendo uma presidência de transição, será importante para o governo e para o país que o novo comando da Câmara não perca o foco na agenda fiscal. Em especial, no que toca ao limites de gastos públicos.

No campo judicial, o debate se refere aos efeitos da operação Lava Jato e suas operações sucedâneas. Fica evidente que o mundo político continuará a ser atingido frontalmente. Duas dúvidas são capitais: o governo Temer será afetado pelas investigações? Quando começa a pré-campanha para 2018?

Dificilmente a Lava Jato inviabilizará o governo Temer. Porém, não serão tempos fáceis, dada a exposição de partidos da base governista nas investigações. Novas delações premiadas estão a caminho, e os julgamentos de políticos se darão no Supremo Tribunal Federal, sob intensa pressão da opinião pública.

Para obter uma blindagem mínima frente às turbulências do período, o governo Temer precisará dar uma resposta efetiva às expectativas dos campos fiscal e econômico. E mostrar que o país mudou de rumo e caminha para uma época mais próspera e de maior dinamismo econômico.

Para tal, o governo deve adotar medidas desburocratizantes para os investimentos. E a busca de uma abordagem menos intervencionista deve prevalecer nas PPPs e concessões. Existem bilhões de dólares disponíveis no mundo esperando o Brasil ser mais pragmático no trato com quem quer investir e gerar renda, emprego, tributos e divisas.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

TEMER ORDENA DEVASSA APÓS O IMPEACHMENT

PENTE FINO: GOVERNO REVISARÁ CONTRATOS E NOMEAÇÕES APÓS JULGAMENTO NO SENADO


Diário do Poder

O presidente Michel Temer ordenou que sua equipe realize uma revisão de todos os atos que Dilma tomou nas últimas semanas de governo. A ideia é passar pente fino em tudo que envolve orçamento, nomeações e contratos. Desde maio, os assessores mais próximos de Temer avaliam a “ocupação” do governo por aliados do PT, mas a intenção é apenas fazer mudanças mais profundas e permanentes após a aprovação do processo de impeachment no Senado Federal.

A expectativa do governo é de que o impeachment seja aprovado ainda em agosto, poucos dias após o fim do recesso parlamentar.

Aliados de Temer no Congresso reclamam do travamento de cargos e nomeações na estrutura federal. Querem a liberação das boquinhas.

A equipe de Temer vai rever os decretos de Dilma desde quando Eduardo Cunha deflagrou o processo de impeachment contra a petista.

Temer quer a Casa Civil encarregada apenas de governança e gestão. A articulação política fica com o ministro Geddel Vieira Lima (Governo).

quarta-feira, 13 de julho de 2016

MPF DEU CINCO DIAS PARA LULA EXPLICAR TESOURO GUARDADO NO BB

MPF NOTIFICA LULA PARA EXPLICAR POR QUE BB GUARDAVA OBJETOS VALIOSOS DELE

PF ACHOU MAIS DE 100 OBJETOS VALIOSOS GUARDADOS EM AGÊNCIA DO BB DESDE 2011


O Ministério Público Federal entregou pedido ao juiz federal Sérgio Moro dando prazo de cinco dias para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explique por que objetos que ele considerava pessoais foram guardados em um cofre de agência do Banco do Brasil sem qualquer custo desde que o petista deixou a Presidência da República. Cabe a Moro aceitar ou não o pedido do MPF e o prazo de cinco dias passa a contar apenas a partir do momento da aceitação do pedido pelo juiz federal.

De acordo com relatório da Polícia Federal, havia 23 caixas lacradas desde 2011 em um cofre da família do ex-presidente. Nelas, a PF encontrou 132 artigos raros e presentes dados por representantes de outros países como símbolos religiosos, joias, obras de arte e até uma adaga de ouro.

A busca e apreensão aconteceu depois que um "Termo de Transferência de Responsabilidade" foi encontrado na casa de Lula em São Bernardo do Campo. O documento faz referência às 23 caixas encontradas essa semana pela PF. Os itens estariam sob responsabilidade de Marisa Letícia Lula da Silva, esposa do ex-presidente, e do filho Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha.

A entrega das caixas no cofre foi feita, entre outros, por Rogério Aurélio Pimentel, assessor de Lula suspeito de bancar a reforma do sítio Santa Bárbara em Atibaia, visitado 111 vezes por Lula desde que virou ex-presidente.

terça-feira, 12 de julho de 2016

A SOCIEDADE BRASILEIRA JÁ DEU SEU VEREDICTO


Augusto de Franco

Gostaria de perguntar aos chefes petistas, como Lula, Dirceu e seus principais auxiliares, se valeu a pena tudo que fizeram, tanto esforço, quantas noites mal-dormidas e correrias para apagar incêndios, perseguir pessoas, ameaçar testemunhas, pressionar e chantagear juízes, destruir provas, esconder dinheiro roubado, comprar ou silenciar adversários, eliminar aliados e, inclusive, correligionários que se tornaram inconvenientes. 

De que adiantou tudo isso, se eles - mesmo que fiquem soltos - não podem mais andar nas ruas? Se suas esposas ou maridos, filhos e netos vão sofrer, em muitos casos injustamente, o repúdio da sociedade em todo lugar em que forem: nas lojas, restaurantes, cinemas, estádios de futebol, salões de beleza, escolas... 

