Ao contrário de abortistas e defensores de abortistas que agora simulam uma farsa de defesa da vida, eu, sim, sempre me sujeitei a ser vítima do linchamento moral desse pessoal descolado para defender a vida. Por isso, seus julgamentos não me atingem.
Quanto ao uso político da Covid-19, nesse momento que deveria ser de comoção, reitero meu desapontamento com quem só pensa em derrubar o presidente e acredita que, assim, tudo se resolve e, de repente, até o vírus some do mapa.
Tentem derrubar, então, aí sai o Mandetta e sua equipe e que se dane o caos que vai se instalar em nosso país.
Pelo que se sabe, está tudo preparado para mudar o regime ou o que determina a Constituição para que o NHONHO assuma como primeiro ministro ou para que tenha novas eleições. Quem sabe volta aquela turma que deixou o Brasil despreparado tanto para atender os doentes quanto para cuidar dos que passam fome. Provavelmente teremos de novo algum ministro da saúde sanguessuga, aquele esquema de desvio de verba das ambulâncias.
Só para relembrar, para cada assento que Dilma comprou, com o nosso dinheiro, para o estádio Mané Garrincha, citando apenas um exemplo, daria para comprar um respirador que pode fazer muita falta se acontecer o pior na curva do coronavírus.
Oxalá que não, jamais torceria pela vitória do vírus, como faz a turma que faz compra por "delivery", mas pensa que NINGUÉM sai de casa para ir ao estabelecimento e é um NINGUÉM que sai na rua para entregar a mercadoria na sua casa.
Só não contavam com uma equipe muito bem articulada, especialista na arte do xadrez.
O lado técnico age e orienta muito bem quem tem condições de ter acesso à informação. Mas tem um contingente de pessoas que ninguém vê nem aparece nos noticiários, mas que vive uma realidade completamente distinta dos que devem e PODEM ficar em casa.
Ao ver as imagens de uma multidão se aglomerando para buscar cestas básicas, em alguns casos oferecidas pelos oportunistas da turma do boliche, imaginei o que um bom médico faria diante de um doente terminal.
Mandaria comprar o caixão ou faria o possível para encontrar um tratamento que ao menos minimizasse seu sofrimento?
O ser humano, em situação de desespero, é capaz de cometer as piores loucuras. Se tiver algum alento que lhe dê esperança e que, a qualquer momento, alguma coisa pode ser feita, sem dúvida conseguirá dar uma trégua nas ideias extremas e aguardará por mais algum tempo que suas necessidades sejam atendidas.