Eu já havia publicado texto com esse título, mas não dá para inventar outro, porque essa é a minha verdade incondicional.
A CNBB divulga nota para lamentar 'exploração da fé e da religião' na política, logo quem sempre permitiu que petistas usassem o altar como palanque.
A Conferência Episcopal brasileira (CNBB) sempre me causou consternação por transmitir ao público brasileiro uma imagem equivocada sobre vários temas, especialmente sobre política.
Nada disso é novidade, entretanto, o apoio àqueles que têm violado os mandamentos sagrados do Decálogo, principalmente "não matarás" (aborto), "não roubarás", "não cobiçarás as coisas alheias" e "não levantarás falso testemunho", vem maculando os verdadeiros princípios da Igreja e afastando os fiéis dos templos.
No caso de Bolsonaro, quem convida e apoia sua campanha são pastores evangélicos, que nada têm a ver com a CNBB.
No entanto, eu não esqueço o que fizeram em verões passados e tenho registrado muitos textos da CNBB em seus informativos.
(Eu insisto nos links como um exercício de memória, porque o grande problema do brasileiro é esse, de memória).
Alguns trechos:
Como exemplo, um texto escandaloso – publicado no site da Conferência em 2010 – que se alinha ao polêmico PNDH-3, plano de governo de lula, e depois Dilma também tentou implantar, mas que foi "cancelado" (eu diria adiado, porque os agentes das trevas nunca desistem) por pressão popular:
"Nesse cenário explica-se a celeuma em torno do III Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).
Mesmo sem perder de vista os pontos controvertidos e a necessária crítica a alguns dos seus aspectos.
Principalmente no que diz respeito a reducionismos que consideram apenas algumas dimensões do ser humano, fruto da cultura relativista que atinge setores sociais e da mídia.
Entretanto, a maioria do PNDH-3 e dos temas nele contidos dialogam com a trajetória de muitos movimentos e pastorais que há décadas lutam pela implementação.
A atitude de diálogo manifestada pela CNBB em sua nota de janeiro abriu canais para a conversa com o Ministro Paulo Vanucchi, titular da Secretaria Especial de Direitos Humanos e contribuiu para o aprofundamento do debate para que se avance na efetivação dos direitos humanos já consagrados na história brasileira e com amplo consenso social, e a identificação de mecanismos de revisão dos temas sobre os quais é preciso haver maior debate e, quiçá, um arbitramento das diferenças existentes."
A má redação do texto é essa mesma, pior ainda o alinhamento com ideias inaceitáveis, absolutamente inegociáveis.
Não dá para ser católico e apoiar propostas como a liberação do aborto, expressamente defendida pelo PNDH-3.
O texto chega até a fazer uma propaganda política cretina, ao citar pesquisas de opinião segundo as quais a maior parte dos entrevistados considera o presidente Lula “confiável”, ao mesmo tempo em que apresenta Dilma como aquela que “representa a continuidade do Governo Lula, que prosseguirá com o modelo desenvolvimentista, com sensibilidade para a questão social”.
Francamente!
Vale observar, também, que quando o PT não está no poder, a culpa de todos os males que acontecem no país... e no planeta... é culpa do presidente da República. Sempre foi assim.
Com o PT no poder, nem os esquemas descobertos dentro do Palácio do Planalto, como o Mensalão, o caso Erenice, o dossiê contra Ruth Cardoso (FHC não se importa, mas eu sim), Petrolão, Máfia das Ambulâncias, Eletrolão, etc., a culpa é sempre de terceiros (Congresso, empreiteiras, ...). Chegaram a colocar Dilma num pedestal como aquela que fazia "faxina" nos ministérios, todos os ministros corruptos escolhidos por ela, mas a culpa era só deles. Ah, tá!
Em 2012, a CNBB lançou a Campanha da Fraternidade que abordava o tema: "Saúde". A instituição fez uma análise crítica tocando discretamente no corte dos investimentos no setor, ainda assim, com todo o cuidado para não arranhar a imagem da então presidente.
Abaixo, trecho de matéria nos jornais:
"O baixo financiamento federal da saúde no país e o corte de R$ 5,4 bilhões no orçamento de 2012 do Ministério da Saúde, anunciado na semana passada, foram alvo de críticas da CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil), que lançou nesta quarta-feira a campanha da fraternidade deste ano, com o tema da saúde.
