Dói o aplauso à perversidade de tiranos que calam, perseguem, aprisionam e matam vozes divergentes...
Dói a indiferença dos egocêntricos e sua pretensa perfeição...
Dói assistir a um espetáculo de horrores, de massas insanas indo às ruas exigir o massacre de cidadãos, a quem acusam de atos que, para eles, até então eram legítimos e heroicos...
Dói saber que os verdadeiros culpados pelo vandalismo nos palácios não são os manifestantes que o tirano mandou prender, mas sim os mesmos que já vandalizaram e destruíram centenas, talvez milhares, de prédios públicos, propriedades privadas, centros de pesquisas, plantações...
Dói demais sentir o gelo de corações que se erguem com força implacável diante da fragilidade de seus oponentes, tratados como inimigos de guerra a serem combatidos com medidas extremas...
Perdão, pode não ser o fim, mas é evidente que essa multidão, à qual eu me incluo, não tem mais tempo para esperar o tempo de Deus, como costumam nos dizer para aliviar nosso coração.
Triste constatar que não partiremos com a alma tranquila diante do legado que deixaremos para filhos, netos e às gerações seguintes.
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