Por Mary Zaidan
Odebrecht, Oi, Sete Brasil, e agora o Grupo J&F, dono da JBS – Friboi, o maior frigorífico do mundo. Diferentes nos negócios, elas têm tudo em comum. Escolhidas a dedo dentro da política megalomaníaca de campeãs nacionais, todas foram anabolizadas por generosos empréstimos do BNDES nos governos Lula e Dilma. E, sem exceção, estão arroladas e enroladas na roubalheira de dinheiro público apurada pela Lava-Jato e suas sucursais.
Tanto políticos quanto empresas remetem suas culpas a um sistema que os obrigaria a corromper e ser corrompido. E o fazem sem qualquer escrúpulo.
Empresários descolados e multimilionários afirmam, em juízo, que se não topassem pagar as cotas-corrupção estariam fora do jogo e que outros o fariam. Na outra ponta, o PT quer fazer crer que perdeu a sua pureza para o mundo dos maus. E que, se errou, o fez em nome do povo. Não se contentou em ter institucionalizado a bandidagem, quis dar a ela ares Robin-Hoodianos.
Para virar gigante, a Friboi recebeu mais de R$ 8 bilhões do BNDES entre 2006 e 2014 e, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), teria lesado o banco em R$ 847 milhões. Regalias, empréstimos e renovações sem contrapartidas.
Novato no grupo de denunciados, a J&F detém 80,9% da Eldorado Brasil Celulose, um dos alvos da Sépsis, nova etapa da Lava-Jato, deflagrada na sexta-feira. De acordo com a denúncia, a empresa teria pagado propina para a ala nobre do PMDB para obter recursos do fundo de investimentos FI-FGTS. Chama atenção o fato de os outros 19,1% das ações da Eldorado estarem nas mãos dos também encrencados fundos de pensão Petros e Funcep, usados e abusados pelo governo petista.
Pelo menos parte da conduta criminosa dessas campeãs é conhecida. A Sete Brasil pintou e bordou e deixou um buraco de quase R$ 20 bilhões, a Oi acaba de pedir recuperação judicial de R$ 65 bilhões, a maior de que se tem notícia na história no país, e a Odebrecht, junto com outras seis grandes empreiteiras, está afundada na pilhagem da Petrobras.
Menina dos olhos de Lula, a Sete Brasil nasceu para ser grande. Construiria 29 sondas até 2020 para explorar petróleo em mar profundo. Só junto ao BNDES, obteve R$ 10 bilhões. Não entregou sonda alguma. Financiou companhas do PT e de aliados, enriqueceu outros e deixou a conta para ser paga pelos impostos dos brasileiros.
O processo da Oi seguiu na mesma batida. Apareceu parcialmente no Mensalão, nos negócios com Portugal, e, ao lado de Lula, na Lava-Jato.
Em benefício da operadora, Lula descriou e criou leis, entregando a ela a telefonia fixa de mais da metade dos municípios do país, a maioria deles no Norte e Nordeste. Com investimentos Oi, o filho Lulinha enricou. Virou empresário da área de games, que, mesmo com prejuízos anuais, continuou recebendo aportes da operadora. Isso sem falar dos mimos, como a antena particular instalada a poucos metros do sítio de Lula em Atibaia, que o ex afirma que não é seu.
A intimidade de Lula com a Odebrecht completa as ligações espúrias entre o governo do PT e as empresas eleitas para brilhar que, em contrapartida, lustravam o brilho da estrela.
A fórmula se repetiu nos governos do PT por mais de uma década, com maior ou menor sofisticação.
Empresas premiadas com contratos e financiamentos públicos superfaturavam e devolviam a dádiva. Legalmente, por meio de doações eleitorais, declaradas e assinadas, ou diretamente para o bolso de uns e outros, por meio de pagamentos em papel-moeda – malas de dinheiro -, ou em contas externas em paraísos fiscais, offshores, trusts.
A política de eleger empresas campeãs nada rendeu ao país e deixou dívidas gigantescas – calcula-se mais de R$ 50 bilhões só ao BNDES. Mas consolidou o PT na liderança do ranking da corrupção – pódio que custa caríssimo ao Brasil.