"Não é exagero dizer que a saúde pública no país não vai bem", afirmou dom Leonardo Steiner, secretário-geral da entidade, sentado ao lado do ministro Alexandre Padilha [Saúde].
Dom Leonardo classificou como "preocupante" o corte dos R$ 5,4 bilhões e como "frustrante" a aprovação da Emenda 29, em 2011, sem ampliação dos gastos federais em saúde --algo que parte dos parlamentares quis aprovar."Reparem que a abordagem segue a tendência de ignorar a causa, a origem dos graves problemas brasileiros naquele momento, além da insistência em transferir responsabilidades e apontar o Congresso como o único vilão, sem considerar que tínhamos um Legislativo pautado pelo Executivo. Este, sempre preservado pelos tentáculos do petismo, como a imprensa e ... a CNBB.
Se são capazes de publicar textos e serem cúmplices de governos que sempre agiram contra os ensinamentos de Jesus, imagino o que incutem na cabeça do povão Brasil afora.
Em 2014, na tentativa de incitar o ódio de trabalhadores contra seus patrões e praticamente forçar que os denunciassem por questões subjetivas, como supostas condições análogas à escravidão para que se desapropriassem terras de quem produz, a CNBB abriu a Campanha da Fraternidade de 2014 nesta Quarta-feira de Cinzas, dia 5 de março, em sua sede com o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, porém, no conteúdo e nos movimentos, dos quais eu sempre participei, nenhum pio sobre o programa "Mais Médicos", um dos mais perversos acordos do governo petista com a tirania cubana.
Abaixo, mais um texto vergonhoso sobre o MENSALÃO:
"Ação penal 470 contribuiu ao bem comum da res publica?
Com a prisão de alguns dos atores da ação penal 470, principalmente os três líderes do Partido dos Trabalhadores, voltou à tona o julgamento “político” do “mensalão”. Na Análise de Conjuntura de outubro de 2012, se disse que foram julgados, ao mesmo tempo, políticos, um partido político, o sistema político brasileiro e que, por isso, o julgamento não foi só penal, mas também político onde há lugar para convicções, mesmo justas, mas nem sempre congruentes com os fatos incriminados.
Jurista eminente criticou a teoria do “domínio de fato” por criar uma insegurança jurídica sacrificando o “in dúbio pro réu”. A maior acusação julgada foi formação de quadrilha que serviu de matriz para deduzir e interpretar as ações dos réus. Houve muitas deduções para fundamentar votos, cada juiz escolhendo entre os depoimentos para dar sua sentença. Tudo isso com o objetivo, declarado por um dos juízes, do julgamento funcionar como “um freio de arrumação” na política brasileira. A Corte Suprema condenou os réus a duras penas por causa da motivação política atribuída aos criminosos.
Tanto a oposição como a situação politizou também o processo, ao ponto de converter a disputa política em guerra. O processo foi utilizado como instrumento de guerra onde se enfrentam inimigos, e não mais adversários no campo político de uma democracia sadia. Quem acreditava na culpa continuou acreditando.
Quem considerava o processo um ajuste de contas, ficou convencido de uma parodia de justiça. Como o debate político cedeu lugar ao ódio, as posições políticas perdem objetividade e se criou um descompasso entre governistas e oposição. Por um lado, a oposição gritou por condenações na expectativa de ganhos políticos e eleitorais e, por outro lado, o Partido dos Trabalhadores, numa atitude defensiva, não analisou porque o partido, que clamou tanto pela ética na política, se rendeu às velhas práticas políticas.
O julgamento do “mensalão” foi uma oportunidade para a mídia, que tem uma situação de oligopólio, manifestar raiva e ódio contra o Partido dos Trabalhadores porque este chegou à presidência. Não perdoaram a vitória eleitoral do PT e politizaram também o processo em vez de contribuir e fomentar uma ampla reforma política tão necessária e desejada pelas opiniões públicas diversas.
Como disse um comentarista, o julgamento que poderia ter sido exemplar, parece trazer poucos resultados. Não contribuiu a uma ampla reforma política necessária para a condução do país pelo bem das Instituições da República, nem chegou a questionar o modo de financiamento dos partidos. Parece que não trouxe efeito nenhum para o bem comum da res publica."Junta-se à ausência de escrúpulos dos que ainda defendem publicamente essa farsa chamada Partido dos Trabalhadores, os mesmos que partem para o ataque sem dó nem piedade contra adversários do partido, calaram-se em um silêncio cúmplice sobre a roubalheira chefiada por Lula. Pior, relativizaram. Pior ainda, o idolatram.
