sábado, 30 de setembro de 2017

CUNHA: "JANOT QUERIA ME USAR PARA DERRUBAR TEMER"

CUNHA AFIRMA QUE JANOT QUIS USÁ-LO PARA DERRUBAR TEMER, A QUEM 'ODEIA'


O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) disse em entrevista a Diego Escosteguy, da revista Época, publicada nestefim de semana, que o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot “não queria a verdade” e que apenas “queria me usar para derrubar o Michel Temer”.

Ex-presidente da Câmara preso há quase um ano, Eduardo Cunha confirmou que seu acordo de delação não deu certo porque Jano querisa usá-lo.

“O Janot não queria a verdade; só queria me usar para derrubar o Michel Temer”, afirmou. Ele diz estar pronto para tentar um acordo com a nova procuradora-geral Raquel Dodge. E criticou o ex-PGR.

Cunha diz que Janot tem “ódio” do presidente Michel Temer e “operou politicamente” o processo de delações, com o intuito de derrubar Temer e conseguir um terceiro mandato como procurador-geral.

Cunha – Janot queria que eu colocasse mentiras na delação para derrubar o Michel Temer. Se vão derrubar ou não o Michel Temer, se ele fez algo de errado ou não, é uma outra história. Mas não vão me usar para confirmar algo que não fiz, para atender aos interesses políticos do Janot. Ele operou politicamente esse processo de delações.

O ex-deputado também criticou a delação premiadíssima de Joesley Batista, dono da JBS, que, segundo ele, “poupou muito o PT”. Disse por exemplo que a delação “escondeu que nos reunimos, eu e Joesley, quatro horas com o Lula, na véspera do impeachment. O Lula estava tentando me convencer a parar o impeachment. Isso é só um pequeno exemplo. Eu traria muitos fatos que tornariam inviável a delação da JBS. Tenho conhecimento de omissões graves”, afirmou.

Entrevista completa AQUI.

HERDEIRA GARANTE QUE VENDEU APÊ A LULA

HERDEIRA DE APARTAMENTO VIZINHO AO DE LULA DIZ QUE FOI AVISADA QUE VENDA ERA PARA ELE

O APARTAMENTO EM SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP) É UTILIZADO POR LULA DESDE 2003 FOTO: RICARDO STUCKERT

Estadão

A herdeira do apartamento 121 do Edifício Hill House – que a força-tarefa da Lava Jato acusa ser um presente dado a Lula, registrado em nome de um “laranja” -, Tatiana de Almeida Campos informou a Receita Federal que em 2010, quando foi feita a escritura de cessão de direitos do imóvel foi informada por sua advogada que o bem estava sendo alienado para o ex-presidente.

O apartamento é o vizinho ao que Lula mora, na cobertura do Hill House, em São Bernardo do Campo, e é usado pelo petista desde 2003, pelo menos. Até 2007 era alugado pelo PT do falecido pai de Tatiana, Augusto Moreira Campos. De 2007 a 2011 foi a Presidência da República que locou o imóvel, que era usado durante os dois mandatos do petista para abrigar as equipes de segurança.

Em 2010, com a morte do proprietário em fevereiro de 2009, o apartamento 121 foi comprado por Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, por R$ 504 mil, em negócio conduzido pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente. Lula é réu na Lava Jato em Curitiba acusado de ter recebido esse apartamento e um terreno de R$ 12 milhões da Odebrecht, no esquema de corrupção descoberto na Petrobrás.

Filha do antigo dono do apartamento 121, Tatiana informou a Receita, em 2016, em documento anexado ao processo, que em 20 de setembro de 2010 sua advogada Lacier Pereira de Almeida Souza, que é sua prima, a buscou para “assinar a venda da cobertura, apto 121, para o Lula. “Foi isso que ela me falou no taxi, na ida ao cartório.”

“Como eu confiava muito nela, somente perguntei se estava tudo correto, ela fez um sinal positivo e me disse onde assinar. Eu não li nada, simplesmente assinei acreditando estar vendendo a cobertura para o Lula. O valor era R$ 504 mil (hoje desconfio ter sido muito mais, mas não posso dizer com certeza””, escreveu Tatiana.

Tatiana afirma que só em 2016 tomou conhecimento que o verdadeiro comprador era Glaucos Costamarques, apóis ter sido revelado pela Lava Jato. “Pra mim ele (Lula) era o dono, de modo que se perguntarem à minha família, todos vão dize que eu ‘vendi’ a cobertura do meu pai para o Lula.”

No documento de 12 maio de 2016 enviado para a Receita, a herdeira diz que só em 2016 buscou o cartório e descobriu que não se tratava de uma venda e sim de uma cessão de direito hereditário e que o bem ainda estava em nome do falecido pai, não tendo sido oficialmente transmitido a Costamarques.

Na acusação contra Lula, o Ministério Público Federal destaca que depois de efetivada a aquisição do apartamento, Roberto Teixeira peticionou como representante de Costamarques a ação de inventário da família do antigo dono, que correu na 2ª Vara da Família e Sucessões da Comarca de São Bernardo do Campo, “apenas em 17 de março de 2011”. “Naquela petição, nada constou sobre a transação que já havia sido realizada” em agosto de 2010.

Um mês antes, em 1º de fevereiro de 2011, Costamarques assinou um contrato feito por Teixeira de locação do apartamento em nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia (que morreu em fevereiro), na condição de cessionário, tendo como cedentes a viúva Elenice Silva Campos e a filha Tatiana.

Na ação de inventário do imóvel, Teixeira, como representante de Costamarques, noticiou a cessão de direitos hereditários e de meação assinada em setembro de 2010 e requereu a adjudicação do apartamento 121 em favor do primo de Bumlai em 1º de julho de 2016 – quase seis anos depois, quando Lula já era alvo dos processos da Lava Jato.

A herdeira relata no documento que antes da venda do apartamento 121 para Costamarques, houve um tentativa de a excluírem da propriedade, em 2009, em uma partilha amigável que ela diz nunca ter assinado. “Em 2013 comecei a estudar Direito, para poder entender melhor tudo que estava acontecendo, e também porque sempre que eu falava isso tudo para um advogado ele dizia: ‘deixa isso, você vai mexer com a máfia do PT? Pode correr risco de morte’.”

Inquilino. Lula afirma que é inquilino do imóvel, que foi alugado em 2011 por Dona Marisa para receber os filhos e ser usado para reuniões políticos. Na semana passada, o defensor do ex-presidente Cristiano Zanin Martins, que é genro e sócio de Teixeira, apresentou 26 recibos, que vão de 2011 a 2015, para comprovar que os alugueis eram pagos normalmente.

A Lava Jato quebrou os sigilos bancários de Lula, de Dona Marisa e de Glaucos Costamarques e “não foram encontrados registros de pagamentos” feitos para o suposto “laranja” – nem mesmo via contas bancárias de L.I.L.S.
Palestras e Eeventos e do Instituto Lula.

Só à partir de novembro de 2015, quando Glaucos afirmou ter sido informado por Teixeira que passaria a receber aluguel, é que a Lava Jato identificou nos extratos bancários do laranja “depósitos em dinheiro em seu favor em valores compatíveis com o suposto aluguel”.

Após a entrega dos recibos pela defesa de Lula, Glaucos disse por meio de seus advogados que os documentos foram assinados por ele no mesmo dia, em novembro de 2015, quando Teixeira o teria informado que passaria a pagar os alugueis.

A acusação do MPF nesse processo diz que Lula, dona Marisa (que deixou de figurar no processo após a morte), Costamarques e Teixiera agiram “em conluio” e “dissimularam a origem, disposição, movimentação e propriedade de R$ 504 mil, provenientes, direta e indiretamente, dos crimes de organização criminosa, cartel, fraude à licitação e corrupção praticados pelos executivos do Grupo Odebrecht”, na Petrobrás.
(...)