Mesmo que alguns não sejam presos e outros obtenham liberdade daqui a alguns anos, para que serviu dedicar suas vidas a uma causa esdrúxula (sobretudo quando sabiam que o projeto era impossível, mas usaram-no como disfarce para arrebanhar seguidores, se vangloriar e ter breves orgasmos no poder e se dar bem na vida). 

A despeito do que dizem agora seus militantes e asseclas nas universidades, não há a menor possibilidade dessa turma passar para a história como heróis de coisa nenhuma. Ficarão conhecidos, pelas gerações futuras, como os mafiosos do poder, autores do maior esquema de corrupção com objetivos políticos já tentado na história ocidental. 

Mesmo que a justiça venha algum dia a inocentá-los, a sociedade brasileira já deu seu veredicto. Isso não pode ser apagado por nenhuma narrativa falsificadora, por nenhum livro ou filme apologéticos produzidos por seus seguidores, com recursos públicos, privados ou com o dinheiro que restou do crime. 

É definitivo.

LULA NA PLANILHA DA PROPINA



O relatório da PF sobre o prédio que a Odebrecht comprou para Lula cita uma série de documentos.

Um deles é a planilha de propinas da empreiteira.

O Globo:

"Embora a DAG tenha registrado em cartório a compra do prédio por R$ 6,8 milhões, a PF acredita que o valor real foi R$ 12,3 milhões, o mesmo citado nos e-mails enviados a Teixeira. O valor é considerado compatível com os R$ 12,4 milhões anotados ao lado da expressão 'prédio (IL)', na planilha 'Programa Especial Italiano', apreendida no e-mail de Fernando Migliaccio, um dos executivos do departamento de propinas da Odebrecht".

A reportagem diz também:

"O relatório da PF menciona ainda um outro documento, apreendido na sala de Marcelo Odebrecht e de sua secretária, Darci Luz, que aponta a compra de um terreno da ASA para construção do 'prédio do Instituto' e diz que o preço foi abaixo do escriturado. Há ainda menção a eventuais riscos a que a DAG ficaria exposta devido às dívidas relacionadas ao imóvel".

LULA É "COMPLETAMENTE SIGILOSO"

O Antagonista (Brasil

O prédio do Instituto Lula foi comprado pela Odebrecht por meio da DAG Construtora, descobriu a Lava Jato.

Releia a reportagem sobre a viagem de Lula a Cuba, paga pela mesma empresa:


As viagens de Lula pagas pela Odebrecht

Lula, em janeiro de 2013, fez um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, pago pela Odebrecht.

Ele acompanhou Alexandrino Alencar, o executivo que, segundo Alberto Youssef e outros dois delatores da Lava Jato, era encarregado de distribuir a propina da empreiteira.

Em sua reportagem, O Globo informa que, embora a viagem tenha sido paga pela construtora, Lula não possuía qualquer relação oficial com as atividades da empresa naqueles países.

O documento da Líder Táxi Aéreo, que forneceu o avião usado por Lula, mostra que o contratante exigiu discrição. No campo “passageiro principal” do formulário, o funcionário da Líder escreveu: “voo completamente sigiloso”.

Para evitar que fosse vinculada ao fretamento, a Odebrecht usou uma de suas parceiras para pagar a despesa: a DAG Construtora, da Bahia.

O dono da empresa, Dermeval Gusmão, primeiro negou ter pagado pelo voo. Anteontem à noite, porém, ele ligou para O Globo, informou ter localizado um pagamento de 435 mil reais à Líder e disse que um de seus diretores pode ter feito isso a pedido da Odebrecht.


Instituto Odebrecht

Vale a pena relembrar mais uma passagem da viagem internacional de Lula, patrocinada pela Odebrecht por meio da DAG Construtora, a mesma empresa usada para comprar o prédio do Instituto Lula:

Lula flagrado fazendo lobby

Lula foi à República Dominicana em janeiro de 2013, em viagem paga pela Odebrecht.

Acompanhou-o Alexandrino Alencar, o homem que, segundo Alberto Youssef, pagava a propina em nome da empreiteira.

Lula foi recebido pelo presidente da República Dominicana, Danilo Medina.

Agora veja estas imagens.

Elas mostram Lula com Danilo Medina. A certa altura, quem é que aparece para cumprimentar o presidente dominicano, apresentado por Lula? Sim, ele mesmo: Alexandrino Alencar.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

HERANÇA MALDITA DO PT - "BOLSA EMPRESÁRIO"

Por Alexa Salomão, no Estadão

Os bancos comerciais concentraram os lucros do maior programa de crédito público subsidiado já feito no País, o Programa de Sustentação do Investimento, conhecido como PSI. A instituição que liderava o programa, o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, teve papel marginal na concessão do crédito.

Os bancos comerciais repassaram R$ 327 bilhões de recursos do Tesouro Nacional e ficaram com mais de R$ 8 bilhões do total de R$ 10 bilhões em spreads que foram gerados pelas operações. O BNDES, enquanto isso, ficou com menos de R$ 2 bilhões.

O PSI foi um programa público de financiamento para máquinas e equipamentos que vigorou de 2009 a 2015. Foi lançado para reduzir o impacto da crise financeira internacional e mantido com o argumento de que impulsionaria os investimentos e o crescimento do País. Os empréstimos ficaram a cargo do BNDES. Como foi utilizado principalmente por grandes e médias empresas, os economistas o apelidaram de “bolsa empresário”, numa paródia ao Bolsa Família.

