A trajetória de Jair Bolsonaro, desde o início de suas aparições midiáticas até a sua final vitória à presidência, sinaliza uma derrota para o tipo de jornalismo marcado pelo ressentimento e pedantismo direcionado a tudo o que representa o Brasil que eles não querem mostrar. Esse é o jornalismo comandado pela esquerda. Por Cristian Derosa Faz já alguns anos que o deputado Jair Bolsonaro, ex-capitão do Exército, vem se tornando um fenômeno de massas. Suas declarações, inesperadas pela grande mídia, encarnam a opinião da grande maioria da população, aquela parcela hegemônica que, no entanto, permanecia silenciosa devido o constrangimento lançado por jornalistas, formadores de opinião e celebridades da TV. Bolsonaro, sozinho, foi rompendo uma densa camada de silêncios, que recobria um oceano de indignação e discordância com as opiniões repetidas por nosso beautiful people global.
O episódio do Kit-Gay, as cartilhas de educação sexual que seriam espalhadas pelas escolas sob o ministério de Fernando Haddad, serviu-o de trampolim, graças ao destempero e revolta de jornalistas e ativistas de esquerda, que puseram todas as garras de fora contra o único deputado que teve coragem de defender abertamente a instituição da família, já vista com ódio aberto e franco pela militância gayzista desde a universidade até as redações de jornais.
Bolsonaro rompeu, inicialmente sozinho, uma longa espiral de silêncios que antes só tinha descanso nos lares familiares e ambientes privados. Antes de Bolsonaro, nenhum político poderia defender a família ou criticar a militância gayzista sem ser jogado na vala comum do silêncio de superioridade da mídia e celebridades. De repente, ao vermos o horário eleitoral nesta eleição histórica de 2018, nos deparamos com centenas de referências a Deus e à família, por parte de uma multidão de candidatos ansiosos para surfarem na onda conservadora, a larga porta aberta que foi escancarada pela coragem de um mito.
Jair Bolsonaro nunca recusou um debate. Acostumado a discussões acaloradas com celebridades, rappers, dançarinas, sociólogos e travestis em programas de auditório, teve um bom treinamento para o que viria. Iniciadas as eleições, em cada debate eleitoral arregimentava mais eleitores, dava origem a novos “memes” e os vídeos de suas “mitadas” eram e são ainda compartilhados pela imensa rede de grupos de Whatsapp de famílias, alvo até mesmo de tentativas de censura pela esquerda. Suas respostas lavaram a alma do brasileiro, sedento por justiça. O povo se regozija e dá risadas dos esquerdistas, pobres coitados, que ainda o querem demonizar. A política se tornou um picadeiro.
A grande mídia sempre o tratou com indisfarçável desdém. Trata-se do candidato que faz “declarações homofóbicas, racistas, preconceituosas”, no mínimo polêmicas. Essa mídia ecoou de maneira nada disfarçada os xingamentos de toda a esquerda brasileira, que o chamou de fascista, assassino, por apenas defender os direitos que uma família educar seus filhos conforme suas crenças ou a punição de um estuprador. A classe jornalística sempre sentiu certo prazer em transformar a imagem de Bolsonaro fazendo-o parecer monstruoso e violento, motivador de campanhas de ódio. Incendiavam, com isso, a militância extremista que o tinha como uma espécie de ditador nazista do mal.
Diante do crescimento popular e massivo, onde era carregado em cada cidade que visitava, Bolsonaro tinha a convicção de que o povo estava ao seu lado. E colocou literalmente a sua vida nesta confiança. Em 6 de setembro, a facada do militante do PSOL Adélio Bispo de Oliveira quase deu cabo da vida do capitão. Mas os ataques não cessaram.
Mesmo esfaqueado e deitado em uma mesa de operações, o capitão não foi poupado pelos jornalistas e adversários políticos que o culparam por ser radical em suas declarações, o que teria motivado a “agressão” que por pouco não o matou. Entre as suas declarações, Bolsonaro defendia a extinção do estatuto do desarmamento e prometia dar maior retaguarda jurídica aos policiais, para que pudessem desempenhar sua função com autoridade: “se o bandido tem um fuzil, nós precisamos ter um tanque de guerra”, disse ele na sabatina do Jornal Nacional. Equiparar as forças entre o crime organizado e a polícia é considerado, por jornalistas, um discurso de ódio. Mas associar a um candidato a imagem de fascista parece ser a perfeita definição da atividade jornalística séria. Porque para a esquerda, os bandidos são o proletariado e os presos das penitenciárias, presos políticos vítimas de desigualdade capitalista. A politização chega nas redações com uma evidente marca de covardia.
A facada, desferida por um radical de esquerda em um atentado político ainda sem explicações, carrega a marca inconfundível do “assassinato de reputação” praticado por um jornalismo pautado pelo ódio, fruto do medo. O medo de que as vozes populares do Brasil violento, aquele com 70 mil homicídios anuais, ganhe finalmente uma representação, um megafone, no Planalto.
A cobertura midiática sobre o atentado contra Bolsonaro foi um desastre histórico que certamente um dia será objeto de estudo em faculdades de jornalismo: a desonestidade se tornou um traço próprio da atividade jornalística desde que esta se converteu em arma ideológica. A responsabilidade do jornalismo é imensa. Mas a “ética jornalística” já foi reduzida aos ditames do politicamente correto, enquanto os observatórios de mídia financiados por George Soros fazem as leis do que pode e o que não pode ser dito, as interpretações e os inimigos a destruir.
A esquerda financeira que deseja tutelar e regular os costumes do globo terrestre teme Bolsonaro. Já o mercado financeiro, os investidores estrangeiros, temem apenas a instabilidade característica do Brasil e a esquerda radical, contra a qual Bolsonaro promete ser um remédio amargo. Um dia após o atentado, os mercados ficaram otimistas. É o fim da esquerda. Mas jornalistas não se deram por vencidos, pois recebem seus salários e pautas dos milionários socialistas. Ou comungam ingenuamente das agendas por seus afetos gerados na solidariedade profissional, grupal de seus colegas, além do carreirismo que oprime a verdade e a ética em nome de toda sorte de artificialismos.
Jornalistas da Globo News têm sido exemplares na tarefa que têm a cumprir: desde o previsível e tradicional expediente da culpabilização da vítima até o endosso puro e simples da versão do autor do atentado e a tentativa de atenuar um crime político. Diante de tamanha violência do ataque, os jornalistas tentam atrair para si a imagem beatífica de pacifistas humanitários, enquanto destilam ódio por meio de insinuações de pressupostos inconfessáveis.
Matéria publicada originalmente na Revista Estudos Nacionais, nº 4, de setembro de 2018.