JOESLEY BATISTA FALOU COM CARDOZO E RENAN DURANTE DELAÇÃO



O empresário Joesley Batista relatava ao então presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao ex-ministro Justiça e advogado de Dilma José Eduardo Cardozo os seus depoimentos a procuradores, segundo ele próprio conta nos áudios divulgados nesta sexta-feira (29). Em uma das conversas gravadas, ele reclama haver prestado depoimento “a um garoto de 34 anos”, um procurador a quem chama de “Dr. Ancelmo”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Joesley diz na gravação que marcou jantar com Renan Calheiros logo depois da primeira reunião para tratar da delação premiada.

Ele disse estar “preocupado” e Renan teria se interessado no motivo. Sua resposta: “Eu tive agora depondo para um menino de 34 anos”.

O delator revela ter discutido com o ex-ministro Cardozo sobre a lei de combate às organizações criminosas, após a deflagração da Lava Jato.

Ainda não foram divulgadas as gravações que Joesley fez de suas conversas com Cardozo, para “trabalhar” ministros do STF.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

CONFIRMADO PELO DONO DO APÊ - RECIBOS DE LULA SÃO FAJUTOS

RECIBOS DE LULA PROVOCAM SUSPEITA DE TENTATIVA DE OBSTRUÇÃO À JUSTIÇA

ASSINADOS NO MESMO DIA, PODEM COMPLICAR SITUAÇÃO DO PETISTA


Diário do Poder

O empresário Glaucos da Costamarques, dono do apartamento alugado para o ex-presidente Lula, afirmou ter assinado todos os recibos de aluguel de uma vez só. Os documentos são referentes ao ano de 2015.

A defesa de Lula apresentou à Justiça, na segunda-feira (25), os comprovantes de aluguel do imóvel entre 2011 e novembro de 2015. A defesa de Costamarques diz que ele assinou os documentos no Hospital Sírio-Libanês, quando estava internado. Disse ainda que os recibos foram levados pelo contador João Muniz Leite, a pedido do advogado de Lula Roberto Teixeira.

A defesa do empresário quer provar que os documentos foram confeccionados pela defesa do petista e pretende ajuizar uma petição na Justiça apresentando essa informação. Os advogados de Costamarques devem solicitar as imagens do sistema de segurança do hospital para comprovar a visita do contador de Lula.

O empresário esteve hospitalizado entre 22 e 28 de novembro de 2015 para a colocação de um stent. Para investigadores da Lava Jato, o episódio é avaliado como possível tentativa de obstrução à Justiça por parte de Lula. A defesa do petista procurou um dos réus com a investigação em curso.

Segundo Costamarques, mesmo tendo firmado contrato com a ex-primeira-dama Marisa Letícia em 2011, somente em novembro de 2015 passou a receber os valores do aluguel, após a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai. Ainda segundo ele, alguns pagamentos foram realizados com dinheiro vivo. Desde a morte de Marisa, os valores passaram a ser pagos por meio de transferência.

A defesa de Lula não comentou.

LULA VETOU PROPOSTA DE ACORDO DE LENIÊNCIA DO PT COM A JUSTIÇA

AO OUVIR A PROPOSTA DE VACCARI, ELE REAGIU ASSIM: 'TÁ MALUCO?'


O ex-presidente Lula vetou pessoalmente a proposta do amigo João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, de negociar acordo de leniência do PT com a Justiça, confessando seus crimes e pedindo desculpas aos brasileiros. Na opinião de Vaccari e de enrolados como o ex-ministro Antônio Palocci, um acordo de leniência poderia abrir caminho para o PT não ser extinto, como prevê a lei, e preservar os mandatos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

“Tá maluco?”, respondeu Lula ao então presidente do partido, Rui Falcão, portador da proposta de acordo de leniência feita por Vaccari.

As ações em que é réu por corrupção e a carta de Palocci permitem entender por que Lula não quer ver o PT confessando seus crimes.

Dirigentes petistas acham que Lula até parece acreditar na própria lorota de que não há ninguém mais honesto que ele “nesse País” (sic).

O risco do PT é concreto: a lei prevê a extinção de partido que financiem suas campanhas com dinheiro roubado dos cofres públicos.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O JOGO DOS ERROS NOS RECIBOS DE LULA... OPS, DE DONA MARISA

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O engenheiro Glaucos Costamarques, suposto proprietário do apartamento alugado por dona Marisa e primo do amigo de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, entrevistado pelo Estadão, repetiu o que disse em depoimento ao juiz Sergio Moro: Lula só passou a pagar o aluguel da cobertura em “São Bernardo do Campo” em novembro de 2015.

Segundo jornalistas que garantem o que informam em seus sites, de acordo com o que ouvem de suas fontes, outros erros aparecem nos recibos.

O proprietário, que diz ter comprado a cobertura em 2010, estaria em Los Angeles no dia que um dos recibos entregues por Lula foi assinado, é o que informa o O Antagonista.

O site mostra um recibo com data de 6 de janeiro de 2014. No entanto, o engenheiro teria ido até Los Angeles, nos Estados Unidos, no dia 12 de dezembro de 2013, e só teria voltado em 9 de janeiro de 2014, três dias depois da data do recibo.

O site também aponta outras inconsistências nos recibos entregues pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro.

Entre eles, há erros de digitação no nome da cidade de São Bernardo do Campo, que aparece grafada como “São Bernanrdo” em três recibos.

Leitores do site também apontaram que alguns recibos foram assinados em finais de semana, falta de autenticação, ausência de mais de 30 recibos e o estado de conservação dos documentos, que não teriam marca de tempo e, portanto, mostram evidências de que foram produzidos recentemente.

Além disso, há o caso de dois recibos com datas inexistentes: 31 de junho e 31 de novembro, ambos meses que só têm 30 dias.

Se foram mesmo forjados, os recibos do aluguel do apartamento em São Bernardo, fornecidos pela defesa de Lula, além de fraude processual, poderão ser considerados mais dois crimes: falsidade ideológica e obstrução de Justiça.

Para concluir, por enquanto, mais um questionamento sobre a origem dos tais recibos, onde estavam quando a Polícia Federal vasculhou os imóveis de Lula?

LULA ENROLADO COM OS RECIBOS

ALÉM DE DATAS INEXISTENTES, DEFESA DE LULA NÃO ENTREGA 33 RECIBOS DE ALUGUEL

OUTRO ERRO ENCONTRADO NOS DOCUMENTOS É DE DIGITAÇÃO


Diário do Poder

Além de apresentar dois recibos de aluguel com datas que não existem, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou de entregar 33 comprovantes. Outro problema encontrado em documentos que comprovariam a locação do apartamento vizinho ao que o petista mora, é com erros de digitação.

A defesa de Lula entregou recibos de aluguel à Justiça. Dos 26, dois apresentam datas que não existem: 31 de junho de 2014 e 31 de novembro de 2015. Outros seis, referentes a 2012, têm erros de digitação. Ao invés de ‘São Bernardo do Campo’, cidade onde fica o imóvel, está escrito São Bernanrdo’.

O contrato de locação teria começado em fevereiro de 2011, no entanto, somente 26 recibos foram entregues. Considerando até o final de 2015, 33 documentos não foram apresentados, assim como comprovantes de como os pagamentos foram realizados.

Aluguel

Nos dois mandatos de Lula, a Presidência alugou o imóvel vizinho ao que o petista mora. O motivo seria para abrigar sua equipe de segurança. Mesmo com o fim do mandato, em 2011, o imóvel continuou a ser ocupado.

