quinta-feira, 20 de abril de 2017

TODOS PELO "VOLTA LULA"

Não tem jeito, aliás, o brasileiro não tem jeito. Os que criticam a roubalheira do PT também são contumazes em atacar seus adversários, principalmente os tucanos. Quanto aos adoradores da seita petista, conseguem o feito de igualar todas as circunstâncias, seja verba não declarada de campanha, mesmo que não se trate de propina, seja citação em doações legais, promovendo uma comparação absurda com os esquemas de desvio de dinheiro público para financiar o PT e seus aliados e, o pior, enriquecer as lideranças desses partidos. Mas quanto ao Lula, o chefão, todas as artimanhas possíveis são articuladas em sua defesa. Portanto, se de um lado temos um eleitorado contra TODOS, tanto os fieis eleitores de Lula quanto quem nega o voto a outros candidatos vão garantir mais uma vitória que enterra definitivamente a tese de que o crime não compensa, pois quem tem voto VENCE e ponto, não tem outro cálculo possível.

Lula é o presidenciável com maior potencial de votos, diz Ibope

Rejeição ao petista ainda é alta (51%), mas recuou 14 pontos em um ano; Doria, que teve nome incluído pela primeira vez, tem menor a rejeição entre tucanos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Eraldo Peres/AP)

Maquiavel

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o candidato à Presidência com o maior potencial de voto entre nove nomes testados pelo instituto – entre eles, pela primeira vez, o do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).

O levantamento mostra que, desde o impeachment de Dilma Roussef (PT), há um ano, a rejeição a Lula caiu 14 pontos – hoje é de 51%, número próximo à soma dos que dizem que votariam nele com certeza (30%) e dos que poderiam votar (17%).

A pesquisa foi feita entre os dias 7 e 11 de abril, portanto antes da divulgação do conteúdo das delações feitas por executivos e ex-executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato, que comprometeram ainda mais o ex-presidente, com detalhes sobre repasses de dinheiro ilegal e pagamento de benefícios pessoais, como no caso do sítio de Atibaia.

As delações, no entanto, também envolveram outros presidenciáveis, como os tucanos Geraldo Alckmin, Aécio Neves e José Serra. Segundo o Ibope, desde outubro de 2015, a soma dos que votariam com certeza ou poderiam votar em Aécio despencou de 41% para 22%, enquanto a de Serra caiu de 32% para 25% e a de Alckmin, de 29% para 22%. Em relação à rejeição, os três tucanos têm índices maiores que o de Lula: 62%, 58% e 54%, respectivamente.

Já Doria, incluído pela primeira vez, tem 16% de eleitores potenciais (6% votariam com certeza e 10% poderiam votar). A rejeição dele, no entanto, é muito menor que a dos outros tucanos (36%), assim como a taxa de conhecimento (44% não o conhecem, contra 24% de Alckmin e 16% de Serra e Aécio), o que mostra potencial para crescimento.

Marina Silva (Rede), como os tucanos, viu reduzir seu potencial de voto: 33% votariam ou poderiam votar nela contra 39% em 2015 e há um ano. A rejeição a seu nome aumentou de 46% para 50% no último ano.

Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparece com 17% de potencial de voto na pesquisa, seis pontos percentuais a mais em relação ao mesmo mês do ano passado. Sua rejeição, no entanto, também cresceu, passando de 34% para 42%.

A pesquisa mediu apenas o potencial de voto (não a intenção de voto, em que o entrevistado é instado a dizer em quem votaria). Nesse tipo de levantamento, o entrevistador apresenta um nome de cada vez e pede ao eleitor que escolha qual frase descreve melhor sua opinião sobre aquela pessoa: se votaria nela com certeza, se poderia votar, se não votaria de jeito nenhum, ou se não a conhece o suficiente para opinar. Foram entrevistados 2.002 eleitores em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

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