O Antagonista (Brasil)
O Antagonista sempre disse que a Sete Brasil era um esquema exclusivo do PT. Hoje, mais cedo, o ex-presidente da empresa João Medeiros Ferraz confirmou que todos os contratos com estaleiros rendiam 0,9% de propina.
"Dois terços eram destinados ao Partido dos Trabalhadores, na pessoa de João Vaccari Neto, e o restante era dividido em duas partes iguais. Uma parte era destinada a pessoas da Petrobras e a outra, para executivos da Sete Brasil."
Ferraz confirmou que o PT reproduziu na Sete o petrolão sem participação do PMDB e do PP. E também disse que assumiu a presidência da empresa a convite do diretor de Finanças da Petrobras Almir Barbassa, até hoje esquecido pela Lava Jato.
Barbassa foi o mais longevo diretor da Petrobras e cuidava justamente da área financeira. Foi indicado por Lula e estava subordinado a José Sérgio Gabrielli.
Ferraz, que vive numa mansão nababesca no Rio, contou que os contratos da Sete Brasil, até a deflagração da Lava Jato, renderam R$ 185 milhões em propina - valor calculado sobre mais de R$ 18 bilhões pagos do maior contrato público da história.
Um parte do valor foi destinado ao casal João Santana e Mônica Moura. O Antagonista espera que a Lava Jato chegue a Barbassa e alerta: Ferraz não contou toda a verdade e o dinheiro que Pedro Barusco devolveu não era só dele.
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