sexta-feira, 31 de agosto de 2018
A QUESTÃO NÃO É A ARMA, MAS O QUE SIMBOLIZA
Lula traiu a decisão do povo brasileiro, que disse NÃO ao desarmamento no referendo de 2005. Assim agem os tiranos, que aparentemente impõem a ditadura das minorias quando, na verdade, USAM as minorias para proclamar a sua vontade de ser a figura forte numa Nação fraca.
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
Cotas raciais: Estudantes asiáticos processam Harvard por favorecer candidatos negros
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos manifestou hoje seu apoio a estudantes que estão processando a Universidade Harvard pelo sistema de cotas que, segundo eles, discriminam os candidatos asiático-americanos e favorecem candidatos negros, registra O Globo.
“Harvard fracassou em mostrar que não discrimina ilegalmente os asiático-americanos”, afirmou o Departamento de Justiça em comunicado.
Os estudantes de origem asiática que foram rejeitados por Harvard afirmam que a universidade vem sistematicamente discriminando o grupo, limitando de forma artificial o número de asiáticos-americanos admitidos, a fim de promover “alunos menos qualificados de outras raças”.
O Departamento de Justiça negou o pedido de Harvard de anular o processo antes mesmo do julgamento, alegando que a universidade não explica adequadamente como os fatores de raça são usados em suas decisões de admissão, deixando em aberto a possibilidade de que a instituição esteja indo além do que a lei permite.
“Harvard fracassou em mostrar que não discrimina ilegalmente os asiático-americanos”, afirmou o Departamento de Justiça em comunicado.
Segundo o governo, as decisões da Suprema Corte exigem que as universidades considerem a raça como um fator importante na escolha das admissões, mas é preciso que elas definam suas metas relacionadas à diversidade.
BOLSONARO NO JN, O JORNAL DO POVÃO
Na terça passada, dia 28 de agosto desse mês que nunca termina, o candidato à presidência da República Jair Messias Bolsonaro foi entrevistado no Jornal Nacional, na TV Globo. Um fato inédito, já que o jornalismo da emissora evita mencionar o nome de Bolsonaro nos noticiários da rede, até mesmo para informar quem é o candidato que lidera a corrida eleitoral. Dizem o "mesmo candidato" continua na dianteira, sem mencionar seu nome.
Provavelmente, uma grande parcela do eleitorado tenha ouvido o que Bolsonaro tem a dizer pela primeira vez. Para quem o acompanha, o resultado foi digno de celebração e é o que aconteceu em muitas localidades do país onde muitos brasileiros se manifestaram com apitaços, buzinaços e gritos de guerra das janelas de suas residências.
Para aqueles que viram a entrevista como novidade, certamente devem ter sofrido o impacto de suas declarações firmes e certeiras.
Como vem acontecendo em todos os programas dos quais Bolsonaro tem participado, o principal questionamento é sobre o economista responsável por seu plano de governo. Após sucessivos desgovernos que conduziram nosso país para uma recessão nunca vista por aqui, resultado de péssimas gestões e rombos causados por esquemas de corrupção, há uma preocupação compreensível sobre o nome que irá conduzir a economia a partir do próximo ano.
Paulo Guedes é o nome, reconhecido internacionalmente e preparado para recolocar o Brasil nos trilhos. Porém, como não há o que criticar sobre a honra do candidato, apelam para a possibilidade do economista não permanecer na equipe de Bolsonaro caso seja eleito.
Uma coisa temos que admitir, os jornalistas reconhecem que Paulo Guedes é o cara.
Passado esse momento que beirou ao ridículo por falta de argumentos dos entrevistadores, passaram para outro tema que também vem se repetindo ao longo do ano, a cobrança sobre declarações de Bolsonaro sobre diferenças salariais entre homens e mulheres. Bolsonaro apresentou a explicação que tem dado a todos que o questionam sobre isso, que suas declarações tratavam apenas de constatação dos fatos, mas que o presidente da República não tem o direito de interferir nas questões que se referem à iniciativa privada, é assim nas democracias.
Renata Vasconcelos se irritou quando Bolsonaro devolveu uma provocação apontando para a diferença salarial entre os dois âncoras à sua frente. Renata disse que ele não tinha esse direito, o que só reforça que não cabe ao presidente da República interferir no mercado, pois a CLT já regula a situação. A relação não é por gênero, mas por tempo de serviço e tipo de serviço prestado.
É o que Bolsonaro sempre diz, mas tá difícil de entenderem, senão parariam de insistir nesse questionamento idiota. Trecho do diálogo seguiu mais ou menos nos termos a seguir:
Aproximadamente às 11:59, Renata reage à reposta do candidato: "O senhor num cargo público não pode se meter no meu salário privado."
Um minuto depois: "Candidato, o que o senhor, se eleito, fará para diminuir a desigualdade de salário no setor privado?"
Quem quiser conquistar votos das mimizentas, apresente um discurso populista, autoritário e provavelmente mentiroso sobre diferença salarial entre gêneros.
Quem tiver coragem de se dirigir às mulheres bem resolvidas, não ouse se intrometer nas suas relações pessoais, sejam familiares ou de trabalho, nem pensem que gostamos de ser tratadas como bichinhos de estimação que precisam de comando.
O que Lula&Dilma fizeram pela igualdade salarial entre gêneros? NADA. De repente, de acordo com a jornalista que afirmou não admitir ganhar menos que alguém na mesma função, ambos apresentadores e editores executivos, Renata passa a ganhar salário igual ao de Bonner. Bolsonaro, como candidato, conseguiu o que a esquerda não fez em décadas.
Em outro momento, o clima também esquentou quando a jornalista retrucou que seu salário não dizia respeito a ninguém. Bolsonaro, porém, lembrou que dizia, sim, porque seu salário é pago por milhões de reais que a Globo recebe do governo.
Isso é fato. Qualquer Reforma para diminuir custos poderia passar por aí, alguns bilhões seriam poupados aos cofres públicos.
As lacradas do mito não param por aí.
Questionado sobre sua posição em relação à homofobia, Jair Bolsonaro, relembrando o que o levou a agir contra certas ações do governo com a intenção de levar material pornográfico para salas de aula do ensino fundamental, sacou o livro que ensina crianças sobre relações homoafetivas, integrante do chamado “kit gay”.
Os apresentadores disseram que o candidato não poderia exibir documentos ao vivo. Bolsonaro repetiu que não é contra gays, mas contra o que considera ser a doutrinação de crianças.
Vale reproduzir trecho da conversa:
Bonner: “Bolsonaro, por que você é contra o kit gay?”
Bolsonaro: “Por isso, olha esse livro...”
Bonner : "Candidato não mostre o livro, tem crianças assistindo."
Bolsonaro: "Ué, mas não é para CRIANÇAS?"
Enfim, não permitiram que Bolsonaro mostrasse o tal livro, mas a diferença de tratamento aos candidatos ficou evidente quando deixaram Ciro Gomes mostrar seu material de campanha.
Para encerrar, não podia faltar o dedo inquisidor às suas propostas para resolver o problema da violência. Como sempre, Bolsonaro nadou de braçada. Como disseram até mesmo os seus opositores, levantaram a bola para Bolsonaro marcar o gol.
O viés esquerdista dos jornalistas não os permite entender que Bolsonaro ganha mais votos quando fala contra Kit Gay e sobre segurança. Os brasileiros não aguentam mais serem usados como massa de manobra para atrair votos nem ver seus filhos sendo alvo de bandidos. Se respeitassem os valores democráticos como dizem, isso inclui respeitar a opinião popular e não apenas dos ditadores de regras, os profissionais da imprensa talvez conseguissem elevar o nível dos debates políticos e das entrevistas aos candidatos.
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
OLHA O QUE LULA BOLOU!
Depois de quebrar o Brasil concedendo incentivos fiscais para as empreiteiras que pagavam propina ao seu partido, Lula bolou um incentivo fiscal para os bancos.
Leiam nota de O Antagonista:
“Olha o que o Lula bolou: quanto menos juros o banqueiro cobrar, menos imposto ele vai pagar.”