Com uma simples comparação entre as análises que publicavam em períodos anteriores com as das quase duas décadas de governo petista, podemos constatar a índole de suas lideranças.
Uma das incoerências, que é gritante, refere-se às críticas aos PROGRAMAS de distribuição de renda do então governo Fernando Henrique, acusando de eleitoreiros, e que passaram a tratar como um ato quase divino a partir do momento em que Lula assumiu o poder e deu continuidade aos tais programas.
Ainda sobre a parcialidade nas análises publicadas em seu site, a CNBB tratou o sofrimento e a morte de Mario Covas como um lance de oportunismo, enquanto lula sempre foi enaltecido justamente por sua origem, quase uma idolatria, independentemente da existência de mérito ou de competência para governar o país. Vejam que absurdo, quanta insensibilidade!
Alguns trechos abaixo sobre isso:
“Chama atenção a forma como a opinião pública acompanhou a doença do governador Mário Covas e, mais ainda, sua exaltação após a morte.
O papel da mídia aí, como em fenômenos semelhantes, é relativo: ela pode alimentar e reforçar uma tendência psicossocial, mas fundamentalmente o que faz é levantar a demanda existente de percepções e sentimentos para corresponder-lhe e com isto, ter sucesso.
Algo como o surfista que sabe usar com oportunismo as ondas que lhe são dadas."(Análise da Conjuntura - 2001)
Esperança que brota das urnas
"Nunca se viu tantas bandeiras pelas ruas, nem tantos carros e casas identificadas com algum candidato ou partido. A exemplo do que ocorre nos festejos populares, o país se enfeitou e se vestiu em cores vivas para a festa da democracia. Um oxigênio novo dominou o pleito.
Foi resgatada a política como participação popular, com as pessoas saindo às ruas para manifestar, positivamente, suas escolhas e opiniões. É como se o ato de fazer política, tido como coisa suja e sórdida, tivesse ganhado um novo tempero. Isso se deve certamente à figura de Luiz Inácio Lula da Silva. Um Silva, o sobrenome mais popular entre nós, ocupa espaços inéditos não apenas na vida e na mídia do país, mas até no cenário internacional. A novidade mexe com o imaginário popular. O personagem Lula põe em cena uma história de vida marcada por sofrimento, luta e esperança, como a de milhões de brasileiros – eis a cara de um Brasil ausente dos palcos onde se decide os destinos da nação." (Análise da Conjuntura - 2002)
Trecho de uma análise da conjuntura de março de 2001 e a torcida visível, quando deveria ser uma análise imparcial.
"Delineiam-se hoje 3 candidaturas nos principais partidos brasileiros: Lula, José Serra e Itamar, enquanto a candidatura de Ciro Gomes corre “por fora”.
Neste contexto pré-eleitoral, as disputas internas à base aliada podem levar à instauração da CPI sobre a corrupção, que fora abafada no ano passado.
Tal CPI prejudicaria muito a candidatura apoiada pelo Planalto.
No mínimo, poderia tornar-se um palanque capaz de neutralizar a eficiência dos palanques oficiais: o “Portal do Alvorada” e os Programas Estratégicos do “Avança Brasil”, com farta distribuição de dinheiro aos pobres em forma de bolsa-escola ou de bolsa-saúde." Na campanha de 2010, sem mencionar o Mensalão, Erenice e os dossiês, nem os crimes eleitorais, continuaram com o mesmo modelo de análise tendenciosa e ultrapassada:
"Seguramente, o cenário eleitoral que caminhava para um “plebiscito” entre os 8 anos de governo Lula e os 8 anos de FHC, pode trazer para o centro temas fundamentais para o futuro do Brasil: Estado e Desenvolvimento Sustentável.
Pois o Pré-sal favorece a rediscussão sobre o modelo de Estado, principalmente entre os principais postulantes, o Governador José Serra e a Ministra Dilma Roussef.
O primeiro, caudatário de uma renovação do neoliberalismo e a segunda, parte de uma visão de Estado como indutor do desenvolvimento."Querem mais?
Acreditem, tem muito mais, porém por hoje basta. É muita energia ruim, deixa pra lá.