terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

FORA TEMER?

Texto genial, como não concordar com o PT?
Mas o que seria "Fora Temer"? Seria "Volta PT"?
Querem arrasar o país de vez... #TôFora


(O pessoal está compartilhando com nomes variados sendo citados como autor do texto, portanto, deixo em aberto e, se por acaso alguém souber quem é o verdadeiro autor, por favor me avise. Há quem garanta que foi escrito e publicado por Sidney Eduardo Affonso. Pesquisei e não encontrei. Aguardo confirmação)

"Fora o Temer, quem mais os petistas odeiam?
Todo mundo que participa do seu governo (ilegítimo, inconstitucional, fisiológico, entreguista, feio, bobo, golpista etc).
Compactuo do horror que os petistas têm ao Temer, ao seu governo, aos seus ministros.
Com a ressalva de que eu não votei no Temer.
Eles, sim.

O Temer me caiu de paraquedas, me foi enfiado goela abaixo.
Os petistas, ao contrário, escolheram-no.
E não uma vez só, mas duas.

Aceito o Temer como quem aceita uma injeção de Benzetacil.
Não quero, não gosto, é horrível – mas ou é isso ou a infecção generalizada.
Respiro fundo, prendo o choro, xingo a mãe do moço da farmácia e toco o barco.

Como os petistas, não suporto olhar para a cara do Edison Lobão, nobre presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Mas, ao contrário dos petistas, eu também não o suportava quando ele era Ministro de Minas e Energia de Lula e de Dilma.

Compartilho com os petistas uma profunda antipatia pelo Presidente do Senado, Eunício Oliveira.
Só que eles o achavam simpaticíssimo quando era Ministro das Comunicações de Lula.

Eliseu Padilha, braço direito do golpista, quem consegue confiar nesse sujeito?
Os petistas, certamente – pelo menos enquanto foi Ministro da Aviação Civil da finada Presidenta.

Como não me solidarizar com os petistas no asco pelo Geddel Viera Lima, o do apartamento com vista pro mar em Salvador?
Mas o asco deles é recente, só desabrochou depois que ele deixou de ser Ministro da Integração Nacional do viúvo de D. Marisa.

Ah, Romero Jucá, o surubático Romero Jucá...
Impossível não ser tomado de ojeriza ao vê-lo, ouvi-lo, imaginá-lo.
Exceto os petistas, que surubaram com ele sem pudor algum enquanto era Ministro da Previdência Social do Lula.

E Silas Rondeau, encalacrado na Lava Jato, indiciado por tráfico de influência?
Abominável, diriam os petistas - e eu concordo.
Mas os petistas só acham isso depois que ele deixou de ser Ministro de Minas e Energia.
De quem?
Ganha um sítio em Atibaia quem adivinhar.

E tem ainda Moreira Franco, estrategicamente nomeado pelo nefasto Temer apenas para adquirir foro privilegiado.
Se bem me lembro, ele teve o mesmo foro como Ministro de Assuntos Estratégicos de Dilma, e ninguém falou nada.

Eu não gosto do Temer, mas desde sempre.
Os petistas, esses só começaram a desgostar quando ele se cansou de ser um vice decorativo e resolveu partir para novos desafios e se reposicionar no mercado.
Por isso entendo quando entram transe (e em loop) com seu mantra “Fora, Temer”.
É que levaram cinco anos para perceber que ele existia (e que existiam Moreira Franco, Jucá, Eunício, Rondeau, Padilha, Geddel), e só aí começar a ladainha.
Sabe como é, ficha de petista demora um pouco a cair."

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

CRIMINALIZAR A POLÍTICA INDUZ AO "VOLTA LULA"

Imagem relacionada

Aclamado por quem não tem vergonha de assumir a política como ela é em nosso país, não como deveria ser ou como é em países avançados, o "volta Lula" está cada vez mais firme e forte. E não adianta levantar suspeitas sobre os institutos de pesquisas, isso já está na boca do povo. Só não admite quem vive encastelado em seu mundinho e não convive com pessoas comuns, que representam a imensa maioria que decide eleições.

A ideia muito bem articulada de que "ninguém presta" e melhor para o Brasil é não votar em político nenhum tem como resultado exatamente o que interessa para o PT, pois quem tem voto pode garantir mais uma vitória e continuar destruindo o país impunemente.
Pode parecer absurdo que o eleitor roubado por Lula ainda vote nele, mas a propaganda eficiente do partido ainda tem um efeito maior do que as noticias divulgadas pela imprensa. Cito Lula e não outros réus porque, proporcionalmente, é muito mais relevante, tanto pelo tamanho dos esquemas que chefia quanto pela quantidade de votos. Os demais investigados em operações como a Lava Jato jamais teriam voto para a presidência da República além de seu curral.

Entretanto, algo novo pode surpreender e a polarização, até então entre petistas e tucanos, pode contar com outro protagonista supostamente posicionado politicamente na extremidade oposta ao PT. Porque digo supostamente? Oras, porque alguém cujo partido fez parte da base do governo petista, sem nunca contestar, não pode ser considerado um antagonista do partido mais corrupto da nossa história apenas por suas bravatas ideológicas.

Mas é o que poderemos ter para o segundo turno ano que vem se continuar avançando a onda que induz as pessoas a terem vergonha de apoiar algum candidato. Os extremos defendem os seus, enquanto patrulham e saem para o ataque contra quem tem coragem de assumir que admira alguns políticos. A ordem é repetir que ninguém presta (só o "salvador" deles). 


Isso é um novo modelo de repressão.
Corremos o risco, portanto, de repetir o erro das últimas eleições, agora em dose dupla. 

Carlos Andreazza escreve um artigo primoroso no jornal O Globo: “Lula é o maior beneficiário de outra consequência da criminalização da atividade política”



Segue trecho com o que mais importa nesse contexto, com link para a íntegra.
*
Antes que o leitor se jogue à rua “contra tudo isso que está aí”, proponho que reflita e avalie sobre ao que — e a quem — serve uma mobilização que tenha como gatilho a sentença falaciosa de que “políticos são todos iguais”.
(...)

Lula…

Lula, no entanto, está solto. E é o maior beneficiário de outra consequência — talvez a menos exibida — da criminalização da atividade política. Num cenário de terra arrasada, em que os partidos são comparados ao PCC, em que ninguém presta, e todos são bandidos, neste campo desqualificado, só quem se pode fortalecer é o pior entre os piores. Concordo com a síntese de Reinaldo Azevedo: se todos os políticos são iguais, Lula é o melhor.

(…)

Engana-se (ou quer enganar) quem diz que o PMDB — sócio menor neste arranjo — seja o controlador do tear. É o PT — entranhado na máquina do Estado, senhor de universidades e redações — a força política e culturalmente dominadora, aquela que opera por permanecer e cujo regresso à Presidência as sempre boas intenções dos protestos difusos podem acelerar.

Ou não entendi coisa alguma, e a galera irá às ruas para fechar o Congresso, decapitar Brasília e instaurar um novo regime?


Íntegra aqui

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

MESTRES DO LUDIBRIO

:: Lula e o PT estão aí com tudo, tentando apagar a História. 
Por Mary Zaidan


Animados pela pesquisa CNT/MDA, que coloca Lula na dianteira isolada na preferência popular para a eleição presidencial de 2018, o PT e o próprio Lula decidiram sair da encolha. Vão ampliar a participação do ex nas ruas, nas mídias sociais e, consequentemente, na imprensa. E não param de aumentar o tamanho da borracha que usam para apagar os fatos tenebrosos que escreveram na história, na tentativa de imprimi-los com as tintas que a eles convêm.