Depois de quebrar o Brasil concedendo incentivos fiscais para as empreiteiras que pagavam propina ao seu partido, Lula bolou um incentivo fiscal para os bancos.
Os banqueiros que receberam o poste nas últimas semanas devem estar comemorando.
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
VÍDEO COM ESTRATÉGIA A 'CYBERMORTADELAS'
Em vídeo, ex-assessor de deputado do PT explica estratégia de campanha a ‘cybermortadelas’
(Reprodução de rede social)
Por Claudio Dantas
No vídeo abaixo que circula nas redes, Breno Nolasco, ex-assessor do deputado federal e candidato ao Senado Miguel Corrêa Júnior, explica a estratégia do PT para “ampliar” o número de “ativistas” digitais.
“Se vocês não estiverem felizes, vocês não vão compartilhar as notícias e nosso trabalho não vai dar certo. Nossa empresa tem uma série de outros produtos, de aplicativos, mas o Follow é o mais importante que nós temos. Sem vocês, nada vai dar certo. Não se preocupem, que vamos fazer tudo dentro da lei.”
Nolasco foi secretário parlamentar de Miguel Corrêa na Câmara dos Deputados e o acompanhou na Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, como coordenador de implantação da Universidade Aberta e Integrada (Uaitec).
Ele é um dos sócios da empresa Sharing ao lado de Rodrigo Queles Teixeira Cardoso, secretário parlamentar de Miguel Corrêa Júnior e dono da BeConnected, empresa que contratou a Lajoy para captar ativistas digitais.
Como O Antagonista mostrou mais cedo, a Shering funciona no mesmo endereço das empresas do deputado e de seu assessor.
No vídeo, ele também explica o esquema de pontuação e remuneração via pirâmide, comenta ações para a campanha de Lindbergh Farias, Márcia (provavelmente Tiburi) e “Brasil Feliz de Novo” – slogan da campanha de Lula.
“Vão aparecer missões por dia dentro do aplicativo. Vão ter duas ou três notícias com pontuação. Essas notícias vocês são obrigados a compartilhar em suas redes, no Facebook, no Twitter e no WhatsApp.”
CONTRATO COM CYBERMORTADELAS ERA FEITO COM EMPRESA DE DEPUTADO DO PT
O Antagonista
O Buzzfeed obteve cópia de um contrato da Fórmula Tecnologia, de Miguel Corrêa Júnior, com um dos influenciadores digitais contratados para fazer propaganda clandestina para o PT.
O valor do contrato é de R$ 2,5 mil.
Mas essa seria apenas uma das modalidades de contratação, segundo informações disponíveis até agora.
Um vídeo que circula nas redes exibe uma videoconferência em que um suposto representante da empresa Follow, do mesmo deputado, descreve o sistema de pirâmide em que cada participante seria remunerado em 3 reais por cada novo influenciador captado.
DOSSIÊ PTGATE
Uma ampla gama de “influenciadores digitais” de esquerda, moradores de todas as partes do país, que passaram a elogiar o governador do Piauí e candidato à reeleição, Wellington Dias (PT), foi o estopim para a divulgação de um amplo esquema de compra de apoio na Internet – o que é ilegal durante o período eleitoral – para candidatos petistas.
O esquema foi denunciado originalmente pela conta “Votem Lula Haddad” e a denúncia foi amplificada por centenas de mensagens publicadas nas últimas horas no Twitter. De acordo com a denunciante original, o esquema determinava que os contratados deveriam “manter sigilo sobre a ação” e começou com mensagens em favor de Gleisi Hoffmann (presidente do PT, deputada federal e candidata à reeleição pelo PT/PR), Luiz Marinho (candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo) e, posteriormente, Wellington Dias (governador do Piauí e candidato à reeleição pelo PT).
O gerenciamento do esquema era feito pela Agência Lajoy, empresa que se diz especializada em trabalhar com “influenciadores digitais”, controlada pela petista Joyce Falete, de Belo Horizonte – MG, ex-consultora de Internet da Rede Globo de Televisão.
Perfis de Joyce Falete nas redes sociais: apoiadora de Lula trabalha como “agente de influenciadores digitais” há 8 anos, inclusive no período em que trabalhou como consultora da Rede Globo de Televisão. A empresa responsável pelo contato com os “influenciadores digitais” era a “vBuilders Studio”, criada por Luis Felipe Veloso de Lima, ex-funcionário do governo do Estado de Minas Gerais (controlado pelo governador e candidato à reeleição Fernando Pimentel, também do PT). Luis apagou a informação do seu perfil, mas a cache do Linkedin e do Google demoram mais tempo para atualizar.
O contato era feito por uma funcionária da vBuilders Studio, Isabella Bomtempo, e os termos eram claros: os influenciadores deveriam fazer “militância política para a esquerda”, “ativismo para partidos de esquerda como o PT”, tudo isso “sem sinalizar ser uma ação política”. Os exemplos de pautas incluíam “falar sobre o governo golpista”, “falar sobre a candidatura de Lula”, “falar sobre como as mulheres são pouco representadas na política” e “falar como a direita não apoia os LGBTs”. A mensagem ainda salientava que a ação “não é crime” (algo discutível de acordo com a lei eleitoral) e que a verba era de “R$ 1.500,00 por mês para a entrega de 1 conteúdo por dia publicado na sua rede social mais relevante”.
Os influenciadores que aceitavam participar do esquema eram convidados a fazer o download dos aplicativos “Follow” (posteriormente renomeado para FollowNow) e “O Brasil Feliz de Novo” (nome parecido com a denominação da coligação do PT que apresentou a candidatura à Presidência da República: “O Povo Feliz de Novo”). O segundo aplicativo deixa claro o intuito do uso: “Em tempos de fakenews (sic), você precisa saber em quem confiar. Comprometidos com um processo eleitoral responsável e consciente, o Partido dos Trabalhadores criou o Brasil Feliz de Novo, um aplicativo de compartilhamento de conteúdos diversos vinculados a algumas das nossas pré-campanhas. Aqui você encontra as principais notícias sobre a atualidade e o cenário político do Brasil. Compartilhamos também conteúdos relacionados com nossas lutas e propostas de campanha.”
Outra forma de divulgação do aplicativo era feita por meio das redes sociais, incluindo o Whatsapp, sempre com o mesmo mote: convidar os interessados a baixar os aplicativos “FollowNow” e “O Brasil Feliz de Novo” para se tornar um “ativista digital”. Para deixar ainda mais claro o teor do segundo aplicativo, a página do app no Facebook tem a foto de Lula no perfil e na capa. O número para confirmar a participação no esquema é de Minas Gerais (DDD 31).
O registro do aplicativo FollowNow, entretanto, é que guarda a ligação mais importante do esquema com um político do PT. De acordo com a página do aplicativo no Facebook, o e-mail do administrador do aplicativo remete a uma outra empresa, a “formulatech.com.br”. Consultando o registro do domínio, vemos que a empresa se chama “Formula Planejamento e Análise de Mercado Ltda EPP”, tendo sido registrada sob o CNPJ 20.758.048/0001-70.
Consultando o CNPJ da empresa que administra o aplicativo, descobrimos o sócio responsável pelo aplicativo, o coração de todo o esquema (e provável fonte do dinheiro destinado aos “influenciadores”: o deputado federal, ex-Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SEDECTES, onde trabalhou Luis Felipe Veloso de Lima, o criador da vBuilders Studio) e atualmente candidato ao Senado Federal pelo PT-MG, Miguel Corrêa da Silva Júnior. Ironicamente, o deputado federal petista também possui uma segunda empresa, no mesmo endereço da Formula, chamada… Follow!
Em outras palavras: por meio de uma rede de empresas que inclui uma ex-consultora da Rede Globo, um ex-funcionário da SEDECTES e as empresas do ex-secretário da SEDECTES, deputado federal do PT e atual candidato ao Senado pelo partido, Miguel Correa, “influenciadores digitais” foram contratados para fazer propaganda eleitoral paga nas redes sociais, o que é ilegal de acordo com a legislação eleitoral.