Um novo levantamento mostra que o PSI beneficiou também o setor financeiro. Do total de R$ 359 bilhões desembolsados no PSI, apenas 9% ocorreram em operações diretas, feitas pelo próprio BNDES. Os demais 91% dos desembolsos foram por meio do que se chama de operações indiretas, feitas pela rede de bancos credenciados ao BNDES. Em nota, a assessoria de imprensa do BNDES confirmou o resultado do levantamento, ressaltando que os dados, inclusive, são públicos.

Fazem parte da rede credenciada cerca de 70 bancos de médio e grande portes, instituições como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal, Banco Pine, Banco ABC, BTG Pactual, Banco Volkswagen, Mercedes Benz – apenas para citar algumas delas. “De certa forma, o PSI também foi um bolsa banqueiro”, diz o autor do levantamento o economista José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas FGV/IBRE.

Pelo lado dos desembolsos, o PSI, segundo Afonso, causou triplo prejuízo ao BNDES. Ele perdeu não apenas por ter intermediado um volume menor de recursos. Individualmente, também ganhou menos. A taxa de juro definida para o BNDES era de 1% (na linha voltada à inovação chegou a ser zero), enquanto a taxa dos bancos credenciados oscilou entre 1,5% e 3%.

Assim, Afonso estima que dos mais de R$ 10 bilhões gerados pela intermediação dos financiamentos, a rede credenciada ficou com mais de R$ 8 bilhões. Como a taxa do PSI era extremamente atraente, o programa ainda “roubou” clientes de linhas tradicionais do BNDES. Em nota, a assessoria do BNDES confirmou que linhas do Finame, atreladas à TJLP e concorrentes do PSI, “apresentaram queda no número e valor total financiado” na vigência do PSI, mas sem detalhar quanto.

Preocupados

Entre os economistas que acompanham contas públicas, a avaliação geral é que o PSI merecia outro tratamento porque custou caro sob vários aspectos. O Tesouro Nacional emitiu títulos públicos em favor do BNDES, o que elevou a dívida do Brasil. Repassou mais de R$ 520 bilhões ao banco. Para que não houvesse perdas com a taxa fixa, menor que a TJLP usada normalmente nas linhas do BNDES, o Tesouro assumiu uma conta de R$ 270 bilhões em subsídios, que vai pagar até 2060.

O programa já era criticado por não ter gerado o crescimento prometido e privilegiado grandes empresas. “Agora, fica claro que as distorções foram além do que se havia imaginado”, diz o economista e assessor parlamentar Felipe Salto. Para a economista Mônica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional, o peso dos bancos comerciais foi tão alto que já não é possível chamar o PSI de programa público – o que teria ocorrido foi mero repasse de dinheiro. “Não foi programa de investimento: foi banco privado negociando empréstimo com seu cliente privado”, diz Mônica.

Em nota, o BNDES diz que, de fato, a instituição credenciada tem autonomia para avaliar o cliente e as garantias, podendo inclusive negar o financiamento. Mas diz que o BNDES monitora o processo: “As condições das operações indiretas são determinadas por normas expedidas pelo BNDES e comunicadas por intermédio de circulares a seus agentes financeiros. Com isso, o BNDES analisa todas as operações para conferir se atendem às normas.”
(…)

DÍVIDA DE DILMA COM A PETROBRAS

REFINARIA DE PASADENA: DILMA DEVERIA TER INDENIZADO PETROBRAS




Diário do Poder

Ex-chefe do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma deveria indenizar a estatal pela compra superfaturada da refinaria de Pasadena, em 2006, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas (6.404/76). Para o professor de Direito Carlos Jacques, “informações abundantes” no mercado advertiam para o alto risco envolvendo essa compra: “Dilma foi negligente, no mínimo, ao não verificar esse risco”.

A Astra Oil pagou US$42,5 milhões por 50% de Pasadena, em 2005. A Petrobras pagou US$360 milhões em 2006 e US$1,18 bilhão em 2008.

Dilma diz que “não sabia” tratar-se de mau negócio. Isso não a exime: o artigo 153 exige “cuidado e diligência” na administração de uma S/A.

A negligência continuou no governo: o prazo para cobrar de Dilma o prejuízo acabou em 2011, três anos após a lambança da “gerentona”.

Jacques diz que a prescrição é absurda: “Presidente com mandato de 4 anos pode fazer o que quiser no primeiro ano e ainda se reeleger”.

domingo, 10 de julho de 2016

UM FESTIVAL DE DISPARATES

Editorial do Estadão

Quando o desespero bate à porta é altíssima a probabilidade de que a resposta sejam disparates. É o que está acontecendo com os petistas, a começar por seu maior líder, Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou a Brasília disposto a convencer senadores a votar contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff com um argumento fantástico: com sua ex-pupila de volta ao Planalto, ele próprio assumirá de fato o comando do País para executar uma redentora “nova política econômica”, segundo se noticia. Paralelamente, para prevenir a eventualidade de más notícias na Operação Lava Jato que atrapalhem a execução de seus planos, Lula determinou a seus advogados que entrassem com um recurso de “exceção de suspeição” contra o juiz Sergio Moro, solicitando seu afastamento dos três inquéritos em que é investigado por corrupção no âmbito da 13.ª Vara Criminal Federal, na capital paranaense.

Os advogados de Lula protocolaram terça-feira na Justiça Federal do Paraná um pedido para que Sergio Moro se declare suspeito para julgar os processos que envolvem o ex-presidente. Afirmam que o líder petista “não teme ser investigado nem julgado por qualquer juiz: quer justiça e um julgamento imparcial, simplesmente”. E deve querer também um magistrado que acredite em histórias da Carochinha, como a de que frequenta regularmente com toda a família um confortável sítio reformado a seu gosto em Atibaia apenas para atender a insistentes convites de amigos generosos.