Segundo investigações da Operação Lava Jato, no fim de 2010 o apartamento foi comprado por Glaucos da Costamarques. Ele é primo do amigão de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai. Para a força-tarega, Glauco é intermediário e o apartamento foi comprado pela Odebrecht para Lula, como forma de propina.

Erros

Para a defesa de Lula, os erros nos comprovantes são irrelevantes para o valor probatório dos documentos. Disse ainda que bastaria ser apresentado o ultimo recibo de pagamento a Costamarques com reconhecimento de quitação para que todos os anteriores fossem considerados pagos. Com relação à forma de pagamento, a defesa não se manifestou.

Em depoimento, Lula atribuiu à mulher, Marisa Letícia, a responsabilidade sobre o pagamento dos alugueis, assim como guardar documentos para o imposto de renda.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

RECIBOS DE ALUGUEL DE LULA, DATAS NÃO EXISTEM

RECIBOS DE ALUGUÉIS APRESENTADOS POR LULA TÊM DATAS QUE NÃO EXISTEM



Diário do Poder

Dois recibos de aluguel do imóvel vizinho ao do ex-presidente Lula, em São Bernardo, entregues ao juiz federal Sérgio Moro pela defesa do petista apresentam datas que não existem no calendário cristão. O duplex é um dos pivôs de ação penal pela qual Lula responde na Operação Lava Jato.

Os advogados apresentaram contrato da ex-primeira dama Marisa Letícia com Glaucos da Costamarques, dono do imóvel no cartório.

O imóvel, no valor de R$ 504 mil, é tratado pelo Ministério Público Federal como suposta propina ao petista. Para a Procuradoria-Geral da República, a Odebrecht custeou a compra do apartamento, em nome de Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. Na mesma ação, ele responde por também ter supostamente recebido da empreiteira terreno onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12,5 milhões.

A denúncia da Procuradoria da República sobre o apartamento 121 ainda aponta que propinas pagas pela Odebrecht, no esquema que seria liderado pelo ex-presidente, chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a Petrobrás.

A Lava Jato afirma que não houve pagamento de aluguel entre fevereiro de 2011 e pelo menos novembro de 2015. Nesta segunda-feira, 25, a defesa do ex-presidente apresentou documentos que contestam a versão dos procuradores.

Em depoimento a Moro, Lula rebateu alegando que o recibo de pagamento do aluguel do apartamento 121, do residencial Hill House, em São Bernardo do Campo, ‘pode ser pego e enviado’ ao juiz federal Sérgio Moro e ao Ministério Público Federal na Operação Lava Jato. O petista prestou depoimento por mais de duas horas em ação sobre supostas propinas da Odebrecht ao ex-presidente.

Os documentos foram entregues nesta terça-feira, 25, pela defesa do ex-presidente.

Em recibo do suposto pagamento do aluguel, no valor de R$ 4,1 mil reais, consta que o vencimento seria no dia 31 de junho de 2014 – o mês tem 30 dias.

“Recebi da Sra. Marisa Letícia Lula da Silva a quantia de R$ 4.170,00 (quatro mil cento e setenta reais), em moeda corrente, referente ao pagamento de aluguel do imóvel situado na avenida Francisco Prestes Maia, n. 1501 – ap 121 – Residencial Hill House – São Bernardo do Campo-SP, vencido no dia 31 de junho de 2014, do qual dou plena, total e irrevogável quitação”, diz o documento, supostamente assinado por Glaucos da Costamarques.

Em outro recibo, consta a data de 31 de novembro, outro mês que se encerra no dia 30.

“Recebi da Sra. Marisa Letícia Lula da Silva a quantia de R$ 4.300,00 (quatro mil e trezentos reais), em moeda corrente, referente ao pagamento de aluguel do imóvel situado na avenida Francisco Prestes Maia, n. 1501 – ap 121 – Residencial Hill House – São Bernardo do Campo-SP, vencido no dia 31 de novembro de 2015, do qual dou plena, total e irrevogável quitação”, consta no recibo.

Nota da defesa de Lula:

Na relação de documentos apresentados pela Defesa do ex-Presidente Lula na data de ontem (25/08) não há qualquer recibo emitido em “31 de junho de 2014” ou “31 de novembro de 2015”.

Pela lei, bastaria à Defesa ter apresentado o último recibo com reconhecimento de quitação, sem qualquer ressalva de débitos anteriores, para que todos os demais pagamentos fossem considerados realizados. É o que estabelece o artigo 322, do Código Civil. Mas a Defesa apresentou todos os recibos a que teve acesso, a fim de afastar qualquer dúvida.

Se 2 dos 26 recibos apresentados contêm erro material em relação às datas dos vencimentos dos aluguéis que estão sendo pagos isso não tem qualquer relevância para o valor probatório dos documentos. Por meio deles, D. Marisa recebeu expressamente quitação dos aluguéis, na forma do artigo 319, do Código Civil, sendo isso o que basta para rebater todos os questionamentos indevidamente formulados ao ex-Presidente Lula durante a audiência de 13/08. Ao todo foram 21 perguntas somente em relação aos recibos de aluguéis — sendo 12 do juiz e 9 do Ministério Público. Sobre a acusação propriamente dita, que envolve 8 contratos específicos da Petrobras, nenhuma pergunta foi formulada e nenhuma prova foi apresentada.

A tentativa de transformar os recibos no foco principal da ação é uma clara demonstração de que nem o Ministério Público nem o juízo encontraram qualquer materialidade para sustentar as descabidas acusações formuladas contra Lula em relação aos contratos da Petrobras.


Cristiano Zanin Martins

PALOCCI: "LULA ENCOMENDAVA PROPINAS SEM CERIMÔNIAS"

Na Folha

O ex-ministro Antonio Palocci enviou nesta terça-feira (26) uma carta à presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), pedindo sua desfiliação do partido. No documento, Palocci reafirma as declarações feitas ao juiz Sergio Moro, segundo as quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizera um “pacto de sangue” com a empreiteira Odebrecht.

Na carta, Palocci diz ter visto com estranheza o fato de o PT ter aberto um procedimento interno após sua decisão de buscar um acordo de delação, mas não ter feito o mesmo para apurar as razões pelas quais estava detido pela Operação Lava Jato.

No texto, Palocci diz que tentou trabalhar pelo partido e por Lula, sabendo que seria difícil não cometer “desvios éticos”.

“Sei dos erros e ilegalidades que cometi. E assumo minhas responsabilidades. Mas não posso deixar de destacar o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior da política no melhor dos momentos de seu governo”, escreveu o ex-ministro.

Na carta, Palocci diz ainda ter discutido com Lula e o ex-presidente do PT Rui Falcão a possibilidade de celebração de um acordo de leniência em favor do PT. Ele afirma ainda que um dia a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras vão admitir a “perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião no Palácio do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas no mesmo tom, sem cerimônias”.

Ex-ministro diz ter proposto a Lula e a Falcão que colaborassem com a Justiça e se dedicassem à reforma política.

“Tive oportunidade de expressar essa opinião informal a Lula e a Rui Falcão, então presidente do PT, que naquela oportunidade, transmitia uma proposta apresentada por João Vaccari para que o PT buscasse um processo de leniência na Lava Jato”.

Palocci encerra a carta afirmando que aceitaria qualquer penalidade do partido. “Mas ressalto que não posso fazê-lo neste momento e neste formato proposto pelo partido, onde quem fala a verdade é punido e os erros e ilegalidades são varridos para debaixo do tapete”.

EM CARTA, PALOCCI PEDE DESFILIAÇÃO DO PT E CHAMA PARTIDO DE 'SEITA'

'SOMOS UM PARTIDO OU UMA SEITA GUIADA POR PRETENSA DIVINDADE?'