A Resolução 23.551/2017 do Tribunal Superior Eleitoral, que dispõe sobre propaganda eleitoral, utilização e geração do horário gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral nas eleições, define, em seu Art. 24, que é “vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, excetuado o impulsionamento de conteúdos, desde que identificado de forma inequívoca como tal e contratado exclusivamente por partidos políticos, coligações e candidatos e seus representantes”. Caso o caso vá a justiça, os políticos contratantes da rede e seus beneficiários podem inclusive ter o mandato cassado por abuso de poder econômico.
Finalmente, é importante registrar os perfis que aceitaram fazer a divulgação eleitoral ilegal em nome do PT. A lista é gigantesca, mas aqui temos alguns exemplos de perfis de esquerda que resolveram, “magicamente”, apoiar o governador do Estado do Piauí, Wellington Dias do PT, a terceira “campanha” do esquema.
Marcelo Faria (ILISP)
sábado, 25 de agosto de 2018
APÓS AMEAÇAS, MP PEDE TROPAS FEDERAIS NAS ELEIÇÕES 2018
Toda campanha eleitoral à presidência da República, coincidentemente (ou não), o crime organizado tem agido ostensivamente contra candidatos adversários de certo partido.
Por que será?
É o que informa Ricardo Galhardo, em O Estadão
O procurador regional eleitoral do Ceará, Anastácio Tahim Jr., solicitou o envio de tropas federais para evitar a ação do crime organizado durante as eleições 2018, no dia 7 de outubro. Um dos argumentos usados pelo procurador é uma circular atribuída ao Comando Vermelho do Ceará que proíbe candidatos saídos das corporações militares, entre eles Jair Bolsonaro (PSL), de pedir votos nas áreas dominadas pela facção.
A circular cita nominalmente o deputado federal Vitor Valim – que é apresentador de TV – e o deputado estadual Capitão Wagner, ambos do PROS, além do próprio Bolsonaro, mas se estende a “outros polícias (sic)”.
“Esses políticos apoiam a ditadura, tortura e tudo que é contra as comunidades carentes. Eles camuflam o que os policiais vêm fazendo nas nossas comunidades”, diz o texto.
Segundo o procurador, somente uma investigação aprofundada pode atestar a autenticidade do texto, mas uma série de fatos ocorridos ultimamente, como a expulsão de candidatos em campanhas em favelas, serviriam como indícios.
“A corroborar em alguma medida o que ali está escrito, nós colhemos alguns relatos”, disse Tahim Jr. “A preocupação com a segurança ganhou outros contornos. Até então, tinha a demarcação do território e a substituição do Estado nas áreas dominadas. Agora, tem este viés eleitoral”, afirmou.
Um dos exemplos usados por ele é ação na qual o Ministério Público Federal pede reintegração de posse para 42 beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida que foram expulsos de suas casas por criminosos de uma facção.
“O crime já financia a política em muitos Estados. Com isso, a arregimentação coercitiva dos eleitores habitantes dos espaços controlados por esses ousados e equipados grupos consubstancia uma prática iminente, a qual exige uma postura preventiva e repressiva, prontificada e contundente”, diz o pedido de apoio federal.
A solicitação de tropas federais para garantir a segurança na eleição ainda vai ser votada no plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE).
Segundo o procurador eleitoral, a decisão de pedir reforço federal foi tomada com base no parecer de uma comissão que ouviu todos os juízes eleitorais do Estado.
CRETINOS! NÃO BASTA EXPLORAR AS DESGRAÇAS E A VULNERABILIDADE DOS ADULTOS?
PETISTAS USAM CRIANÇAS EM PROTESTO POR LULA
O Antagonista
Os apoiadores do presidiário levaram crianças para frente do prédio de Cármen Lúcia.
Onde está o Conselho Tutelar?
SOLDADO, PARABÉNS PELO SEU DIA!
O soldado não arrisca a vida para salvar a vida de estranhos porque odeia o agressor, faz isso porque ama quem o agressor odeia.
Está confuso? ... mas é a inversão de valores que foi criada pra confundir e fez do bandido um herói e do herói o vilão a ser combatido.
PARTIDO DOS TRABALHADORES, UMA AMEAÇA PERMANENTE À LIBERDADE E À DEMOCRACIA!
Paulo Chagas
Documento da Secretaria de Inteligência da Aeronáutica, de 1991, alertava o Alto Comando da Aeronautica para quatro aspectos:
(1) O PT seguia uma estratégia gramsciana de "ocupar espaços" "inclusive os espaços institucionais", de forma gradual, como etapa prévia para a consolidação de hegemonia e tomada do poder.
(2) O PT estava mobilizando trabalhadores do ABC paulista contra o Projeto Aramar e outros projetos industriais das Forças Armadas destinados a dotar o Brasil de autossuficiência na produção de armamentos e energia nuclear. Objetivamente, estava trabalhando para sabotar a capacidade defensiva do País e torná-lo mais vulnerável, em proveito de potências estrangeiras.
(3) A Secretaria Nacional de Formação Sindical do PT enviava parte dos seus quadros para cursos de formação ideológica fornecidos pelos governo de Cuba e da antiga RDA - República Democrática da Alemanha.
(4) No tocante ao estamento fardado, o PT desejava revogar a Lei de Anistia, "redefinir o papel das Forças Armadas", "criar um Ministério da Defesa", "extinguir o SNI - Serviço Nacional de Informações", dar "nova formação aos militares" e "reorganizar as carreiras militares", entre outras metas.
Dar "nova formação aos militares" significa modificar o currículo das academias, de modo que a formação nacionalista e cristã dos oficiais e praças seja substituída por uma doutrina ideológica alinhada com as diretrizes do PT.
"Reorganizar as carreiras militares" equivale a interferir no funcionamento das Comissões de Promoções, substituindo critérios de mérito e patriotismo por critérios políticos, ditados não pelo interesse do Estado, mas pelo interesse do governo.
Lembrem-se, ovas tentativas virão. Por isso, vale a pena resgatar o aviso dado pelo General Augusto Heleno durante seu discurso de despedida do serviço ativo, proferido em 9 de maio de 2011:
"Minha homenagem aos oficiais-generais com quem convivi ao longo desses 45 anos. Exemplos de dedicação, honradez e profissionalismo, eles são escolhidos por um Sistema de Promoções que não é infalível, por ser conduzido por seres humanos, entretanto é marcado pela honestidade de propósitos, pela isenção e pelo senso de justiça. Espero que não aceitemos jamais ingerências políticas nesse processo, sob pena de violarmos nossos valores mais caros"
Em relatório recente do Partido dos Trabalhadores, após o impeachment de Dilma Rousseff, encontramos referência a esses objetivos ainda não alcançados, ombreando com a frustração de não ter conseguido cassar o mandato do Deputado Jair Bolsonaro.
O PT e todos os seus congêneres continuam e continuarão a ser ameaças à democracia como a queremos para o Brasil. A luta ideológica pela liberdade é, portanto, permanente e exige idêntica atenção e empenho por parte dos que a defendem como patrimônio a ser preservado para o bem das futuras gerações de brasileiros.
CONSPIRAÇÃO DOS INSTITUTOS DE PESQUISA!? TEORIA OU FATO?
Como índices fake (palavra da moda) funcionam no inconsciente coletivo. O mantra que se repete aos quatro ventos é que a pulverização de candidatos levaria a um cenário de TODOS contra Bolsonaro.
Para frear possível crescimento do candidato da direita, os "iluminados" colocam seu favorito na dianteira, pois assim será o escolhido entre os eleitores para receber o tal voto contra Bolsonaro. Não vamos fingir que não é assim.
Temos que reconhecer, não adianta fugir aos fatos, são muitos lulas por aí que podem estragar a nossa vida se não fizermos nada para evitar a volta da quadrilha ao poder
Pesquisas publicadas durante a semana apontam a liderança disparada de Lula na disputa, já batendo nos 40%. Não adianta dizer que ele não será candidato. O que é relevante aqui é que quase a metade da população acha que ele não é culpado. Ou acha que, se todos são culpados, então ele é o melhor (pois, pelo menos, está do lado dos pobres).
