sábado, 20 de maio de 2017

VÍDEOS DOS DELATORES DA JBS, O QUE É BOMBA E O QUE É TRAQUE



O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou na tarde desta sexta-feira o acesso à delação premiada dos donos e executivos da JBS, envolvendo o presidente Michel Temer, Lula, Dilma, deputados e senadores.

No dia anterior, havia sido liberado o áudio da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, que não confirma, a rigor, a informação que tentaram atribuir ao presidente da República sobre suposta compra do silêncio de Eduardo Cunha. “A montanha pariu um rato”, repetiam os deputado no plenário da Câmara.

De repente, uma gravação mal feita, com cerca de 50 cortes, como revela reportagem da Folha, tornou-se tema central dos programas jornalísticos de rádio e TV, bem como o assunto mais comentado nas mídias sociais.

No ponto da gravação que trata de Cunha, Joesley reclama do seu relacionamento com o ex-deputado, atualmente preso em Curitiba, quando se ouve claramente o empresário afirmar que está "de bem" com o ex-presidente da Câmara:
"Agora eu tô de bem com o Eduardo".

Temer simplesmente recomenda:
"Tem que manter isso, viu?".

Não há referência a valores nem indicação alguma de que o presidente concordasse com o que dizia o interlocutor sobre os diversos assuntos abordados por Joesley, o pior da conversa foi o fato de Michel Temer aceitar a visita de um investigado.

Por outro lado, uma revelação que deveria, esta sim, ser explosiva, está sendo tratada como algo trivial, como já ocorrera antes com fatos igualmente estarrecedores. O dono da JBS afirma que abriu contas no exterior vinculadas aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que, somadas, eram de aproximadamente 150 milhões de dólares em 2014.

O dinheiro foi pago em troca de repasses do BNDES à JBS. e , segundo o empresário, tanto Lula quanto Dilma sabiam de tudo. Joesley conta que teve encontros com ambos nos quais discutiu abertamente o emprego da propina escondida no exterior nas campanhas do partido. 


Um desses encontros com Dilma aconteceu no Palácio do Planalto para tratar de um repasse de 30 milhões de reais para a campanha do petista Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais. Na conversa, o empresário alertou Dilma de que o saldo das contas de propina no exterior seria liquidado a partir da doação. “Dilma confirmou a necessidade e pediu que procurasse Pimentel”, disse.

Joesley Batista disse, também, que transferiu para uma conta no exterior, a título de “vantagens indevidas”, 50 milhões de dólares destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais 30 milhões em outra conta, também no exterior, em favor da ex-presidente Dilma Rousseff. Os repasses, disse ele, foram feitos por intermédio do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.


Vídeo abaixo:



Não é segredo que ao PT interessa tirar Temer da presidência, custe o que custar, desde que o povo brasileiro pague a conte, é claro. 

Por muito menos, os movimentos "Fora Temer" têm sido estrategicamente acionados para dar curso a essa ideia e, como consequência, rasgar mais uma vez a Constituição ao forçar a barra para vingar a proposta de novas eleições a fim de que Lula, possivelmente vitorioso, escape mais uma vez das garras da Justiça. Outra jogada que também interessa ao PT é tirar Lula e Dilma de foco depois que o caso dos dois se agravou com as denúncias de Mônica Moura e a divulgação de dados de agendas sobre encontros de Lula com diretores da Petrobras, o que comprova que mentiu ao juiz Moro.

Concluindo, certamente para infelicidade de nosso país, a situação pode estar menos tensa para o presidente após a análise do conteúdo das gravações, chegou a ser considerada insustentável, mas ainda está sujeita aos rigores da Lei e à pressão de seus adversários.

Nada entendo de leis, se há algo que pode complicar a situação de Temer, porém, não é o que disse nessa conversa, mas o que não disse e que pode ser considerado prevaricação por ouvir relatos sobre crimes e não dar ordem de prisão imediatamente. Ou, no mínimo, alertar as autoridades competentes. 

Uma questão, todavia, deve ser levada em consideração. Se Temer prevaricou, as autoridades que liberaram o delator também prevaricaram, com uma evidente diferença na gravidade das intenções. Temer deve ter ficado constrangido com a conversa sem sentido, já que ele só se interessava em falar sobre economia. Já Rodrigo Janot e o ministro Fachin agiram cientes do que estavam fazendo.

Aconteça o que acontecer, com as denúncias atingindo também um senador tucano, a militância petralha nada tem a comemorar, acabou o discurso de perseguição política contra Lula. 

Assista aos vídeos:
















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