Na hipótese de que a Operação Lava Jato não existisse e houvesse uma possibilidade mínima de se concretizar a delirante ideia de Lula de transformar Dilma num simulacro de rainha da Inglaterra e assumir ele próprio o poder de fato, estaria finalmente configurado o tal “golpe” de que os petistas tanto falam. O poder estaria sendo usurpado por quem não foi legitimado pelo voto popular, ao contrário do que ocorre com o presidente em exercício Michel Temer, que substitui Dilma por disposição constitucional e pela mesma razão passará provavelmente a suceder-lhe em caráter definido depois do fim de agosto.

Ninguém em Brasília, nem nos gabinetes de parlamentares petistas, leva a sério qualquer tentativa, inclusive por parte de Lula, de evitar o impeachment de Dilma. Nem a própria presidente afastada acredita sinceramente nessa possibilidade, como sugerem as notícias segundo as quais em suas idas regulares a Porto Alegre nos fins de semana ela tem levado objetos pessoais de volta para casa. Para salvar as aparências, no entanto, Dilma tem procurado manter uma agenda de reuniões com apoiadores, no Palácio da Alvorada. E é lá que a imaginação corre solta atrás de fórmulas milagrosas capazes de acabar com o impeachment.

Como não têm mais nada a perder, os petistas não se constrangem de recorrer às ideias mais disparatadas na tentativa de manter um discurso que lhes permita sobreviver politicamente. É o que Lula tem procurado fazer, quando defende a necessidade de uma “nova política econômica” que ele próprio se encarregaria de implantar se Dilma voltar ao Planalto. Isso significaria, em resumo, a retomada da ampla intervenção do Estado na atividade econômica, com a profusa distribuição de crédito para o consumo da classe média e de incentivos de toda ordem para empresas-companheiras se tornarem “campeãs”. A gastança generalizada e irresponsável, enfim, porque, afinal, um “governo popular” tudo pode para fazer o povo feliz. Mas como as mesmas causas tendem a gerar os mesmos efeitos – no caso, uma economia falida – é difícil imaginar que o próprio Lula leve a sério os assomos populistas com que tenta manter mobilizadas em torno de si as entidades sindicais e organizações sociais sobre as quais, por enquanto, o PT ainda mantém algum tipo de controle.

Enquanto isso, o festival de disparates petistas continua assolando o País. Coube à filósofa Marilena Chaui propagar uma fantástica teoria conspiratória: segundo ela, o juiz Sergio Moro foi treinado pelo FBI não para acabar com a corrupção no Brasil, mas para acabar com a Petrobrás, de modo a que a exploração do pré-sal seja tirada da Petrobrás e entregue às “seis irmãs” da indústria petroleira. Esse despautério está disponível no YouTube. Virará tema de uma próxima passeata do “exército do Stédile”?

PETROLÃO - LAVANDERIA "DILMA 2014"

PERÍCIA DO TSE EVIDENCIA QUE A CAMPANHA DE DILMA LAVOU DINHEIRO DO PETROLÃO

CAMPANHA DE DILMA PAGOU R$52 MILHÕES A GRÁFICAS SEM SERVIÇO


Débora Bergamasco/IstoÉ

No dia 20 de abril, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora-geral da Justiça Eleitoral, autorizou a apuração das suspeitas de que a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014, havia utilizado gráficas para lavar dinheiro do Petrolão. Na última semana, o relatório entrou em fase final de redação e uma perícia deverá ser oficialmente divulgada no próximo mês. ISTOÉ apurou que as evidências de lavagem de recursos desviados da Petrobras se confirmaram. As empresas VTPB, Focal e Red Seg não conseguiram comprovar que prestaram os serviços declarados durante as últimas eleições, o que reforçam os indícios de que eram mesmo de fachada e serviram de ponte para o pagamento de propinas do Petrolão. Juntas, elas receberam uma fábula da campanha de Dilma em 2014: R$ 52 milhões.

A Focal foi a segunda que mais recebeu recursos do PT, só ficando atrás do marqueteiro João Santana. Um total de R$ 24 milhões. Mas a gráfica, assim como a VTPB e a Red Seg, simplesmente não apresentou notas fiscais, comprovantes de pagamento, ordens de serviço, contratos trabalhistas ou de subcontratação de terceiros, além de extratos de transferências bancárias que justificassem as atividades exercidas para a campanha de Dilma a um custo milionário. Esses documentos eram fundamentais para provar que as gráficas não foram usadas como laranjas pelo PT para esquentar dinheiro ilegal. A ausência da papelada compromete a campanha de Dilma e incrementa o caldo político que pode levar ao seu afastamento definitivo em agosto, no derradeiro julgamento do impeachment. “A ausência da devida comprovação de gastos eleitorais, principalmente quando envolver altos valores, pode indicar a ocorrência de graves fraudes e até lavagem de dinheiro, com sérias consequências”, afirmou o presidente do TSE, Gilmar Mendes.