O correto, se realmente há alguma preocupação no combate à corrupção, seria TODOS contra o candidato da quadrilha, seja quem for.
Infelizmente, o ódio contra militares é mais intenso do que contra ladrão.
"Eu não estou entre os milhões de Lulas. Não roubei dinheiro público, não estou presa, não fui condenada em segunda instância..."
QUE TAL "IMPRENSA SEM PARTIDO?"
Até quando a mídia vai insistir nessa palhaçada de colocar a mulher como vítima da sociedade, como fazem com os bandidos?
O PT E A REDE DE MARINA NÃO VOTARAM A FAVOR DA MULTA CONTRA DISCRIMINAÇÃO SALARIAL
A esquerda foi a única que perdeu com a Reforma Trabalhista, perdeu a mamata do imposto sindical e perdeu o discurso.
Se lermos atentamente ao menos os pontos principais da reforma que os partidos da esquerda, incluindo a REDE da Marina, votaram radicalmente contra, podemos constatar que não há nada que retire direitos dos trabalhadores, mas amplia generosamente a proteção às mulheres.
Multa contra discriminação A reforma cria uma multa a ser paga ao funcionário que sofrer discriminação salarial "por motivo de sexo ou etnia";
Estabilidade no emprego de gestantes;
Licença-maternidade com a duração mínima de 120 dias, com extensão do benefício à funcionária que adotar uma criança;
Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos;
Proibição de que o empregador exija atestado para comprovação de esterilidade ou gravidez, além de proibição da realização de revistas íntimas em funcionárias;
Proibição de que uma mulher seja empregada em serviço que demande força muscular superior a 20 quilos para o trabalho contínuo, ou 25 quilos para o trabalho ocasional;
Autorização para mulher romper compromisso contratual, mediante atestado médico, se este for prejudicial à gravidez;
Repouso remunerado de duas semanas em caso de aborto não criminoso;
Dois descansos diários de meia hora cada para mulheres lactantes com filho de até seis meses;
Exigência de que os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma sala de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária.
"ÓDIO DO BEM", DESMASCARANDO A HIPOCRISIA
Como os "tolerantes" da esquerda tratam o eleitor da direita
Afinal, quem tem discurso de ódio, quem mostra os fatos ou quem ataca com agressões pessoais
Ah, os eleitores de Alckmin, Amoêdo e Álvaro Dias também não são poupados, não. Deem uma espiada nas páginas vermelhas e confiram.
De acordo com o texto, se considerar as cotas que se baseiam na cor da pele (taxando o negro de incapaz ao invés de considerar a condição social) como prática racista é ser racista, então pode me chamar de racista.
Se ficar horrorizada com a pauta LGBT infantil, que visa destruir a identidade das crianças e colocar na cabeça de inocentes que podem escolher ser o que quiserem, além de estimular a sexualização precoce banalizando a pedofilia, se isso é ser homofóbico, então podem me chamar assim porque jamais vou aceitar isso.
Se não seguir ondas de suposta defesa da mulher que espalham dados falsos sobre a nossa situação no mercado de trabalho é ser misógina, então eu também sou.
Se ficar satisfeita com a prisão de corruptos é ser sádica, não me importo que me xinguem disso também.
Que mais?.... se eu não decoro mantras impostos por "iluminados" nem copio e colo textos de cartilhas partidárias é ser subletrado, engulo mais um rótulo mas não me presto a isso.
Ah, não podemos esquecer a traição de Lula, que contrariou a decisão de uma maioria esmagadora da população no referendo de 2005 ao decidir não mexer na lei sobre porte de armas, e impôs a lei do desarmamento que resultou na multiplicação dos índices de violência. Contrariar uma decisão popular confirmada em referendo foi, no mínimo, uma violência contra a democracia.
É importante mostrar a cara da esquerda.
O discurso é bonito, enganador, mas a índole é podre.
Há uma página nas mídias sociais que trata do "ódio do bem". Lá podemos encontrar uma infinidade de declarações desse tipo.
Vejam o que um "tolerante" respondeu a uma postagem de Janaína Paschoal, no twitter.
É importante mostrar a cara da esquerda.
O discurso é bonito, enganador, mas a índole é podre.
Há uma página nas mídias sociais que trata do "ódio do bem". Lá podemos encontrar uma infinidade de declarações desse tipo.
Vejam o que um "tolerante" respondeu a uma postagem de Janaína Paschoal, no twitter.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
DIVERGÊNCIA ENTRE INSTITUTOS DE PESQUISAS
Comparativo de pesquisas mostra divergências em votos para Lula
Por Claudio Dantas
O Antagonista fez um comparativo das últimas três pesquisas presidenciais realizadas pelo Instituto Paraná, Ibope e Datafolha. As divergências entre os resultados merecem análise mais aprofundada.
No caso do apoio a Lula, por exemplo, o IParaná apontou 30,8% das intenções de voto para o presidiário, bem menos que os 37% do Ibope e e os 39% do Datafolha.
A estratificação dos cenários regionais revela índices semelhantes na região Sudeste, mas diferenças brutais nas regiões Nordeste e Sul.
Segundo o Iparaná, o ex-presidente teria apenas 18,1% na soma das intenções dos eleitores de Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ibope e Datafolha estimaram esse apoio em 27% e 25%, respectivamente – uma diferença de até 11 pontos percentuais.
No Nordeste, o fenômeno se repete, com a distância entre as apurações do IParaná e dos outros dois institutos de pesquisa alcançando até 13 pontos percentuais. O comparativo também identifica diferenças em relação aos índices de Bolsonaro e Marina, no cenário com Lula, mas numa proporção menor.
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
IBOPE: BOLSONARO LIDERA COM 20%
O Antagonista
O cenário que inclui o presidiário –inelegível, segundo a Lei da Ficha Limpa– dá a ele 37% das intenções de voto. Nesse caso, Bolsonaro fica com 18%, Marina com 6%, Ciro e Alckmin com 5%.
Saiu a primeira pesquisa do Ibope desde junho sobre a corrida presidencial, divulgada há minutos pelo site do Estadão (e que mais tarde irá ao ar no Jornal Nacional).
No cenário sem Lula, Jair Bolsonaro lidera, com 20%. Atrás dele vêm Marina Silva, com 12%, e Ciro Gomes, com 9%. Geraldo Alckmin tem 7%; Fernando Haddad, 4%.
FUNDÃO CRIA MAGNATAS ELEITORAIS
Fundão eleitoral tirou dinheiro do cidadão para criar ‘magnatas’ dos partidos
'Donos' de partidos controlam R$1,7 bilhão tirados dos nossos bolsos
O fundão eleitoral de mais de R$1,7 bilhão, que financiará a campanha deste ano, foi produto de acordão dos presidentes de sete partidos – MDB, PSDB, DEM, PSB, PP, PR e PSD. Foi uma invenção demoníaca. Proibidos de vender favores no governo em troca de financiamento eleitoral, os partidos criaram o fundão para tirar dinheiro do contribuinte sem o risco de Polícia Federal da porta. Assim, os “sete magnatas” multiplicaram o poder sobre “vida e morte” dos próprios correligionários. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Bancando a própria campanha ao governo do DF, Ibaneis Rocha critica a criação do fundão. Porque os partidos tendem a priorizar a campanha dos que já são mais conhecidos e têm possibilidade de eleição, impossibilitando a renovação na política.
O presidente do MDB, Romero Jucá, por exemplo, foi logo avisando que somente ajudaria a bancar campanhas de candidatos “viáveis”, ou sejam, os que já têm mandato.
Ciro Nogueira (PP) e Valdemar Costa Neto (PR), montados na grana, definem as candidaturas nas quais os partidos investirão nos estados.
Só os partidos que apoiam Alckmin (PSDB, PP, PTB, PR, SD, PPS, PSD, PRB, DEM) embolsarão R$830 milhões para gastar nas eleições desde ano. Isso representa quase 49% do fundão eleitoral.