O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil – Governos Lula e Dilma), quadro histórico do PT, enviou uma carta à direção do partido em que faz uma emblemática indagação. “Somos um partido ou uma seita?”

Palocci pediu desfiliação do PT. “Somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade? Chegou a hora da verdade para nós. De minha parte, já virei essa página.”

Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro, interrogado em 6 de setembro pelo juiz federal Sérgio Moro, rompeu o silêncio e incriminou o ex-presidente Lula, seu antigo parceiro de agremiação. Palocci acusou o ex-presidente de ter fechado um ‘pacto de sangue’ com a Odebrecht, em troca de uma super propina de R$ 300 milhões para seu partido e para ele próprio. Lula nega.

Na sexta-feira, 22, o PT decidiu suspender Palocci por 60 dias das atividades partidárias.

“Ao mentir, sem apresentar provas e seguindo um roteiro pré-estabelecido em seu depoimento na 13a. Vara da Justiça Federal, em Curitiba, no último dia 6 de setembro, Palocci colocou-se deliberadamente a serviço da perseguição político-eleitoral que é movida contra a liderança popular de Lula e o PT. Desta forma, rompeu seu vínculo com o partido e descomprometeu-se com a sua militância”, disse a resolução. (AE)

ODEBRECHT GARANTE QUE PAGAMENTOS A LULA VÃO ALÉM DOS REGISTRADOS

EMÍLIO TRATAVA DE DINHEIRODUTO PARA LULA, DIZ O FILHO MARCELO



Estadão


O empresário Marcelo Bahia Odebrecht destacou em novos depoimentos prestados à Polícia Federal, em Curitiba, em 8 e 21 de agosto, que os pagamentos a Luiz Inácio Lula da Silva acertados com seu pai e patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, não se limitaram aos registrados no codinome "Amigo" da planilha de propinas "Italiano", que era gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci e chegou a ter R$ 300 milhões à disposição do ex-presidente e do PT.

"Reitera que houve outros pagamentos a Lula, acertados por Emílio, que não transitaram pela conta 'Italiano' e nem tiveram o envolvimento do colaborador", registra a PF, no termo de depoimento de Marcelo, do dia 8. Delator desde janeiro e preso desde junho de 2015, o empresário foi novamente ouvido pela PF, desta vez no inquérito que apura propinas em doações ao Instituto Lula e pagamentos de palestras via Lils Palestras e Eventos.

Marcelo pontuou que na conta "Italiano" houve "dois créditos decorrentes de pedidos de contrapartida específica: valores 'LM' e 'BK' que totalizaram 114 milhões". E que além destes, "houve outros créditos que somados a estes totalizaram cerca de R$ 300 milhões". "Mas que fazia parte de uma agenda mais ampla, sem vinculação específica, ou seja, sem contrapartida específica".

Para investigadores da força-tarefa, a distinção feita pelo empresário, entre créditos condicionados a contratos específicos e os que entraram em espécie de "conta geral" em troca de benefícios no governo, é retórica, tratando-se tudo de corrupção.

'Amigo'

Nos termos de sua delação premiada e nos dois novos depoimentos à PF, Marcelo explicou a planilha de 2013 apreendida pela Lava Jato e os valores registrados nela. Segundo o empresário, havia nesse acerto em que ele participou diretamente um crédito de R$ 15 milhões para o 'Amigo'.

"Nessa planilha constam retiradas que foram abatidas da subconta 'Amigo'", afirmou. "Seguramente, pode afirmar que as do 'Programa' B4, B5, B6 e também a do registro 'Doação Instituto 2014' foram abatidas da subconta."

O empresário diz que as "retiradas foram solicitadas por Palocci que solicitou que fossem abatidas da referida subconta 'Amigo'". Para ele, a destinação de R$ 12,4 milhões destinados à compra de um terreno para o Instituto Lula debitada dessa subconta também confirma que Lula era o "Amigo".

No dia 21, a defesa de Odebrecht entregou cópia de e-mails que ele trocou com executivos do grupo Alexandrino Alencar, que era o longa manus de Emílio nos tratos com Lula, e Hilberto Silva, que era o chefe do setor de propinas do grupo. Em um deles, de 2013, citam "doação ao Instituto Lula" de R$ 4 milhões, feita por via oficial, mas com dinheiro da "conta corrente" Italiano abatido da subconta "Amigo".

"Os valores doados ao Instituto Lula, total de R$ 4 milhões, foram lançados na planilha Italiano como 'Doação Instituto 2014 4.000', após o qual remaneceu o saldo de R$ 10 milhões, conforme a última atualização', informou Marcelo. Segundo ele, mais R$ 1 milhão foi abatido dessa subconta como "Programa B", que seria referência a Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, que retirava o dinheiro.

'Padrinho'

Marcelo afirmou nos novos depoimentos que todo acerto com Lula era "alinhado" com seu pai, o patriarca do grande acordo de delação da Odebrecht - que envolveu 77 executivos. É Emílio Odebrecht quem pode dar maiores detalhes sobre os pagamentos de palestras e doações ao Instituto Lula.

"Qualquer assunto diretamente ou indiretamente relacionado a Lula era alinhado com Emílio, com orientação deste, cuja interlocução com Lula no dia-a-dia era feita em geral por meio de Alexandrino de Alencar", explicou Marcelo. "Qualquer tratativa com Lula, o padrinho era Emílio, mesmo que a tratativa fosse por algum intermediário de Lula."

O empresário, único integrante do grupo ainda preso pela Lava Jato - pelo acordo de delação, Marcelo deve deixar a cadeia em 2018 -, afirmou que não se recorda se as palestras de Lula, feitas via empresa Lils Palestras e Eventos, também eram debitadas da planilha de propinas.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

SEGUNDO EMPREITEIRO, 'DOAÇÕES' ERAM PROPINA A LULA

ODEBRECHT ENTREGA COMPROVANTES DE R$ 4 MILHÕES EM 'DOAÇÕES' AO INSTITUTO LULA


Diário do Poder

O empreiteiro Marcelo Odebrecht apresentou à Polícia Federal, na Operação Lava Jato, quatro recibos com doações de R$ 1 milhão cada ao Instituto Lula. O executivo, delator da Operação Lava Jato, vincula os repasses à planilha de propinas “italiano” – codinome usado por empreiteiros do grupo para o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil – Governos Lula e Dilma).

As notas têm as datas de 16 de dezembro de 2013, 31 de janeiro de 2014, 5 de março de 2014 e 31 de março de 2014. São numeradas – 0094, 108, 119 e 0129, respectivamente. Três estão carimbadas.

“Recebemos de Construtora Norberto Odebrecht S.A a importância de um milhão de reais”, diz o recibo. “Correspondentes a doação depositada na conta corrente do Banco do Brasil.”

Em depoimento à PF, Marcelo Odebrecht afirmou que ‘as cópias desses recibos foram extraídas do computador de Fernando Migliaccio'.

“O que corrobora que os valores foram efetivamente descontados da planilha italiano, senão não haveria razão para estar de posse dele (Migliaccio)”, relatou o executivo.

Além das notas fiscais, o empreiteiro apresentou à Lava Jato uma troca de e-mails entre ele e executivos do grupo sobre a doação de R$ 4 milhões. Segundo Marcelo, os e-mails foram entregues em agosto deste ano, pois não haviam sido localizados na época em que fechou seu acordo e apresentou os anexos. As mensagens foram anexadas aos processos da Lava Jato na quinta-feira, 21.

