Matéria interessante para podermos observar quem realmente está empenhado no enfrentamento da pandemia e quem está apenas interessado em fazer politicagem. Infelizmente, quem deveria informar dá mais destaque aos discursos de palanque do que às ações:
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi hoje ao Maranhão para entregar 600 mil testes de detecção da covid-19, que serão usados em barreiras sanitárias contra a disseminação da variante indiana do vírus, detectada no Estado. Em São Luís, Queiroga se reuniu com o governador e pregou integração no trabalho de combate à doença.
“Vamos trabalhar juntos, de forma articulada, para prover a segurança necessária, para transmitir à nossa população o que ela precisa: confiança nos seus gestores, confiança no ministro, no secretário estadual de Saúde, no secretário municipal de Saúde, porque estamos trabalhando juntos pelo povo do Brasil", afirmou Queiroga.
No Maranhão, Queiroga e Flávio Dino se encontraram no porto do Itaqui, em São Luís, capital do Estado. Durante a visita, eles acompanharam a testagem de funcionários para a detecção da covid-19. No sábado, 22, a Saúde anunciou o envio dos testes rápidos de antígeno e prometeu uma estratégia de busca ativa de novos casos em aeroportos, rodoviárias e principais estradas no Maranhão, a ser replicada também em outras cidades do País.
Em caso de teste positivo, o indivíduo será submetido ao teste do tipo “RT-PCR”, considerado padrão-ouro na detecção da doença. Confirmado o diagnóstico, o material será submetido à avaliação genômica para identificar a variante responsável pela contaminação. O paciente, por sua vez, deverá cumprir isolamento.
Para tentar reduzir o risco de propagação da nova cepa indiana, mais transmissível, o ministro da Saúde informou que o Maranhão receberá 5% a mais de doses de vacinas. Os imunizantes serão utilizados nas cidades de São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, que compõem a Ilha de São Luís.
O encontro entre o ministro e o governador ocorreu um dia após os dois trocarem farpas nas redes sociais. Após a entrevista coletiva em que o Ministério anunciou medidas para tentar conter a nova variante, Flávio Dino disse não ter sido consultado para discutir as estratégias.
Em resposta, Queiroga deu outra versão. "Ao contrário do que afirma, conversei com o secretário (estadual de Saúde) Carlos Lula, por telefone, e o convidei para a coletiva. No entanto, ele informou que o senhor não autorizou a participação dele. Este deve ser um momento de união. Nosso único inimigo é o vírus", escreveu o ministro.
Dino rebateu. "O secretário Carlos Lula não foi ouvido sobre nada. E claro que ele não se dispôs a ser enfeite em coletiva".
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