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
A IMPORTÂNCIA DO PEDIDO DA ONU
Os jornalistas Josias de Souza e J.R. Guzzo, bem como o cientista político Augusto de Franco, resumiram a farsa protagonizada pelos petistas da ONU:
“Na prática, o comitê da ONU pediu, com outras palavras, o seguinte: ‘Brasil, mande às favas as decisões judiciais adotadas contra Lula —da primeira à quarta instância. Em seguida, rasgue a legislação para permitir que um preso inelegível dispute a honorável posição de presidente da República.’ Tais providências transformariam o Brasil numa republiqueta. Mas o órgão da ONU está pouco se lixando.”
(Josias de Souza)
NÃO HÁ DECISÃO NENHUMA DA ONU
Esse Haddad é um cretino ao dizer que houve decisão da ONU para Lula ser candidato e que isso tem força de lei. Está enganando os incautos que não têm a menor noção de como funciona o sistema das Nações Unidas (com numerosas agências, entidades, comitês e comissões abrigadas). Que decisão da ONU? Um Comitê de Direitos Humanos, aparelhado pela esquerda, não é a ONU. Seria uma decisão da ONU se tivesse sido tomada por maioria pela Assembléia Geral? Ou votada, sem veto, no Conselho de Segurança? E mesmo assim não teria força de lei nos assuntos domésticos em lugar nenhum, nem aqui, nem nos USA, nem na China. Os Estados-nações são soberanos.
(Augusto de Franco)
O Comitê de Direitos Humanos da ONU, que “mandou soltar” Lula, não tem poder legal nenhum. Não decide pela organização, não aplica sanções e não pode obrigar nenhum país a nada. É uma clássica boquinha, com salários que vão de 4.000 a 11.000 dólares mensais. Só existe por isso.
(J.R.Guzzo)
ITAMARATY DIZ QUE DECISÃO DA ONU SOBRE LULA NÃO TEM EFEITO
VEJA
O governo brasileiro considerou “sem efeito juridicamente vinculante” a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU de garantir ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seus direitos políticos, mesmo condenado e preso. Por meio de nota, Ministério das Relações Exteriores afirmou que as conclusões do comitê têm apenas caráter de recomendação.
O Itamaraty sublinhou que a delegação permanente do Brasil em Genebra não foi previamente avisada de sua manifestação sobre o caso do ex-presidente nem recebeu do Comitê pedidos de informação sobre o mesmo processo. Também explicou que o Comitê não é integrado por países, mas por “peritos que exercem a função em sua capacidade pessoal”.
A recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, se cumprida, garantiria ao candidato oficial do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), direito de concorrer nessa eleição acesso à imprensa e a seu partido, apesar de condenado e preso nas instalações da Polícia Federal em Curitiba.
A deliberação será encaminhada pelo Itamaraty para o Judiciário, que deverá providenciar uma resposta ao Comitê. A decisão preliminar desse órgão, com sede em Genebra, divide juristas ouvidos pela Veja.
Paulo Borba Casella, diretor do Departamento de Direito Internacional da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, afirma ser essa decisão preliminar e sem consequências práticas até que o governo brasileiro se manifeste oficialmente e haja uma revisão.
Em sua opinião, o Brasil deve se manifestar ao Comitê o mais rapidamente possível para confirmar que todo o processo legal do caso do triplex no Guarujá foi seguido, com amplo direito à defesa, e para sublinhar que a condenação do ex-presidente se deu em duas instâncias da Justiça e foi respalda pelas cortes superiores – o Tribunal Superior Federal (TSF) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quem está condenado e preso tem seus direitos políticos prejudicados”, assinalou.
Segundo Casella, situação similar ocorreu depois da aprovação da reforma trabalhista pelo Congresso, quando a Organização Internacional do Trabalho (OIT) manifestou preliminarmente contrário às mudanças sob o argumento de que feririam os direitos dos brasileiros. No plenário da organização, depois das explicações de Brasília, concluiu-se que não houve ilegalidade.
Para o especialista em Direito Internacional, a iniciativa dos advogados de defesa de Lula de levar seu caso ao Comitê foi uma “manobra que surtiu efeito”. A matéria, certamente, será revista.
Valério Mazzuoli, professor-associado de Direito Internacional Público da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) concorda que a decisão do Comitê foi uma “medida precária e de caráter liminar”. “A decisão do Comitê é legítima, o que não significa que o ex-presidente seja elegível em razão da condenação dele em segunda instância”, afirmou. “Ele pode participar do pleito. Mas o Comitê não muda em nada a decisão da lei brasileira de que ele foi condenado em duas instancias e está inelegível.”
Mazzuoli sublinhou que os tratados de Direitos Humanos valem mais que as leis e devem ser respeitados. Nesse caso, o Comitê diz que o ex-presidente pode concorrer – mas nada diz sobre Lula assumir a presidência se for eleito em outubro.
O Comitê decidiu a questão com base no Protocolo Facultativo ao Pacto de Direitos Civis e Políticos, que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos. O documento foi ratificado pelo Brasil em 1992. Dezesseis anos depois, o Supremo alocou os tratados no nível supralegal, o que lhes deu precedência sobre as leis brasileiras. Por isso, explica Mazzuoli, “não há como dizer que a decisão não vale”.
O artigo 5 do Protocolo Facultativo estabelece que o Comitê, após receber as queixas e denúncias, dará 6 meses ao Estado acusado para emitir uma resposta. Depois disso, toma uma decisão a portas fechadas. Se responder rápido ao Comitê, como recomenda Casella, o governa tenderá a remover possíveis ruídos do processo eleitoral. Se deixar para o último dia, a eleição e posse do novo Presidente já terão ocorrido.
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
PGR PEDE IMPUGNAÇÃO DO REGISTRO DE LULA
Dodge pede que Justiça proíba Lula de concorrer horas depois de petista virar candidato
El País
LULA, O MAIS RICO SEM TRABALHAR
A Coluna do Estadão lembra que Lula declarou patrimônio de R$ 12,3 milhões no plano de partilha do inventário de Marisa Letícia.
Só o plano de previdência do presidiário soma mais de R$ 9 milhões, dinheiro que saiu do bolo de R$ 27 milhões embolsados por ele com supostas palestras.
Se Lula declarar seus bens ao TSE hoje, passará a figurar entre os candidatos mais ricos.
CALANDO A HISTÓRIA
A esquerda quer proibir que Hugo Studart fale sobre o Araguaia
O jornalista e historiador Hugo Studart, de Brasília, escritor premiado em seus livros sobre o regime militar e merecedor do apreço de organizações que agem em defesa dos direitos humanos, é um exemplo admirável do tipo de perseguido político que haveria num Brasil governado pelas forças de esquerda que estão hoje por aí. Em seu último livro, “Borboletas e Lobisomens”, que está sendo lançado neste momento, Studart faz uma reconstituição altamente minuciosa da chamada “Guerrilha do Araguaia” ─ na qual um pequeno grupo armado de extrema esquerda, centrado no PCdoB, tentou derrotar em combate as Forças Armadas do Brasil, nas décadas de 60 e 70, em confins perdidos na região central do país.
Hoje, mais de 50 anos depois, organizações que se definem como “progressistas” ou de “ultra-esquerda”, entraram em guerra contra o livro de Studart. Se estivessem no poder, proibiriam a publicação de “Borboletas e Lobisomens” e aplicariam uma punição exemplar ao autor ─ alguma pena prevista, possivelmente, nos mecanismos de “controle social dos meios de comunicação” que prometem adotar em seu futuro governo. Como não podem fazer isso, colocaram em ação o sistema de difamação, sabotagem e notícias falsas que mantém na mídia e nas redes sociais para tumultuar o lançamento. Ao mesmo tempo, sua tropa foi posta na frente da livraria escolhida para a noite de autógrafos, no Rio de Janeiro, com a missão de intimidar os presentes e perturbar seu acesso ao local.
