sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

POLARIZAÇÃO DE IGUAIS NÃO É DEMOCRACIA

Os noticiários tentam esconder, mas os últimos acontecimentos, FATOS, NÃO BOATOS, são no mínimo preocupantes. A economia, conduzida de forma brilhante por Paulo Guedes mesmo com pandemia e guerra, está de mal a pior. Nas questões ideológicas, avançam tratativas sobre drogas, aborto, controle da mídia, perseguição ao cidadão comum que criticar o governo, entre outras medidas que irão levar o país ao retrocesso em áreas como saúde, educação e segurança pública.

No entanto, nada garante que haverá qualquer percepção da realidade por parte de parcela da população que ainda dorme em berço esplêndido, pois já está em curso o retorno de gastos vultuosos em propaganda a fim de iludir o povo que se deixa cativar, como fizeram desde 2003 e como fez a Alemanha nazista. Dilma caiu porque seus "cumpanhero" da social (dita) democracia estavam exigindo o cumprimento do acordo de alternância de poder entre eles. 

Agora que se juntaram, os supostos diferentes mais iguais do que nunca, é praticamente impossível que percam o poder novamente. Bolsonaro foi um "acidente" nesse enredo.

Na prática, os verdadeiros opositores estão abandonados e oportunistas estão aproveitando a onda para ocupar um vácuo de liderança. Desses eu não espero nada, a não ser a continuidade disso que está aí.

Uma dica para detectar um oportunista, especialmente quem chega fazendo barulho. Reparem quem sofre ameaças, perseguições, censura e ataques virulentos. Quem não é alvo da corja, pode ser suspeito.

Mesmo assim, dizem que o país está polarizado, porém essas são as opções que somos forçados a aceitar como modelos que detêm o direito de existir, segundo iluminados que querem controlar a opinião e a consciência das pessoas, o socialismo de estado e a social democracia. Qualquer outra possibilidade, que preserve direitos individuais como a propriedade e a autoridade da família, é execrada e, se possível, banida, nem que seja com a força das armas.

É o que podemos constatar no brilhante texto do padre José Eduardo:

O verdadeiros intelectuais transcendem as correntes políticas exatamente como quem as observa de cima, o que não implica isentismo, mas assertividade de análise e acerto nas previsões e, portanto, no próprio posicionamento.

As demais pessoas são reféns das ideologias em circulação e, pior, dos sentimentos de torcida que se formam de um lado ou de outro, ignorando a real gramática dos acontecimentos, quer porque são por demais afeitos aos seus próprios idealismos, quer porque se engajam em apologias abstratas que ocultam interesses concretos, que são a verdadeira trama dos acontecimentos.

Orientar-se no jogo das contradições políticas requer uma capacidade de concentração intelectual muito acima da média. Por exemplo, no discurso, é comum defender os interesses proletários quando, na prática, o que se faz é reforçar os esquemas de poder burgueses. Em certo sentido, o misto de stalinismo (socialismo de estado) com o socialismo reformista (social democrata) leva a que a “nomenklatura” ocupe o Estado com os seus aparelhos repressivos, reforçando-os desmesuradamente. Esta é uma contradição política, mas que desorienta a percepção coletiva por fora, enquanto orienta os esquemas de poder por dentro.

Ir além das aparências e descobrir a essência das ações é fundamental se quisermos entender a realidade. Isso, obviamente, não implica tomar partido pró ou contra qualquer ação, especialmente quanto tudo, tudo!, está errado, mas em hierarquizar esses erros numa cadeia causal que nos permita identificar claramente quais agentes romperam com a verdadeira ordem e ultrapassaram os limites da legalidade. Caso contrário, permaneceremos eternamente reféns das propagandas partidárias.

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