Com participações de 20s em cada uma das quatro inserções de 30s que o PT enviou sexta-feira para os diretórios estaduais, Lula fabula como derrotou a inflação e gerou mais de 22 milhões de empregos. Reclama que o atual governo está cortando dinheiro da educação, que falta democracia no país. E que crise se combate com investimento público.

Fala como se o Brasil tivesse algum respiro para investir. Como se o caos econômico, crescimento negativo e desemprego galopante não fossem resultados de seu último mandato e dos de sua pupila. Como se a economia fosse regida por voluntarismo, como se o país não tivesse perdido um único centavo para a corrupção.

Em outro vídeo, de 2min41s, divulgado na página de Lula no Facebook e replicado no site oficial do PT, o ex expõe com absoluta maestria sua habilidade de interpretar os acontecimentos, de inverter os polos, criar verdades. Usa as mesmas roupas dos filmetes, mas outra face.

A título de conclamar partidários para o 6º Congresso da sigla, com primeira etapa prevista para o dia 9 de abril, Lula diz que o PT vem sendo destruído desde 2005 – quando estourou o mensalão – pela ação de seus adversários que “continuou até o impeachment da presidenta Dilma”. Afirma que 2017 é o ano de recuperar a imagem do PT e de “defender o legado do partido que mais fez política social neste país”.

Ora em tom emotivo, ora com fala vigorosa, a convocação de Lula imita a de um general que tem de animar a tropa esfarrapada que será baleada no front. Figurativo que o ex substituiu pela subida de uma escada – há os que desistem no primeiro degrau, no quarto degrau, e os “bons”, que sobem 10 degraus e estão prontos para outros 10.

Só não falou no tamanho da queda.

Mesmo que lidere pesquisas, Lula sabe que queimou patrimônio demais. Tem pouco tempo para se livrar do que já pesa sobre os seus ombros – companheiros condenados no mensalão, outros na cadeia pela Lava-Jato e cinco processos diretos contra ele. Do que ainda pode vir com a revelação completa da delação da Odebrecht e de outros cadáveres que ele e o PT já supunham enterrados.

Sabe ainda que será difícil negar a responsabilidade pela crise econômica que deixou mais de 12 milhões no desemprego e outros 3 milhões na miséria. Que uma campanha eleitoral faz ressuscitar fantasmas de seu time de elite – Dirceu, Palocci e cia. –, empresários amigos – Léo Pinheiro, Marcelo Odebrecht, etc. –, políticos do coração, como Sérgio Cabral. Todos atrás das grades.

A sorte de Lula – e político tem de ter estrela, sorte – é que o governo Michel Temer tem pernas bambas. Erra mais do que acerta e só se mantem em pé ancorado na muleta que sustenta a economia.

Aos erros de Temer se somam os de integrantes de seu partido, o PMDB, e de aliados, que, em nome de autoproteção, denigrem a política, colocando tudo e todos na mesma cesta podre.

Mercado de ocasião para Lula, que não perde uma única chance.

No vídeo dedicado à militância, o líder do “nós”, os virtuosos, contra o “eles”, os canalhas, chega a admitir igualdade para nivelar todo mundo por baixo e se dizer superior: “pode ter até igual, mas nesse país não tem ninguém melhor do que nós”.

Mas são elementos de fundo que dão personalidade à peça publicitária. Recuperam-se o vermelho e a estrela, tão escondidos na campanha do ano passado. E no encerramento saca-se um novo símbolo: os quatro dedos da mão de Lula sobre a bandeira do partido.

É apelativo? E daí? Bota-se um pouco de verdade irrefutável – Lula realmente perdeu o dedo mínimo – para mexer com as emoções e fazer parecer que tudo o que foi dito anteriormente no vídeo carrega dose idêntica de verdade.

São craques na arte do ludibrio. E isso, sem dúvida, tem peso nas urnas.

Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Noblat, em 19/2/2017.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

PARA O PT, CONTRIBUINTE PAGA ATÉ ABRAÇO

SENADO PAGOU ATÉ ABRAÇO DE SENADORES DO PT EM LULA, NO VELÓRIO DE MARISA


Dos dez senadores do PT, seis não tiveram a dignidade de pagar do próprio bolso as passagens para o enterro de Marisa Letícia, mulher de Lula. Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE), Jorge Viana (AC), José Pimentel (CE), Regina Sousa (PI) e Lindbergh Farias (RJ), ganham somados mais de R$ 200 mil por mês, mas espetaram o custo das passagens na infame Cota de Atividade Parlamentar, o “cotão”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A soma das passagens dos seis senadores nos custou R$ 11,9 mil, o suficiente para pagar salários a um desempregado por um ano.

A passagem de Lindbergh, ponte aérea do Rio, custou só R$ 986,88. Já o cearense Pimentel, R$ 3.115,58. Tudo por nossa conta

Os demais senadores do PT não usaram dinheiro público para chorar lágrimas de crocodilo no enterro que Lula transformou em comício.

A “Cota para o Exercício de Atividade Parlamentar”, que indeniza qualquer despesa dos políticos, custa-nos R$ 270 milhões por ano.

LULA 2018? A JARARACA VIVE

Mas algo pende sobre sua cabeça

Pesquisa mostra que Lula venceria corrida presidencial. O maior desafio do petista, no entanto, é chegar a 2018 em condições legais de ser candidato


Por Pedro Dias Leite - VEJA

Lula 2018? A pesquisa é boa para ele. Mas algo pende sobre a sua cabeça

No mesmo dia em que foi conduzido a depor na Operação Lava Jato, em março de 2016, o ex-presidente Lula lançou mão de um daqueles arroubos retóricos que só ele é capaz de produzir: “Se quiseram matar a jararaca, não fizeram direito, pois não bateram na cabeça, bateram no rabo. Porque a jararaca está viva”. Quase um ano depois, Lula figura como réu em três processos da Lava-Jato, além de aparecer com destaque nas delações da Odebrecht. Mesmo assim, a jararaca continua como há quase um ano atrás: vivíssima, como mostra uma pesquisa da CNT/MDA divulgada na semana passada. O líder petista, que já estava na frente nos cenários no primeiro turno, mas perdia no segundo, agora vence também na rodada decisiva. O principal desafio de Lula, no entanto, é conseguir chegar a 2018 em condições legais de ser candidato. Ele pode ser condenado em primeira instância ainda neste ano, mas só a confirmação da sentença por um órgão colegiado impediria a sua candidatura nos termos da Lei da Ficha Limpa.

Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

"LEVEI MALA DE DINHEIRO PARA LULA"

Ex-sócio de Fernando de Arruda Botelho, acionista da Camargo Corrêa morto em acidente aéreo há cinco anos, Davincci Lourenço diz à ISTOÉ que ele foi assassinado e que o crime encobriu um esquema de corrupção na empresa. O ex-presidente petista, segundo ele, recebeu propina para facilitar contrato com a Petrobras

“Levei mala de dinheiro para Lula”

Sérgio Pardellas e Germano Oliveira (17.02.17)Isto É

O personagem que estampa a capa desta edição de ISTOÉ chama-se Davincci Lourenço de Almeida. Entre 2011 e 2012, ele privou da intimidade da cúpula de uma das maiores empreiteiras do País, a Camargo Corrêa. Participou de reuniões com a presença do então presidente da construtora, Dalton Avancini, acompanhou de perto o cotidiano da família no resort da empresa em Itirapina (SP) e chegou até fixar residência na fazenda da empreiteira situada no interior paulista. A estreitíssima relação fez com que Davincci, um químico sem formação superior, fosse destacado por diretores da Camargo para missões especiais. Em entrevista à ISTOÉ, concedida na última semana, Davincci Lourenço de Almeida narrou a mais delicada das tarefas as quais ficou encarregado de assumir em nome de acionistas da Camargo Corrêa: o transporte de uma mala de dinheiro destinada ao ex-presidente Lula. “Levei uma mala de dólares para Lula”, afirmou à ISTOÉ. É a primeira vez que uma testemunha ligada à empreiteira reconhece ter servido de ponte para pagamento de propina ao ex-presidente.