O delito de Studart foi mencionar em seu livro algumas realidades incontestáveis e incômodas para os interessados em manter de pé lendas e mitos sobre o que entendem ser o heroísmo dos “combatentes” da aventura do Araguaia. Basicamente, o jornalista escreve que diversos membros da guerrilha trocaram rapidamente de lado, assim que foram acossados pela tropa do governo ─ e fizeram acordos com os militares para delatar os companheiros e ajudar os militares na sua captura e destruição. Refere-se, também, à uma lista de “guerrilheiros” que, em troca da delação, receberam identidades falsas e se beneficiaram de programas de proteção a testemunhas operados pelos serviços de repressão; encontram-se, até hoje, entre os “desaparecidos” do Araguaia. Studart cita ainda uma das líderes do movimento que, na verdade, era amante de um agente das Forças Armadas e agia a seu serviço na guerra contra os companheiros. Registra assassinatos cometidos entre eles ─ as chamadas “execuções” ou “justiçamentos”.
Enfim, no que talvez seja o ponto no qual mais irrita os inimigos do seu livro, o autor demonstra que o longo culto ao Araguaia pela esquerda é, em boa parte, uma questão de dinheiro. Tem a ver com a operação do sistema de indenizações e benefícios que o contribuinte brasileiro paga até hoje, e continuará pagando pelo resto da vida, para pessoas que conseguiram se certificar como “vítimas do regime militar”.
“Borboletas e Lobisomens” é um livro de 658 páginas, com uma lista de 101 obras consultadas pelo autor, tanto sobre o episódio do Araguaia em si como sobre História em geral; entra na relação até a “Metafísica” de Aristóteles. Studart ouviu depoimentos de 72 participantes e familiares, consultou 29 documentos de militantes da operação e teve acesso a cinco documentos militares, inclusive de classificação confidencial e secreta. Ao logo de todo o livro, trata os envolvidos, respeitosamente, como “guerrilheiros” ou “camponeses”. O relato de delações, homicídios e colaboração com os militares ocupa apenas uma porção modesta do vasto conjunto da obra. Mas a Polícia do Pensamento que opera na esquerda brasileira não admite a publicação de nenhum fato que possa contrariar sua visão oficial de que houve no Araguaia um conflito entre heróis do PCdoB e carrascos das Forças Armadas ─ principalmente se esse fato é verdadeiro. Este é o único tipo de liberdade de expressão que entendem.
MORTADELA INFLACIONADA - 250 MIL PARA O MST
MST cobra R$ 250 mil de PT e centrais para realizar ato pró-Lula
Leonencio Nossa - Estadão
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) chegou nesta terça-feira, 14, a Brasília para pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a aceitar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, ao Palácio do Planalto nas eleições 2018. Lideranças da entidade ligada ao campo querem que o PT e centrais sindicais paguem uma dívida de R$ 250 mil com a montagem das tendas para abrigar os 5 mil militantes acampados no entorno do Estádio Mané Garrincha. O registro da candidatura de Lula será feito nesta quarta-feira, 15, no TSE.
Há divergência no grupo sobre a estratégia política adotada pelo PT. “Estamos em divergência com setores eleitoreiros do próprio partido que querem ganhar a eleição a qualquer custo”, afirma João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do movimento. Ele afirma que a defesa de Lula é uma “causa política” e, hoje, o MST não aceita discutir o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para substituir Lula na chapa do PT à Presidência.
“Não aceitamos plano B. Haddad pode ganhar a eleição, mas vai ser mais uma Dilma Rousseff. Não terá força política. Só Lula tem força”, avalia João Paulo Rodrigues. “A direita quer a indicação dele (Haddad) para depois dizer que nós aceitamos participar do jogo”, completa. “Mesmo cassado, o nome do Lula tem de estar na cédula. Não queremos uma vitória eleitoral. Queremos uma vitória política."
Até o começo da tarde, 130 ônibus desembarcaram militantes que participarão do ato previsto para esta quarta-feira. O trânsito na região central de Brasília ficou engarrafado. A maioria dos veículos foi alugada por grupos do MST e de cooperativas de pequenos agricultores da região do entorno de Brasília, de Goiás, da Bahia, de São Paulo e de Minas Gerais.
Minuto Estadão - Registro de Candidatos
Há previsão da chegada de outros 70 carros. Nos bastidores, lideranças reclamam especialmente de figuras do PT da Bahia, que rejeitaram qualquer apoio para o deslocamento de militantes. Os alimentos consumidos no acampamento foram trazidos pelos sem-terra. O governo do Distrito Federal deslocou policiais militares para fazer a segurança dos acampados.
João Paulo Rodrigues avalia que, além das estratégias de alianças nos Estados, outros fatores impediram que o número de participantes no acampamento pró-Lula fosse maior. “Geralmente, as mobilizações ocorrem nas defesas de categorias. Não é o caso desta vez”, afirma. “Sindicatos e partidos também enfrentam problemas como a falta de dinheiro do imposto sindical e do fundo partidário. Como o MST não depende desses recursos, estamos em maioria aqui”, afirma.
Ele, no entanto, não deixa de cobrar maior empenho de legendas aliadas. “O PCdoB não joga a mesma energia de antes”, ressalta. “Agora, o MST não é filiado a partido, por isso não tem outro nome para a sucessão nem busca alianças. O que buscamos é acumular forças na nossa base”, afirma. “Se os tribunais negarem a candidatura de Lula, vamos sair derrotados apenas eleitoralmente.”
Cármen Lúcia recebeu dirigentes do MST
Houve cobrança dos sem-terra também no Supremo. Nesta tarde, um grupo de dirigentes foi recebido pela presidente da Corte, a ministra Cármen Lúcia. Compareceram à audiência o ativista Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Nobel da Paz de 1980, o ator Osmar Prado e o dirigente João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros.
Durante o encontro, Stédile lembrou que, em 2006, quando o ex-presidente Itamar Franco apresentou o nome de Cármen, então procuradora-geral do Estado de Minas, a Lula para uma vaga no STF, o MST foi ao Planalto e chancelou o pedido. “Presidente, como único pedido, gostaria que a senhora lembrasse do nosso amigo em comum, o Itamar, que nesta hora estaria do nosso lado na defesa de Lula”, disse Stédile.
Eles entregaram um abaixo assinado com aproximadamente 240 mil assinaturas pela liberdade do petista. “Ao final, ela (Cármen) disse estar comovida, disse que vai transmitir aos demais ministros a importância desta reunião, disse que não pode antecipar nada, porque seria um pré-julgamento, seria falar fora dos autos, então ela não pode dizer nada do que fará", relatou Carol Proner, professora de direito da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
O gabinete da ministra não se manifestou sobre o encontro. O grupo quer que o STF julgue o mérito de ações que tratam da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Apesar da pressão de colegas e movimentos sociais, Cármen resiste a levar o tema ao plenário da Corte. “Não há motivo para eles ficarem postergando (o julgamento), porque não é mais o caso do Lula, a Pastoral Carcerária disse que já prenderam 13 mil pessoas em São Paulo”, comentou Stédile.
sábado, 11 de agosto de 2018
BOLSONARO, DEMOCRACIA E O SENSO COMUM
Publico a matéria a abaixo com certo alívio, pois nunca pensei em ler e ouvir tantas ofensas nas mídias sociais e nas matérias jornalísticas contra quem não aderiu à agenda dos puristas da esquerda. Sim, posso até respeitar o purismo das boas intenções, mas questiono os resultados práticos dos movimentos contrários aos valores que emergem na sociedade até então mal representada, apesar das tentativas de ridicularizar os ditos conservadores.
Fernando Shüler, Folha de São Paulo, 08/08/2018
Vivemos tempos de democracia polarizada, e é previsível que o jornalismo siga o mesmo caminho
Parte de nossa imprensa faz com Bolsonaro o que o "mainstream" da imprensa americana fez com Donald Trump. Abre-se mão de fazer jornalismo em favor da militância. O questionamento, o dado factual, o desejo de saber e informar é substituído por um difuso e por vezes raivoso ativismo.
Foi o que se viu na recente entrevista de Bolsonaro no Roda Viva. A cena toda parecia uma gincana para saber quem seria capaz de dar a maior pancada, ou desconstruir o candidato. O programa não foi uma exceção.
Há quem pense que jornalismo é isto mesmo. Que o desafio é tocar nos pontos frágeis do candidato, e que discussão sobre programas de governo é conversa fiada. Pode ser. É de se esperar que um bom bate-boca dê mais audiência que um debate respeitoso sobre o país. Há gosto pra tudo.