Os peritos do TSE visitaram as três gráficas entre maio e junho. Seus donos contaram histórias mirabolantes na tentativa de atestar que colocaram seu maquinário a serviço da petista em 2014. Por isso, teriam sido aquinhoadas com os R$ 52 milhões declarados pela campanha de Dilma. As versões, repetidas também à ISTOÉ, não param em pé. Para comprová-las, as empresas tinham até o dia 24 de junho para entregar a farta documentação exigida pela Justiça Eleitoral. O não fornecimento das provas exigidas pela Justiça Eleitoral torna muito difícil a absolvição das gráficas pela perícia do TSE.

Quem for hoje às dependências da Focal vai se deparar com uma estrutura ínfima. A empresa de Carlos Cortegoso, ex-garçom de Lula, fica localizada em São Paulo e exibe uma portinha que seria incompatível com o volume de produtos que ela declarou ter fornecido à campanha de Dilma em 2014. Dividida em dois pisos de cerca de 40 metros quadrados cada um, a empresa conta com apenas duas impressoras e só três funcionários trabalham por lá. Os proprietários argumentam que, durante o período da campanha, a empresa chegou a ter 200 funcionários, quando ainda estava sediada em São Bernardo do Campo, cidade vizinha à capital paulista, em um espaço bem maior. Entretanto, não foram apresentados ao TSE contratos de trabalho desses colaboradores. Como desculpa, argumentaram que eram prestados serviços semanais, sem vínculo trabalhista. Alegaram ainda que os equipamentos de offset utilizados para atender ao PT estariam acondicionados em outro imóvel de Cortegoso. Todavia, o empresário não apresentou as notas fiscais das máquinas, nem comprovou ainda que a tralha estava registrada nos ativos da companhia em 2014. “Existem algumas pequenas irregularidades no sentido fiscal, mas no sentido de criminal não tem nada”, jurou Cortegoso, abordado pela reportagem da revista. Carece de explicação ainda como uma gráfica, sediada em São Bernardo, poderia ter erguido palanques para a campanha à reeleição de Dilma Rousseff Brasil afora, conforme declarou ao TSE. Até a última semana, porém, mais essa atividade suspeita não havia sido justificada aos peritos do tribunal.

As dependências da empresa VTPB são ainda mais inacreditáveis, em termos de estrutura física. É uma gráfica muito engraçada, não tem impressora, não tem nada. Nem scanner, sequer máquina de xerox. O endereço fiscal fica registrado em uma kitnet no bairro da Casa Verde, zona norte de São Paulo. Os donos da empresa dizem sem corar a face que a estrutura micro não é conflitante com os R$ 22,9 milhões repassados pela campanha da presidente afastada nas últimas eleições. A empresa, segundo suas explicações, trabalha fazendo a intermediação entre os políticos que precisam de santinhos, por exemplo, e as gráficas que os produzem. Contudo, não foram apresentadas notas fiscais ou contratos que comprovem essas subcontratações. Tampouco comprovantes de pagamentos ou ordens de serviço.



Mas quem lacrou mesmo foi a Rede Seg. Abastecida com R$ 6,15 milhões da campanha de Dilma, a gráfica sequer entregou cópias ou originais do livro contábil, porque ele simplesmente não existe. A gráfica – 8ª maior beneficiária de dinheiro da campanha que reelegeu a presidente da República em 2014 – não faz contabilidade escriturada da empresa. Isto, por si só, já configuraria, no mínimo, um “ilícito fiscal”, segundo advogados ouvidos pela ISTOÉ. A Red Seg também está lotada em um imóvel que abriga somente uma guilhotina de papel e uma impressora, que também é filha única. Os documentos do estabelecimento apontam como proprietário Vivaldo Dias da Silva. Um ano antes da campanha, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, ele era motorista e ganhava salário de R$ 1.490.

As suspeitas de que o montante repassado à Focal, VTPB e Red Seg era oriundo do esquema do Petrolão foram levantadas a partir da delação premiada de donos de empreiteiras presos em decorrência dos desdobramentos da operação Lava Jato. O mandatário da UTC, Ricardo Pessoa, que assinou a colaboração com o Ministério Público, afirmou que repassou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma Rousseff (PT). E que o dinheiro teve origem no Petrolão. O mesmo empresário contou que realizou três repasses de R$ 2,5 milhões. Ao que tudo indica, uma dessas parcelas serviu para saldar notas fiscais da VTPB e Focal. O repasse ocorreu em 27 de agosto ao tesoureiro Edinho Silva, ex-ministro das Comunicações, que realizou quatro depósitos na conta da VTPB no total de R$ 1,7 milhão. Outros R$ 672,6 mil irrigaram os cofres da Focal. Aproximadamente R$ 1,8 milhão teve como destino a gráfica Red Seg. Esses não foram os únicos repasses feitos pela campanha de Dilma às fornecedoras suspeitas de lavagem de dinheiro. Os maiores montantes destinados à Focal e à VTPB também são de 2014 e da ordem de R$ 24 milhões e R$ 23 milhões, respectivamente.

Chamou a atenção do TSE o volume gasto pelo comitê eleitoral de Dilma com serviços de confecção de faixas e santinhos. No dia 29 de julho do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, que ocupava a cadeira de vice-presidente da corte eleitoral, pediu à Polícia Federal que investigasse as três empresas. No documento, Mendes recomendou que os agentes concentrassem as atenções na empresa Focal. A PF aproveitou e relacionou a VTPB no bojo da apuração. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já apontava para a existência de crime de lavagem de dinheiro praticado pela VTPB uma vez que havia a comunicação de movimentação atípica nas contas da empresa.