Leia a matéria completa na revista Isto É.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

#FICA DAIELLO, ENFIM A REAÇÃO!

DELEGADO DA LAVA JATO SAI EM DEFESA DE LEANDRO DAIELLO

DELEGADO ALERTA: SAÍDA DE DIRETOR DA PF PODE AFETAR OPERAÇÕES

‘POUCOS CONHECEM A PARTICIPAÇÃO DO DIRETOR-GERAL (FOTO) NAS GRANDES OPERAÇÕES DA PF’, DIZ DELEGADO MAURÍCIO MOSCARDI (FOTO: EBC)

O delegado Maurício Moscardi, da equipe da Operação Lava Jato, em Curitiba, afirma que poucas pessoas “conhecem a participação efetiva do diretor-geral nas grandes operações da Polícia Federal”. Delegados que coordenam as investigações do escândalo de corrupção na Petrobras saíram em defesa de Daiello, nesta terça-feira, 15, e negaram qualquer tipo de enfraquecimento da equipe.

Com a saída do ministro Alexandre de Moraes, do Ministério da Justiça, a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) levou ao presidente da República, Michel Temer (PMDB), uma proposta de troca do diretor-geral, que está no cargo desde 2012.

A entidade de classe usou o argumento de suposto esvaziamento das equipes da Lava Jato, como forma de justificar a mudança.

Nesta terça-feira, dois coordenadores da Lava Jato, em Curitiba, os delegados Igor Romário de Paula e Maurício Moscardi, defenderam a atuação de Daiello.

“Como apoiar um ato que vai contra o que vimos nos últimos três anos? O diretor-geral sempre se mostrou isento quanto às investigações, bem como fez as liberações de recursos que solicitamos”, afirmou o delegado Moscardi. “Até mesmo quanto ao efetivo da operação, muito criticada, estamos sendo integralmente atendidos.”

Para Moscardi, a opinião da ADPF tornada pública representa “pouco mais de 200 delegados, quando na corporação são 2,5 mil”.

“Devemos considerar ainda os outros cargos diversos que não opinaram sobre a questão. No Paraná, por exemplo, 100% do efetivo de delegados federais que participaram da assembleia citada votaram pela manutenção do diretor-geral”, afirmou o delegado da Lava Jato.

Equipes de Curitiba e Brasília, que investigam o escândalo de corrupção na Petrobrás, e delegados de duas outras grandes operações da PF de combate à corrupção – Acrônimo e Zelotes – vão divulgar carta manifestando “confiança” no trabalho de Daiello e informando verem riscos às investigações, em eventual troca de comando na corporação.

“Devemos ter muito cuidado para expressar determinadas opiniões, pois poucos são aqueles que conhecem a participação efetiva do diretor-geral nas grandes operações da PF. Criticar sempre é mais fácil que colaborar.” (AE)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O PT AINDA FAZ O QUE QUER

Enquanto os "bons e perfeitos" se omitem, vivem em seu mundinho egocêntrico, anulam voto e coisas assim, o PT faz o que quer.

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Então a Associação Nacional de Delegados da PF encaminha ao presidente Temer pedido de que seja substituído o diretor-geral do órgão, Leandro Daiello.

O pedido para derrubar o diretor-geral foi aprovado por 72% dos participantes de assembléia realizada pela Associação na sexta-feira passada.

O argumento é que a permanência do diretor-geral no cargo, em que está desde 2011, ameaça a Operação Lava-Jato.


O bom brasileiro pagador de impostos e que deseja o bem do país lê a notícia, e tem toda razão para ficar preocupado: quem será que está certo nessa história?

Mas a Operação Lava-Jato não está indo bem até agora, com Leandro Daiello na chefia geral da PF?

É, mas, pô, são 72% dos delegados que estão pedindo a saída dele...

O Estadão desta terça-feira fornece as pistas para que o bom brasileiro chegue a uma conclusão.

Primeira pista: participaram da tal assembléia na sexta-feira 295 delegados da PF. Desses, 212 aprovaram o pedido.

Esse número representa 12% do total de delegados da PF.

Segunda pista: o presidente da Associação Nacional de Delegados da PF, Carlos Sobral, foi filiado ao PT por sete anos.

A conclusão é simples:

É bom para o Brasil que Leandro Daiello continue sendo o diretor-geral da PF.

Elementar, meu caro Watson.

LULA E MOREIRA FRANCO, QUANTA DIFERENÇA!

Lula e Moreira Franco: qual a diferença entre as decisões do STF?

Ao contrário de ex-presidente, cuja nomeação para ministro foi barrada por Gilmar Mendes, peemedebista foi citado na Lava Jato, mas ainda não é investigado

O ex-presidente Lula e o ministro Moreira Franco (Igo Estrela/PMDB e Jefferson Coppola/VEJA)

VEJA - Por João Pedroso de Campos

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que nesta terça-feira negou haver desvio de finalidade na nomeação pelo presidente Michel Temer e manteve Moreira Franco (PMDB) na Secretaria-Geral da Presidência da República, com status de ministro e foro privilegiado, levou à imediata comparação com outra célebre decisão recente da Corte: em março de 2016, o ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar em outro mandado de segurança, movido pelo PPS, e anulou a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil do governo da então presidente Dilma Rousseff.

Nas redes sociais, questiona-se se as decisões de Mello, o decano, e Mendes, o polêmico, provariam que há dois pesos e duas medidas no Supremo. Há, no entanto, uma diferença entre Moreira e Lula, que fica registrada nas decisões: embora fartamente citado em delações da Operação Lava Jato, como a do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, onde aparece 34 vezes, o peemedebista – ou “Angorá”, seu apelido nas planilhas da empreiteira – não é formalmente investigado como o petista.
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No mandado de segurança 34.070, Gilmar Mendes lembrou que Lula já era alvo de investigações da força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato e já fora alvo de mandados de busca e apreensão e condução coercitiva determinados pelo juiz federal Sergio Moro na 24ª fase da Lava Jato, batizada de Aletheia.

“A presidente da República praticou conduta que, a priori, estaria em conformidade com a atribuição que lhe confere o art. 84, inciso I, da Constituição – nomear ministros de Estado. Mas, ao fazê-lo, produziu resultado concreto de todo incompatível com a ordem constitucional em vigor: conferir ao investigado foro no Supremo Tribunal Federal”, concluiu Mendes.

Ele ainda lembrou a conversa entre Dilma e Lula, gravada pela Lava Jato, em que os petistas combinam a entrega de um termo de posse no ministério, a ser usado “só em caso de necessidade”, como frisou a ex-presidente. “O objetivo da falsidade é claro: impedir o cumprimento de ordem de prisão de juiz de primeira instância. Uma espécie de salvo-conduto emitido pela Presidente da República”, afirmou Mendes na decisão.