Sob certo aspecto, tudo isto é bastante compreensível. Vivemos tempos de democracia polarizada, e é previsível que o jornalismo siga o mesmo caminho. Boa parte do que se entende por jornalismo, hoje, responde à lógica da cultura do entretenimento. O ponto é gerar repercussão, visualização, likes, barulho e calor, no mundo digital.
Pablo J. Boczkowski e Zizi Papacharissi, organizadores do recém-lançado “Trump and the Media”, pelo MIT, observam que uma das marcas da campanha de 2016 foi a desconexão da agenda de amplos setores da mídia e uma vasta camada de eleitores americanos.
A conhecida cisão entre o que vai na cabeça de uma certa elite de intelectuais/ativistas e o senso comum. É previsível que isto ocorra, mas o tamanho do fosso agora parece ter aumentado, e adquirido ares de confrontação.
O palco do confronto, em regra, é dado pelos temas da guerra cultural. Parte da elite cultural parece estratificar o mundo entre aqueles que andam do lado certo do debate sobre temas como aborto, maioridade penal, porte de armas ou cotas raciais, e os que rastejam do lado errado.
A cisão diz respeito ao tema do reconhecimento. Há um tipo de retórica e um arco de opiniões “legítimas” e outro que representa simplesmente o atraso e a contramão. E por aí está encerrado o debate.
Melhor expressão disso foi dada por um dos candidatos à Presidência, que em um momento de alta virtude chamou o jovem e negro vereador paulista Fernando Holiday de capitãozinho do mato. A ofensa foi solenemente desconsiderada pelo "mainstream" midiático. Pareceu perfeitamente óbvio que um jovem negro, por ser negro, devesse pensar do jeito certo, sob pena de ser simplesmente isto, um traidor com quem não se deve dialogar, mas combater.
Cansei de atender a debates e entrevistas em que a conversa começa com a pergunta sobre como entender a atual “onda conservadora”. O tom da questão, em regra, é a ideia de que estamos diante de um problema e de algo que pode ameaçar a nossa democracia. Em geral, começo explicando que o ponto de vista conservador também é legítimo, tanto quanto o seu contrário. Que uma democracia é feita disso, da expressão de visões éticas divergentes sobre o mundo.
Ato seguinte digo que conservadorismo de costumes sempre esteve por aqui, na base da cultura brasileira, mas que agora adquiriu expressão política. Uma expressão nítida e majoritária. Quase um terço dos brasileiros, hoje, é evangélico, mas o tema está longe de se resumir à filiação religiosa. 57% da população é contrária à descriminalização do aborto.
Os dados são abundantes nesta direção. Durante as duas últimas décadas, eleitores conservadores tenderam a dividir seu voto, em eleições majoritárias, no eixo PT-PSDB. Agora dispõem de uma representação própria. Por certo é uma representação imperfeita e, possivelmente, grotesca e caricatural. Emendar adjetivos aqui seria inútil. É uma expressão legítima, que precisa ser confrontada no plano das ideias.
Tudo isto é muito curioso, em especial quando observamos que uma parte significativa dos que se imaginam portadores da razão e dos valores democráticos anda por aí vociferando contra a Justiça brasileira e incentivando um punhado de militantes fanatizados a uma bizarra greve de fome perdida na Praça dos Três Poderes
Se desejarmos combater o pensamento autoritário, alguns caminhos talvez sejam possíveis. O primeiro é reconhecer que ele pode vir de muitos lados. Da esquerda e da direita. Que não há uma diferença moral relevante entre quem elogia Pinochet e quem grava o nome de Fidel em uma chapa de ferro. Ambos suportam ditaduras assassinas, e não há relativização possível quanto a isto.
Outra é dobrar a aposta na razão tranquila. Muito já se disse do desconforto de Bolsonaro com temas de economia e sobre como governar. O recurso ao “posto Ipiranga” é uma metáfora pobre, afinal de contas. Mas o mesmo pode ser dito para muita gente bacana que também está no páreo. O tipo que, diante de números evidentes, diz com ar de seriedade que não há déficit na Previdência, por exemplo.
Tudo isto demanda um jogo de paciência, aposta no diálogo, uso de dados e argumentos. Jogo que precisa ser jogado, pois é o único jeito de andarmos para a frente, em uma democracia.
Fernando Shüler, Folha de São Paulo, 08/08/2018
Vivemos tempos de democracia polarizada, e é previsível que o jornalismo siga o mesmo caminho
Parte de nossa imprensa faz com Bolsonaro o que o "mainstream" da imprensa americana fez com Donald Trump. Abre-se mão de fazer jornalismo em favor da militância. O questionamento, o dado factual, o desejo de saber e informar é substituído por um difuso e por vezes raivoso ativismo.
Foi o que se viu na recente entrevista de Bolsonaro no Roda Viva. A cena toda parecia uma gincana para saber quem seria capaz de dar a maior pancada, ou desconstruir o candidato. O programa não foi uma exceção.
Há quem pense que jornalismo é isto mesmo. Que o desafio é tocar nos pontos frágeis do candidato, e que discussão sobre programas de governo é conversa fiada. Pode ser. É de se esperar que um bom bate-boca dê mais audiência que um debate respeitoso sobre o país. Há gosto pra tudo.
Sob certo aspecto, tudo isto é bastante compreensível. Vivemos tempos de democracia polarizada, e é previsível que o jornalismo siga o mesmo caminho. Boa parte do que se entende por jornalismo, hoje, responde à lógica da cultura do entretenimento. O ponto é gerar repercussão, visualização, likes, barulho e calor, no mundo digital.
Pablo J. Boczkowski e Zizi Papacharissi, organizadores do recém-lançado “Trump and the Media”, pelo MIT, observam que uma das marcas da campanha de 2016 foi a desconexão da agenda de amplos setores da mídia e uma vasta camada de eleitores americanos.
A conhecida cisão entre o que vai na cabeça de uma certa elite de intelectuais/ativistas e o senso comum. É previsível que isto ocorra, mas o tamanho do fosso agora parece ter aumentado, e adquirido ares de confrontação.
O palco do confronto, em regra, é dado pelos temas da guerra cultural. Parte da elite cultural parece estratificar o mundo entre aqueles que andam do lado certo do debate sobre temas como aborto, maioridade penal, porte de armas ou cotas raciais, e os que rastejam do lado errado.
A cisão diz respeito ao tema do reconhecimento. Há um tipo de retórica e um arco de opiniões “legítimas” e outro que representa simplesmente o atraso e a contramão. E por aí está encerrado o debate.
Melhor expressão disso foi dada por um dos candidatos à Presidência, que em um momento de alta virtude chamou o jovem e negro vereador paulista Fernando Holiday de capitãozinho do mato. A ofensa foi solenemente desconsiderada pelo "mainstream" midiático. Pareceu perfeitamente óbvio que um jovem negro, por ser negro, devesse pensar do jeito certo, sob pena de ser simplesmente isto, um traidor com quem não se deve dialogar, mas combater.
Cansei de atender a debates e entrevistas em que a conversa começa com a pergunta sobre como entender a atual “onda conservadora”. O tom da questão, em regra, é a ideia de que estamos diante de um problema e de algo que pode ameaçar a nossa democracia. Em geral, começo explicando que o ponto de vista conservador também é legítimo, tanto quanto o seu contrário. Que uma democracia é feita disso, da expressão de visões éticas divergentes sobre o mundo.
Ato seguinte digo que conservadorismo de costumes sempre esteve por aqui, na base da cultura brasileira, mas que agora adquiriu expressão política. Uma expressão nítida e majoritária. Quase um terço dos brasileiros, hoje, é evangélico, mas o tema está longe de se resumir à filiação religiosa. 57% da população é contrária à descriminalização do aborto.
Os dados são abundantes nesta direção. Durante as duas últimas décadas, eleitores conservadores tenderam a dividir seu voto, em eleições majoritárias, no eixo PT-PSDB. Agora dispõem de uma representação própria. Por certo é uma representação imperfeita e, possivelmente, grotesca e caricatural. Emendar adjetivos aqui seria inútil. É uma expressão legítima, que precisa ser confrontada no plano das ideias.