Outro indício de que as empresas fornecedoras possam fazer parte do esquema de lavagem de dinheiro, por meio de serviços gráficos, refere-se à prestação de contas da campanha da petista. Há centenas de recibos eleitorais de doações de materiais e serviços. Parte deles está em nome dos mesmos financiadores diretos da campanha. Ou seja, o “produto” doado é produzido pelas mesmas empresas suspeitas, mas leva o carimbo de outra campanha. É o caso do deputado Vicentinho. Ele encomendou à Focal Comunicação a produção de centenas de faixas para a campanha da presidente. O que intriga a investigação é que o petista, que arrecadou pouco mais de R$ 1,4 milhão, tenha ainda contribuído materialmente para a reeleição de Dilma com R$ 350 milhões.

Também intrigou os técnicos do TSE o fato de valores declarados nos recibos de doação de materiais serem muitas vezes bem abaixo do valor praticado no mercado. Do total da produção de santinhos pela Axis Grafica, de São Caetano do Sul (RS), o Comitê Financeiro do PT doou para a campanha de Dilma 6,5% de um total de 30 mil, ou 1.950 itens. O valor declarado pela campanha foi de apenas R$ 14,62. Mas uma no mercado gráfico o valor médio é de R$ 1,8 mil para a quantidade total encomendada e de R$ 121 equivalente ao percentual doado.

A ministra Maria Thereza, relatora do pedido de cassação de Dilma no TSE, ainda está pedindo o compartilhamento de provas e informações obtidas pelas investigações da PF. À ISTOÉ, o ministro Gilmar Mendes ponderou que “nem todas as diligências foram cumpridas pelo TSE e há outras em curso, de modo que há de se aguardar uma maior quantidade de elementos para elaboração do relatório final da perícia”. O prazo é de 90 dias, que alcançará meados de agosto. Até lá, é possível que o afastamento definitivo de Dilma Rousseff já tenha sido julgado pelo Senado. (Colaborou Ary Filgueira)

UNIRAM-SE OS INIMIGOS DA LAVA JATO. E NÓS?

PERCIVAL PUGGINA

Cheguei a crer que fosse inviável parar a Lava Jato. Hoje, essa certeza arrefeceu. Ainda que não seja possível retirar do juiz Sérgio Moro e dos promotores da força-tarefa as garantias constitucionais que lhes asseguram a autonomia para agir, existem maneiras de lhes suprimir os meios de ação e, até mesmo, de os neutralizar. A despeito da respeitável determinação da turma de Curitiba e do irrestrito apoio do povo, essas artimanhas estão sendo exibidas diante dos nossos olhos.

A Lava Jato suscitou contra si o mais poderoso grupo de inimigos que já se formou no Brasil. Para combatê-la, uniram-se parceiros tradicionais e inimigos tradicionais, instalados em elevadíssimos andares no edifício do poder. Estão fisicamente dispersos, mas se articulam e operam, como bem se sabe, em todos os poderes e instituições da república. A força tarefa tem contra si numerosa bancada no Congresso Nacional, muitos dos melhores advogados do país, bem como negociadores e articuladores políticos de competência comprovada. Esse conjunto de antagonistas dispõe, ao alcance da mão, de todos os meios financeiros e materiais que possam ser requeridos pela tarefa de a estancar. E note-se: estou me referindo somente aos figurões que hoje medem diariamente a distância que os separa da porta da cadeia, seja porque lá já estão, seja porque é para lá que receiam ser levados. A estes se acresce, ainda, um conjunto de forças figurantes. É formado por quantos dependem do grupo principal e têm grande interesse em que malefício algum aconteça a seus maiores. A onda de choque de cada sentença e de cada prisão também causa dano sobre esse numeroso grupo que hoje enfrenta a interrupção de seus fluxos de caixa. Aliás, se fosse possível uni-los numa legenda, por exemplo, formariam talvez a mais influente agremiação do país.

É o exército da máfia. Legião de brasileiros que acorda, diariamente, com olhos e ouvidos postos nos movimentos da Polícia Federal, face mais imediatamente visível das operações já criadas ou ainda por ser instaladas e pensa, em harmonia com o andar de cima: isso tem que parar.

Há mais, leitor. Os inimigos da Lava Jato dispõem, em seu favor, de uma legislação protecionista, garantista, que faz do foro privilegiado e do sigilo sucedâneos legais da omertà, a lei do silêncio da máfia no sul da Itália.

Pois bem, se essas forças estão se articulando e, visivelmente, começam a agir nos processos, nos projetos e composições de poder, chegou a hora de os cidadãos retornarem às ruas, conforme está programado para acontecer no próximo dia 31. Os últimos meses tornaram evidente que o impeachment é irreversível. O governo Dilma acabou. Ótimo. Revelou-se com nitidez, porém, um inimigo que está além dos jogos de guerra entre governo e oposição. Refiro-me à criminalidade atuante nas instituições nacionais.

Por causa dela e contra ela, é necessário que no dia 31 de julho, aos milhões, voltemos novamente às ruas, em ordem e com entusiasmo cívico. É hora de exigirmos o fim do foro privilegiado, de cobrarmos a aprovação sem delongas das medidas do MPF contra a corrupção e de levarmos à Lava Jato mais do que nosso apoio. Faremos ver a seus inimigos que a nação os conhece e rejeita. Com determinação e esperança, unidos, daremos à Lava Jato nossa voz, nosso ânimo e a expressão de nosso amor ao Brasil.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

MANOBRA NO STF - UMA CAJADADA, DOIS COELHOS

Em causa própria

O Antagonista (Brasil)

Ricardo Lewandowski passou por cima de Teori Zavaski e intimou Sergio Moro a se explicar novamente sobre os grampos a Lula.