O ministro também observou em sua decisão que a concessão de foro privilegiado ao petista causaria “tumulto” às investigações. “Não se nega que as investigações e as medidas judiciais poderiam ser retomadas perante o STF. Mas a retomada, no entanto, não seria sem atraso e desassossego”, observou.

Como não há investigação contra Moreira Franco em instâncias inferiores, não haveria, também, “atraso e desassossego” a serem considerados por Celso de Mello, que assegurou em sua decisão que, no STF, mesmo um ministro de Estado “está sujeito, como qualquer outro cidadão da República, às mesmas medidas de restrição e de coerção, inclusive decretação de prisão preventiva e suspensão cautelar do exercício do cargo ministerial, que incidem, por força de lei, sobre as pessoas em geral”.

Leia aqui a íntegra da decisão do ministro Gilmar Mendes no mandado de segurança 30.070.

Leia aqui a íntegra da decisão do ministro Celso de Mello no mandado de segurança 34.609.

QUEM NÃO ACEITOU PAGAR PROPINA SE DEU MAL

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Engenheiro diz que pediu ajuda a Lula sobre propinas na Petrobras

O depoimento foi tomado no dia 9 de dezembro de 2016 e encaminhado pela Procuradoria da República em Minas para o juiz Sérgio Moro no dia 1º de fevereiro

VEJA

O engenheiro Geraldo Aurélio Feitosa, dono da empresa Cogefe Engenharia, relatou à Justiça Federal que sua companhia teria sido vítima do esquema de corrupção na Petrobras e que chegou a buscar ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, via Frei Betto, para tentar resolver o calote que tomou da estatal petrolífera por não ter pago propina -segundo ele, a “mala preta” que foi exigida para as obras do Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio de Janeiro.

O depoimento foi tomado no dia 9 de dezembro de 2016 e encaminhado em vídeo pela Procuradoria da República em Minas para o juiz Sérgio Moro no dia 1.º de fevereiro.

Em seu depoimento, Feitosa não dá detalhes de como teria sido o diálogo com o ex-presidente, diz apenas que o petista lhe prometeu ajuda e que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, teria indicado um diretor jurídico na estatal para ele conversar, tudo sem sucesso. “Pediam (ex-dirigentes da Petrobras) inclusive para ir no Lula, como eu fui, através de um amigo aqui de BH (Belo Horizonte), o Frei Betto, me levou lá estive pessoalmente e (disseram) ‘não, vamos resolver, vamos resolver’. Aquele Paulo Okamotto disse que ia resolver, indicaram um diretor jurídico lá, e ficou do mesmo tempo”, disse.

Feitosa faz uma ressalva ao falar de Frei Betto, ou Carlos Alberto Libânio Christo, da Ordem Dominicana, amigo e assessor especial de Lula entre 2003 e 2004. “Mal sabia ele (Betto), porque o Frei Betto também era um inocente, era um frei”, afirmou.

O engenheiro era réu até o fim do ano passado em uma ação penal na Justiça Federal em Minas acusado de sonegar 2,2milhões de reais por meio de empresas de fachada com as quais sua companhia teria mantido contrato, segundo a Procuradoria da República em Minas. Segundo ele, por causa desse calote da Petrobras sua companhia teve um prejuízo contábil de 65 milhões de reais.

O episódio que deu prejuízo para a Cogefe, segundo Feitosa, envolveu a obra do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), no Rio. “Trabalhamos por 24 anos para a Petrobras, em todos os Estados do Brasil, São Paulo, Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, nunca tivemos o menor problema. Mas na obra do Centro de Pesquisas, na Ilha do Governador, o Cenpes, que era uma obra de porte, começou tudo”, disse. “Não pagaram as medições, não liberaram, não pagaram projeto”, seguiu Feitosa em seu relato.

O engenheiro contou que neste período era recebido mensalmente pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o ex-diretor de Serviços Renato Duque que lhe prometiam resolver o assunto “em breve”. Mais de um ano depois das conversas, sua companhia ainda não tinha recebido os recursos e os ex-dirigentes da estatal, atualmente condenados na Lava Jato, lhe sugeriram que a Cogefe fizesse um contrato de cessão da obra para a Andrade Gutierrez, empreiteira que participava do cartel que fraudava licitações na estatal.

Feitosa relatou que aceitou fazer o contrato, que acabou sendo assinado, e passou a responsabilidade pelas obras para a Andrade Gutierrez. Na ocasião, segundo relatou, ele pediu que fosse feito um acordo para que sua empresa recebesse o pagamento que faltava, o que nunca ocorreu. “Trocaram de interlocutor (a Andrade Gutierrez) oito vezes e nos deram uma banana, todas as canetas caíram, inclusive da Petrobras”, afirmou.

“Todo mundo dizendo que ia receber, demorou oito anos isso e não aconteceu nada, por isso a empresa paralisou, com prejuízo contábil de 65 milhões de reais por não recebimento de medição. A condição da Andrade Gutierrez era uma, o vulgo termo ai, a mala preta”, seguiu Feitosa em seu relato.

“Eu falei, eu não entendo isso e as vezes a gente nem entende como Deus age por linhas tortas, porque se tivéssemos entrado nesse esquema poderíamos estar lá em Curitiba, como inúmeros, todos esses que estão lá eu via, via trânsito na Petrobras porque eu ia todos os meses e por incrível que pareça era recebido todos os meses e nada se resolvia”, disse.

As obras do Cenpes envolvendo a Andrade já foram alvo de denúncia na Lava Jato em Curitiba. A Procuradoria da República no Paraná denunciou em julho de 2015 treze pessoas, incluindo executivos da empreiteira, por 167 atos de corrupção, no total de 243 milhões de reais, e 62 atos de lavagem de dinheiro, envolvendo um montante de 6,79 milhões de reais 1 milhão de dólares.

A denúncia aponta irregularidades envolvendo contratos da Andrade em oito unidades da Petrobras, incluindo o Cenpes.
Absolvido

Geraldo Feitosa e Paulo Rogério Feitosa foram denunciados pela Procuradoria da República em Minas acusados de fraudar documentos para que sua empresa, a Cogefe Engenharia, pagasse menos impostos. Foi nesta ação penal, que, durante seu interrogatório, Geraldo Feitosa disse que um fiscal teria tentado suborná-lo e comparou o episódio ao que teria ocorrido com sua empresa na Petrobrás.

Em 7 de novembro do ano passado o juiz Murilo Fernandes de Almeida entendeu não haver elementos suficientes para condenar os dois e acabou absolvendo os sócios da Cogefe. O Ministério Público Federal, contudo, recorreu da decisão e também pediu para encaminhar o depoimento de Feitosa que cita o esquema na Petrobras ao juiz da Lava Jato, em Curitiba.

A reportagem enviou e-mail para Frei Betto pedindo esclarecimentos sobre o caso na noite desta segunda-feira, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para a manifestação de Frei Betto.
Defesa

O criminalista José Roberto Batochio, que coordena a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o depoimento se trata da fala de um réu que lança acusações sobre outras pessoas para tentar se safar da Justiça – e que por isso deve ser visto com cautela.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

SUSPEITA E CULPA

Suspeita e culpa (Foto: Arquivo Google)

Mary Zaidan

Todos os suspeitos têm de ser investigados, mas nem todo inquérito transforma o investigado em réu. Essa sequência, embora simples, tem sido perigosamente confundida, seja por aflição, ignorância ou má-fé.