A primeira mensagem foi enviada por Marcelo Odebrecht em 26 de novembro de 2013, às 12h32, para os executivos Alexandrino Alencar e Hilberto Silva – chefe do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas da empreiteira. Todos são delatores da Lava Jato.

“Italiano disse que o Japonês vai lhe procurar para um apoio formal ao inst de 4m (nao sabe se todo este ano, ou 2 este ano e 2 do outro). Vai sair de um saldo que o amigo de meu pai ainda tem comigo de 14 (coordenar com HS no que tange ao Credito) mas com MP no que tange ao discurso pois será formal”, afirmou Marcelo.

Em depoimento à PF, o empreiteiro explicou as siglas inseridas no e-mail. “Japonês corresponde a Paulo Okamotto; que a palavra “Inst.” corresponde ao Instituto Lula; que “4M” corresponde ao valor de R$ 4 milhões; que “HS” são as iniciais de Hilberto Silva; que “MP” deve corresponder ao responsável pela comunicação na construtora, já que tudo seria formal e teriam que ter um discurso para eventual esclarecimento público”, declarou.

LEO PINHEIRO PROMETE ENTREGAR LULA

EXECUTIVO PROMETE FALAR SOBRE PALESTRAS E DOAÇÕES AO INSTITUTO LULA


Estadão

Anexos da proposta de delação premiada do empreiteiro José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS, vão revelar informações sobre os pagamentos de palestras do ex-presidente Lula e doações ao instituto que leva o nome do petista. Na terça-feira, 19, Léo Pinheiro foi chamado a prestar depoimento à Polícia Federal. Ficou em silêncio. O motivo é o acordo que o empreiteiro quer firmar com a Procuradoria-Geral da República.

Léo Pinheiro foi preso uma primeira vez na Operação Juízo Final, 7.ª fase da Lava Jato deflagrada em novembro de 2014. Ganhou prisão domiciliar, por ordem do Supremo Tribunal Federal, e voltou para o regime fechado em 5 de setembro de 2016.

Em 13 de setembro deste ano, o juiz federal Sérgio Moro ordenou a expedição de mandado de prisão para execução provisória contra o empreiteiro e também o executivo da OAS Agenor Franklin Magalhães Medeiros. Eles foram condenados em 2.ª instância em ação penal sobre propina de R$ 29.223.961,00 à Diretoria de Abastecimento da Petrobras por contratos da Refinaria Getúlio Vargas (Repar) e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).

Durante parte do período em que esteve preso, Léo Pinheiro se manteve em silêncio. Durante os interrogatórios perante o juiz Moro, o empreiteiro se negava a dar informações.

Em 29 de abril deste ano, Léo Pinheiro mudou de ideia. Em interrogatório no caso triplex, o executivo entregou Lula. “O apartamento era do presidente Lula”, afirmou na ocasião.

Além das informações sobre o triplex, Léo Pinheiro declarou que o petista o teria orientado a destruir provas de pagamentos via caixa dois ao PT no exterior. “Se tiver destrua!”, foi a ordem de Lula, segundo o empresário.

Em 21 de junho, em novo interrogatório perante Moro, o empreiteiro fez novas confissões. O ex-presidente da OAS confirmou pagamento de propina sobre obras do Novo Cenpes, no Rio.

Tentando fechar sua delação premiada, Léo Pinheiro silenciou na terça, 19. “Não obstante desejo de colaborar com as apurações, já revelado inclusive em recentes interrogatórios judiciais nos casos do ‘triplex’, do Cenpes do caso de Gim Argello da CPMI da Petrobras, todos em ações penais específicas que tramitam na 13.ª Vara Federal de Curitiba, considerando o estágio de negociação de acordo de colaboração premiada com PGR, por ora entende melhor, como orientação de defesa, permanecer em silêncio; Que, porém, os assuntos tratados neste inquérito policial, ora informados como abrangendo os pagamentos de palestras contratadas do ex-presidente da República as doações ao Instituto Lula, serão objetos de anexos no âmbito da colaboração”, decidiu.
(...)

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

BOATARIA - A JUSTIÇA NÃO LIVROU LULA DE MORO

SUBPROCURADORA NÃO DEFENDEU SUSPEIÇÃO DE MORO

O Antagonista obteve hoje o parecer da subprocuradora-geral Áurea Pierre e descobriu que ela não entra no mérito da suspeição de Sérgio Moro, apenas se mostrou favorável à admissibilidade do recurso.

Significa que, ao contrário do alardeado pelos blogs sujos do PT ontem à noite, Pierre não defendeu a suspeição do juiz da Lava Jato, apenas deu causa ao recurso, para que seja analisado no TRF-4.

É que a defesa de Lula não conseguiu sequer que os desembargadores do Paraná recebessem o pedido de suspeição. Por isso, os advogados recorreram ao STJ para que obrigue o tribunal a julgar o pedido, pelo menos.

Caberá à Quinta Turma do STJ avaliar se concorda ou não com o parecer de Pierre pela admissibilidade. Caso tenha sucesso, o que dificilmente ocorrerá, o TRF-4 será obrigado a analisar o pedido de suspeição.

Não há dúvida de que será negado.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

URGENTE: LULA É HEPTARÉU



O Antagonista


O juiz Vallisney de Oliveira acaba de aceitar a denúncia do MPF contra Lula e Gilberto Carvalho, por cobrança de propina em troca da edição da MP 471/2009, que beneficiou as montadoras Caoa e Mitsubishi.

Lula responderá por corrupção passiva.

O MPF acusa Lula e Gilbertinho de receberem R$ 6 milhões em propina, por meio do escritório de lobby de Mauro Marcondes.

O ex-presidente responde a outras cinco ações penais (três na Lava Jato, uma na Zelotes e outra na Operação Janus) e já foi condenado numa sexta, referente ao triplex do Guarujá.
*
Na decisão contra Lula, obtida por O Antagonista, o juiz Vallisney de Oliveira diz que a denúncia do MPF descreve de modo “claro e objetivo” os crimes imputados ao ex-presidente e a seu ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho.

“Lula e Gilberto aceitaram promessa de vantagem indevida feita por Mauro Marcondes (empresa M&M), José Ricardo da Silva (SGR), Alexandre Paes dos Santos (SGR), Paulo Arantes Ferraz (MMC) e Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa).”

Em troca, “infringindo dever funcional, favoreceram as montadoras ao editarem, em celeridade e procedimento atípicos, a Medida Provisória 471, franqueando aos corruptores, inclusive, conhecimento do texto da norma antes de ser publicada e numerada, depois de realizados os ajustes recomendados”.

Para Vallisney, “está demonstrada a plausibilidade das alegações contidas na denúncia”.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

LULA ATACA PALOCCI, MAS EX-MINISTRO SEMPRE FOI SEU HOMEM DE CONFIANÇA



Antônio Palocci, de quem Lula fala mal pelas malfeitorias reveladas, foi seu homem de confiança na campanha presidencial de 2002, que coordenou. Não fosse Lula, Palocci jamais voltaria à cena política, após o caseiro Francenildo derrubá-lo do Ministério da Fazenda. Em 2010, Lula impôs Palocci e o marqueteiro João Santana à campanha da Dilma, que os detestava. Com respaldo de Lula, Palocci atropelou Fernando Pimentel, antigo aliado de Dilma, hoje governador de Minas. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O objetivo de Lula, impondo Palocci, era manter controle total sobre a campanha de Dilma, em 2010. Inclusive na arrecadação de dinheiro.

Para contrabalançar o avanço de Lula, Dilma chamou José Eduardo Cardozo (odiado por ele) para dividir o comando da campanha.

Dilma eleita, Lula impôs Palocci para chefiar a Casa Civil e Gilberto Carvalho a Secretaria-Geral, mantendo Dilma na rédea curta.