Odebrecht, Oi, Sete Brasil, e agora o Grupo J&F, dono da JBS – Friboi, o maior frigorífico do mundo. Diferentes nos negócios, elas têm tudo em comum. Escolhidas a dedo dentro da política megalomaníaca de campeãs nacionais, todas foram anabolizadas por generosos empréstimos do BNDES nos governos Lula e Dilma. E, sem exceção, estão arroladas e enroladas na roubalheira de dinheiro público apurada pela Lava-Jato e suas sucursais.
Tanto políticos quanto empresas remetem suas culpas a um sistema que os obrigaria a corromper e ser corrompido. E o fazem sem qualquer escrúpulo.
Empresários descolados e multimilionários afirmam, em juízo, que se não topassem pagar as cotas-corrupção estariam fora do jogo e que outros o fariam. Na outra ponta, o PT quer fazer crer que perdeu a sua pureza para o mundo dos maus. E que, se errou, o fez em nome do povo. Não se contentou em ter institucionalizado a bandidagem, quis dar a ela ares Robin-Hoodianos.
Para virar gigante, a Friboi recebeu mais de R$ 8 bilhões do BNDES entre 2006 e 2014 e, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), teria lesado o banco em R$ 847 milhões. Regalias, empréstimos e renovações sem contrapartidas.
Novato no grupo de denunciados, a J&F detém 80,9% da Eldorado Brasil Celulose, um dos alvos da Sépsis, nova etapa da Lava-Jato, deflagrada na sexta-feira. De acordo com a denúncia, a empresa teria pagado propina para a ala nobre do PMDB para obter recursos do fundo de investimentos FI-FGTS. Chama atenção o fato de os outros 19,1% das ações da Eldorado estarem nas mãos dos também encrencados fundos de pensão Petros e Funcep, usados e abusados pelo governo petista.
Pelo menos parte da conduta criminosa dessas campeãs é conhecida. A Sete Brasil pintou e bordou e deixou um buraco de quase R$ 20 bilhões, a Oi acaba de pedir recuperação judicial de R$ 65 bilhões, a maior de que se tem notícia na história no país, e a Odebrecht, junto com outras seis grandes empreiteiras, está afundada na pilhagem da Petrobras.
Menina dos olhos de Lula, a Sete Brasil nasceu para ser grande. Construiria 29 sondas até 2020 para explorar petróleo em mar profundo. Só junto ao BNDES, obteve R$ 10 bilhões. Não entregou sonda alguma. Financiou companhas do PT e de aliados, enriqueceu outros e deixou a conta para ser paga pelos impostos dos brasileiros.
O processo da Oi seguiu na mesma batida. Apareceu parcialmente no Mensalão, nos negócios com Portugal, e, ao lado de Lula, na Lava-Jato.
Em benefício da operadora, Lula descriou e criou leis, entregando a ela a telefonia fixa de mais da metade dos municípios do país, a maioria deles no Norte e Nordeste. Com investimentos Oi, o filho Lulinha enricou. Virou empresário da área de games, que, mesmo com prejuízos anuais, continuou recebendo aportes da operadora. Isso sem falar dos mimos, como a antena particular instalada a poucos metros do sítio de Lula em Atibaia, que o ex afirma que não é seu.
A intimidade de Lula com a Odebrecht completa as ligações espúrias entre o governo do PT e as empresas eleitas para brilhar que, em contrapartida, lustravam o brilho da estrela.
A fórmula se repetiu nos governos do PT por mais de uma década, com maior ou menor sofisticação.
Empresas premiadas com contratos e financiamentos públicos superfaturavam e devolviam a dádiva. Legalmente, por meio de doações eleitorais, declaradas e assinadas, ou diretamente para o bolso de uns e outros, por meio de pagamentos em papel-moeda – malas de dinheiro -, ou em contas externas em paraísos fiscais, offshores, trusts.
A política de eleger empresas campeãs nada rendeu ao país e deixou dívidas gigantescas – calcula-se mais de R$ 50 bilhões só ao BNDES. Mas consolidou o PT na liderança do ranking da corrupção – pódio que custa caríssimo ao Brasil.
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