Políticos acusados usam a posição de investigados para se eximir de qualquer culpa. Promotores e desafetos dos políticos sob suspeição utilizam o mesmo princípio para condená-los. Partidários de um lado e de outro neste país dividido fazem igual.

No meio dessa balbúrdia, o distinto público não quer nem mesmo olhar para o cesto, quanto mais enxergar as poucas maçãs que não estão podres ou severamente bichadas.

Animado pelo sucesso da Lava-Jato, que tem conseguido investigar, condenar e prender poderosos, o país assiste a uma histeria por punições, com ou sem culpa provada. No tribunal popular condena-se o suspeito citado em uma delação antes do início das investigações, e, portanto, antes mesmo de o delatado virar réu.

Na primeira instância, os processos correm com celeridade. E não só na Curitiba de Sérgio Moro, mas também no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. No STF, o ritmo se difere. Nem sempre, como apressados se arvoram a dizer, por culpa do Supremo, mas do próprio ritmo das investigações.

Os procedimentos, em qualquer instância, têm um extenso caminho após as investigações policiais. No caso dos políticos com mandato, que têm privilégio de foro, o Ministério Público Federal formula a denúncia e o STF autoriza, ou não, a investigação. Só aí o processo começa a ser montado, mas ainda sem que o suspeito seja considerado réu. Se existirem provas suficientes contra aquele denunciado, o MPF envia a peça novamente ao Supremo para que o investigado seja indiciado.

Foi o que aconteceu com Renan Calheiros (PMDB-AL) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), que, de investigados, tornaram-se réus em ações no STF. Com Humberto Costa (PT-PE) deu-se o contrário. Investigado, ele foi inocentado por falta de provas.

Ainda que dezenas de indícios apontem culpas de outros senadores – alguns aparentemente mais do que enrolados em práticas ilícitas –, Renan e Gleisi são os únicos réus de fato com assento, e na suplência, na nova composição da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Quer o público goste ou não, os demais integrantes da CCJ fervem em outro caldeirão, ainda que malcheiroso. Por mais que se suspeite que não sejam santos, não se pode condená-los por ditos de um ou outro delator, indícios, antipatias.

O presidente da Comissão, Edison Lobão (PMDB-MA), Jader Barbalho (PMDB-PA), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Romero Jucá (PMDB-RR) estão entre os investigados; Benedito Lira (PP-AL) e Fernando Collor (PTC-AL) foram denunciados. Podem causar arrepios, mas ainda não são réus.

Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da indicação de Alexandre Moraes para o Supremo, e Aécio Neves (PSDB-MG) foram citados em delações, mas nem mesmo tiveram pedidos de inquérito protocolados no STF. Antonio Anastasia (PSDB-MG), vice-presidente da CCJ, foi investigado e teve seu processo arquivado, não chegando a ser denunciado. Outros 17 membros titulares da CCJ não constam de investigações.

Quase 200 dos 513 deputados federais e 32 dos 81 senadores são alvos de investigações. É muito, demais. Vários dos inquéritos abertos se perderam pelo prazo, contam-se nos dedos os que foram concluídos e que tiveram réus condenados.

Um defeito escancarado do sistema de privilégio legal.

Sem foro especial, não haveria Dilma Rousseff tentando aliviar o dorso de Lula da Silva nem Michel Temer nomeando Moreira Franco. Dois casos deploráveis, ainda que em situações diferentes, de ministros de ocasião ungidos para colher regalias que os demais brasileiros não têm.

Todos os suspeitos têm de ser investigados, mas nem todo inquérito transforma o investigado em réu. E assim como ninguém deveria ser condenado a priori, é inadmissível a existência de réu de luxo.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

GREVE COM TODOS OS TONS DE VERMELHO

A turma que sonha com o fim da PM merecia estar em Vitória

Freixo, Duvivier, Luciana Genro e Lindbergh já sabem o que aconteceria se conseguissem acabar com a polícia

Por Augusto Nunes

fim-da-pm

Num vídeo divulgado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), quatro pajés de tribos esquerdistas garantem que o aumento da criminalidade só será contido se a Polícia Militar for desarmada, emasculada ou extinta de vez. O problema, portanto, não é a proliferação de meliantes e baderneiros. É a existência de uma instituição encarregada de defender a lei e a ordem. O desfile da insensatez começa com o deputado estadual Marcelo Freixo, candidato derrotado à prefeitura do Rio pelo PSOL. Para tapear gente com cérebro, ele preconiza a “desmilitarização da PM”, expressão que camufla o conjunto de mudanças que, consumadas, tornariam qualquer batalhão tão eficaz quanto uma guarda mirim.

Depois de uma curta e amalucada aparição do humorista a favor Gregório Duvivier, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a onipresente Luciana Genro, do PSOL gaúcho, retomam a lengalenga da “desmilitarização”. As coisas ficam claras com a segunda entrada em cena de Duvivier, que berra a palavra de ordem que rasgou a fantasia: Eu quero o fim/da Polícia Militar./Não acabou. Tem que acabar”.


O que espera a turma do vídeo para baixar no Espírito Santo e ver de perto como é uma cidade sem PM? Que tal criar coragem e acompanhar com os próprios olhos as cenas exibidas no vídeo abaixo, uma confirmação apavorante do horror cotidiano imposto a milhões de capixabas pela greve ilegal dos chantagistas fardados? Por que os guerreiros da Revolução dos Idiotas não tentam negociar com a bandidagem a ressurreição da paz assassinada Talvez sobrevivam.

MAIS UM "ACIDENTE" - AVIÃO COM AÉCIO NEVES FAZ POUSO DE EMERGÊNCIA

'FOI UM ACIDENTE E FELIZMENTE SEM CONSEQUÊNCIAS MAIORES', DIZ AÉCIO NEVES

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Horas depois de passar por um susto no avião que o transportava de Brasília para São Paulo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) evitou tecer maiores comentários sobre o episódio. "Foi um acidente e felizmente sem consequências maiores. Sigamos em frente", disse ele, diante da insistência de jornalistas na sede da Fundação Fernando Henrique Cardoso, no Centro da capital paulista. Questionado se já tinha passado por algo parecido, o tucano, presidente nacional do PSDB, disse apenas que "não".

Na noite da quinta-feira, 9, o jatinho que transportava o senador mineiro teve problema no trem de pouso e fez uma aterrissagem de emergência no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O avião chegou a sair da pista e só parou na grama. Ninguém ficou ferido.

Aécio viajou para São Paulo para se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele chegou à fundação FHC por volta as 11 horas, a tempo de assistir o final da palestra do jurista Ives Gandra Martins Filho sobre a reforma trabalhista. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, após a palestra, Aécio e FHC seguiram para um restaurante para almoçar. O local não foi informado.

Desde a indicação do ministro licenciado Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, Aécio articula a indicação do senador Antônio Anastásia (PSDB-MG) para ocupar a vaga no ministério da Justiça. (AE)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

MEDO DO JUIZ - LULA TENTA FUGIR DE MORO

ACUSADO DE OBSTRUIR A JUSTIÇA, QUER SER JULGADO PELO STF



Diário do Poder

A defesa do ex-presidente da República Lula pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que corrija o "erro histórico" que alega ter sido cometido com a suspensão da sua nomeação e posse como ministro-chefe da Casa Civil no governo Dilma Rousseff. O petista quer que o caso seja analisado pelo plenário da Corte.