PALOCCI CONTA QUE LULA USAVA DINHEIRO DO INSTITUTO COM DESPESAS PESSOAIS

PARA ENCOBRIR OS DESVIOS HAVIA UMA CONTABILIDADE PARALELA


O ex-ministro Antonio Palocci revelou aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizava verbas do Instituto Lula com despesas pessoais. A informação é da revista Veja.

Segundo Palocci, Lula usava os recursos que eram doados para o instituto com despesas pessoais e até de familiares. Para encobrir os desvios havia uma contabilidade paralela, administrada por Paulo Okamoto, o presidente do instituto.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

ROUBO BILATERAL NA ERA PT

PACTO DE PETISTAS E CHAVISTAS GARANTIU CONTRATOS PARA ODEBRECHT SEM LICITAÇÃO

A obtenção de contratos sem licitação pela Odebrecht na Venezuela contou com o apoio dos governos brasileiro e venezuelano, afirma o procurador Zair Mundaray, afastado pelo governo de Nicolás Maduro juntamente com a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz.

A fórmula engenhosa no governo Lula garantia contratos para a Odebrecht, com financiamentos do BNDES, tudo sem licitação, conforme revelou há três anos, em primeira mão, o jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.

O procurador Zair Mundaray disse que a Odebrecht ficou com os maiores contratos de infraestrutura da Venezuela sem licitação. “A Odebrecht ficou com 29 contratos na Venezuela e 11 obras estão paradas”, disse ele, citando informação já difundida por Ortega.


Mundaray disse que, para justificar a entrega de uma obra à Odebrecht, Caracas fechava primeiro um “acordo de cooperação” com Brasília. Isso permitia que os contratos fossem destinados a empresas selecionadas, sem licitação.

Para Mundaray, o mecanismo fraudulento tinha o envolvimento direto dos governos de ambos os países, em seus mais altos níveis. “Os acordos eram o mecanismo para que as cabeças do Poder Executivo burlassem as normas”, explicou. “Utilizou-se essa manobra jurídica para evitar a concorrência.”

“Na procuradoria, investigamos esses contratos e vimos que foi o governo venezuelano que modificou a lei a partir de 2005 para permitir esse caminho.”

Nos EUA, documentos do Departamento de Justiça apontam que a Odebrecht teria feito pagamento de propinas no valor de US$ 98 milhões na Venezuela. O dinheiro foi destinado a “autoridades do governo e intermediários trabalhando em seus nomes”.

Mundaray revela que a investigação, conduzida em Caracas e transferida ao Brasil, não cita apenas a Odebrecht. Mas diz que outras empresas brasileiras sob investigação ainda não podem ser mencionadas. “Na Venezuela, praticamente não há obra pública que não esteja vinculada à corrupção.”

Em nota, a Odebrecht afirmou que “não existe e não foi criado nenhum ‘mecanismo’ para se contratar a empresa”. “Os processos de conquista e contratação de obras na Venezuela foram executados através de: Licitações e Convênios Bilaterais, sendo ambos processos legais no país.”

"A empresa reafirma que o ritmo de execução das obras acompanha o cronograma definido por seus clientes. Nos 25 anos em que está presente na Venezuela, a Odebrecht concluiu projetos relevantes que se encontram em pleno funcionamento, atendendo a diversas comunidades do país", declarou.

A Odebrecht está presente na Venezuela desde 1992. "Nesses 25 anos, gerou mais de 100 mil empregos diretos e indiretos e estabeleceu profundas raízes no país. Foi contratada para realizar 21 obras, das quais 10 já foram totalmente concluídas e 11 estão em implantação", indicou a empresa.

"Obras de grande porte, em locais de difícil acesso, se tornaram oportunidades de desenvolvimento e emprego para comunidades locais. Mais 8 mil trabalhadores foram treinados. Outros 10 mil jovens profissionais egressos de universidades venezuelanas iniciaram sua trajetória profissional na Odebrecht", completou.

PROCURADOR: PROVAS CONTRA LULA POR TRÁFICO DE INFLUÊNCIA SÃO 'BATOM NA CUECA'

MPF ACHA QUE LULA COLOCOU SEU PRESTÍGIO A SERVIÇO DE EMPRESAS


PARA O PROCURADOR, AS TESTEMUNHAS, “DE CERTA FORMA”, CORROBORAM A DENÚNCIA 

Estadão

O procurador Hebert Mesquita, responsável pela Operação Zelotes, disse nesta terça-feira, 12, que as provas apresentadas em denúncia de tráfico de influência contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são “batom na cueca” e demonstram que o petista, após deixar o Palácio do Planalto, ofereceu seu prestígio a empresas, em troca de viabilizar um contrato bilionário e a edição de uma medida provisória no governo de Dilma Rousseff.

De acordo com o investigador, a acusação está baseada numa série de mensagens e documentos que comprovam que Lula e o filho caçula, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, se envolveram em negociações com lobistas do setor privado, relativas ao contrato de compra de caças suecos fabricados pela multinacional sueca Saab e à edição da medida provisória 627, de 2013, que prorrogou inventivos fiscais a montadoras de veículos. Ambas as medidas foram tomadas na gestão Dilma.

Mesquita alega que houve encontros para tratar dos dois assuntos e que uma empresa de Luís Cláudio recebeu do lobista Mauro Marcondes Machado, representante das empresas interessadas nas decisões, como remuneração pelo apoio de Lula. O repasse foi revelado pelo Estado em 2015.

O procurador lembrou ainda que, num e-mail descrito na denúncia, por exemplo, os investigados mencionam que a MP só seria feita se Lula mandasse. “Está tudo documentado. Com o perdão da expressão, é batom na cueca”, comentou, ao sair de uma audiência na 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.

Nesta terça, quatro testemunhas de defesa de Lula e do filho depuseram na ação penal que avalia as condutas dos dois e de outros réus. Falaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-titular do Ministério da Fazenda na gestão do tucano Pedro Malan e os ex-ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Nelson Jobim (Defesa). Os dois últimos exerceram os cargos nos governos petistas.
Os depoentes negaram saber se o ex-presidente influenciou decisões de Dilma ou algum outro agente político.

Para o procurador, as testemunhas, “de certa forma”, corroboram a denúncia. Ele explicou que a investigação sobre o caso não diz se, efetivamente, algum gestor público chegou a ser influenciado por Lula ao tomar decisões. É que, conforme o Ministério Público Federal, somente o fato de “vender fumaça”, ou seja, oferecer a possibilidade de interferência no governo, em troca de vantagem, é crime, bastando, portanto, para uma acusação criminal.

“Eles (da defesa) podem trazer 500 pessoas para dizer que não sabiam, e não sabiam mesmo. O crime existe, independentemente de o agente público saber dele”, comentou. “O que não pode é alguém se valer de um alegado prestígio para obtenção de vantagem, a pretexto de influenciar ato de agente público”, explicou.

Os advogados de Lula têm sustentado que as decisões sobre os caças e a MP foram técnicas, tomadas com base em estudos e políticas públicas que atravessaram governos.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

LULA SERÁ INTERROGADO NESTA QUARTA, COMO RÉU, PELO JUIZ SERGIO MORO



Nesta quarta-feira, 13, Moro e Lula vão ficar frente a frente outra vez, apenas uma semana depois do interrogatório do ex-ministro Antônio Palocci – que entregou o ex-presidente em um milionário esquema de propinas.

O juiz da Operação Lava Jato vai interrogar Lula na ação penal em que ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente recebido da empreiteira Odebrecht para compra de um terreno destinado abrigar a sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que o petista reside em São Bernardo do Campo.

