O retrato da hipocrisia e do oportunismo, ao contrário de Bolsonaro que frequenta, discretamente, as missas em um mosteiro na companhia de Alexandre Garcia, fato já revelado pelo próprio jornalista, e sua mulher que sempre foi praticante e atuante nas obras sociais de sua igreja e agora sofre com a zombaria desses que só entram numa igreja em época de campanha política.
A nova onda de agressões na guerra santa, que tem sido usada como arma para tentar desqualificar até mesmo a vida pessoal do presidente, consiste em criticar uma suposta intolerância religiosa, enviando recadinhos malcriados aos devotos de certas denominações que julgam serem intolerantes por defenderem aquilo que acreditam. Ao massacrar a crença alheia, demonstram que os intolerantes são eles ao atacar aqueles que acusam.
Pois, então, indago o que diriam se alguém publicasse algo parecido com uma postagem atribuída à esposa de Bolsonaro, questionando o fato de que tem sofrido todo tipo de escárnio por manifestar publicamente sua fé, porém a iniciativa da esposa de um candidato opositor não tem sofrido nenhum tipo de zombaria ou xingamento por levar seu esposo ao seu espaço religioso atrás de voto.
A publicação, no entanto, poderia conter a imagem acima com a mesma pergunta feita por Michelle Bolsonaro. Se ela não pode louvar a Deus nas marchas para Jesus das quais tem participado, "isso pode?", ou seja, a exploração da fé católica pode?
Vão dizer que estou insinuando que a igreja católica, a minha igreja, é do demônio, como insinuaram na publicação da primeira dama?
Pois eu digo que a intenção de quem divulga certos comentários está na consciência de cada um, assim como a interpretação também.