O pedido de Lula foi feito na segunda-feira, 6, no âmbito de um mandado de segurança impetrado pelo PPS contra a nomeação e posse do petista para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil em março de 2016.

Na época, o Palácio do Planalto promoveu uma cerimônia em que a então presidente Dilma Rousseff empossou o ex-presidente como titular da Casa Civil, em uma tentativa de reorganizar a base aliada e conter o avanço do processo de impeachment no Congresso. Investigado pela Operação Lava Jato, Lula também ganharia foro privilegiado na condição de ministro, saindo da alçada do juiz federal Sérgio Moro.

A posse de Lula, no entanto, foi suspensa um dia depois da solenidade por liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF. Gilmar alegou que a nomeação do petista poderia representar uma "fraude à Constituição", com indícios de que a nomeação de Lula tinha como objetivo que as investigações contra ele fossem levadas ao STF, e não mais tocadas por Moro.

Gilmar também considerou que um telefonema gravado entre Lula e Dilma, tornado público, mostrou que ambos tinham receio de que o petista fosse preso, o que teria feito a então presidente enviar um termo de posse ao padrinho político antes mesmo da realização da cerimônia oficial no Planalto. O ministro já havia rejeitado um recurso apresentado pela defesa do petista, que agora pede que um outro recurso seja analisado pelo plenário.

"Sua imediata análise, no entanto, se faz mais do que necessária para, vênias concedidas, corrigir possível erro histórico cometido por esta Excelsa Corte", dizem os advogados de Lula.

"Relembre-se, por oportuno, que o Peticionário, à época dos fatos, preenchia todos os requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o exercício do cargo de ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos, pois não incidente em qualquer das hipóteses previstas no art. 15 da Carta da República. O Peticionário, ademais, sequer era indiciado, denunciado ou mesmo réu em ação penal", destaca a defesa do petista.

Delação

A nova manifestação de Lula foi feita depois de o presidente Michel Temer nomear Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência, posto recriado pelo peemedebista por medida provisória. Petistas acusam Temer de recriar a pasta para conferir foro privilegiado ao aliado, citado em delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho.

O partido Rede Sustentabilidade impetrou um mandado de segurança pedindo ao STF a suspensão da nomeação de Moreira Franco. No processo, a Rede Sustentabilidade destaca a decisão de Gilmar Mendes contra Lula.

"O sr. Moreira Franco, assim como Lula, foi destinado às pressas para um ministério, agravado pelo fato de que, neste caso, foi criado sem razões de interesse público que o justifiquem; (...) referida manipulação acontece com o único intuito de conferir-lhe foro por prerrogativa de função após os desdobramentos da operação Lava Jato", sustenta o Rede Sustentabilidade.

Claudio Melo Filho afirmou em seu anexo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato que tratou com Moreira Franco de negócios da empreiteira na área de aeroportos. Também citou "pressão" por parte de Moreira Franco em negócios de aeroportos.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O FUNERAL E OS DOIS DEFUNTOS, UM TEVE MORTE MORAL

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Os brasileiros honrados estão indignados com o showmício ontem em São Bernardo. O que dizer, afinal, sobre o fato de Lula instrumentalizar a morte da esposa como peça de propaganda política? Que miséria humana!

Sabia que o viúvo era um ser insensível, um fingido, mas não pensei que chegasse a esse ponto. Chamou o juiz Moro e os procuradores da operação Lava Jato de facínoras e canalhas. Foi tão inescrupuloso, que até mesmo as pessoas que evitavam fazer comentários em respeito à sua dor não se contiveram. E temos que falar sobre seu oportunismo, sim, senão corremos o risco de ver multidões saindo às ruas contra a Lava Jato.


Aliás, foram duas atitudes repugnantes do politiqueiro mor que geraram controvérsias, fazer comício no funeral da esposa e a marquetagem com a desgraça da falecida ao anunciar a doação de órgãos antes da oficialização do óbito. Aliás, nas condições em que morreu, com histórico de doença crônica e hábitos nocivos à saúde, há restrições para doação. No seu caso, talvez nem seja possível.


Transformar o velório de Marisa num ato político e atribuir a culpa à operação Lava Jato vai além do aceitável. É revoltante. Não foram os brasileiros que usaram erradamente a morte de Marisa para atacar Lula, como muitos querem fazer crer, e sim o viúvo que aproveita um momento de comoção para atacar quem tem o dever de investigar, processar e julgar quem comete crime.

O funeral é da esposa, mas o enterro político pode ser do viúvo. Se Lula ainda assim conseguir chegar ao poder, chego à seguinte conclusão, os brasileiros merecem ser roubados pelo PT.

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MATÉRIA IMPLACÁVEL CONTRA OS FATOS

Colunista da Folha de São Paulo  informa que, no dia do enterro de Marisa, Moro manda intimar Lula.

A fofoqueira da Folha já está em ação para tentar envenenar seus leitores contra o juiz Moro.

Causa repulsa essa matéria, revela a total ausência de escrúpulos do lulopetismo, pois o seu partido funciona como uma orquestra afinada. Todos os instrumentos são regidos pelo maestro, que é o chefão todo poderoso que nunca sabe de nada. Sou da área, mas, infelizmente, tenho que reconhecer que parte da imprensa faz parte dessa orquestra macabra.

Leiam texto abaixo que desmascara a farsa publicada na Folha:

De Celia Musilli II

" Mentira tem perna curta

A jornalista Monica Bergamo escreveu em sua coluna na Folha de S.Paulo algumas coisas que dao conta do clima de blefe que toma conta do pais.
....
Logo acima de suas consideraçoes sobre a vida e a morte de Dona Marisa colocou uma nota capciosa sobre " Lula ter sido intimado a depor no dia 17. " A nota sem maiores detalhes deu margem a um hoax da ex- querda que circula acusando Moro de ter " intimado Lula a depor no dia do velorio de Marisa". Quanto imaginaçao, inverdade e mau caratismo.
....
Primeiro desconfiei da nota rapida e mal feitan- sem citar data em que Lula teria recebido a convocaçao , mas apenas com a data do depoimento. Jornalista serio nao lança notas ao leu para se juntar ao contexto de um velorio e causar comoçao. O blefe começa ai.
...
No mais, um amigo jurista, Cadu Duarte , acaba de elucidar coisas muito importantes:

1- juiz, em nenhum lugar do Brasil, intima as pessoas. A parte burocrática e executiva cabem aos técnicos judiciários de acordo com os prazos legais do processo.

2- O processo citado na Folha de S.Paulo, de obstrução a Lava Jato, não e de responsabilidade de Moro. Mas do juiz Vallysney da Vara Federal de Brasilia.


Portanto, duas inverdades numa unica nota dando margem a mais mentiras e confusao. Que feio. Ja admirei a jornalista em questao. Vamos ver quando vai parar de dar notas de salao e começar a levantar os tapetes pra ver a sujeira embaixo."

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

LAVA JATO - O FILME

Os bastidores do filme sobre a Operação Lava Jato

Vida real e ficção: a pesquisa de campo dos atores incluiu um tour pela carceragem da PF

Por Ullisses Campbell - VEJA

O filme Polícia Federal, a Lei É para Todos terá atores famosos, muitos tiros e explosões e bastidores nunca antes revelados sobre a Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção da história do Brasil. Dirigido por Marcelo Antunez e produzido por Tomislav Blazic, ele deve estrear em junho e integra o que pretende ser uma trilogia. Além de Ary Fontoura e Marcelo Serrado, intérpretes do ex-presidente Lula e do juiz Sergio Moro, protagonizam o longa os atores Flávia Alessandra (delegada Erika Marena), Antonio Calloni(delegado Igor de Paula) e Rainer Cadete (procurador Deltan Dallagnol). Todos os atores acompanharam o dia a dia da Lava Jato, tiveram contato com os investigadores e fizeram até um tour pela carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Veja o teaser do filme no site da VEJA.