É a segunda vez que Moro e Lula vão se encontrar pessoalmente. Em maio, o ex-presidente foi interrogado em outro processo, também por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, referente ao triplex do Guarujá, que o petista nega ser dele.

Nesta ação, Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão.

O ex-presidente está recorrendo em liberdade perante o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), a Corte que detém competência para rever ou confirmar decisões de Moro.

Na primeira vez que o juiz e o ex-presidente ficaram cara a cara, manifestantes invadiram Curitiba em apoio a Lula.

O interrogatório marcado para daqui a dois dias, também é cercado de grande expectativa, principalmente depois do depoimento de Palocci. As ruas do entorno do prédio da Justiça Federal em Curitiba serão bloquedas.

A Moro, Palocci revelou a existência de um ‘pacto de sangue’ supostamente firmado entre Lula e a empreiteira Odebrecht, incluindo repasse de R$ 300 milhões ao governo do PT e ao ex-presidente, entre outros itens.

Publicamente, Lula não se manifestou sobre as revelações de seu ex-ministro. O advogado que o representa, Cristiano Zanin Martins, declarou que o relato de Palocci é ‘uma ficção’. A ex-presidente Dilma afirma que o seu também ex-ministro ‘mente’.

Este segundo processo foi aberto em dezembro de 2016, quando Moro recebeu denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato. São oito réus ao todo, entre eles Lula e o próprio Palocci, o ‘italiano’ das planilhas de propinas da Odebrecht.

Até aqui foram ouvidas 97 testemunhas e cinco dos oito réus.

Lula tentou adiar o interrogatório alegando que não teve acesso a arquivos do departamento de propinas da empreiteira. Moro negou o pedido. A defesa recorreu ao TRF4, mas a Corte manteve para esta quarta, 13, o novo encontro entre o juiz da Lava Jato e o ex-presidente. (AE)

JOESLEY, DEPOIS DO PORRE, A RESSACA DEVASTADORA

JORGE OLIVEIRA

Será que eu entendi bem? O cara toma um porre, liga para o amigo, diz um monte de sandices contra todo mundo e depois pede desculpas. É isso mesmo? E quando esvaziava os cofres dos bancos oficiais também estava embriagado? Ora, Joesley, conta outra, essa não cola. Como é que o senhor, um dos empresários mais ricos do mundo, com faturamento de mais de 150 bilhões de reais, é tão leviano?

Que garantia têm os seus investidores quando sabem que o seu principal acionista fala um monte de besteiras quando bebe, atropela a gramática e mostra-se um cara tão arrogante, aquele manda-chuva que diz comprar tudo e todos (“Janot, nesta sua escola eu fui professor”, diz na gravação). Joesley agora vai para a cadeia onde aprenderá a beber sem dar vexame. E lá dentro, senhor, é o salve-se quem puder. Prepare o bolso.

Dizem alguns entendidos que quando o cara se embriaga fala coisas que sóbrio jamais falaria. O bêbado naquele momento, em devaneio, é autêntico. Talvez, por isso, Joesley teria soltado a língua e falado o que realmente pensa do seu país, dos brasileiros e dos seus governantes. Considera todos uns idiotas, incapacitados, dementes. Tão dementes que caíram na sua conversa de vendedor de bugigangas e o ajudaram a juntar os bilhões de reais. Se você duvida, veja trechos das gravações, onde ele diz que será o último coveiro a botar a tampa do caixão. Ou seja: com toda fortuna lá fora, ele e os comparsas estavam pouco preocupados com a situação do país que ajudou a afundar com os seus amigos petistas. Depois de enterrar o Brasil em cova rasa, Batista tinha planos para se mandar e jamais botar os pés aqui dentro.

Foi assim, de gole em gole, que os irmãos Batista atravessaram a fronteira da ética e da moralidade. Acumpliciados com a petezada, com quem mantinham uma conta-corrente para sustentar seus dirigentes no poder, eles tiveram acesso aos bancos oficiais e dali saíram com bilhões de reais para erguer seu império. Na contramão da história, os petistas consolavam os lesados com umas casinhas fuleiras do “Minha Casa, Minha Vida”, a promessa de um pouco de água do São Francisco, a construção de arenas bilionárias para entreter a moçada do futebol e um aumentozinho do Bolsa Família para agregar à ceia mais um pouquinho de mandioca e feijão para os miseráveis. Enquanto mantinham esse segmento anestesiado com o clientelismo, escancaravam os cofres para os empresários espertos e gulosos se fartarem com o nosso dinheiro.

O depoimento do Palocci ao Sérgio Moro não deixa dúvidas: o PT entregou o país a esses empreiteiros e empresários aventureiros e beberrões. Só quem nega essas evidências hoje são alguns articulistas da seita arrancados de suas redações por Lula para proteger o assalto que o partido fazia aos cofres públicos. E para os jornais, por comprovada cumplicidade com a sujeira, não voltaram mais. Agora, muitos deles deprimidos porque o Palocci detonou a dupla Lula/Dilma como os cabeças da organização criminosa, querem detonar o companheiro.

O Palocci não está inventando nada. Ele era da cozinha do Lula e da Dilma. Foi articulador político e arrecadador principal das campanhas dos dois à presidência. Ele apenas está confirmando o que empresários e executivos de estatais já disseram ao juiz Sérgio Moro. Existia, sim, uma conta-corrente das empreiteiras para financiar as campanhas petistas e manter o partido no poder com dinheiro de popina. Os petistas críticos ao ex-ministro, vão agora à ditadura para desqualificar o seu depoimento. Dizem que ele “virou cachorro”, termo que se usava para identificar um preso político que, sob tortura, denunciava seus companheiros.

Quem espalha isso é o Zé Dirceu na tentativa de passar à história como um cara ideológico, que vai de cadeia em cadeia sem “entregar” ninguém. Espera, com isso, reconhecimento dos companheiros com uma estátua sua erguida em frente à Papuda para que seus seguidores o reverenciem. Até pouco tempo, Palocci era o grande formulador do PT, o cara que redigiu a “Carta ao Povo Brasileiro” para abrir as portas do Centrão para Lula, que tinha acesso aos gabinetes dos mais proeminentes empresários e políticos do país. De um momento para outro, por dizer a verdade, é acusado de dedo-duro. Lula, por exemplo, o descredencia, se diz decepcionado. Mas veja o que disse sobre ele em abril deste ano: “Palocci é meu amigo, uma das maiores inteligências políticas do país. Ele tá trancafiado, mas não tenho nenhuma preocupação com a delação dele”.

É assim mesmo, o cara vai do céu ao inferno quando deixa de comer no cocho da petezada. Quero ver quando o Lula for preso e entrar para o seleto grupo dos colaboradores. O que os seus seguidores vão dizer? O que os articulistas de plantão vão escrever para eufeminizar a sua delação premiada? Não se surpreenda, caro leitor, o Lula vai entregar a Dilma no primeiro interrogatório, como fez com a mulher dele e outros companheiros.

JANOT DISSE TER PROVAS DA ATUAÇÃO DE MILLER EM FAVOR DO GRUPO JBS

PGR AFIRMA QUE MARCELO MILLER AJUDOU JBS ENQUANTO ERA PROCURADOR


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem provas de que Marcello Miller, ex-procurador da República, atuou em favor do grupo JBS durante o período em que trabalhou no Ministério Público Federal (MPF). Ao pedir a prisão do ex-procurador, que foi rejeitada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, Janot indicou que e-mails de um escritório de advocacia mostram que Miller auxiliou a empresa no acordo de leniência com o órgão.