Tudo isto é muito curioso, em especial quando observamos que uma parte significativa dos que se imaginam portadores da razão e dos valores democráticos anda por aí vociferando contra a Justiça brasileira e incentivando um punhado de militantes fanatizados a uma bizarra greve de fome perdida na Praça dos Três Poderes
Se desejarmos combater o pensamento autoritário, alguns caminhos talvez sejam possíveis. O primeiro é reconhecer que ele pode vir de muitos lados. Da esquerda e da direita. Que não há uma diferença moral relevante entre quem elogia Pinochet e quem grava o nome de Fidel em uma chapa de ferro. Ambos suportam ditaduras assassinas, e não há relativização possível quanto a isto.
Outra é dobrar a aposta na razão tranquila. Muito já se disse do desconforto de Bolsonaro com temas de economia e sobre como governar. O recurso ao “posto Ipiranga” é uma metáfora pobre, afinal de contas. Mas o mesmo pode ser dito para muita gente bacana que também está no páreo. O tipo que, diante de números evidentes, diz com ar de seriedade que não há déficit na Previdência, por exemplo.
Tudo isto demanda um jogo de paciência, aposta no diálogo, uso de dados e argumentos. Jogo que precisa ser jogado, pois é o único jeito de andarmos para a frente, em uma democracia.
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
LEI DE REPATRIAÇÃO, SÓ PODIA DAR NISSO
Ainda resta alguma dúvida de que a Lei de Repatriação, sancionada por Dilma Rousseff, seria para internalizar dinheiro de propina?
MPF: MANTEGA NEGOCIOU 173 MILHÕES EM PROPINA E USOU LEI DE REPATRIAÇÃO
Por Claudio Dantas
Na denúncia apresentada hoje contra Guido Mantega, o MPF em Curitiba acusa o ex-ministro de atuar “de forma expressiva na obtenção de valores espúrios em favor do Partido dos Trabalhadores”.
Mantega usou o cargo de ministro da Fazenda para negociar propina com a Odebrecht, num montante equivalente a R$ 173 milhões, dos quais pelo menos R$ 144 milhões foram efetivamente repassados.
No documento do MPF, obtido por O Antagonista, Mantega também é acusado de manter duas contas no exterior para guardar parte da propina.
O ex-ministro, assim como tantos outros corruptos, usou a Lei de Repatriação sancionada por Dilma Rousseff, para internalizar mais de R$ 1,6 milhão.
No formulário de justificativa para a regularização, Mantega informou que o valor era parte de um negócio imobiliário com Victor Sandri. Mas uma análise detalhada desmontou a versão, segundo os procuradores.
A “contabilidade criativa” de Mantega não cola mais.
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
DEBATE DA BAND SEM A CHAPA 'TRIPLEX'
O debate da TV Bandeirantes, marcado para amanhã à noite - 9/8 às 22 horas - , tem confirmados os seguintes presidenciáveis: Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin, Marina Silva, Ciro Gomes, Alvaro Dias, Henrique Meirelles, Guilherme Boulos e Cabo Daciolo.
O presidiário e ficha-suja não deve participar nem deveria ser considerado como candidato.
terça-feira, 7 de agosto de 2018
O PLANO DE CATIVEIRO DE LULA
Em O Globo, José Casado desmonta o plano de Lula — que acabou por fulminar aliados como Ciro Gomes:
“É longa a lista dos supostos humilhados por Lula, mas nenhum pode se queixar… Todos aceitaram um papel nessa tragicomédia centrada na onipotência de um velho líder, incapaz de reconhecer seu lugar na sociedade de classe média poderosa e ansiosa pela conexão com a modernidade capitalista. Nos arquivos do PT há uma coletânea de pesquisas sobre tais contradições.”
E ainda:
“Lula segue com o seu plano de cativeiro — suicida, para muitos . A essência está registrada em documentos do partido. Eis as etapas: 1) cultua-se a imagem de ‘vítima’ de um sistema judicial manipulado pela ‘elite’; 2) questiona-se a legalidade da disputa sem a sua participação (‘Eleição sem Lula é fraude’); 3) estimula-se o ‘voto de protesto’ em candidato-laranja; 4) se derrotado nas urnas, contesta-se a legitimidade do presidente escolhido em eleição “fraudada” pelo veto a uma ‘ideia’ chamada Lula.”
TEMPO DE TV DE CADA PRESIDENCIÁVEL
Confira o tempo de propaganda de TV de cada um dos candidatos à Presidência da República:
— Geraldo Alckmin: 6 minutos e 3 segundos;
— Fernando Haddad: 2 minutos e 7 segundos;
— Henrique Meirelles: 1 minuto e 38 segundos;
— Alvaro Dias: 33 segundos;
— Ciro Gomes: 33 segundos;
— Marina Silva: 16 segundos.
— Geraldo Alckmin: 6 minutos e 3 segundos;
— Fernando Haddad: 2 minutos e 7 segundos;
— Henrique Meirelles: 1 minuto e 38 segundos;
— Alvaro Dias: 33 segundos;
— Ciro Gomes: 33 segundos;
— Marina Silva: 16 segundos.
Terão menos de 15 segundos Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota), José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU), João Goulart Filho (PPL) e João Amoêdo (Novo).
PLANO DE GOVERNO DE BOULOS MIRA PROPRIEDADES PRIVADAS E PREVÊ AUMENTO DE IMPOSTOS
Plano de governo de Boulos mira propriedades privadas e prevê aumento de impostos
Por Claudio Dantas
No programa de governo que anexou ao registro de sua candidatura, Guilherme Boulos (PSOL) se apresenta como um protótipo de Nicolás Maduro.
Dentre as medidas socialistas que planeja, está a “implementação da função social da propriedade”. Trocando em miúdos, Boulos vai relativizar a propriedade privada.
Segundo ele, é preciso “desapropriar as terras que não cumpre a função social ou a legislação ambiental e trabalhista”, e também aquelas com “dívidas perante o governo federal”.
Boulos também planeja, caso eleito, aumentar os impostos sobre a propriedade urbana e rural, assim como a tributação ambiental e sobre fortunas.
VAI COMEÇAR A LIMPEZA NO STF
Vem pra Rua faz ato pelo impeachment de Gilmar
O Antagonista
O Vem Pra Rua anuncia que fará hoje em Brasília, às 16h, um ato no plenário do Senado para pedir o impeachment de Gilmar Mendes.
O movimento vai solicitar aos parlamentares que o processo tramite na Casa e ler um manifesto pelo afastamento do ministro do STF, já subscrito por alguns senadores.
O pedido de impeachment de Gilmar foi protocolado pelo advogado Modesto Carvalhosa. Ele elencou nove razões que você pode reler aqui.
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
A PRETENSÃO DO CANDIDATO 'FAKE'
PT QUER PRESIDIÁRIO (OU HADDAD) EM DEBATE DA BAND
O Antagonista
O PT deve entrar nesta tarde com uma petição no TRF-4 para que Lula seja autorizado a participar do debate da Band na quinta-feira, registra O Globo.
“Temos um agravo pendente no Tribunal Regional Federal com (o desembargador João Pedro) Gebran (Neto, relator da Lava Jato) há umas duas semanas. E nós vamos provocá-lo dentro desse agravo para ele se manifestar com urgência, nessa situação da Bandeirantes”, afirmou o advogado Eugênio Aragão, referindo-se ao processo em que a defesa pede de forma genérica a permissão para o presidiário inelegível conceder entrevistas e gravar vídeos.
Também estão sendo examinadas a possibilidade de recorrer à Justiça Eleitoral pela presença de Lula e a de pedir que o vice Fernando Haddad represente a candidatura ‘fake’ no debate.
Os candidatos a presidente precisam se recusar a debater com Fernando Haddad.
Ele só pode debater com os candidatos a vice-presidente.
Se o PT quiser que ele seja tratado como presidenciável, tem de desistir do presidiário.
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