No fim deste mês, a equipe vai gravar a cena mais importante: a condução coercitiva de Lula. As filmagens vão reunir mais de vinte atores e centenas de figurantes e mostrarão desde a chegada dos policiais ao apartamento do ex-presidente até o seu depoimento no aeroporto. A VEJA teve acesso à íntegra da gravação de todo o processo, feita por câmera digital acoplada ao uniforme de um agente da PF. Lula, que abre a porta antes mesmo de os agentes baterem, estava vestido para ir à academia. Critica, às vezes com xingamentos, a operação, os delatores e o Ministério Público Federal e pergunta: “Não trouxeram o japonês de Curitiba?”. Um policial responde que não. Lula diz: “Ainda bem. Capaz de ele roubar as minhas coisas aqui em casa”.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

MARISA ENFIM LIVRE DA DOR... E DAS PANELAS

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Acabou a agonia de dona Marisa Letícia, a morte cerebral da ex-primeira-dama foi confirmada em redes sociais pelo próprio ex-presidente Lula, que informou sobre as providências para doação de órgãos.

O quadro piorou drasticamente, segundo fontes do hospital Sírio Libanês, quando começaram a diminuir os sedativos e o quadro foi considerado irreversível, pois constataram que já não havia fluxo cerebral.

Lideranças petistas, jornalistas baba-ovo e também Lula atribuem o AVC de Marisa Letícia às tensões decorrentes das investigações da operação Lava Jato, mas a verdade é que ela convivia há mais de uma década com um aneurisma cerebral que não quis operar, optando pelo seu controle com medicamentos. Além disso, sofria de pressão alta e, mesmo assim, era tabagista inveterada.


Todo sofrimento me comove, toda morte me causa pesar, mas não vi tanta apelação politiqueira contra os causadores da morte de Ruth Cardoso como fazem agora contra os responsáveis pela Lava Jato, operação que está limpando o Brasil ao combater a corrupção.

Li e reli o livro "Fragmentos de uma vida", por Ignácio de Loyola Brandão, que retrata de forma brilhante quem foi Ruth Cardoso, sua história e sua trajetória dedicada a melhorar a vida das pessoas.

O autor conta, por exemplo, que Ruth Cardoso morreu magoada com o dossiê forjado por Dilma Rousseff e Erenice Guerra.

Vejam trecho do livro:

"Ruth Cardoso tinha razão quanto a querer se distanciar da política como ela é feita no Brasil e em certos setores de Brasília. Ela, que sempre foi uma pessoa célebre pela integridade e pelo cuidado com a coisa pública, se viu ameaçada pela então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com um escândalo em torno de um dossiê sobre os gastos corporativos da Presidência, em que alegava que Ruth havia despendido milhares de reais ou dólares em compras fúteis, inúteis e banais, em vinhos e comidas. Caiu mal no mundo político, no qual Ruth sempre foi respeitada até mesmo pelos adversários mais ferrenhos. O jornalista Augusto Nunes, que tem um blog dos mais visitados, não resistiu e comentou: "Dilma foi a primeira a agredir uma mulher gentil, suave, e também por isso tratada com respeito até por ferozes inimigos do marido". Pegaram pesado e Ruth sentiu o baque, logo ela que sempre teve o cuidado de separar o privado do público, até mesmo no aluguel de filmes exibidos no palácio. O dossiê teria sido preparado pela secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. As reações contra o dossiê foram imediatas e a chefe da Casa Civil se desculpou, voltou atrás. Ruth, elegantemente, ainda que magoadíssima, aceitou as desculpas, porém o círculo íntimo sabe quanto isso a feriu e atingiu um coração já afetado."

FACHIN É O NOVO RELATOR DA LAVA JATO NO STF

'Novato' na Corte, ministro indicado por Dilma Rousseff fica responsável pelos processos do petrolão que envolvem políticos com foro privilegiado

Sessão plenária do STF (Supremo Tribunal Federal), sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski (foto), onde é julgado o rito do impeachment da presidente Dilma a ser conduzido pela Câmara dos Deputados

VEJA

O ministro Luiz Edson Fachin foi definido nesta quinta-feira, em sorteio, como novo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele substituirá na função o ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em Paraty (RJ) há duas semanas.

O sorteio foi feito entre os cinco integrantes da Segunda Turma, a mesma a que pertencia Teori: Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Celso de Mello e Fachin. Antes de assumir a relatoria dos processos da operação que descortinou o maior caso de corrupção da história do Brasil, o ministro foi transferido da Primeira para a Segunda Turma do STF, que é responsável pelas decisões colegiadas sobre a operação.

Entre as atribuições que caberão a Fachin à frente da Lava Jato está a de decidir a respeito do sigilo dos depoimentos colhidos nas delações das empreiteiras, caso dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, cujos acordos foram homologados pela presidente do STF, Cármen Lúcia, na última segunda-feira.

A possível retirada do sigilo da “delação do fim do mundo”, com cerca de 300 anexos, é motivo de apreensão no Palácio do Planalto e no Congresso, pois muitos políticos, incluindo o presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), foram citados nos depoimentos.
A última indicação de Dilma

Última das cinco indicações da ex-presidente Dilma Rousseff ao STF, em abril de 2015, o gaúcho Luiz Edson Fachin, de 58 anos, teve a nomeação confirmada por 52 votos a 27 no plenário do Senado em maio daquele ano. Antes de ser escolhido para ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, Fachin foi procurador do Estado do Paraná, advogado e professor de Direito Civil na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A indicação de Edson Fachin ao Supremo foi acompanhada por uma série de polêmicas que envolveram a trajetória do magistrado, lembradas por parlamentares de oposição ao governo petista.

A maior controvérsia girou em torno do vídeo que mostra Fachin pedindo votos a Dilma durante o segundo turno da campanha presidencial de 2010. À época, o ministro leu um manifesto de juristas a favor da petista que pregava a “união de forças” e exaltava a administração do então presidente Lula como “governo que preservou as instituições democráticas e jamais transigiu com autoritarismo, um governo que não tentou alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato”.

“Apoiamos Dilma para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos”, disse Edson Fachin.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

AH, SE A ODEBRECHT CONSTRUÍSSE PRESÍDIOS!

A solução apontada por petralhas, progressistas, defensores dos direitos "dos manos" e afins para a situação caótica nos presídios superlotados... é soltar os bandidos. Se dentro das cadeias é um inferno, querem trazer o inferno para a sociedade, mais do que já é com muitos bandidos ainda soltos por aí.
Percival Puggina, em mais um ótimo texto, rebate essa ideia de jerico com maestria.
*
"Se aqueles que conhecem o inferno por dentro não se importam de assumir os riscos envolvidos nas atividades criminosas que os levam para lá, que motivo tenho eu, que já tive carros roubados e fui ameaçado por revólver, para me seduzir com qualquer compassivo projeto de esvaziamento das prisões?"