Os documentos foram encaminhados à PGR pelo escritório que contratou Miller após ele deixar o MPF. “Há, por exemplo, trocas de e-mails entre Marcello Miller e advogada do mencionado escritório, em época em que ainda ocupava o cargo de procurador da República, com marcações de voos para reuniões, referências e orientações a empresa J&F e inícios de tratativas em benefícios à mencionada empresa”, sustentou Janot.

Na sexta-feira (8), Fachin negou pedido de Janot para que Miller fosse preso por entender que ainda não há indícios para justificar a medida em relação ao ex-procurador, acusado por Janot de fazer “jogo duplo”em favor da JBS durante o período em que estava no Ministério Público Federal (MPF), antes de pedir demissão para integrar um escritório de advocacia que prestou serviços ao grupo empresarial.

Em nota, a defesa de Miller informou que o ex-procurador “nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F ou qualquer empresa e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal”. (ABr)

MPF DENUNCIA LULA, GILBERTO CARVALHO E MAIS CINCO NA OPERAÇÃO ZELOTES

MPF ACUSA LULA POR VENDER MEDIDA PROVISÓRIA POR R$6 MILHÕES



Diário do Poder

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta segunda-feira, 11, o ex-presidente Lula pelos crimes de corrupção ativa e passiva. O ex-ministro Gilberto Carvalho e outras cinco pessoas também foram acusados de beneficiar montadoras de veículos por meio da edição de medidas provisórias, investigadas na Operação Zelotes.

De acordo com a denúncia, as empresas automobilísticas teriam prometido R$ 6 milhões a Lula e Carvalho em troca de benefícios para o setor.

“Diante de tal promessa, os agentes públicos, infringindo dever funcional, favoreceram às montadoras de veículos MMC [Mitsubishi] e Caoa ao editarem, em celeridade e procedimento atípicos, a Medida Provisória n° 471, em 23/11/2009, exatamente nos termos encomendados, franqueando aos corruptores, inclusive, conhecimento do texto dela antes de ser publicada e sequer numerada, depois de feitos os ajustes encomendados”, afirma o MPF.

Esta é a segunda denúncia contra o petista motivada por ação no âmbito da Operação Zelotes. Na primeira, ele e o seu filho Luiz Cláudio Lula da Silva foram denunciados pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

BATOCHIO DEIXA DEFESA DE LULA, MAS CONTINUA COMO ADVOGADO DE PALOCCI

José Roberto Batochio aponta incompatibilidade depois que ex-ministro se dispôs a fazer delação premiada e, perante juiz Sérgio Moro, entregou ex-presidente

No Estadão:

O advogado José Roberto Batochio deixou a defesa do ex-presidente Lula em casos que envolvem o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil / Governos Lula e Dilma). O criminalista defendeu Palocci na Operação Lava Jato.

Em maio deste ano, Batochio deixou a defesa do ex-ministro, que tenta acertar sua delação premiada. Na quarta-feira, 6, Palocci, em interrogatório perante o juiz federal Sérgio Moro, entregou Lula.

GASTOS DE ROSE, AMIGA ÍNTIMA DO LULA, COM CARTÃO CORPORATIVO AINDA SÃO SECRETOS



Continuam sob sigilo total os gastos com cartão corporativo de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo e amiga íntima do ex-presidente Lula. O Superior Tribunal de Justiça manteve o sigilo dos gastos do cartão de Rose a partir de 2011, mas o Planalto e a Controladoria-Geral da União não se pronunciaram sobre os gastos anteriores, durante os governos Lula. Ela foi acusada de tráfico de influência, corrupção e outros crimes. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Após ignorar a Lei de Acesso à Informação, o Planalto alegou que os gastos de Rose são caso de “segurança da sociedade e do Estado”.

A suspeita da PF é que a amiga de Lula levava vida de madame, com uso do cartão corporativo inclusive para despesas pessoais.

Entre 2003, quando Lula assumiu, e 2016, quando Dilma caiu, o gasto com cartões foi de mais de R$707 milhões (R$78,6 milhões por ano).

Este ano já foram R$29 milhões. Quase a metade, R$14,1 milhões, é mantida sob sigilo. Grande parte do que sobra é de “saque em espécie”

MINISTRO FACHIN TIRA DE MORO INVESTIGAÇÃO SOBRE HADDAD

RELATOR DA LAVA JATO NO STF ACOLHEU RECURSO DA DEFESA DE EX-PREFEITO

SEGUNDO DELATORES, PETISTA TERIA RECEBIDO CAIXA 2 DA ODEBRECHT PARA CAMPANHA ELEITORAL (FOTO: AE)

Estadão

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, reconsiderou decisão tomada na Petição (PET) 6997 e determinou que as cópias dos depoimentos dos delatores João Santana, Monica Moura e André Luís Reis de Santana sobre a campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012 sejam remetidas à Justiça Federal de São Paulo, e não mais à Justiça Federal do Paraná, como havia designado em 10 de maio.

No Paraná, as investigações da Operação Lava Jato estão sob tutela do juiz Sérgio Moro.

Em agravo regimental contra a primeira decisão de Fachin, a defesa de Haddad sustentou que, na delação premiada, Santana e Mônica, publicitários que atuaram como marqueteiros das campanhas presidenciais de Lula (2006) e de Dilma (2010/2014) disseram ter recebido recursos não contabilizados do Grupo Odebrecht e de empresa ligada ao empresário Eike Batista, para quitar dívidas de campanha do candidato do PT.

A defesa do ex-prefeito alegou, ainda, que tais fatos não têm relação com a Operação Lava Jato, sendo que episódios semelhantes já são objeto de procedimento criminal em trâmite na 10.ª Vara Federal de São Paulo.

Ao reconsiderar sua decisão, seguindo parecer da Procuradoria-Geral da República, Fachin afirmou que, a partir da comparação entre as razões do recurso – agravo regimental – e os depoimentos prestados no âmbito de colaboração premiada pelos publicitários, ‘é possível verificar que os fatos realmente não têm conexão com a Operação Lava-Jato, devendo ser prestigiada a regra prevista no artigo 70 do Código de Processo Penal, segundo a qual a competência para processar e julgar deve ser do Juízo do lugar em que se consuma a infração’.

“Tratando-se de supostos fatos que se passaram na cidade de São Paulo, na qual eram realizados os pagamentos não contabilizados no contexto do pleito eleitoral ao Poder Executivo da aludida municipalidade, devem as cópias dos termos de depoimento ser remetidas à Seção Judiciária daquele Estado para as providências cabíveis, mormente em razão da apontada existência de inquérito policial já deflagrado com objeto semelhante”, concluiu Fachin.

sábado, 2 de setembro de 2017

DELAÇÃO DE MANTEGA DEVE SER DEVASTADORA

GUIDO MANTEGA PODE ENTREGAR FALCATRUAS NA PETROBRAS, FAZENDA E BNDES


Caiu como uma bomba na cúpula petista o acordo de delação para que Guido Mantega, ex-ministro de Lula e Dilma entregasse documentos sobre contratos do BNDES com a JBS/J&F. Líderes do partido estão à beira do colapso antecipando revelações. É que Mantega, além de presidir o BNDES, foi ministro do Planejamento de Lula, e depois ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma. Mantega também é apontado pela Odebrecht como operador da propina a partir de 2011. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A delação de Mantega tem o potencial de ser tão avassaladora quanto a de Antonio Palocci, a quem teria substituído a frente do esquema.

O petista ainda precisa explicar a operação das contas criadas no exterior e abastecidas pela empreiteira Odebrecht para Lula e Dilma.

Mantega já externou sua insatisfação por ser investigado e já se disse sentir humilhado. “A minha vida virou um inferno”, afirmou.

No centro da Lava Jato, Mantega presidiu o Conselho de Administração da Petrobras de 2010 a 2015 e também vai contribuir para o caso.