O suposto lobby de Lula para empreiteiras brasileiras no exterior é investigado pelo MPF, em apuração paralela à Lava Jato
Por: Reinaldo Azevedo
O WhatsApp do ex-presidente da Construtora OAS Léo Pinheiro pode complicar ainda mais a situação do ex-presidente Lula. Em conversa com o então diretor de Relações Institucionais da OAS, Jorge Fortes, no dia 31 de janeiro de 2013, Pinheiro dá a entender que a OAS obteve uma obra de cerca de R$ 1 bilhão na Guiné Equatorial “com ajuda do Brahma”. “Brahma”, segundo os investigadores, é o codinome de Lula. Tratava-se da construção de uma estrada de 51 quilômetros que liga a capital Malabo à cidade de Luba, os dois principais portos do país africano. Bancado pelo governo local, o serviço da OAS foi contratado por US$ 320 milhões.
O suposto lobby de Lula para empresas brasileiras na África é investigado pelo Ministério Público Federal em Brasília, em apuração paralela à Lava Jato. O Instituto Lula nega que o petista tenha recebido qualquer benefício ilícito e defende que o lobby para empreiteiras brasileiras no exterior é uma atividade comum àqueles que já ocuparam o cargo de presidente da República.
A Guiné Equatorial é governada por um ditador, Teodoro Obiang, que se tornou aliado de Lula quando o ex-presidente decidiu que o Brasil deveria ter presença forte na África. Ele é o ditador africano que está há mais tempo no poder: 36 anos.
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