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Como relatei noutro artigo, meu primeiro local de trabalho, aos 18 anos, foi o então modelar presídio Central de Porto Alegre, inaugurado havia pouco tempo. De lá para cá, por mais de meio século, acompanhei, no noticiário, sua degradação. Um conjunto de fatores a impulsionou: desenfreado aumento da criminalidade, superpopulação carcerária, decomposição física das instalações e escassez de recursos humanos e materiais.

No final dos anos 90, conhecido militante de direitos humanos com foco nos direitos dos presos convidou-me para acompanhá-lo numa visita ao Central. Já então, antevendo o agravamento da insegurança que estava por vir, eu exigia, publicamente, maior rigor nas penas. E ele, pelo viés oposto, combatia o uso excessivo das sentenças de prisão. Para convencer-me a aceitar sua sugestão, meu interlocutor usou o seguinte argumento: "Puggina, não há como intuir o que seja uma semana naquele lugar. Só indo lá para compreender". Declinei do convite porque, segundo lhe disse, para imaginar o inferno bastavam-me as imagens periodicamente disponibilizadas pela imprensa nacional. Na sequência, vali-me da sua argumentação para dar mais vigor a meu ponto de vista. Disse-lhe: "Se aqueles que conhecem o inferno por dentro não se importam de assumir os riscos envolvidos nas atividades criminosas que os levam para lá, que motivo tenho eu, que já tive carros roubados e fui ameaçado por revólver, para me seduzir com qualquer compassivo projeto de esvaziamento das prisões?".

Ainda que, sob todos os aspectos, nas duas décadas posteriores a esse diálogo, o inferno prisional tenha agravado suas aflições, mantenho a mesma opinião. Os zeladores dos direitos dos presos, por sua vez, seguem clamando por desencarceramento. E a esquerda continua manipulando fatos e dados para prestidigitar o óbvio: bandido preso não está na rua estuprando, matando, roubando, traficando.

Recente editorial de O Estado de São Paulo revela que os governos petistas, ao longo de 14 anos, dispuseram de R$ 5 bilhões no orçamento da União como dotação para o Fundo Penitenciário. E, desse montante, os sensitivos protetores de bandidos não aplicaram senão 14%! Feitas as devidas exceções, não foi diferente a atitude dos nossos congressistas, desinteressados de cobrar a aplicação de tais verbas. Como se sabe, na maior parte, são esmerados zeladores das próprias moedas e da liberação de suas emendas parlamentares. E apenas delas.

Em compensação - para tudo há uma compensação -, enquanto mandamos nossos condenados ao inferno do sistema carcerário, nossa lei nº 7210, que trata das execuções penais, é coisa de deixar constrangidos suíços e suecos. A lei atribui aos apenados brasileiros estupendas "garantias legais": atenção à saúde, assistência material, jurídica, educacional, social e religiosa, extensíveis aos egressos. E suas penas devem ser cumpridas em estabelecimentos dotados de instalações para trabalho, lazer, esportes, estudo e até mesmo estágio para apenados que sejam estudantes universitários. E por aí vai. Uma lei para o paraíso, concebida no mundo da lua. Uma realidade para o inferno, gerada na desídia, corrupção e vício. Ah, se a Odebrecht construísse presídios!

"Nossa guerra não é contra a sociedade!", proclamou outro dia um encapuzado, em manifesto do PCC à nação, postado no YouTube. Pergunto: como não, bro? De que peculiar de conflito fazem parte os milhões que perdem suas vidas e seus bens para o crime organizado e desorganizado?

Não nego os direitos dos presos, mas não hesito em afirmar que quando se fala em direitos há ordenamentos impostos pela moral e pelo senso comum. E o bem da sociedade que vive segundo a lei precede o bem daqueles que optam por viver fora dela.

LEI ROUANET ENFIM FUNCIONA COMO TEM QUE SER

Como o decote de Claudia Leitte abafou erro do ‘The Voice’
O que temos a ver com isso? NADA, é só fofoca
*
E sobre a matéria sobre a dívida da cantora com o MinC?
Isso nos interessa, sim. É nosso dinheiro.

Claudia Leitte pode ter bens bloqueados por dívida com MinC

Cantora perdeu o prazo para devolver 1,2 milhão aos cofres públicos e terá processo encaminhado ao Tribunal de Contas da União, que poderá tomar a medida

A cantora Claudia Leitte - 29/07/2016

Por Rafael Aloi - VEJA

Claudia Leitte perdeu o prazo para devolver aos cofres públicos 1,2 milhão de reais captados pela Lei Rouanet para uma turnê que teve a sua prestação de contas reprovada pelo Ministério da Cultura no ano passado. A produtora da cantora, CIEL, tinha até 7 de janeiro para fazer a devolução integral ou ao menos entregar a primeira parcela da dívida (que pode ser quitada em doze vezes). Sem uma resposta da cantora e de sua empresa, o MinC envia agora o processo para o Tribunal de Contas da União (TCU), que tomará as medidas legais necessárias para reaver o dinheiro. No horizonte, há até um eventual bloqueio de bens da artista.

O projeto de shows da cantora usou recursos do Fundo Nacional da Cultura (FNC), mas teve as contas reprovadas em sua análise técnica, que apontaram a ausência de medidas de democratização do acesso à cultura. “Não foi comprovada a distribuição gratuita de ingressos a beneficiários, sendo que a proporção de 8,75% dos ingressos deveriam ter sido distribuídos gratuitamente; os borderôs dos shows realizados em Picos/PI e em Ponta-Porã/MS indicam que os ingressos foram comercializados em valores acima do que foi pactuado; não foram encaminhados borderôs referentes ao show realizado em Cuiabá/MT”, informou a assessoria do ministério à reportagem de VEJA.

O último recurso da artista foi negado em 7 de dezembro. A contar desta data, a produtora CIEL tinha o prazo de trinta dias para efetuar o pagamento devido ou negociar o parcelamento da dívida de 1.274.129,88 de reais (com correção monetária), mas, segundo o ministério, “a proponente não atuou no período”. O MinC afirma em nota, nesta quarta-feira, ter feito contatos com a empresa por e-mail e telefone, e mesmo assim não ter recebido nenhuma manifestação do outro lado.

Com o sumiço da artista e de sua empresa, o ministério vai repassar o processo da instância administrativa para a instância jurídica. “Como não houve manifestação do proponente dentro do prazo informado, o processo foi encaminhado aos trâmites relativos à instauração da Tomada de Contas Especial (TCE), que deve ser instaurada em até 180 dias”, informa o MinC. Outra sanção que a cantora deve sofrer é a inscrição no Cadin, um banco de dados que contém os nomes das pessoas físicas e jurídicas devedores da União, o que impossibilita a captação de novos recursos através da Lei Rouanet.

A assessoria da cantora disse à reportagem de VEJA que não se manifestaria sobre o assunto.

A história

A cantora Claudia Leitte teve rejeitada a prestação de contas de um projeto de shows pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que havia sido autorizado a captar recursos via Lei Rouanet. A jurada do reality show The Voice Brasil, da Globo, pediu autorização para captar 6,5 milhões de reais para doze shows em 2013, e recebeu aval para 5,88 milhões de reais, dos quais captou o valor agora cobrado – mais exatamente, o Ministério da Cultura (MinC) pede de volta 1,27 milhão de reais para ao Fundo Nacional da Cultura.

Os shows aconteceram entre maio e julho de 2013 em doze capitais: Rio Branco (AC), Macapá (AP), Belém (PA), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Teresina (PI), João Pessoa (PB), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Brasília (DF).