domingo, 4 de março de 2018

LULA ACENA APOIO AOS GOLPISTAS DO MDB PARA TENTAR SALVAR O PT


Li e reli a entrevista do Lula na Folha de S. Paulo. Concordo quando ele diz que não vai se matar. “Vou brigar até o fim”, afirmou. O povo espera que ele não cometa esse gesto extremo porque tem uma pena de doze anos para cumprir. Seria uma grande frustração para todos os brasileiros que defendem a moralidade pública. Feita a ressalva, vamos aos fatos. Mesmo com todos os esforços da repórter Mônica Bergamo para tentar extrair alguma novidade que justificasse o encontro, as únicas coisas que se deduzem da conversa é que o PT vai se juntar aos golpistas nessas eleições para não sucumbir às urnas. As outras, já manjadas, são: os americanos, a TV Globo e a justiça perseguem o ex-presidente.

Não respondeu sobre o triplex – já condenado – e desviou-se do sítio de Atibaia. Mas supõe que o juiz Sérgio Moro está a serviço da Secretaria de Justiça dos Estados Unidos. Disse Lula: “Agora mesmo o Moro está lá [no exterior] para receber um prêmio dessa Câmara de Comércio Brasil-EUA. Ele foi lá para ficar 14 dias. Eu já recebi prêmios. Você vai num dia e volta no mesmo dia. Ô, querida, não me peça provas de uma coisa que eu não tenho. Eu estou apenas insinuando que pode ser, tal é a proximidade do Ministério Público com a Secretaria de Justiça dos EUA”. Para quem exerceu o mais alto cargo do país, a insinuação é, no mínimo, leviana e irresponsável.

É assim, com essa inconsequência, que o ex-presidente faz política no Brasil. É assim, com essa demonstração de insanidade, que ele atiça seus fanáticos contra as instituições constituídas. É assim, com essa insensatez, que ele quer voltar a presidência da república. O raciocínio do Lula assemelha-se muito com o de Dilma: turvo, incompreensivo e doentio. Aliás, a petezada pirou de vez depois que perdeu o poder. Gleisi e Lindbergh pregam a luta armada, Stédeli quer juntar os sem-terra no Maracanã para protestar contra a prisão do Lula, a Dilma (coitada!) ainda vive por aí falando do golpe, o Zé Dirceu convoca a militância para uma reação em cadeia, uma resistência cívica, o Vaccari escreve uma carta para dizer que os delatores mentiram sobre o sítio do Lula e, por fim, os fanáticos continuam fazendo adorações ao mestre como se ele fosse a vaca sagrada da Índia.

Se a Nise da Silveira fosse viva bem que gostaria de ter esse pessoal do PT no seu grupo de análise para enriquecer os seus estudos sobre o suíço Carl Gustav Jung, por quem era apaixonada. A psiquiatra certamente iria concluir que o lugar dessa turma seria o manicômio e não os presídios, pois iria defender a tese da inculpabilidade deles por insanidade mental.

No PT, a esquizofrenia virou uma doença contagiosa, contrariando o que se sabe sobre a doença. Tudo começou com a “mandioca” e a “mulher sapiens” da Dilma. De lá pra cá, a coisa desandou de tal forma que ninguém dentro do partido consegue conectar nada com coisa nenhuma. Por exemplo: eles acham que o desemprego é coisa do Temer, quando se sabe que deixaram 14 milhões de trabalhadores na rua, que não esvaziaram os cofres da Petrobrás (é coisa da Globo!), que o PIB crescia no governo da Dilma, que não existia violência no governo deles, que o Zé Dirceu, Vaccari, Delúbio, Palocci, Lula, Vargas, João Paulo Cunha são honestos. Olha que prato cheio para uma banca de psiquiatras.

E, agora, Lula acena com uma aliança com o MDB do “golpista” Temer, o que já vem ocorrendo em alguns estados, como em Alagoas, por exemplo. Receia que sem essa coligação, o seu partido saia das urnas destroçado nas eleições deste ano. Veja essa parte da entrevista do ex-presidente à Folha e tire as suas conclusões:

“Você acha que na Globo [que publicou a primeira reportagem sobre a delação da J&F] alguém faz jornalismo livre? O jornalista decide e faz uma denúncia como aquela que foi feita contra o Temer? No mesmo dia já tinha jornalista apostando na renúncia do Temer. E já tava se discutindo quem ia assumir e o que ia acontecer.

Ora, o Temer resolveu enfrentar. Teve a coragem de desmascarar o Janot, o Joesley e ficou presidente. E ainda ganhou duas paradas no Congresso Nacional [para impedir que o processo contra ele no STF seguisse], não se sabe a que preço. A imprensa dizia que R$ 30 bilhões foram gastos, não sei quantos bilhões. Mas ganhou.

E o senhor o admira por isso?

Não. Eu continuo pensando o mesmo do Temer. Eu estou contando o fato. E o fato histórico não tem sentimentalismo. Tem uma fotografia”.

E, então, não é um caso de demência mental? Enquanto a Dilma e os militantes apaixonados se esgoelam repetindo é “golpe, é golpe”, o chefe deles, nos bastidores, corre para uma aliança com MDB “golpista” para o partido não se desmilinguir.

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