A ousadia de Lula contra a Justiça de nosso país reflete na sociedade. O patriotismo tem voltado à pauta das conversas como escudo contra os ataques da quadrilha que se instalou no poder, sob o comando do ex-presidente já condenado. Mas tem o outro lado, a cumplicidade explícita de quem não faz parte da quadrilha, mas provavelmente tem algum benefício com esse tipo de prática criminosa denunciada pela operação Lava Jato, ou pensa que tem. Esse apoio absurdo vem nos sermões das igrejas, nas declarações de políticos que os petistas tratam como inimigos, de onde menos esperamos. Temos manifestações até das principais vítimas do petismo, como a que vem de uma das cidades que mais sente o efeito da impunidade, o Rio de Janeiro. A entrada da favela Rocinha foi adornada com uma faixa com os dizeres: "STF: Se prender Lula, o morro vai descer".
Teoria da conspiração? Pode ser, mas quando adversários do PT tinham candidaturas fortes em São Paulo, os bandidos aterrorizavam na capital paulista e em outros municípios do estado. Agora que alguns nomes que ameaçam a vitória da petralhada surgem no Rio de Janeiro, vem de lá esse tipo de intimidação. Mas vão descer o morro e fazer o que, mesmo? Certamente o morro desce diariamente, trabalhadores vão para o serviço, estudantes vão às escolas, famílias vão à praia, saem para passear, visitam parentes e amigos, qual o significado, então, da tal faixa?
Os discursos das lideranças petistas vêm demonstrando claramente qual é o recado, que o tom de ameaça resulte em ação. Quando convocam a militância a partir pra briga, determinam exatamente o que, que distribuam flores e coraçõezinhos da paz? Claro que não, é isso que está aí pra todo mundo ver, nas reportagens dos meios de comunicação e nos relatos, nas mídias sociais, dos moradores de cidades que mais sofrem com a violência.
Assistimos aos dramas do momento que, mesmo em circunstâncias distintas, têm pontos importantes em comum, o campo de batalha sangrento do governo venezuelano contra a população e a ousadia dos bandidos brasileiros, sejam os assassinos das ruas ou dos gabinetes.
Não dá mais pra esconder o que vem acontecendo na Venezuela há muitos anos. A ditadura Chávez, agora a de Maduro, apoiados por Lula e cia. já matou muito mais venezuelanos do que se anuncia.
Mas o pior que ainda tentam esconder é que, na verdade, estamos pior que a Venezuela, muito pior.
Faz tempo que o povo de lá vem reagindo pra ter a democracia de volta, sabiam que o comunismo acaba com a indústria, com a propriedade privada e, com o tempo, a miséria atinge a todos. A cortina de fumaça que fez os mais humildes resistirem à ideia de mudança e continuavam defendendo o ditador (quando ainda era o Chávez) era a dependência ao dinheiro que recebem dos programas sociais. Esse dinheiro também iludiu os comerciantes devido ao aumento artificial do consumo.
Alguma semelhança por aqui?
A nossa imprensa não mostrava, mas muitos comentaristas dos tempos em que ainda tínhamos programas de debates independentes nas nossas redes de TV nos informavam sobre o que já estava acontecendo na Venezuela enquanto o mundo, envolvido pela propaganda enganosa do esquerdismo, mantinha um silêncio cúmplice. Foi num desses programas que eu ouvia um dos comentaristas repetir com frequência: "a doença da Venezuela é um tumor que, ao ser extirpado (o ditador) imediatamente vem a cura. E no Brasil? Infelizmente sofremos de infecção generalizada que já contaminou toda a sociedade."
Alguma dúvida?
O venezuelano é um povo ordeiro que está sendo vítima das milícias armadas do ditador.
O brasileiro não é necessariamente ordeiro, é acomodado, mas os que vêm se mobilizando nos últimos meses estão do lado errado. Não defendem o país, defendem interesses próprios e, no momento, estão defendendo um criminoso condenado ou causando terror na sociedade.
Não sei se existe algum antibiótico eficiente pra essa doença moral.
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