A primeira impressão é que se trata de uma manobra para proteger Lula.

A segunda impressão, baseada no que se diz sobre os novos delatores da Lava Jato, é que se trata de uma manobra para proteger dois ministros do STF.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

APARELHADA, AUTORIDADE OLÍMPICA É SÓ UM ‘CABIDE’



Criada para monitorar as obras para os Jogos Rio 2016, a Autoridade Pública Olímpica (APO) foi “aparelhada” pelo PT e PCdoB e reduzida a cabide de empregos para a “companheirada”. O próprio presidente da APO, Marcelo Pedroso, foi escolha de Aloizio Mercadante, ex-ministro do governo Dilma de triste memória. A um mês do evento, a APO não conseguiu nem mesmo definir ao certo o seu papel nas Olimpíadas. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Quem de fato trabalhou duro na organização dos Jogos Rio 2016 alerta que a tal APO “perdeu função” com fim das obras. Deveria ser extinta.

Nomeados por Dilma e ligados ao PT e ao PCdoB, membros da APO criam dificuldades para o governo federal, que lhes paga os salários.

A Autoridade Pública Olímpica só faz sentido mesmo pelos gordos salários das boquinhas, que podem chegar a R$ 22 mil mensais.

Ministro com gabinete no Planalto acha “doentia” a má vontade da APO com Temer, que decidiu não fazer substituições na véspera dos Jogos.

Leia mais na coluna do jornalista Claudio Humberto

HOMEM DE CONFIANÇA DE DILMA, VALTER CARDEAL NA MIRA DA PF


Diário do Poder

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (6), nove mandados de prisão no Rio de Janeiro e um em Porto Alegre relacionados à Operação Lava Jato. Um dos principais alvos é o engenheiro Valter Cardeal, nome de confiança da presidente afastada Dilma Rousseff no setor elétrico. Outro alvo, o ex-diretor-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, já cumpre prisão domiciliar e deve ser levado para a sede da PF, no Rio de janeiro, e, depois, para o Complexo Penitenciário de Bangu.

Cento e trinta policiais federais cumprem seis mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão, todos expedidos pela 7º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação está sendo realizada em conjunto com o Ministério Público Federal.

A ação apura irregularidades na Eletronuclear. Em Bangu estão os presos na Operação Saqueador, entre eles o Carlinhos Cachoeira e Fernando Cavendish, dono da Delta. Serão cumpridos ainda mandados de busca e apreensão, além de condução coercitiva.

O almirante já é réu em processo na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio. Othon Pinheiro é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber ao menos R$ 4,5 milhões em propinas para facilitar a contratação dos consórcios responsáveis pelas obras da usina de Angra 3.

As investigações da PF apontam que um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3.

A Operação Pripyat, que se refere à cidade ucraniana virou “fantasma” após o acidente nuclear em Chernobyl, apura os crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, sendo um desdobramento no Rio de Janeiro da 16º fase da Operação Lava Jato denominada Radioatividade. Uma coletiva às 10:30h vai detalhar a investigação.

terça-feira, 5 de julho de 2016

ESPERTALHÕES - PETISTAS PRETENDEM VIRAR DONOS DOS IMÓVEIS FUNCIONAIS QUE OCUPAM



Diário do Poder

Projeto malandro, em gestação no Ministério do Planejamento, prevê a venda dos imóveis funcionais do governo federal, dando preferência aos que hoje os ocupam. A jogada permitiria a compra dos valorizados apartamentos e casas pelos militantes do PT que ainda moram neles desde os governos Lula e/ou Dilma. O projeto pretende criar exceção à lei que obriga oportunidades idênticas a todos os interessados. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O alvo da ambição dos petistas são 1.490 imóveis funcionais, dos quais apenas 149 estão desocupados.

A venda de imóveis funcionais não tem a oposição do ministro Dyogo de Oliveira (Planejamento), que, aliás, mora num deles desde 2013.

A ideia é vender imóveis funcionais do governo aos atuais ocupantes, com preço abaixo do mercado e juros subsidiados por bancos públicos.

Segundo o decreto n° 980, de 1993, pode ocupar imóvel funcional servidor nos cargos DAS 4, 5, 6, Natureza Especial e Ministro.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

PF NEGA RUMORES DE DESMONTE DE FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO



O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato, negou nesta segunda-feira (4) que a força-tarefa da operação esteja passando por um processo de desmonte, rumor que passou a circular após a dispensa, na semana passada, de dois delegados responsáveis pelas investigações.

No início de uma coletiva de imprensa sobre a 31ª fase da Lava Jato, em Curitiba, Romário de Paula leu uma nota na qual disse não ser “verídica" a versão de que a força-tarefa "passa por um desmanche". "Em momento algum sofremos qualquer tipo de pressão interna ou externa em função da substituição desse ou dequele delegado”, diz a nota.

O coordenador da Lava Jato afirmou que a substituição dos delegados Eduardo Mauat, feita a pedido, e Duílio Mocelin são “opções estratégicas da coordenação, com apoio irrestrito da equipe de investigação, administração regional e direção-geral da Polícia Federal”.

Também foi confirmada a saída temporária do delegado Luciano Flores, que participará dos trabalhos em torno dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Para preencher as vagas, foram chamados os delegados Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia de Crimes Financeiros em São Paulo; Luciano Menin, ex-intregrante da força-tarefa que retorna à equipe, e Roberto Biasoli, egresso do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Justiça.

“A operação Lava Jato não sofrerá qualquer prejuízo em seus trabalhos investigativos e operacionais”, acrescentou Romário de Paula. 

(ABr)

OPERAÇÃO ABISMO - SAMBA DA PROPINA PARA O PT

PROPINA PARA O PT FINANCIOU ESCOLA DE SAMBA, DIZ LAVA JATO

INVESTIGADORES NÃO INFORMARAM O NOME DA ESCOLA DE SAMBA


Estadão

A Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira, 4, aponta que o ex-vereador do PT, em Americana, Alexandre Romano, o Chambinho, intermediou propinas sobre obras do Centro de Pesquisa da Petrobrás (Cenpes) para o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que ‘teria recebido os valores na condição de agente do Partido dos Trabalhadores’. O juiz federal Sérgio Moro, a pedido do Ministério Público Federal, determinou a prisão de Paulo Ferreira – que já está custodiado preventivamente na Operação Custo Brasil.

Segundo os investigadores, Alexandre Romano confessou que usou suas empresas, a Oliveira Romano Sociedade de Advogados, a Link Consultoria Empresarial e a Avant Investimentos e Participação Ltda., para receber mais de R$ 1 milhão das construtoras integrantes do Consórcio Novo Cenpes – que construiu o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello, no Rio.

“Os valores foram recebidos por meio de contratos simulados e repassados a pessoas físicas e jurídicas relacionadas com Paulo Ferreira, inclusive em favor dele próprio, familiares, blog com matérias que lhe são favoráveis e escola de samba”, apontam os investigadores que não informaram o nome da escola de samba.

A 31.ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira, 4, cumpre medidas cautelares pedidas pelo Ministério Público Federal ‘com a finalidade de obter provas adicionais de crimes de organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de contratos da Petrobrás, em especial do contrato celebrado pelo Consórcio Novo Cenpes’. Foram expedidos 22 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva, 4 mandados de prisão temporária e 7 mandados de condução coercitiva.

Os alvos desta fase são grandes empresas construtoras, incluindo alguns de seus executivos e sócios, e Paulo Ferreira, preso recentemente na Operação Custo Brasil.

Segundo a Procuradoria da República, em 2007, a Petrobrás submeteu à licitação três grandes obras de construção civil: Sede Administrativa em Vitória/ES, Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD), no Rio, e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES), também no Rio.

As investigações em curso na Operação Lava Jato, corroboradas pelo acordo de leniência e acordos de colaboração celebrados com a empresa Carioca Engenharia e seus principais executivos, indicaram que as principais empreiteiras participantes daquelas licitações se ajustaram num grande cartel, fixando preços e preferências de modo a frustrar o procedimento competitivo da Petrobras e a maximizar os seus lucros. A Construtora OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia, integrantes do Consórcio Novo Cenpes, ficaram com a obra do Cenpes.

No caso específico da licitação para a obra do Cenpes, os procuradores afirmam que houve um imprevisto, pois a empresa WTorre Engenharia e Construção S/A, que não havia participado dos ajustes, apresentou proposta de preço inferior. As empresas que formavam o Consórcio Novo Cenpes ajustaram, então, vantagem indevida de dezoito milhões de reais para que a WTorre saísse do certame, permitindo que o Consórcio renegociasse o preço com a Petrobrás.

“Concretizado o acerto espúrio, o Consórcio Novo Cenpes celebrou, em 21/01/2008, contrato com a Petrobras no valor de R$ 849.981.400,13”, informam os procuradores.

Além dos ajustes e fraude na licitação, houve oferecimento, promessa e efetivo pagamento de propina a funcionários da Petrobras da Diretoria de Serviços e a agente político vinculado ao Partido dos Trabalhadores, visando à maximização dos lucros no contrato. No período de 2007 a 2012, foram pagos aproximadamente R$ 18 milhões para que a empresa com melhor preço abandonasse a licitação e foram identificados pagamentos ilícitos de R$ 16 milhões transferidos a Adir Assad, R$ 3 milhões para Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, USD 711 mil para Mario Goes e R$ 1 milhão para Alexandre Romano.

Para a elucidação dos crimes, foram importantes as contribuições prestadas no âmbito de acordos de colaboração e de leniência celebrados pelo Ministério Público Federal, as quais foram corroboradas por provas documentais de fraude à licitação, de pagamentos no exterior e no Brasil e de contratos fictícios feitos com empresas de fachada ou usadas para fazer repasses de propinas.

Dirigentes da empresa Carioca Engenharia, em colaboração, por exemplo, reconheceram a fraude à licitação em benefício do consórcio Novo Cenpes e pagamentos de propinas, o que foi corroborado por eventos que confirmam manipulação da licitação e por contratos fictícios e transferências bancárias. Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de engenharia da Petrobrás indicou que a obra ganha pelo Consórcio Novo Cenpes rendeu propinas de 2% do valor do contrato, tendo sido estas destinadas também ao ex-Diretor da Petrobrás Renato de Souza Duque e a agentes do Partido dos Trabalhadores. Mario Frederico de Mendonça Goes, também colaborador, admitiu a intermediação de propinas, realizando pagamentos em espécie e depósitos em contas no exterior. Há, inclusive, prova documental de que executivos da Carioca Engenharia transferiram USD 711.050,00 no exterior em favor dele.
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